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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

SAÚDE OCULAR



11 Questões sobre Olho Seco
Este problema afeta a quantidade e qualidade da lubrificação dos olhos


A poluição, o excesso de exposição ao sol, o vento, ar condicionado ou ambientes que, de alguma forma tornem o ar mais seco, lentes de contato, fumaça de cigarro, tempo em excesso na frente do computador, uso de maquiagens de baixa qualidade e clima seco  são alguns elementos que podem atuar como agentes facilitadores na evaporação das lágrimas e desta forma provocar secura nos olhos.

Para entender melhor o que leva ao desenvolvimento do olho seco, como isso pode prejudicar a acuidade visual e quais os tratamentos indicados para combater este problema, entrevistamos o Dr. Richard Yudi Hida (CRM-SP 87030 e RQE 47076), membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR), Chefe do Setor de Superfície Ocular da USP e Chefe do Setor de Catarata da Santa Casa de São Paulo.

1-O que é a síndrome do olho seco?
A Síndrome do Olho Seco (ou Síndrome da Disfunção Lacrimal) é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes. A qualidade da lágrima pode ficar alterada quando se altera uma de suas três camadas que a compõem: a de água, a de mucina e a de gordura. É de extrema importância o equilíbrio desses componentes para a saúde da superfície ocular. A camada gordurosa é responsável por não deixar a água evaporar. Se houver deficiência nessa camada, por exemplo, não é possível permanecer com os olhos abertos por mais que 2 a 3 segundos, devido ao excesso de evaporação.

2-Quais são os sintomas?
Seus principais sintomas são inespecíficos e são parecidos com sintomas de cansaço ocular: ardência, ressecamento, oscilação ou baixa visão, sensação de areia nos olhos, irritação, coceira, dificuldade em permanecer em frente ao computador ou ar condicionado e olho vermelho ao final do dia.

3-Quem são os maiores atingidos pela síndrome (homens, mulheres, crianças, idosos)?
Indivíduos que usam computador/tablet/celular, mulheres, pessoas acima dos quarenta anos e quem usa lentes de contato estão mais propensos ao problema. Acredita-se que essa Síndrome afete cerca de 18 milhões de brasileiros, segundo dados de uma pesquisa da Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco (Apos).

4-De que forma as pessoas que trabalham em escritórios, com computadores, ar-condicionado, etc. passam a ser o principal grupo de risco?
Fatores ambientais como poluição, alterações do meio ambiente, umidade, temperatura ou ar condicionado, são os principais causadores do olho seco devido ao aumento da evaporação da lagrima por alterações na sua qualidade. O uso de qualquer dispositivo eletrônico ou não eletrônico que faça com que o individuo permaneça constantemente fixando os olhos por muito tempo, pode causar também a síndrome do olho seco devido à deficiência no piscar, principal ato na estabilização da superfície do olho.
Outros fatores importantes são a maquiagem e doenças sistêmicas.

5-Quais são os métodos de prevenção? Quais os tratamentos?
Recomendações específicas para cada tipo de olho seco devem ser diagnosticados antes de iniciar o tratamento, uma vez que cada tipo tem suas peculiaridades na terapêutica. Portanto, a única prevenção é visitar o medico oftalmologista para exames de rotina. De maneira geral, algumas orientações no dia-a-dia devem ser consideradas, tais como:

a)   Descanse os olhos: usar computador ou ler por muito tempo força a vista e reduz o número de piscadas. Faça pequenos intervalos direcionando os olhos para um ponto distante. Esse exercício também ajuda relaxar a musculatura responsável pelo foco de perto;

b)   Acerte a altura da tela do computador: o ideal é que a tela fique um pouco mais baixa do que a linha do olhar. Os olhos voltados para baixo ficam mais relaxados e menos abertos;

c)    Pisque com mais frequência: quando estamos diante de atividades que exigem o olhar mais atento, piscamos menos do que o necessário, o que prejudica a lubrificação da córnea;

