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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Ética: a necessidade empresarial do século XXI



Proteger os ativos tangíveis de uma empresa é muito mais fácil do que proteger seus ativos intangíveis, como sua credibilidade e reputação. Aquilo que depende da conduta humana é muito mais complexo. Por isso, a necessidade de desenvolver a ética dentro das corporações está cada dia mais latente.
A ética pressupõe que todos terão boas condutas, sobretudo quando não estiverem sendo vigiados e monitorados. Já a lei pune e previne ações através de uma obrigação legal - o dever. Ambas fazem parte das ferramentas de compliance. 

Dados os escândalos de corrupção envolvendo as maiores empresas do país, as reflexões em torno dessa temática estão aumentando. Nesse sentido, a Ética e o Direito são duas faces de uma mesma forma de blindagem das empresas.

Na década de 70, o economista Milton Friedman disse que “o negócio dos negócios são os negócios”, demonstrando uma visão focada no lucro acima de qualquer coisa, sem preocupação com a maneira pela qual estes negócios são gerados. Felizmente, a sociedade evoluiu muito desde então, passando a valorizar a transparência e as boas práticas.

A operação Lava-Jato ilustra que os processos em curso já alteraram o cálculo de qualquer agente econômico que tenha em mente a violação da confiança pública em busca de ganho privado. Está evidente que os lucros a qualquer custo não valem mais a pena.

Bons exemplos não faltam. Cabe lembrar o FCPA - Foreing Corrupt Practices Act (EUA, 1977) que decorreu de escândalos de corrupção como o Watergate, o qual levou a queda do então presidente Richard Nixon, assim como o Bribery Act (Reino Unido, 2010), que forçou a modernização da legislação anticorrupção. O Brasil assumiu compromissos com a ONU, OEA e OCDE, e em agosto de 2013, promulgou a Lei nº. 12.846/2013, mais conhecida como “Lei Brasileira Anticorrupção”. 

Essa Lei integrou o ordenamento jurídico ao lado de outras importantes legislações brasileiras de combate à corrupção, como a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992), a Lei de Defesa da Concorrência (Lei nº 12.529/2011), a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010), entre outras de natureza penal. 

À medida que trouxe responsabilidade objetiva para as empresas (independentemente de culpa) por atos de corrupção, a Lei Anticorrupção trouxe a necessidade delas estruturarem seus programas de conformidade. Esse novo marco normativo brasileiro criou uma verdadeira revolução na governança corporativa. A sociedade não tolera mais práticas que não sejam consideradas íntegras na busca pelo lucro. 

Quando a corrupção é sistêmica, como no caso do Brasil, grande parcela de gastos públicos e recursos humanos tendem a ser alocados para maximizar oportunidades de captura de rendas em lugar da criação de riqueza. Ao invés de inovação e busca de maior produtividade, agentes privados buscam vencer concorrentes via busca de privilégios especiais. Com menos oportunidades para propina, as empresas terão de focar na eficiência e na entrega real de valor para o consumidor.

O compliance é o que dá suporte a essa sustentabilidade corporativa à medida que busca mitigar riscos, proteger os interesses dos públicos envolvidos e, ao lado da ética, preservar o maior ativo de uma empresa, que é a conduta de seus colaboradores. Isso permite sustentabilidade em longo prazo. 

Se para a lei a integridade e transparência se torna um dever, para a ética ela é um convite à responsabilidade. Ao considerarmos a sustentabilidade engajada pela lei e pela ética, surge um novo modelo de sociedade, que passa a exigir dos empresários uma conduta que vise o respeito aos valores sociais.

A necessidade legal de se implementar programas de compliance demostra que a ética galgou o patamar de importância para que se deixe os pensamentos do século XX de lado, e o lucro deixe de ser o propósito único de uma empresa. O comportamento do mercado agora demanda que valores e boas condutas sejam respeitados e praticados - e que possam agir em conjunto com a busca pelo lucro. O consumidor, nesse cenário, se mantem como meio, com um papel fundamental de fiscal. 

A lei se constrói em cima daquilo que é necessário. Quando ela é compreendida pela lógica, ela é aplicada como ética, e ambas blindam os valores e ativos da empresa, mantendo tudo funcionando como realmente deveria, em um cenário onde o recompensado é o que é certo, e não o que é imediatista e egoísta.




Samuel Sabino - fundador da consultoria Éticas Consultoria, filósofo, mestre em bioética e professor. 

Rodrigo de Pinho Bertoccelli - advogado e fundador/presidente do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial).




