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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Respirar só pela boca, estalar o maxilar, mastigar só de um lado... tudo isso se trata na cadeira do cirurgião-dentista



Há problemas que são tão comuns e ainda assim pouca gente sabe a quem recorrer para tratar. É o caso dos estalos na boca, dor na articulação temporomandibular, mastigação com a boca aberta, mordida cruzada, respiração bucal, deglutição atípica, bruxismo e de outros tantos desconfortos. De acordo com Wilma Simões, professora do curso de pós-graduação em Ortopedia Funcional dos Maxilares na Faculdade de Odontologia da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), essa especialidade é responsável pela reabilitação de disfunções orofaciais. Abaixo, a especialista responde a oito importantes dúvidas sobre a Ortopedia Funcional.

1.   Estalos na mandíbula, dor na região das articulações temporomandibulares, mastigação viciosa (de um só lado), mordida cruzada, respiração somente pela boca, deglutição atípica, bruxismo... Tudo isso é da competência do cirurgião-dentista especializado em Ortopedia Funcional dos Maxilares? Explique, por favor.

Wilma Simões – “Em determinados casos, é fundamental um atendimento multidisciplinar. Por exemplo, quem sofre de artrite idiopática juvenil, além do cirurgião-dentista especializado em Ortopedia Funcional, deve recorrer também a um reumatologista. Quando há traumas, deve ser assistido também por um ortopedista. Em caso de distúrbios de crescimento, um endocrinologista também estará envolvido no tratamento. Cada um contribui, dentro da sua especialidade, com o processo de cura. Dependendo do caso, outro cirurgião-dentista, especializado em Odontopediatria, terá participação fundamental no campo orofacial. Ele deverá completar os recursos pertinentes à recuperação, regulando a postura e o movimento para o melhor e mais rápido resultado terapêutico. Muitos casos requisitam odontólogos especialistas em Dor e Disfunção Orofacial e requerem ainda o suporte do fisioterapeuta”.

2.   Também doenças respiratórias como asma, rinite e disfunções de sonorização (dislalia) estão dentro do escopo do seu trabalho?

Wilma Simões – “Sim, porém o otorrinolaringologista e a fonoaudióloga também são quase sempre indispensáveis”.

3.   Qual é o objetivo da Ortopedia Funcional?

Wilma Simões – “O objetivo da Ortopedia Funcional dos Maxilares é controlar a dinâmica mandibular e a ancoragem, principalmente sobre elementos como articulações, músculos, mucosa, língua, lábios e dentes, contando com a possibilidade de um número grande de aparelhos ortopédicos funcionais capazes de mudar a postura. De maneira geral, com respostas como um aumento da passagem de ar configuram-se relações de equilíbrio na obtenção e manutenção de melhores e mais estáveis situações. O aparelho ortopédico funcional é estético e confortável”.

4.   Vocês fazem uso de aparelhos móveis e soltos? Quais são os demais recursos incluídos nos tratamentos?

Wilma Simões – “A identidade essencial da Ortopedia Funcional é a mudança de postura terapêutica através de um contato direto sobre os dentes, isto é, sem usar nenhuma interface com as estruturas orofaciais para isso. Os sistemas de ancoragem e os métodos de diagnóstico são específicos e completamente diferentes dos usados na Ortodontia. Finalmente, não é sempre que os aparelhos funcionais estão soltos. Isso depende da condição de liberação ou bloqueio que parte da conexão entre mudança de postura terapêutica e ancoragem. Os demais recursos incluídos nos tratamentos ortopédicos podem ser desgastes seletivos para liberar movimentos e as ‘pistas diretas planas’ feitas em resina sobre os dentes decíduos para o controle da dimensão vertical – que podem até descruzar mordidas posteriores. Algumas mordidas cruzadas anteriores podem ser tratadas com sucesso, mas são casos raros”.

5.   Os pais devem estar atentos a determinados comportamentos desde que seus filhos são ainda bebês? Exemplo: mamar deitado é ruim para o desenvolvimento dos maxilares e dentes?

Wilma Simões – “Sim, os pais devem dar atenção ao aspecto odontológico do bebê desde o seu nascimento. Para mamar a criança deve ser verticalizada e, quando maior, deve continuar em posição ereta para se alimentar. A atenção para hábitos inconvenientes e deletérios, como sucção de dedos, entre outros, merece controle e disciplina de correção. Isso também deve ser analisado e controlado pelo odontopediatra especializado”.

6.   Há recomendações sobre hábitos e alimentação na primeira infância?

Wilma Simões – “Os alimentos devem ser mais fibrosos, secos e naturais, para influenciar positivamente no desenvolvimento da melhor arquitetura dos ciclos mastigatórios. Estes estarão morfologicamente estabelecidos aos quatro ou cinco anos de idade, solicitando movimentos que exercitem o desenvolvimento da força mastigatória”.

