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segunda-feira, 9 de junho de 2014


Fortes emoções, como assistir aos jogos da Copa do Mundo, exigem cuidados com o coração

Segundo pesquisa, número de emergências aumenta durante esses eventos de grande porte

 
Com a proximidade da Copa do Mundo no Brasil, a população fica ansiosa, com grande expectativa para os jogos ou até mesmo angustiada por conta do andamento das partidas. Essas situações demandam esforços extras do coração,  podendo trazer complicações às pessoas com problemas cardíacos. De acordo com uma pesquisa alemã, durante a Copa do Mundo em 2006, a média de problemas cardiovasculares da população foi 2,7 vezes maior que em outras épocas do ano, tendo maior incidência em homens, que chegou a 3,2 vezes em homens até duas horas depois da partida.
Segundo o cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Américo Tângari Junior, em momentos ou situações de fortes emoções, o coração pode manifestar sinais de que algo está errado. “Diante de grandes abalos ou calorosas sensações, a pressão e a frequência cardíaca aumentam, o que pode levar ao comprometimento do coração, gerando desconfortos ou até mesmo um infarto”, destaca. Para pessoas que não tem diagnóstico de doenças cardiovasculares, como hipertensão ou obstrução da coronária, as complicações podem ser ainda piores, uma vez que o coração não foi preparado para determinadas situações.
 Sintomas como dor no tórax, palpitações, taquicardias, sudorese, cefaléias, falta de ar ou pressão alta durante ou logo após os jogos são alguns sinais que podem indicar alguma anormalidade com o torcedor. “É importante que as pessoas que já tenham casos de doenças cardiovasculares na família realizem um check up preventivo, com o intuito de evitar surpresas durante a Copa do Mundo. Realizar avaliações médicas periódicas, praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são algumas outras dicas para uma vida mais saudável”, finaliza o especialista.



Jogos da Copa contarão com aparato judiciário diferenciado dentro dos estádios


 

Os torcedores que vão acompanhar os jogos da Copa do Mundo 2014 nos estádios de futebol brasileiros contarão com a presença do juizado do torcedor dentro das doze arenas. O atendimento tem foco na obtenção de solução rápida e conciliada para as demandas nas esferas criminais e de competência das varas de infância e juventude que ocorram dentro dos estádios. A estrutura, adaptada especialmente para os jogos do mundial, inclui a presença de servidores com domínio de, pelo menos, mais um idioma além do português.

Das doze cidades sede, sete já tiveram equipe do juizado do torcedor nas partidas pela Copa das Confederações. Na oportunidade, os atendimentos se restringiram a temas criminais de menor potencial ofensivo, como lesão corporal leve ou provocação de tumulto. Na Copa do Mundo, os torcedores poderão recorrer à vara de infância e juventude também dentro do estádio.

“Em nenhum lugar do mundo, o aparato de Justiça funcionou dentro das praças de esporte durante a Copa do Mundo, por ser um evento privado”, destaca o conselheiro Paulo Teixeira, presidente do Fórum da Copa, do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). O colegiado foi criado para acompanhar a organização dos tribunais de Justiça para o período do mundial. “A ideia é que, após a Copa, não apenas nos doze estados, mas, em todo o país, os estádios adotem como prioridade a criação do juizado do torcedor”, pontua Teixeira.

A presença dos juizados do torcedor dentro dos estádios atende à determinação do Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03). De acordo com a lei, os juizados especiais também têm competência para julgar temas cíveis. Entretanto, por conta do esquema de controle e de segurança no acesso, definido para o mundial de futebol, questões como condições de alimentos vendidos no interior do estádio serão atendidas por magistrados instalados em plantões judiciários nas proximidades dos estádios. Eventuais problemas de acesso ao estádio decorrentes de incorreções ou irregularidades em ingressos também serão atendidos nos plantões judiciários.

