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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Sala São Paulo participa de ação contra o câncer infantil ocular e apaga as luzes da torre do relógio no domingo, 18 de setembro





Além da Sala São Paulo, outros pontos turísticos também participam da ação realizada pela Associação TUCCA; objetivo é alertar para a prevenção do Retinoblastoma

A Sala São Paulo, instituição do Governo do Estado de São Paulo, participa de ação realizada pela Associação TUCCA – que trata e assiste crianças com câncer – sobre o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma. No dia 18 de setembro, às 19h30, as luzes da torre do relógio da Sala São Paulo serão apagadas por 10 minutos em uma alusão à cegueira.

Além da Sala, outras instituições e pontos turísticos também participam da ação, como o Theatro Municipal de São Paulo e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. O objetivo da data é chamar a atenção da população e dos profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce do Retinoblastoma, câncer ocular que acomete crianças de 0 a 5 anos.

Para mais informações sobre o retinoblastoma, acesse: www.tucca.org.br/cancer-infanto-juvenil/retinoblastoma.


Sono é responsável por 30% das mortes no trânsito



Especialista explica o que acontece no organismo quando se dirige com sono


O tráfego intenso e a vida corrida de quem mora em grandes metrópoles são fatores que intensificam as chances de acontecer acidentes de trânsito. Ainda mais quando o motorista conduz o veículo com sono. A sensação de cansaço interfere nos estímulos do corpo e o faz ficar mais lento, por isso, quanto mais sonolento, menos o condutor conseguirá agir a tempo para desviar de uma batida ou corrigir a direção do seu veículo. De acordo com dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), 30% das mortes em rodovias brasileiras são causadas por motoristas que dormem ao volante.

Segundo a especialista do sono, Dra. Luciane Mello, o sono costuma aparecer a cada doze horas devido à produção de um hormônio chamado melatonina. E é preciso estar atento aos sinais que o organismo dá de que o corpo está sonolento e cansado, como os bocejos frequentes e dificuldades para manter os olhos abertos.

Além disso, o estresse é um dos fatores que mais refletem na qualidade do sono e que pode trazer prejuízos. “Quando não dormimos o suficiente, as funções diárias do organismo são prejudicadas pela sonolência. Podemos apresentar alteração na memória e na atenção, e geralmente essa situação é acompanhada pelo estresse, que provoca um estado hiperativo em que os pensamentos estão acelerados, atrapalhando ainda mais o período de sono”, explica a especialista.

Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) dormir mal pode reduzir a concentração do condutor no trânsito em até 50%. “É recomendável que o período de sono dure entre 7 a 9 horas. Porém, cada organismo pode responder de uma forma sobre quantas horas de sono são suficientes, por isso, devemos manter uma rotina de sono e descanso e que seja suficiente para estarmos alerta e dispostos durante o dia”, finaliza Luciane. 



Dra. Luciane Mello - médica responsável pelo Ambulatório do Ronco e Apneia e pelo serviço de Polissonografia, ambos no Hospital Federal daLagoa (RJ). Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia Americana de Medicina do Sono. Otorrinolaringologista graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Especialista do Sono pela Sociedade Brasileira de Sono. Fez estágio na Universidade Stanford, na Califórnia, no setor de Sleep Surgery. facebook.com/dralucianemello


Entenda o que é catarata congênita




Quando se pensa em catarata, o imaginário comum já cria o conceito de doença que atinge a população mais velha. Em geral, não é falsa esta ideia: a maioria das pessoas acima de 55 anos é afetada, o que a enquadra como a principal causa de cegueira. A  Organização Mundial de Saúde estima que, no Brasil, ela é responsável por 350 mil novos casos de falha na visão anualmente – em todo o mundo este número chega a 18 milhões.

Porém, não apenas os adultos são vítimas desse mal. A catarata congênita também é uma das principais responsáveis pela cegueira na infância – todavia, na maior parte dos casos, é prevenível e tratável.