7.   Com relação aos adolescentes, há hábitos deletérios que podem prejudicar o fortalecimento da musculatura?

Wilma Simões – “Sim. Antes, o tratamento de maloclusões era indicado exclusivamente para adolescentes. Atualmente, com o progresso da ciência e da multidisciplinaridade, sabe-se que o tratamento pode ser oportuno em qualquer idade, com as devidas e respectivas considerações. O predomínio do açúcar, gordura, comida pastosa, frituras, bebidas gaseificadas, entre outros elementos, identificam maus hábitos que podem levar a doenças numa frequência significativa, como diabetes. Dentes tortos demonstram movimentos de dentes inferiores contra superiores e postura mandibular alterada. Essa situação compromete a musculatura envolvida. Dependendo do caso, a Ortopedia Funcional deve ser acionada em caráter multidisciplinar quando incluir doença, trauma e determinantes que afetam o crescimento”.

8.   Como o especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares trata o bruxismo?

Wilma Simões – “Bruxismo é um ato parafuncional – diferentemente da respiração, mastigação, deglutição e fonação, que são funcionais. O bruxismo ocorre na vigília, porém mais frequentemente durante o sono, podendo produzir som audível. Ele é representado por movimento rítmico e involuntário, incluindo ranger e/ou apertar os dentes, provocando desgaste. O bruxismo é mais frequente na infância e depois vai diminuindo entre seis e doze anos. Vale a pena ressaltar que ele é mais presente no gênero feminino. A Ortopedia Funcional tem uma série de recursos para tratar o bruxismo através de aparelhos que liberam ou bloqueiam movimentos com a preferência de não cobrir as faces oclusais e alterando minimamente a dimensão vertical”.





Fonte: Prof. Dra. Wilma Simões - professora do curso de pós-graduação em Ortopedia Funcional dos Maxilares na Faculdade de Odontologia da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas) – www.faoa.edu.br


 

H. Olhos Paulista registra aumento de 9,7% nos casos de conjuntivite



  • Dados são do pronto-socorro do hospital, em relação ao mesmo período do ano passado
  • Entre maio e junho, o crescimento alcançou 12%
  • Altamente contagiosa, a doença trata-se da inflamação da conjuntiva, membrana que reveste a parte externa do globo ocular e das pálpebras 

O H.Olhos Paulista registrou um aumento expressivo nos diagnósticos de conjuntivite no pronto-socorro. Comparado ao mesmo período do ano passado, entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de junho, os casos cresceram 12%, com 628 atendimentos a mais em relação ao ano anterior para o período. Já entre a segunda quinzena de junho e a primeira de julho, o salto foi de 7,5%, totalizando uma elevação de 428 casos em relação à mesma época do ano passado. Compreendendo o período entre os 15 últimos dias de maio e os 15 primeiros de julho, o crescimento foi de 9,7%, o que representa um aumento de 1148 atendimentos, comparado a 2016.

Nome dado à inflamação da conjuntiva – membrana que reveste a parte externa do globo ocular, a conjuntivite manifesta-se com mais frequência nos meses mais frios.

“Isso se deve ao fato de que no outono e o no inverno, as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados e com maior aglomeração, além do clima estar mais seco, construindo um cenário propício para a manifestação de doenças oculares inflamatórias/alérgicas e infecciosas/virais. Mais um ponto a observar é que, neste ano, tivemos mais dias seguidos com temperaturas mais baixas e consequente umidade relativa reduzida, o que leva a uma maior concentração de partículas dispersas na atmosfera e eleva a concentração de poluentes e de meios de deslocamento dos vírus pelo ar”,  comenta o Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, oftalmologista e chefe do pronto-socorro do H.Olhos Paulista.


Como saber se estou com conjuntivite?

Entre os principais sintomas estão coceira, olhos vermelhos, inchaço das pálpebras, lacrimejamento e sensibilidade à luz. Outro fator característico da conjuntivite é sensação de areia nos olhos, reclamação muito comum entre os pacientes.

“Sentir que está com areia nos olhos acontece devido à parte interna das pálpebras estar irregular, decorrente de seu processo inflamatório. Ao piscar, a pálpebra entra em contato direto com a córnea – tecido potencialmente sensível e transparente que fica na parte da frente do olho – , e esta identifica que há um corpo estranho lá, dando essa sensação incômoda”, explica o Dr. Pedro Antonio.

Um ponto importante a ressaltar é que somente com a visita ao oftalmologista será realizado o diagnóstico correto e o tratamento adequado, conforme a causa da doença, sendo a viral a mais frequente dentre as conjuntivites infecciosas.


Estou com conjuntivite. O que faço?

Após a confirmação, o oftalmologista pode prescrever anti-inflamatórios e colírios lubrificantes, de acordo com cada caso específico. Para alívio dos sintomas, é fundamental evitar a exposição ao sol, evitar levar as mãos aos olhos, lavar o rosto com água corrente e sabonete neutro cerca de quatro vezes ao dia, e fazer compressas frias (água filtrada gelada - evite soro fisiológico) com gaze ou algodão entre quatro e seis vezes por dia.