Clima de paz – O incentivo para a atuação dos juizados nos estádios já apresentou resultados na Arena da Amazônia, em Manaus (AM). A primeira atuação da equipe ocorreu, em 30 de abril, no jogo pela Copa do Brasil. “Esta é uma experiência piloto que pretendemos ampliar, inclusive para grandes eventos como o Festival Folclórico de Parintins. Verificamos que a presença do juizado no estádio tem um efeito pedagógico e preventivo junto à população”, explicou o juiz coordenador do juizado do torcedor, do Tribunal de Justiça de Amazonas (TJAM), Rogério Vieira.

Em São Paulo, a primeira atuação do juizado do torcedor na Arena Corinthians ocorreu no dia 18 de maio, data de inauguração do estádio que receberá o jogo de abertura da Copa, em 12 de junho. Entretanto, o estado tem cuidado de casos envolvendo torcedores desde 1995. “O Estatuto do Torcedor, em 2003, ampliou essa atuação aos temas da vara de infância e juventude e do código civil”, explicou o desembargador Sérgio Antônio Ribas, da Comissão para Assuntos Relativos à Copa do Mundo do Tribunal de Justiça paulista. Com estrutura para realizar rápidas audiências, a atuação dos juizados é no sentido da busca de acordo, evitando a abertura de processos.

Estrangeiros – Os juizados do torcedor contam com juiz, defensor público, promotor e servidores dedicados para o atendimento ao público. Para a Copa do Mundo, a formação da equipe inclui funcionários bilíngues para atender casos que envolvam estrangeiros. Os consulados de países cujas seleções atuarão no estádio também foram acionados para dar apoio ao atendimento.

“No caso do estrangeiro, ele poderá optar pela assistência direta de um diplomata de seu país”, explicou o juiz Ailton Alfredo, coordenador do Juizado Especial do Torcedor de Pernambuco, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Tanto estrangeiros quanto brasileiros estarão sujeitos às penas previstas na lei brasileira caso cometam infrações ou crimes dentro dos estádios.

A depender da gravidade da conduta do torcedor, uma das punições em caso de delito é o impedimento de comparecer ao estádio e suas imediações ou a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de três meses a três anos. “Na Copa do Mundo, isto significa não poder acompanhar nenhum outro jogo, independentemente da compra do ingresso”, pontua o magistrado pernambucano.
Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

sábado, 7 de junho de 2014

JOVEM ESTÁ PESSIMISTA COM A COPA

Enquete realizada pelo CIEE com 9,7 mil jovens de todo o País sobre o legado da Copa revela pessimismo: 65% afirmam que o evento não trará benefícios para o Brasil. 

Em outro questionamento, feito pelo CIEE há quatro anos, o jovem tinha uma visão otimista com relação à realização das obras para o campeonato mundial: 59% dos estudantes acreditavam que o Brasil atenderia aos requisitos da Fifa para sediar a competição.

sexta-feira, 6 de junho de 2014


Marco Civil da Internet: sites, redes sociais e aplicativos têm até 23 de junho para simplificar os termos de uso

Para a FecomercioSP, clareza de direitos e deveres será benéfica para empresas e internautas

Sancionado em abril pela presidente Dilma Rousseff, o Marco Civil da Internet entrará em vigor no próximo dia 23 de junho. A lei, por meio do artigo sétimo, determina que empresas simplifiquem e esclareçam seus contratos de prestação de serviços, informando de forma clara e objetiva o regime de proteção de dados pessoais, de registros de conexão, de acesso e práticas de gerenciamento de redes nos termos de uso de sites, de redes sociais e de aplicativos.

Segundo o presidente do Conselho de Tecnologia da Informação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Renato Opice Blum, as políticas de uso e de coleta de dados deverão estar explicitamente publicadas. "Hoje esses termos são muito complexos e extensos. A simplificação da leitura dos termos de uso facilitará a compreensão das informações e, consequentemente, a segurança das interações que ocorrem na rede", afirma.

