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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Disfunção de ATM pode acometer até 75% da população



 
Centro das disfunções da ATM do Hospital Samaritano de São Paulo é o primeiro a oferecer atendimento específico para a doença


A articulação da mandíbula, chamada de ATM, é fundamental para que a pessoa possa realizar ações básicas, como falar, bocejar, mastigar e engolir. Por isso, quando existe algum tipo de problema que comprometa seu funcionamento, a qualidade de vida é prejudicada. E isso acontece frequentemente, segundo o Coordenador do Centro das disfunções da ATM do Hospital Samaritano de São Paulo, Prof. Dr. Ronaldo de Freitas. “O distúrbio da ATM, ou dor ‘orofacial’, pode acometer de 40 a 75% da população brasileira, de acordo com estudos epidemiológicos. Além disso, 33% dessas pessoas têm, pelo menos, um sintoma como cefaleia ou dor na face causados pelas doenças que acometem esta articulação”, revela.

O principal fator que leva às pessoas a desenvolverem a disfunção é o estresse, por isso, a tendência para os próximos anos é que o número de pessoas que precisem buscar ajuda médica para tratar a doença seja ainda maior. “A disfunção acomete desde adolescentes até idosos, porém, a faixa etária mais ativa, dos 20 aos 65 anos, é que acaba desenvolvendo a disfunção, visto que a vida corrida que eles levam, somada às outras atividades de rotina, costuma causar mais estresse e ansiedade”, afirma o especialista.

Além do estresse, alguns outros hábitos podem fazer com que o paciente desenvolva a disfunção de ATM, como mordida errada, abertura excessiva da boca, bruxismo, apertamento dental, o hábito de roer unhas, entre outros.


Sintomas e tratamento
Os sintomas que identificam a disfunção de ATM são muitos e podem ser confundidos com outros problemas de saúde, como enxaqueca, cefaleia e até com problemas auditivos. Isso porque os sinais mais comuns são dores de cabeça crônicas, dores na região do pescoço e ombros, dores agudas nos ouvidos, sensação de dormência no rosto, ruídos, estalos e travamentos ao abrir e fechar a boca. “Os ruídos ou estalos estão presentes na maioria dos casos e são decorrentes da distensão dos ligamentos do disco articular, dificultando a mobilidade e podendo, inclusive, provocar seu deslocamento”, explica Dr. Freitas.

O especialista enfatiza que “após a realização do diagnóstico, dá-se início ao tratamento de acordo com o estágio da doença. É importante ressaltar que o sucesso do tratamento só é possível com um diagnóstico preciso, que definirá o tipo de terapêutica mais adequada para o caso, por isso, é fundamental que o paciente busque profissionais qualificados e especializados.

Os procedimentos clínicos são a forma mais comum de tratamento para o problema, que corresponde a 90% dos pacientes, porém, existem casos em que a cirurgia é necessária. Nesses casos, a cirurgia minimamente invasiva da ATM traz bons resultados em cerca de 90% dos pacientes, sem prejuízo estético, possibilitando uma recuperação mais precoce.

Por se tratar de uma doença crônica, é importante fazer o acompanhamento regular indicado pelo especialista.


Sobre o Centro para tratamento das disfunções da ATM

O primeiro centro especializado para tratamento das disfunções da ATM de São Paulo conta com uma equipe com alta expertise no atendimento e procedimentos clínicos, cirurgia minimamente invasiva, até procedimentos de reconstrução total desta articulação.
Integrado aos Núcleos de Neurologia e Otorrinolaringologia e aos serviços de Diagnóstico por Imagem, o centro oferece aos pacientes o acesso rápido à consultas e exames necessários para realizar o diagnóstico preciso e o tratamento precoce.



Complexo Hospitalar do Hospital Samaritano


Epilepsia: como fazer a diferença no momento de crise



 Informação, respeito e prontidão para ajudar são fundamentais para a inclusão dos pacientes na sociedade


São diversas as manifestações possíveis quando o assunto é epilepsia. Por isso, é necessário entender não só quais são elas, mas como agir ao presenciar uma crise e ajudar o paciente. Muitas vezes, essa primeira assistência pode ser decisiva para um diagnóstico precoce e/ou auxílio ao tratamento.