“A catarata congênita é a opacificação parcial ou total do cristalino que pode reduzir a acuidade visual. A pupila branca ou leucocoria é o principal sintoma. Outros sinais que podem estar associados são o estrabismo, nistagmo e ausência de fixação visual”, explica Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

“Quando congênita, a catarata pode apresentar diversas etiologias, como resultado de infecções intrauterinas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus); hereditárias; erros inatos do metabolismo; síndromes genéticas; ou ser de ordem idiopática. Inclusive, muitas cataratas infantis podem ser adquiridas após trauma ocular, ou secundárias à uveítes, radiações e medicamentos”, informa a especialista.

Diagnóstico
É possível identificar a doença pelo Teste do Reflexo Vermelho (TRV), realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida. Quando não for realizado no berçário o pediatra deve realiza-lo na primeira consulta de puericultura.

Se o TRV for inexistente ou duvidoso a criança deve ser encaminhada para avaliação oftalmológica completa. Ele é um teste de triagem e indica que existe uma alteração no eixo visual, quando ausente. O oftalmologista fará a confirmação da doença que esta comprometendo o olho.

 As doenças mais graves e que cursam com o TRV ausente são o glaucoma, catarata congênita e mais raramente o retinoblastoma, que necessitam tratamento urgente. O TRV deve ser repetido após 1, 3, 6, 12 meses e a seguir anualmente nas consultas de puericultura, pois  outras doenças oculares podem aparecer mais tardiamente como a catarata infantil, que aparece após 1 ano de vida, retinoblastoma e processos infecciosos e parasitários.

“Para o diagnóstico etiológico, as sorologias para infecções congênitas devem ser solicitadas. Não somente, o resultado do teste do pezinho precisa ser avaliado, da mesma forma que o histórico familiar e de consanguinidade, para detecção de alterações metabólicas, assim como pesquisar as condições de gestação. Na catarata infantil tardia deve-se também pesquisar história de trauma ocular, radiações, uso de medicamentos tópicos ou sistêmicos contendo corticóides e inflamações oculares (uveíte) por doenças reumáticas”, detalha a oftalmologista.

Tratamento
A terapêutica depende da intensidade da opacificação e consequente déficit visual ocasionado; bem como das alterações oculares associadas, como um olho pequeno ou microftalmico, da idade da criança e se é uni ou binocular.

“Cataratas totais presentes ao nascimento, com baixa acentuada de visão, devem ser operadas precocemente para evitar a instalação de ambliopia severa e irreversível. Já as parciais requerem avaliação individual, considerando que, a depender da acuidade visual da criança, poderá ter bom resultado funcional com correção óptica e ou midríase”, afirma.

A cirurgia consiste na remoção das opacidades do cristalino, preservando sua cápsula, que sustentará a lente intra-ocular (LIO) quando implantada.  “A maioria dos cirurgiões implanta LIO em crianças maiores de quatro anos e ainda é controverso seu uso nas menores. A técnica cirúrgica, assim como o tipo de lente e sua dioptria, deve ser avaliada individualmente”, observa.

Quando não é implantada LIO, a alta hipermetropia presente no pós-operatório será corrigida com a prescrição de óculos ou lente de contato, para o restabelecimento visual da criança. O mecanismo de acomodação passa a não existir, com a necessidade também da correção da visão para perto.

“A prevenção da cegueira por catarata congênita deve ser feita através de medidas efetivas de imunização para rubéola, acompanhamento pré-natal correto e detecção precoce por meio do teste do reflexo vermelho, além de encaminhamento imediato para tratamento adequado”, conclui.

O glaucoma congênito e a catarata congênita com indicação cirúrgica devem ser operados antes dos 3 meses de vida para ter uma melhor acuidade visual. É importante que se tenha previamente estabelecida a rede de referencia para que a criança seja rapidamente atendida em centros oftalmológicos.


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