d)   Beba bastante líquido: assim como os lábios e a pele, os olhos também se desidratam;

e)   Use óculos de sol com FPS: eles protegem os olhos de fatores externos que podem irritar a vista, como os raios UVB e o vento;

f)    Higienize bem a região dos olhos: retire a oleosidade da pele e resquícios de maquiagem utilizando sabonetes neutros. Esse cuidado evita a danificação da lágrima e o entupimento das glândulas que secretam componentes para a lágrima;

g)   Complementação com ômega 3: ele ajuda na composição da camada mais oleosa da lágrima, importante para evitar que ela evapore facilmente;

h)   Descanse bem: boa qualidade e quantidade de sono são de extrema importância para descansar os olhos.

6-Qual a função das lágrimas artificiais? Qual a função dos colírios umidificadores?
As “lágrimas artificiais” e “colírios umidificadores” são termos utilizados por médicos e pacientes quando se referem a quaisquer colírios prescritos pelo médico oftalmologista com intuito de repor a lágrima natural do indivíduo. Não existe um consenso com relação à nomenclatura. As lágrimas artificiais são colírios que possuem componentes artificiais mais próximos da lágrima e deve ser receitado pelo oftalmologista caso seja diagnosticada a Síndrome do Olho Seco relacionado com a deficiência na produção da lágrima. Portanto, antes de utilizar lágrimas artificiais, um médico oftalmologista deve ser consultado para esclarecer o diagnóstico apropriado. É de extrema importância que não se deve automedicar sem orientação médica.  A utilização sem orientação médica das lágrimas artificiais pode causar outras doenças oculares na pálpebra (blefarites), conjuntiva (conjuntivites) e na córnea (ceratites), como também pode causar dependência das lagrimas artificiais.

7-Qual o passo a passo de pingar o colírio?
Cada fabricante tem metodologias e “jeitos” diferentes de aplicação de colírios de acordo com o desenho do frasco, portanto, é de extrema importância seguir as instruções descritas na bula da medicação. É conveniente também solicitar orientação ao médico oftalmologista para esclarecer os meios de uso de cada colírio.

8-Como aumentar a absorção ocular do colírio?
Existem componentes específicos em cada tipo de colírio que pode alterar sua absorção. Isso deve ser esclarecido com seu médico para avaliar indicação de cada colírio. Para o paciente, para aumentar sua absorção, orienta-se a instilar o colírio  deitada e permanecer nesta posição durante alguns segundos com os olhos levemente fechados.

9-Como reduzir os efeitos colaterais?
Existem efeitos colaterais descritos em todas as medicações oftalmológicas.
Não existe meio de reduzi-los a não ser suspender seu uso e procurar seu oftalmologista para prescrever outra medicação.

10-Como evitar a contaminação?
·         Respeitar data de validade da medicação;

·         Seguir de forma restrita das orientações do fabricante;

·         Não encostar o bico do frasco nem com os dedos e nem nas pálpebras;

·         Seguir orientação médica.

11-Quais os tipos de colírios que existem e quais as suas funcionalidades?
Existe uma infinidade de colírios disponíveis no mercado mundial e cada um é indicado para cada tipo de doença. Para cada tipo de alteração ocular, o médico oftalmologista deve ser consultado para diagnosticar e prescrever medicação apropriada. O uso inadequado de qualquer colírio pode causar cegueira irreversível.





Sobre ABCCR
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CATARATA E CIRURGIA REFRATIVA (ABCCR) tem sua origem na incorporação da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares (SBCII), fundada em 16 de março de 1982, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa (SBCR), fundada em 20 de janeiro de 1985. A ABCCR visa congregar oftalmologistas, ampliar o estudo e acompanhar o desenvolvimento de todos os aspectos técnicos e científicos inerentes à cirurgia de catarata, aos implantes intraoculares e da cirurgia refrativa, propagando-os aos oftalmologistas e estendendo seus benefícios à comunidade.