A FecomercioSP acredita que a segurança trazida pela aplicação do artigo sétimo do Marco Civil da Internet será benéfica para empresários e consumidores, gerando mais utilização e, dependendo do foco, mais movimentação econômica. Segundo Opice Blum, a simplificação não envolverá nenhum custo para as empresas. "É uma reavaliação. Os próprios departamentos jurídicos podem fazer isso. É simples e não envolverá custos extras", ressalta.

O presidente recomenda que as empresas se atentem a duas questões importantes na simplificação dos termos de uso: na clareza do texto e no destaque das informações mais relevantes. "É necessário separar e divulgar, talvez em tabelas ou de forma descontraída, informações referentes a coleta e utilização de dados pessoais, responsabilidades e restrições. Uma página com perguntas e respostas e um link de acesso a uma versão mais detalhada das condições de uso também seriam boas pedidas", sugere.

Pesquisa da Ipsos revela que a grande maioria dos brasileiros são solteiros (48%)

51% dos solteiros são homens e 49% são mulheres
42% são de Salvador, 39% de Belo Horizonte e 37% de Brasília




O dia dos namorados está chegando e a Ipsos Media CT – área especializada em mídia, conteúdo e tecnologia da Ipsos – acaba de desenvolver uma pesquisa que revela que 48% dos brasileiros são solteiros, 44% casados, 6% divorciados e 2% são viúvos. Ou seja, os solteiros são a grande maioria no Brasil, e quem está interessado em encontrar um par para o dia dos namorados pode encontrá-lo na internet.
Segundo a pesquisa, 40% dos solteiros acessam as redes sociais e as mais acessadas são o Facebook com 95%, seguido do Google (88%) e Youtube (63%). Eles estão mais adeptos aos aplicativos que estão disponíveis no mercado, como o Tinder, o percentual de pessoas que o acessa cresce diariamente e o grande objetivo delas é se encontrar com alguém especial.
“Cada vez mais as pessoas utilizam a internet e os aplicativos para se conhecerem e namorarem. Muitos passam dias trocando mensagens para conseguirem marcar o primeiro encontro. Porém, o mais interessante dessas ferramentas é que as pessoas não estão atrás de apenas de um grande amor e sim de amigos”, afirma Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos Media CT.
O levantamento aponta de 42% dos solteiros são de Salvador, 39% de Belo Horizonte e 37% de Brasília, 49% são do sexo feminino e 51% do sexo masculino. Com relação ao comportamento dessas pessoas na internet, 74% são preocupadas com uma internet mais segura e 69% afirmam que a internet é a primeira fonte de informação.
Abaixo está o gráfico completo com o comportamento dos solteiros na internet. 







Qual o legado da Copa para a Administração Pública Brasileira?

Em pouquíssimos dias, nosso país sediará um dos maiores eventos do esporte, com visibilidade mundial. Assim, várias providências de ordem legal foram tomadas pela Administração Pública, como a instituição do Comitê Gestor da Copa do Mundo FIFA 2014 - CGCOPA, bem como a edição da Lei 12.462/11, que estabeleceu o Regime Diferenciado de Contratações Públicas, aplicável, dentre outros, às licitações necessárias para a Copa do Mundo, notadamente para a contratação dos serviços e obras de infraestrutura.

Quanto à segurança, foi atribuída à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE/MJ) a organização das ações antes, durante e após as partidas, para garantir a realização pacífica e segura da competição.

Entretanto, as ações concretas não se consolidaram a tempo e a contento. Problemas com a estrutura dos aeroportos e a mobilidade urbana pouco evoluíram, isso sem falar da segurança que é questão extremamente delicada. Diante de tantas ausências fica a pergunta, qual o legado desta Copa?

Devo confessar que não sou um aficionado pelo futebol, mas sinto, com pesar, que o brasileiro não tem demonstrado o costumeiro entusiasmo, que é tão característico de nosso povo para com o futebol.  Certamente, isso decorre não só da falta de planejamento de nossas Administrações Públicas, mas principalmente, ao descaso para com o dinheiro público que há gerações caracteriza a estrutura governamental brasileira.