Chatbots: você vai ficar de fora dessa revolução?



Simplesmente 96% dos executivos acreditam que os chatbots vieram para ficar. Isso mesmo: quase todos os profissionais que participaram de uma pesquisa realizada pela MindBowser, em parceria com o Chatbots Journal, acreditam no potencial da tecnologia. Foram entrevistados mais de 300 pessoas de diferentes segmentos — como varejo, comércio eletrônico, logística, bancos, recrutamento, educação e marketing. Baseado na receita das organizações que participaram: 29% estão abaixo de US$ 1 milhão, 47% entre 1 e 10 milhões de dólares e 24% acima de US$ 10 milhões.

O estudo realizado nos Estados Unidos vai auxiliar na resposta de diversas dúvidas do mercado nacional e também prever as tendências da indústria e as percepções do negócio.  Vamos aos principais pontos da pesquisa:

- Quando você ouviu falar sobre chatbots? 54% dos desenvolvedores trabalharam com chatbots pela primeira vez em 2016. O anúncio do Facebook sobre “Messenger Chatbots” pode ter sido o maior catalisador do conhecimento sobre a tecnologia.

- Os chatbots substituirão totalmente seus colegas humanos? 61% dos entrevistados acreditam que isso não irá acontecer em um futuro próximo.

- Você planeja construir um chatbot para seus negócios em 2017? 75% dos participantes responderam que tem este projeto em seus planos para este ano.

- Qual será a indústria mais beneficiada pelos chatbots? O e-commerce, que está relacionado diretamente aos serviços de atendimento ao cliente e vendas, foi o escolhido de 90%. Depois vieram Seguros (66%), Assistência Médica (63%), Varejo (61%), Hoteleiro (58%), Logística (31%) e outros mercados.

- Quais serão as funções de negócios mais beneficiadas? Atendimento ao Cliente será a mais beneficiada pelo uso de chatbots, seguida por Vendas/Marketing e Processamento de Pedidos.

- Você está feliz com a maneira pela qual os chatbots ajudam seu negócio? 95% dos entrevistados responderam que sim.

- Em quais aspectos você gostaria de melhorar seu chatbot? 90% dos participantes acreditam que falta “inteligência” para seus bots, enquanto 75% acreditam que seus bots estejam defasados na questão “linguagem conversacional”.

- O que tudo isso significa?
A necessidade: a crescente tendência de empresas para aumentar a experiência do cliente e reduzir custos operacionais favorecerá o crescimento do mercado global de chatbots nos próximos cinco anos.

O catalisador: o desenvolvimento de Inteligência Artificial, de várias plataformas de construção de chatbots e a disponibilidade de recursos de NLP são os maiores fatores para o crescimento dos chatbots.

A restrição: a falta de conhecimento e a grande dependência de seres humanos para interagir com clientes, juntamente com questões de privacidade, deverão restringir o crescimento dos chatbots.

O relatório original do Chatbot Survey 2017 pode ser visualizado em mindbowser.com/chatbot-market-survey-2017/.





Sérgio Passos  - co-fundador e CTO da Take, é responsável por Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), gestão de portfólio de produtos e arquitetura de software.



Metrô de São Paulo pretende inaugurar mais 28 estações até 2021



 Empreendimentos em andamento somam mais de R$ 35 bilhões em aportes. Executivos da companhia paulista se reúnem com fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviços em evento em São Paulo (SP)


Após inaugurar três novas estações no início de setembro, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin - que juntas acrescentam mais 2,8 km de trilhos à Linha 5-Lilás, na zona sul da capital paulista - o Metrô de São Paulo e o Governo do Estado planejam ainda realizar a abertura de outras 28 estações até 2021. Com as obras já em andamento, os empreendimentos somam, juntos, mais de R$ 35 bilhões de aportes até aqui.

De acordo com o chefe do núcleo de cooperação técnica do Metrô de São Paulo, Conrado Grava de Souza, o objetivo é ampliar ainda mais a malha metroviária da cidade, que já é a maior do país, com mais de 80 km de extensão. "Com a inauguração do novo trecho da Linha 5-Lilás, chegamos a 71 estações e queremos aumentar ainda mais. A meta é concluir as obras de outras 28 até 2021 e chegar a 99 estações ao total, com mais de 110 km de trilhos construídos", afirmou Souza, durante o encontro de negócios entre operadores e a cadeia de fornecedores de equipamentos e serviços, promovido pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros Sobre Trilhos (ANPTrilhos) e a NT Expo, recentemente, em São Paulo (SP).