Em busca de melhores condições para autistas



Cientistas brasileiros criam startup de biotecnologia para revolucionar o diagnóstico e tratamento da síndrome, que atinge uma a cada 68 crianças no mundo


A startup de biotecnologia TISMOO é o primeiro laboratório do mundo exclusivamente dedicado à Medicina Personalizada para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e outros transtornos neurológicos de origem genética, como a Síndrome de Rett, Síndrome de Timothy, Síndrome Frágil X, Síndrome de Angelman e a Síndrome de Phelan-McDermid. Idealizada por renomados cientistas brasileiros, o objetivo da TISMOO é colaborar com profissionais de saúde no tratamento de pacientes que enfrentam essas síndromes, por meio de exames genéticos precisos. Com isso, a startup pode ampliar a possibilidade de cura e tratamento dos sintomas.

O projeto é desafiador e ambicioso, pois a ideia é trazer técnicas e estudos de ponta, restritos a universidades e centros de pesquisa, e colocá-los em prática para o benefício clínico dos indivíduos afetados. Primeira no mundo, a TISMOO quer impactar as pesquisas no desenvolvimento de novas substâncias e no entendimento das doenças neurológicas, oferecendo uma medicina personalizada, capaz de atender as características de cada paciente. As tecnologias em desenvolvimento podem antecipar ainda mais esta personalização clínica, pois o conhecimento da individualidade genética pode contribuir para um melhor entendimento do autismo além de, potencialmente, abrir janelas para intervenções mais específicas.

“O trabalho desenvolvido na TISMOO vai beneficiar muitas pessoas por oferecer aos pais o conforto de descobrir qual a mutação genética que seus filhos têm e qual o tratamento especializado deve ser aplicado. Conhecer qual o tipo de autismo (qual os genes causais envolvidos) é importante porque os futuros ensaios clínicos irão recrutar indivíduos baseando-se justamente nessa informação. Todos, inclusive os neurotípicos, vão se beneficiar pelo conhecimento gerado porque estamos entendendo como a genética humana contribui para o desenvolvimento neural”, comenta o Dr. Alysson Muotri, Chief Scientific Officer da TISMOO, biólogo molecular e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia (UCSD), considerado um dos principais especialistas em autismo do mundo.

Autismo no Brasil e no mundo

As crianças diagnosticadas com autismo ou distúrbios relacionados vem crescendo exponencialmente. A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que cerca de 1% da população mundial ou 70 milhões de indivíduos está inserida no espectro autista, entretanto, um estudo recente realizado na Coreia do Sul reportou uma incidência de autismo na ordem de 2,6% da população. No Brasil, não há informações consolidadas, mas se considerarmos os dados da OMS, há cerca de 2 milhões de indivíduos afetados e poucas clínicas e serviços específicos para esse tipo de tratamento.

Um estudo publicado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA - Centers for Disease Control and Prevention (CDC) - aponta que uma em cada 68 crianças com até oito anos de idade tem autismo. A prevalência do transtorno no país sofreu um aumento de 30% em relação a dados divulgados em 2012, que apontavam que uma em cada 88 crianças estariam dentro do espectro autista nos EUA. Na década de 80, este número era de 1 a cada 2.000 crianças.



O relatório também revelou que a maioria das crianças com autismo recebe o diagnóstico após os quatro anos de idade, embora o transtorno possa ser detectado muito antes disso. "Precisamos diagnosticar as crianças mais cedo. Há mais de uma década já sabemos que, com diagnóstico precoce e terapias intensas, entre 1% e 5% dos autistas progridem tanto que saem do espectro, ou seja, a detecção precoce é a ferramenta mais eficaz que temos para fazer a diferença na vida dessas crianças”, afirma o Dr. Carlos Gadia, Chief Medical Officer da TISMOO, neuropediatra e diretor-associado do Miami Children’s Hospital Dan Marino Center.