 

Antônio Cecilio Moreira Pires - professor de Direito Administrativo e Coordenador do Núcleo de Direito do Estado da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Copa do Mundo: Combata o Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente

 

O país deve redobrar a atenção às violações de direitos que podem ser potencializadas nesta época

 

A uma semana da Copa do Mundo, o Brasil deve redobrar a atenção às potenciais vítimas dessa e de outras formas de violência – como o trabalho infantil, maus tratos e negligência. 70% das denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil tem foco nas 12 cidades que irão sediar a Copa, o que reforça o fato de que há uma relação visível entre o aumento das violações de direitos e a realização de megaeventos como o que iremos receber.
         O fato de os eventos esportivos ocorrerem em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza também faz com que as violações de direitos fundamentais se voltem aos alvos mais fáceis, isto é, às crianças socialmente mais excluídas dessas cidades, as quais que convivem diariamente com a violação de todos os tipos de direitos. Segundo uma pesquisa da UNICEF realizada em 2009, 17,6% dos adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos vivem na miséria.  É nas grandes cidades que a contradição entre a riqueza material e a pobreza tende a tomar sua forma mais dura.
         Durante a Copa do Mundo, estima-se que adolescentes do sexo feminino estarão ainda mais vulneráveis ao aliciamento para a exploração sexual comercial, principalmente nas proximidades dos estádios sede de cada cidade.
         Atualmente, o município que apresenta maior atraso no combate à exploração e abuso sexual de menores é Fortaleza. Só no entorno do Castelão, principal estádio do município, houve um aumento de 163% nos casos de exploração sexual nos últimos 3 anos. Em 2013, 59% dos casos identificados eram de adolescentes e jovens, mas provavelmente esse percentual é ainda maior já que 36% das pessoas não informaram sua idade exata**. No ponto de prostituição próximo ao estádio, mulheres, meninas e travestis usuárias de drogas chegam a cobrar cinco reais por um programa. Em Manaus, o número de casos de abuso e estupro dobrou nos últimos 4 anos, e em 2013 houve mais de 1.000 vítimas contabilizadas, a maioria com menos de 14 anos de idade.
         O quadro de São Paulo não é muito diferente: autoridades mapearam os pontos mais vulneráveis para o abuso e exploração de crianças e adolescentes na capital e um dos endereços é o entorno das obras de construção da Arena Corinthians, sede de abertura Copa do Mundo. Esse dado se torna ainda mais preocupante quando sabemos que o Brasil espera receber mais de 600 mil turistas para o megaevento e que o tráfico e as redes de exploração sexual existentes no Brasil têm justamente os estrangeiros como principais clientes para os programas.
         A Fundação Abrinq – Save the Children com o objetivo de mostrar como empresas, municípios, organizações sociais e a sociedade podem prevenir situações de violação de direitos de crianças e adolescentes antes e durante os megaeventos esportivos no Brasil lança a cartilha Copa 2014 e Olimpíadas 2016 – Juntos na proteção das Crianças e adolescentes.

COMO O ABUSO E A EXPLORAÇÃO DEVERIAM SER COMBATIDOS
         Diversas investigações mostram que as cidades-sede têm apresentado dificuldades similares quanto à proteção e garantia dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes, como por exemplo a fragilidade de órgãos responsáveis por dar andamento às denúncias de violações de direitos. Além disso, há um grande buraco no que diz respeito aos registros e encaminhamentos, uma vez que a própria população teme ou se abstêm da denúncia dos casos – principalmente de exploração e abuso sexual e de trabalho infantil.
         Para se ter uma ideia, há 6 Conselhos Tutelares de Fortaleza, os quais atendem a população de mais de 3 milhões e 500 mil habitantes, sendo que, segundo a norma do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), deveria haver um conselho para cada 100 mil habitantes. Além disso, existe um grande problema de infraestrutura na redes de atendimento.*
         De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a denúncia pode e deve ser feita através de diversos meios e, a partir dai, ser encaminhada ao Conselho Tutelar mais próximo do local da violação. Cada Conselho deve decidir se a vítima precisa de atendimento psicológico ou encaminhamento a um abrigo (o conselho pode aplicar todas as medidas de proteção previstas no art. 101.1 a VII e no art. 129.1 a VII do ECA). Do conselho tutelar, a denúncia deve seguir ao Ministério Público ou Federal e, então, à Polícia, a qual encaminha à autoridade judiciária competente (Varas especializadas, Juizados da Infância e Juventude) que instaura o processo.
         Quando a denúncia ocorre pelo Disque 100, o encaminhamento deve gerar providências imediatas para que o ciclo da violência em torno da vítima se encerre.