A crise epiléptica é regularmente confundida com outras enfermidades, uma vez que é comum se associar a fatores como febre alta, abuso de drogas ou distúrbios metabólicos. A crise, principal sintoma da epilepsia, deve-se a uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. "Na realidade, a doença epilepsia tem várias causas  como traumas na cabeça, problemas durante o parto ou até um tumor", salienta a Dr. Maria Luiza Manreza, doutora em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, há, até o momento, cerca de 3 milhões de brasileiros com o diagnóstico da doença, que é clínico com base na história relatada pelo paciente, seus familiares ou pessoas que presenciaram as crises epilépticas, o que mostra como é importante ter conhecimento acerca das características da doença. Exames complementares como o eletroencefalograma (EEG) e de neuroimagem, como a tomografia e a ressonância magnética, ajudam na confirmação do diagnóstico, na caracterização do tipo de crise epiléptica e na definição da causa da epilepsia.

A manifestação mais conhecida é a "crise tônico-clônica generalizada ou crise grande mal", em que o paciente apresenta uma convulsão na qual perde a consciência e contrai os músculos do corpo podendo cair no chão, salivar excessivamente, morder a língua, respirar de forma ofegante e até urinar. Já a "crise de ausência", menos popular e mais recorrente na infância, é caracterizada por um "desligamento", em que o paciente fica com o olhar fixo e perde o contato com o meio por alguns segundos, voltando depois como se nada tivesse ocorrido.

Outro tipo de crise generalizada é a "crise mioclônica", em que ocorrem movimentos bruscos, muitas vezes como um choque, e os pacientes podem derrubar ou mesmo jogar objetos que tenham nas mãos. Essas crises geralmente ocorrem no período da manhã, após o despertar, facilitadas pela falta de sono ou excesso de estresse. Muitas vezes passam despercebidas por quem está por perto, principalmente quando ocorre na adolescência, momento em que "movimentos desajeitados" são considerados mais frequentes. Todo esse cenário retarda o diagnóstico e consequentemente o tratamento, o que pode agravar certos quadros.

As crises epilépticas podem ser ainda "focais", quando comprometem áreas mais restritas do cérebro. Elas podem ocorrer com ou sem perda da consciência e as manifestações clínicas são variáveis dependendo da área do cérebro que foi acometida. Uma das formas mais comuns são aquelas caracterizadas por dor na região abdominal seguida de perda de consciência e movimentos automáticos nas mãos ou mesmo na boca. Certas crises podem ainda ser confundidas com distúrbios psiquiátricos, visto que os sintomas podem envolver alucinações  ou experiências similares a um sonho.

Algumas medidas que podem ser tomadas durante as manifestações da epilepsia podem aliviar a tensão do paciente e até mesmo salvar vidas. "No caso de crises convulsivas, por exemplo, o procedimento é afastar objetos que possam machucar o paciente, apoiar sua cabeça virando-o de lado para não deixar ocorrer o acúmulo de saliva ou que haja a possibilidade de engasgamento e, por fim, esperar que passe", reforça a neurologista.

O papel de quem presencia uma crise faz a diferença. A compreensão é o primeiro passo para se tornar capaz de auxiliar uma pessoa que convive com a doença, além de contribuir para que ela não seja marginalizada socialmente. Informar-se, respeitar e estar pronto para ajudar é fundamental para colaborar com a inclusão dos pacientes na sociedade. 




Fonte: UCB Biopharma



Nutrição nos primeiros estágios da vida – a base para a saúde e o bem-estar ao longo dos anos





A nutrição nos primeiros estágios de vida representa uma oportunidade única de causar um impacto positivo no futuro da saúde de cada bebê. A nutrição é a base para o desenvolvimento saudável, crescimento, aprendizagem e desempenho durante os primeiros anos de vida.
Por isso, além de nos focarmos no bebê após o nascimento, o atual entendimento da nutrição nos primeiros estágios de vida também abrange o período pré-natal. Assim, para nos beneficiarmos plenamente da nutrição sob medida durante os "primeiros 1000 dias", devemos começar desde o início da gravidez.