Segundo Gadia, é imprescindível falar de genética quando se fala de autismo, já que 1.200 genes foram associados ao TEA e os genes afetados são responsáveis pela comunicação entre um neurônio e outro. Uma pesquisa demonstrada pelo especialista mostrou que quando se tem gêmeos idênticos e um deles tem TEA, o risco de que o outro também tenha está entre 60 a 70%. Esse número fica entre 5 e 10% quando são gêmeos dizigóticos e em 10% em casos de irmãos não gêmeos, com maior possibilidade se for uma menina.

“Estamos lidando com um número enorme de causas e um número ainda maior de fatores de predisposição. Quanto mais pessoas forem diagnosticadas, maior a oportunidade de encontrarmos intervenções para tratamos anormalidades específicas dentro do conceito de medicina personalizada, que é um dos pilares da TISMOO”, finaliza Gadia.




 TISMOO
  www.tismoo.com.br



Nutróloga do HCor aponta os alimentos que mais causam alergia alimentar




Leite de vaca, soja, amendoim, ovo, castanhas, trigo, peixes e frutos do mar são alimentos responsáveis por 90% das alergias 


A alergia alimentar é uma reação anormal do nosso organismo a alguma proteína presente na comida. O problema ocorre quando o corpo identifica como uma ameaça substâncias que, na verdade, não causam doenças, iniciando uma resposta imune para combatê-las. Leite de vaca, soja, amendoim, ovo, castanhas, trigo, peixe e frutos do mar são os alimentos responsáveis por 90% das alergias.

A melhor forma de tratar uma alergia alimentar, uma vez constatado o quadro alérgico, é evitar a ingestão do alimento e seus derivados. Em caso de reação simples, como manifestações cutâneas, o alérgico pode tomar um anti-histamínico, popularmente conhecido como antialérgico. Se a reação for grave, como manifestações clínicas do sistema respiratório, cardiovascular (tontura e desmaio) ou fechamento da glote, o paciente deve ser imediatamente levado ao hospital.

Para a nutróloga do HCor – Hospital do Coração, Daniela Gomes, esta reação atinge cerca de 8% das crianças com idade inferior aos três anos e quase 3% dos adultos. “Entre os fatores que aumentam o risco de apresentar a doença estão a predisposição genética. Mais de 50% dos pacientes com alergia alimentar diagnosticada possuem histórico familiar, além de falhas dos mecanismos de defesa e permeabilidade do sistema digestivo”, esclarece Dra. Daniela.

Os sintomas mais comuns da alergia alimentar são reações epidérmicas, como inchaços, coceiras e urticária, e no sistema digestivo, como disenteria, dores abdominais e vômito. “Também é possível, apesar de menos comum, o desencadeamento de alguns sintomas respiratórios, como tosses, chiados no peito e rouquidão”, aponta a nutróloga.


Tratamento e diagnóstico

O primeiro passo no combate à alergia alimentar é o diagnóstico correto. Isso só é possível através de avaliações clínicas que incluem testes alérgicos e exames de sangue específicos que permitem investigar o agente causador da alergia. “Não existe cura ou um remédio distinto para tratar a alergia alimentar. O uso de medicamentos só deve ser feito sob indicação médica. O ideal é excluir aqueles alimentos e substâncias que provocam alguma reação alérgica completamente da dieta”, orienta.


Principais causadores da reação alérgica

Leite:
o leite de vaca é um dos maiores responsáveis pelos casos de alergia alimentar em crianças durante a primeira infância. A reação pode acontecer após a segunda exposição ao leite ou tardiamente.

Ovo: a albumina, presente na clara, é a proteína do ovo com maior potencial alergênico.

Trigo, aveia e centeio: esses cereais também apresentam elevados índices de alergia alimentar em crianças. O glúten é a principal proteína causadora da reação alérgica.

Frutos do mar: caranguejo, camarão e lagosta são geralmente os que provocam reações alérgicas mais severas.

Aditivos alimentares: conhecidos como corantes e conservantes são muito utilizados em vários tipos de alimentos e bebidas, como cervejas, vinhos e comidas congeladas em geral.



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