As denúncias podem ser feitas a qualquer uma dessas instituições:
Disque 100 – Disque Denúncia (ANÔNIMA)
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
Disque 191 – Polícia Rodoviária Federal
Disque 190 – Polícia Militar
Disque 0800 619 619 – CPI da Exploração Sexual
Conselhos Tutelares mais próximos
Abrigos/ Espaços de Acolhimento Institucional
CREAS (Centro de Referência especializado de Assistência)
CRAS (Centro de Referência da Assistência Social)
Escolas
ONG’s
Unidades de Saúde
Ministério Público

*dados da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo investigativo


Fundação Abrinq
        

quarta-feira, 4 de junho de 2014


Casos de queimaduras aumentam até 30% em junho

Número cresce em decorrência das festas juninas;
Copa do Mundo pode agravar ainda mais o risco

Na próxima sexta-feira (6 de junho) é o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras, problema que atinge cerca de um milhão de pessoas por ano no País, sendo que as crianças representam dois terços das vítimas. A atenção deve ser redobrada neste mês de junho, já que as pessoas têm maior contato com fogueiras, balões e fogos de artifício, aumentando até 30% o número de casos, segundo estatísticas de Centros de Queimaduras do País. Com a Copa do Mundo, o risco pode ser ainda mais alto, já que o contato com fogos de artifício costuma ser mais constante.

Segundo o cirurgião plástico do Centro de Trauma do Hospital Samaritano de São Paulo, Silvio Previde Neto, as queimaduras graves são aquelas que atingem mais de 30% da superfície corporal, ou que são motivadas por choques elétricos e lesões inalatórias, por exemplo.

No Brasil, as queimaduras estão entre as principais causas externas de morte, perdendo apenas para outras causas violentas, que incluem acidentes no trânsito e homicídios. Os fogos de artifício podem provocar queimaduras, das quais 70% são lesões com lacerações ou cortes; 20% amputações nos membros inferiores; e os 10% restantes são lesões das córneas, perdas da visão, lesões do ouvido ou perda da audição. “O tratamento especializado destes casos pode, sem dúvida, melhorar o resultado das lesões e de suas sequelas”, destaca. 

O especialista também chama atenção para os acidentes em casa, especialmente com crianças. As queimaduras são a segunda principal causa de morte em crianças de um a quatro anos de idade, só perdendo para os acidentes de trânsito. “E a maioria das situações em que ocorrem as queimaduras são previsíveis e evitáveis. O cenário é quase sempre o mesmo: as crianças se queimam em casa, em especial na cozinha, e quase sempre na presença de um adulto que não está atento aos riscos daquela situação”, ressalta.

O álcool lidera a lista das principais causas de acidentes com queimaduras em crianças no país, responsáveis por 41,3% das ocorrências. Em segundo lugar estão os chamados escaldos, provocados pelo contato com água fervente ou óleo quente, que respondem por 33% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras.

Dicas de como agir com queimaduras:

  • Evite tocar na área queimada e não coloque substâncias como café, manteiga, creme dental ou clara de ovo, pois essas substâncias podem agravar a lesão e atrapalhar o tratamento;

·        Se a queimadura for superficial deve-se resfriar a área queimada com água fria durante 15 a 30 minutos, ou até que o transporte para uma unidade de atendimento seja feito;

·        Ainda durante o transporte deve-se manter o ferimento protegido por uma compressa fria;

·        Evite o contato de gelo com a ferida, pois poderá causar mais agressão ao tecido, pela baixa temperatura;

·        Retirar anéis, pulseiras e roupas que não estejam grudadas antes que o local comece a inchar e formar bolhas;

·        Evite romper as bolhas, pois aumenta o risco de infecção;

·        Na sequência, procure imediatamente assistência médica para o atendimento adequado.