Nutrição durante a Gravidez – Comer por dois?
A resposta a esta velha questão é tanto "não" quanto "sim". Por um lado, as mulheres grávidas devem evitar a ingestão excessiva de calorias, que resultam em ganho de peso, para prevenir complicações e melhorar as condições da gravidez. Por outro lado, elas devem certificar-se de que estão atendendo ao aumento da demanda por nutrientes essenciais, principalmente aquelas mulheres que já estão comprometidas nutricionalmente.
Há um consenso global entre a comunidade médica de que a ingestão em níveis suficientes de ácido docosahexaenóico (DHA), originado do ômega 3, é de extrema importância durante a gravidez. As sociedades de pediatria e nutrição, em todo o mundo, estão gradualmente introduzindo os níveis de ingestão adequados. Esse é o primeiro passo para a nutrição eficaz e saudável de um bebê.

Leite materno – O “superalimento” universal para os bebês
O leite materno é o alimento ideal para os bebês. É por isso que a Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses e, após esse prazo, amamentação pelo máximo de tempo possível. O leite materno atende às necessidades dos bebês, fornecendo nutrientes adequados às diferentes fase de desenvolvimento. Uma mãe que amamenta gera cerca de 800 ml de leite/dia, em média. Isto leva a um aumento das necessidades de energia, e de macro e micronutrientes.
Um aumento das necessidades de energia e proteínas é mais fácil de ser suprido com a ingestão diária de alimentos, enquanto os nutrientes essenciais, tais como vitamina D, ácido fólico, ferro, zinco, iodo, cálcio e ácido graxo, e ômega-3 DHA podem exigir um esforço adicional. Formuladores que customizam suplementos para as mulheres que amamentam têm uma responsabilidade importante de atender às necessidades vitais da mãe e da criança. Esta responsabilidade é estendida ao escolher os fornecedores de ingredientes, dando preferência àqueles que garantem uma qualidade consistente.

Fórmulas Infantis – A melhor escolha caso não seja possível amamentar
As fórmulas infantis são a escolha certa quando a mãe não pode ou opta por não amamentar o seu bebê. Estas fórmulas possuem uma composição semelhante a do leite materno, podendo ser utilizada para a alimentação exclusiva ou em combinação com leite materno. Para refletir as variações no leite humano durante o período de lactação, existem dois tipos: fórmulas iniciais (desde o nascimento até 6 meses) e fórmulas de transição (a partir de 6 - 12 meses de idade). As principais diferenças entre as fórmulas iniciais e de transição estão relacionadas ao tipo e quantidades de proteínas e carboidratos.
Um fator importante sobre a nutrição infantil é a segurança. É fundamental evitar a contaminação da fórmula durante o processamento e manuseio. Avanços em embalagens e aplicação, como os formatos prontos para consumo e porções individuais, são passos importantes para tornar os produtos mais seguros. Por isso, deve-se garantir que os fornecedores de ingredientes para as fórmulas sejam os mais recomendados e com níveis de qualidade excelentes. Essa escolha tem um impacto muito grande quando falamos de uma nutrição segura e eficaz.

Leite de crescimento (Growing-up milk) – Elaborado para preencher a lacuna nutricional
Em uma fase mais avançada da primeira infância, o leite de crescimento é uma importante fonte de nutrientes para as crianças pequenas. Novamente, há dois tipos de produtos: leite para crianças entre 12 e 36 meses e o leite pré-escolar (para crianças de 3 anos ou mais).
Nos países desenvolvidos, a necessidade do leite de crescimento é algumas vezes debatida. Crianças menores que 1 ano de idade seriam capazes de consumir alimentos normais e várias recomendações nutricionais são estabelecidas para  planos alimentares específicos por idade. No entanto, é difícil cobrir as necessidades nutricionais das crianças através de uma dieta equilibrada, composta exclusivamente de alimentos naturais e não fortificados, o que reflete os desafios ao introduzir os alimentos da família.
O leite de vaca, por outro lado, não é a melhor opção para compensar a deficiência de micronutrientes, pois possui níveis muito elevados de proteína. O alto consumo de proteínas durante a infância deve ser evitado, uma vez que pode levar a um risco aumentado de sobrepeso e obesidade na infância e na vida adulta.
Recentemente, um painel de especialistas concluiu que o leite de crescimento é uma fonte importante de nutrientes, não só para as crianças em risco de desnutrição protéico-energética. Ele também compensa deficiências nutricionais que podem ocorrer na fase de transição da nutrição infantil para a nutrição familiar ou como consequência do estilo de vida agitado ou escolhas alimentares inadequadas na família.