Novas paradas em 2017 - O segundo trecho da ampliação da Linha 5-Lilás deve ser instaurado ainda em 2017. A previsão é que seis novas estações fiquem prontas até dezembro deste ano. São elas: Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz (ponto em que se interligará com a Linha 1-Azul) e Chácara Klabin (onde se conectará com a Linha 2-Verde).

Outro trajeto que está previsto para ser expandido ainda neste ano é o da Linha 4-Amarela, mantido em parceria com a ViaQuatro, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). A estimativa é que mais duas estações deste trecho sejam lançadas nos próximos meses: Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire.


2018 - No próximo ano, o planejamento prevê que a Linha 15-Prata, o Monotrilho, seja entregue praticamente em sua totalidade. Oito estações que contemplarão a zona leste de São Paulo serão concluídas até março de 2018: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tosltói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

Outra estação que também é esperada para o primeiro semestre do ano é a São Paulo-Morumbi, na zona sul da cidade, no trecho que compete a Linha 4-Amarela. "A única forma de promovermos a mobilidade urbana é por meio do sistema metroferroviário e atualmente existem muitas oportunidades de crescimento neste setor. Nossa perspectiva é muito promissora", salientou o presidente da ViaQuatro e diretor institucional e de sustentabilidade da ANPTrilhos, Harald Zwetkoff.

Já a Linha 5-Lilás deve ser finalizada, quando receberá sua última parada, Campo Belo, estimada para ser entregue no segundo semestre do ano. Com o término dessa amplificação do trajeto, que custará cerca de R$ 10 bilhões ao total, a linha, que atualmente transporta cerca de 270 mil pessoas por dia entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, passará a atender 780 mil (de Capão Redondo à Chácara Klabin).


Nova Linha - Em 2019, o objetivo do Metrô e do Governo do Estado é finalizar as obras e iniciar as operações, até julho, da Linha 17-Ouro. O trajeto contará com oito estações: Morumbi (onde se conectará com a Linha 9-Esmeralda da CPTM), Chucri Zaidan, Vila Cordeiro, Campo Belo (que fará a interligação com a Linha 5-Lilás), Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Congonhas (fazendo conexão com o Aeroporto de Congonhas) e Jardim Aeroporto. A expectativa é que este trecho transporte, em média, 185 mil passageiros por dia e facilite o acesso a um dos aeroportos mais movimentados do país. Ao todo, a linha deve exigir investimentos no valor de, aproximadamente, R$ 3,47 bilhões.

Em 2020, a Linha 4-Amarela também deve ser concluída, ao receber sua última estação, Vila Sônia, no segundo semestre do ano. Com o trajeto completo (entre Luz e Vila Sônia), a expectativa é que este trecho atenda mais de 980 mil passageiros por dia, superando os cerca de 670 mil transportados atualmente. Para isso, os aportes nesta linha podem chegar a R$ 1,89 bilhões.

Em 2021, o planejamento deve chegar ao fim, com todas as 28 novas estações prometidas já em funcionamento. Em março, por exemplo, está prevista a inauguração da última parada da Linha 15-Prata, a Estação Iguatemi. Com o trecho completo (de Vila Prudente a Iguatemi), que pode custar em torno de R$ 4,71 bilhões, o trajeto comportará mais de 300 mil passageiros por dia.

"Fizemos grandes investimentos nos últimos anos, em que renovamos a frota de vagões, o que provocou a economia de aproximadamente 30% no consumo de energia da companhia, compramos outros 33 novos trens e realizamos melhorias nas estações", completa Conrado Grava de Souza, que também é o diretor de planejamento da ANPTrilhos.


Ponto de Encontro - Tanto o Metrô de São Paulo quanto a ViaQuatro, assim como as outras principais operadoras de trens de passageiros do país (como a CPTM, também de São Paulo; o Metrô Rio e a SuperVia, do Rio de Janeiro; o Metrô de Brasília; a Trensurb, de Porto Alegre; a CTB, da Bahia; e a CBTU, que gerencia o transporte de Belo Horizonte e de cidades do Nordeste) se encontrarão com fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviços em São Paulo (SP), durante a 20ª edição do principal evento de negócios do setor metroferroviário da América Latina, a NT Expo - Negócios nos Trilhos. Neste ano, o evento será realizado de 07 a 09 de novembro, das 13 às 20 horas, no Expo Center Norte.





NT Expo – 20ª Negócios nos Trilhos 2017 - http://www.ntexpo.com.br/pt/
 



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