Emergência Especializada -
O Hospital Samaritano de São Paulo conta com um serviço de Emergência Especializada em Trauma 24 horas, com ortopedistas, neurocirurgiões e cirurgiões de trauma à disposição e dedicação exclusiva a estes pacientes, não dividindo tempo e atenção com demais casos do Pronto Socorro.

O apagão da telefonia móvel nos estádios

As vésperas do pontapé inicial do maior evento esportivo do mundo, estádios, aeroportos, bem como uma série de obras importantes de acesso ao evento, restam inacabadas. Aliás, conta-se nos dedos os aeroportos e estádios 100% prontos, equipados e em condições de serviço.

Não obstante as operadoras de telefonia móvel haverem tido tempo suficiente para se organizar para a Copa do Mundo de 2014, dois estádios - Arena Corinthians e Arena da Baixada - não cumpriram sequer as exigências da Fifa no que tange a disponibilidade de 4G nos estádios. Com o intuito de minimizar a falta de serviço de dados das operadoras, foi implementado sistema Wi-Fi em apenas seis dos doze estádios que sediarão os jogos do evento.

Ainda que tivéssemos internet 4G em todos os estádios, a maioria dos turistas estrangeiros não conseguiriam utilizar seus celulares, porque a faixa de frequência adotada na primeira fase do 4G, 2,5 Ghz, é divergente da maioria dos países da comunidade europeia, Estados Unidos e países asiáticos. A faixa de frequência mais utilizada no mundo, a de 700 mhz, aqui tem licitação prevista para agosto próximo.

Verdade seja dita, a Copa do Mundo atropelou o processo de evolução natural da telefonia móvel no Brasil. Em um país onde sequer o 3G foi implantado em quantidade e qualidade aceitáveis, falar de 4G soa como um escárnio à inteligência da maioria dos consumidores. Seja nas grandes, pequenas e médias cidades, ou nas áreas rurais, o sonho de consumo dos brasileiros ultimamente tem sido apenas falar ao telefone por alguns minutos sem cair a linha.

Seja como for, iniciamos a migração do 3G para o 4G concomitantemente com  a migração do 2G para o 3G, que  encontra-se ainda na metade do caminho. Diga-se de passagem, meio do caminho se considerarmos todo o Brasil. Em verdade, temos estados da Federação quase inteiros ainda com 2G, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste.

Tais deficiências do sistema de telefonia móvel tem suas raízes na carência de infraestrutura de telecomunicações do Brasil. A falta de backhaul e backbone (linhas de transmissão e distribuição de sinal de alta capacidade) em âmbito nacional, são os alicerces que necessitam ser construídos para que o Brasil possa de fato avançar no quesito telecomunicações efetivamente. Ressuscitada no final do governo Lula, essa era a missão da Telebrás. No entanto, tal obra de dimensão monumental, estimada em 125 bilhões de reais, jamais saiu do papel.

Nesse ambiente de incertezas encontra-se em consulta pública o leilão da faixa de 700 mhz. Estima-se que as operadoras paguem pelo acesso ao espectro de 6 a 15 bilhões de dólares. Ora, pagando-se esse valor antes de iniciar os investimentos em torres e equipamentos entre outros, qual empresa estrangeira se interessaria em participar do leilão? Como concorrer com as que já estão aqui em operação e já possuem receitas para bancar a expansão?

Tal concurso de fatos desestimula a participação de novos players, fator essencial para que haja mais competição e melhor oferta de tarifas e serviços. Enquanto o sistema de telefonia móvel for encarado como um mero instrumento de geração de caixa para o governo, continuaremos pagando as tarifas mais caras do mundo  segundo, a UIT - União Internacional de Telecomunicações, em troca de um serviço de péssima qualidade.