Importante! A conjuntivite viral é causada por um agente altamente infeccioso. Portanto, é essencial se afastar das atividades escolares e/ou profissionais durante o período de transmissão do vírus, que ocorre entre 7 e 14 dias após o início da conjuntivite.




H.Olhos Paulista




Sonho de ser pai pode ser ameaçado pela infertilidade



  • A infertilidade masculina na maioria dos casos não produz sintomas
  • Conheça as verdades e mitos da fertilidade masculina


Aproximadamente 15% da população mundial enfrenta problemas para conceber um filho. Em 4 de cada 10 casos, o fator de infertilidade está relacionado diretamente com o homem, enquanto outros 2 casos terão fatores mistos, onde o homem e a mulher contribuem nas causas.

Apesar de quase 90% dos casos de infertilidade terem uma solução médica para aqueles que consultam um especialista em reprodução humana, apenas uma pequena parcela da população procura ajuda de um especialista para avaliar o problema e dar início ao tratamento. “Os homens resistem mais que as mulheres, e muitas vezes esta demora pode fazer com que uma solução que poderia ser simples, acabe complicando”, afirma Dra. Genevieve Coelho, especialista em reprodução humana e diretora da clínica IVI Salvador.

Ao contrário do que se pensa, a fertilidade do homem também diminui com a idade, conforme foi comprovado pelo estudo apresentado recentemente pelo Centro Médico Diaconisa Beth, em Israel e Escola de Medicina de Harvard, nos EUA.  O fato dos homens produzirem espermatozoides durante a vida inteira criou o mito da fertilidade permanente, mas a idade do homem e também seus hábitos influenciam na qualidade dos espermatozoides produzidos e, consequentemente, na fertilidade.


Verdades e mitos da fertilidade masculina


1 – Todo homem pode ter filhos mesmo em idade avançada

MITO: O homem produz espermatozoides a vida toda, mas isso não significa que estes espermatozoides não perdem qualidade e também não significa que todos os homens têm o mesmo nível de fertilidade.

2 – Os efeitos nocivos dos anabolizantes desaparecem depois que o homem deixa de utilizar a droga

MITO: Os efeitos estéticos de ganho de massa muscular, forma física e resistência que produzem estas substâncias podem afetar o homem para sempre, mesmo após o abandono do uso do anabolizante. Isso ocorre porque ao consumir testosterona sintética, a produção de testosterona natural é reduzida e como consequência, a produção e qualidade dos espermatozoides também diminuem. “Os danos de “tomar bomba” podem chegar a ser irreversíveis e produzir inclusive problemas sexuais, cardiovasculares e diminuição da imunidade”, alerta Dra Genevieve.

3 – Infertilidade e impotência sexual é a mesma coisa

MITO: É possível que um homem com uma vida sexual muito ativa e satisfatória seja infértil, da mesma forma que as disfunções sexuais não necessariamente afetam a qualidade do esperma e sua capacidade de fertilização.
A infertilidade se caracteriza quando após um ano de relações sexuais frequentes o casal não consegue engravidar, algo que acontece com homens sexualmente ativos. Por outro lado, a impotência sexual é uma disfunção que pode estar associada a uma diminuição da libido, disfunção erétil e falhas na ejaculação.

4 – Exposição a calor intenso na região dos testículos reduz a fertilidade

VERDADE: Homens que trabalham em estufas ou que permanecem expostos a um calor intenso tem um risco aumentado de produzir espermatozoides com alterações que inviabilizam a gravidez.

5 – Obesidade prejudica a fertilidade

VERDADE: O estudo “influência da obesidade masculina nas taxas de gestação em ciclos de reprodução assistida com óvulos doados” coordenado pelo Dr Gabriel de la Fuente, da clínica IVI Madri, revelou que homens obesos ejaculam em média 8 milhões de espermatozoides por mililitro menos que os homens que estão dentro do peso ideal. Neste estudo também foi identificada uma relação entre obesidade e baixa qualidade do sêmen.

Exames que avaliam a fertilidade masculina

O exame básico para a avaliação da fertilidade masculina é o espermograma, que estuda a mobilidade, aspecto morfológico e nível de concentração dos espermatozoides. “O ideal é não apenas realizar o espermograma, mas também complementar o estudo com a capacitação espermática, que ajuda a ter um diagnóstico mais preciso. Porém estes testes não consideram os aspectos genéticos (cromossômicos), nem a quantidade de material genético dos espermatozoides. Para considerar os fatores genéticos os testes indicados são o Cariótipo, a Fragmentação do DNA espermático e, em casos mais graves o FISH”, explica a embriologista do laboratório da Clínica IVI Salvador, Laís Diniz.
Dependendo de cada caso, além dos exames citados anteriormente, na avaliação da fertilidade masculina podem ser solicitadas ecografias e exames hormonais.






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