Quais nutrientes demandam atenção especial durante a Nutrição nos Primeiros Estágios de Vida?
DHA – Food for thought (alimento para o raciocínio)
O ácido docosahexaenóico (DHA), originado do ômega 3, é um componente integral da membrana celular e, como tal, está envolvido na funcionalidade de células normais, especialmente na retina e no cérebro. Há provas convincentes de estudos em humanos de que o DHA aumenta significativamente o desenvolvimento da acuidade visual.
A primeira infância é a fase fundamental do desenvolvimento do cérebro: um salto de crescimento especial ocorre a partir do último trimestre da gravidez até os 2 anos de idade. Com a idade de 5 anos, a massa cerebral terá aumentado cerca de 3,5 vezes em relação ao nascimento e em torno de 90% da arquitetura cerebral já está estabelecida. Sendo baixa a formação natural de DHA, o fornecimento nutricional adequado é essencial para assegurar condições ótimas para o desenvolvimento estrutural do cérebro, crescimento dos neurônios e diferenciação.
Além desses benefícios comprovados no desenvolvimento estrutural do cérebro, o DHA parece ter um impacto direto sobre as funções cognitivas. Estudos recentes trazem evidências de que a suplementação com DHA em crianças melhora significativamente o desempenho cognitivo na aprendizagem, memória e velocidade de processamento da informação em crianças. Estes são fatores importantes em uma ampla gama de competências como raciocínio e resolução de problemas.
Considerando que a ingestão de DHA de um bebê ou de uma criança é geralmente baixa, a suplementação adequada de DHA (através do leite de crescimento) pode contribuir significativamente no alcance das metas de desenvolvimento da criança. Escolher um fornecedor com expertise na produção de um DHA com baixo sabor residual, ajuda a garantir formulações mais saborosas.

Vitamina D – Argumentos fortes para ossos fortes
Artigos publicados nos últimos anos discutem as implicações da insuficiência de vitamina D em uma infinidade de plataformas de saúde. A vitamina D nos primeiros estágios de vida é mais relevante para a prevenção de raquitismo e para garantir funções imunes normais e, portanto, apoiar o crescimento e desenvolvimento normal.
Apesar da consciência generalizada, a situação do suprimento real em mulheres grávidas, bebês e crianças é alarmante e já foi identificado que a alta prevalência de insuficiência de vitamina D em mulheres grávidas e crianças está em todas as partes do mundo. Assim, a prevalência de raquitismo está aumentando. Um grupo mundial de especialistas publicou recentemente as Recomendações Consensuais sobre a Prevenção e Gestão do Raquitismo. Os especialistas defendem a suplementação de vitamina D para todas as mulheres grávidas (600 U.I/dia) e bebês (400 U.I/dia), independente do modo de alimentação.

Para onde vamos?
Muitos estudos lançam luz sobre conexões potenciais entre a saúde de adultos e o estado nutricional durante os primeiros 1000 dias de vida. Por exemplo, sabemos hoje que a saúde e o estado nutricional das mães durante o período pré-natal, e mesmo na fase pré-concepção, está ligado ao risco de obesidade e desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Alimentar a mãe e o bebê é - e continuará sendo - o principal tema da Nutrição nos Primieros Estágios de Vida. Novas perspectivas animadoras na área da epigenética e programação metabólica irão abrir novas oportunidades para as estratégias nutricionais dos formuladores. Com as evidências científicas já estabelecidas, fica claro que o apoio nutricional, para a mãe e para o bebê, é fundamental para a saúde e o bem-estar ao longo da vida das crianças.

Marianne Heer - gerente de Marketing Científico de Nutrição Humana, BASF

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