Já
foram lançadas na água do mundo todo 13 toneladas de bisfenol
As
alternativas utilizadas na indústria para manufatura de produtos BPA-free podem
não ser necessariamente seguras. É o que diz um artigo recentemente publicado
pela Endocrine
Society, que mostra em estudos com animais que o bisfenol S (BPS) é tão
deletério ao desenvolvimento cerebral de fetos quanto o bisfenol A (BPA).
No
estudo da Endocrine, fetos de um tipo especial de peixe foram colocados em
aquário com quantidade de BPA e BPS semelhante ao que os humanos são expostos
na água. E os peixes adoeceram.
“O
vilão de alguns produtos plásticos não é só o bisfenol, mas também o ftalato,
que desregula o sistema endócrino, pois inibe a atividade do hormônio
testosterona”, comenta a presidente da Comissão de Desreguladores Endócrinos e
médica da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endrocrinologia e
Metabologia, Dra. Tânia Bachega.
Segundo
ela, existem estudos de associação que indicam que quanto maior a concentração
de ftalato no leite materno maior também a frequência na população de má
formação genital em meninos. “Ler os rótulos é uma necessidade hoje em dia e
sempre que possível devemos evitar a exposição a esses agentes desreguladores
do sistema endócrino”, alerta a médica.
Alimentos
ácidos enlatados produzem maior hidrolize, e as latas amassadas são o caminho
para contaminação ao ftalato, pois o verniz se rompe e contamina os alimentos.
“Até
2008, foram lançadas na água do mundo todo 13 toneladas de bisfenol. Impossível
não estarmos contaminados, mas o que podemos fazer é tentar manter uma vida
saudável, evitando esquentar alimentos nos potes plásticos”, alerta Dra. Tânia.
O
bisfenol A (BPA)
é uma substância presente no plástico policarbonato e resina epóxi e está
associado a alterações no nosso sistema reprodutivo, risco maior de obesidade,
entre outros problemas de saúde.
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