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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de ter câncer de mama



Especialista revela 4 dicas para quem vai fazer mamografia


Histórico de câncer de mama na família é um fator de risco muito importante quando o assunto é prevenção. Mas quem tem mamas densas também se encaixa no grupo de risco e deve ser acompanhada de perto por seu médico ginecologista. Apesar das campanhas internacionais, o câncer de mama ainda está aumentando, em parte por causa da maior expectativa de vida das pacientes, em parte por causa do sedentarismo, da obesidade, do consumo elevado de álcool e até mesmo porque a maternidade está sendo adiada para depois dos 40 anos. De acordo com Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Premium, em São Paulo, acrescentar informações sobre a densidade mamária nos laudos das mamografias acaba resultando num melhor modelo de prevenção, já que mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária.

A especialista em diagnóstico da mama afirma que um dos grandes desafios da mamografia é que mamas densas (principalmente nos níveis três e quatro) podem dificultar a interpretação das imagens. “Na imagem mamográfica é difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões (tomossíntese), caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia e a ressonância magnética também ajudam a encontrar alterações no meio do tecido denso”. 

Outro ponto que gera dúvidas de interpretação são as calcificações. Elas fazem parte de muitos processos da mama. Algumas são malignas, outras não. Por isso, muitas vezes é necessário realizar imagens adicionais na mamografia ou ainda uma biópsia para chegar a um diagnóstico definitivo. “A mamografia tomográfica costuma aumentar em até 30% a detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas. Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, esses outros exames devem ser realizados”.

A especialista afirma que, ao serem chamadas para repetir o exame, as mulheres não devem temer nem sofrer antecipadamente. “Entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma chamada para imagens adicionais. Não significa que têm câncer de mama, mas que por algum motivo as imagens não estão bem claras. Estudos apontam que pacientes entre 40 e 49 anos têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num período de dez anos – ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem ter câncer”.

Vivian Schivartche revela quatro boas dicas para quem vai fazer mamografia:


1.   “Observe a reação do seu corpo durante o ciclo menstrual e evite agendar a mamografia naqueles dias em que as mamas estão mais sensíveis e doloridas”.

2.   “Se puder escolher, dê preferência às clínicas que investem em novas tecnologias, já que os novos mamógrafos tornam o exame mais rápido e menos incômodo às pacientes. Outro ponto importante é a clínica contar com um radiologista especializado em imagem da mama para orientar a realização do exame”.

3.   “Durante o exame, procure seguir a orientação do profissional que está no comando, evitando movimentos que possam comprometer o resultado final. Tenha em mente de que se trata de um exame rápido, realizado somente uma vez ao ano, e que pode salvar a sua vida”. 

4.   Se for chamada para uma repetição, não tenha medo e procure agendar o quanto antes. Na hora do exame, tente relaxar, permitindo a compressão necessária para a melhor imagem possível. Oito em cada dez nódulos encontrados não têm nada a ver com câncer”.





Fontes: Dra. Vivian Schivartche - médica radiologista, especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, em São Paulo – www.cdb.com.br




Tratamento pode reduzir cegueira infantil





Falta de correção visual e prescrição errada aumentam a cegueira funcional.

Pesquisa mostra que óculos melhoram o rendimento escolar, comportamento e a concentração das crianças. 



A última pesquisa sobre deficiência visual do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e  Estatística) mostra que no país até a idade de 14 anos 66,4 mil crianças são cegas e  297 mil têm grande dificuldade de enxergar. 

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier em Campinas, os problemas de visão são a maior causa de baixo rendimento escolar. Prova disso, é o resultado de uma pesquisa  realizada com 36 mil crianças que receberam consultas e óculos no hospital. Após um ano usando a correção visual 51% melhoraram  o rendimento escolar  e 57% o comportamento e a  concentração. 


Olho Preguiçoso

O problema é que a dificuldade para enxergar não dói, nem altera a aparência dos olhos e a criança não sabe relatar quando tem alguma alteração na visão  Por isso, muitas vezes passa  despercebida pelos pais e professores. Isso explica porque  8 em cada 10 pré-escolares nunca foram ao oftalmologista. O médico afirma que a falta de acompanhamento oftalmológico faz a ambliopia ou olho preguiçoso ser a maior causa de cegueira monocular na infância. Isso porque, explica, o desenvolvimento da visão acontece até os oito anos de idade. “Qualquer bloqueio neste período faz a criança usar mais o olho de melhor visão, comprometendo o desenvolvimento do mais fraco” afirma. O resultado é a ambliopia. A terapia para sanar o problema  consiste em ocluir o olho de melhor visão para estimular o desenvolvimento do outro. Caso o tratamento não seja feito antes da idade de oito anos a deficiência no olho de menor visão se torna permanente.


Sinais
O especialista afirma que não é só aproximar muito o rosto da TV ou dos livros que sinaliza problema de visão em crianças a partir de seis anos.. Uma pesquisa feita pelo médico mostra que 30% das que usam muito o computador têm dor de cabeça. Á dor só está relacionada a vício de refração em 1% das crianças.  Mas pode também sinalizar, destaca, risco de desenvolver miopia acomodativa. Trata-se  da dificuldade temporária de enxergar de longe por causa do esforço concentrado para perto que mantém os músculos ciliares contraídos por muito tempo.

Até os dois anos, o oftalmologista diz que os país devem estar atentos ao lacrimejamento excessivo, olhos vermelhos ou com secreção, falta de interesse pelas pessoas e ambientes, pupilas muito grandes, opacas ou de cor acinzentada.

Dos 3 aos 5 anos os sinais de algo errado com a visão são tombar a cabeça para um lado, coçar muito os olhos, fechar um dos olhos em ambientes ensolarados, desviar os olhos para dentro ou para fora.


Na gaveta
Queiroz Neto conta que durante um mutirão realizado este ano com 3,5 mil pessoas que receberam consultas e óculos gratuitos no hospital foi constatado que 12% usavam óculos com prescrição errada feita dentro de ópticas e outros 18% dos participantes por falta de condições financeiras para comprar os óculos engavetaram as receitas, número bem maior que os 10% estimados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia. A soma desses índices revela o crescimento da cegueira funcional no país e uma urgência da parceria entre o poder púbico e a indústria para que seja criado o óculos social com preços acessíveis à maioria da população. É bem verdade, ressalta, que a falta de óculos não piora a visão, mas uma pessoa com vício de refração moderado que não tenha acesso à correção visual correta sofre limitações importantes nas atividades. 





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