 

Adriano Fachini - empresário de telecomunicações e presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil. www.aerbras.com.br

Jogos da Copa do Mundo pedem atenção na portaria de condomínios residenciais

 

Grande movimentação pode dar chance a pessoas mal-intencionadas

 

As semanas que se seguirão de Copa do Mundo compõem um período de muita agitação em casas e apartamentos.  Muitos se reúnem com amigos ou familiares nas residências para torcerem juntos, ou optam por assistir as partidas em bares e restaurantes, deixando a casa vazia. Em condomínios, por exemplo, o fluxo é intenso de pessoas que entram e saem durante os dias de jogos. Em época de grande movimentação nas portarias é importante reforçar a atenção no quesito segurança para assim impedir ações de pessoas oportunistas e mal-intencionadas.

Durante grandes eventos ou feriados é comum perceber um aumento no número de furtos e arrastões, quando espertalhões aproveitam de falhas na segurança e a intensa entrada e saída de pessoas para invadir casas e apartamentos vazios e desprotegidos. Para evitar situações como esta é importante que algumas medidas de segurança sejam tomadas.

Uma destas atitudes preventivas é a identificação de visitantes. Todos eles precisam receber a confirmação do morador que irá recepcionar o encontro. Por isso, é fundamental o trabalho dos funcionários da portaria, que devem ser ágeis para impedir que a grande movimentação se torne um risco para o condomínio.  Outra atitude a ser tomada pela administração do condomínio é checar as câmeras do circuito interno, pois caso ocorra algum evento desagradável haverá o registro do incidente.

Para quem irá sair de casa para assistir aos jogos pode tomar diversas atitudes de precaução para garantir a segurança de sua casa ou apartamento, como por exemplo, manter discrição sobre o lugar que irá acompanhar as partidas e o tempo que irá ficar fora de casa; não deixar evidências de que a residência está vazia; manter portas e janelas bem fechadas, entre outras coisas.

Mesmo em condomínios, muitas destas atitudes podem ser ineficazes se a portaria não reforçar o trabalho preventivo de segurança, por isso a necessidade de profissionais treinados, comprometidos e atentos. É bom lembrar que os porteiros não podem se distrair, portanto estão entre aqueles profissionais torcedores que não poderão assistir aos jogos nem se empolgar com os fogos e comemorações. É recomendável, então, que os porteiros e zeladores sejam contratados através de empresa terceirizada de confiança que habilite seus funcionários a desempenhar um trabalho de excelência para prezar pela segurança e conforto dos moradores, e assim todos poderão curtir a Copa do Mundo com tranquilidade e alegria.

 

Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização www.gsterceirizacao.com.br

Ronaldo Fenômeno: "tem que baixar o cacete mesmo"

"A população tem de protestar sem violência. Nos vândalos, mascarados, tem de baixar o cacete mesmo". Essa declaração do nosso ídolo Ronaldo Fenômeno foi impactante. Para nós, professores e educadores, é chocante ver nossos ídolos estimularem a cultura da violência. Numa sociedade de massas o efeito desse estímulo é brutal (porque se reproduz). Caminhamos para o desastre total. Contra os vândalos, que tiraram a classe média das manifestações (por medo), temos que tomar medidas preventivas para evitar a violência, como a Polícia Ninja fez (com grande êxito, diga-se de passagem); depois de tomadas todas as medidas preventivas (as que cuidam da preservação da vida), vêm as medidas repressivas, dentro da lei (sem abusos, sem excessos). O "baixar o cacete" reproduz a ideologia da violência, espelhada na musicalidade de Valesca Popozuda: "É tiro, porrada e bomba". Claro que muita gente apoia esse tipo de comportamento hostil, violento. É que a violência está dentro de cada um de nós (ver o livro Somos una especie violenta?, coordenação de David Bueno) e ela aumenta ou diminui conforme a cultura e a sociedade que vivemos e criamos.

A parábola O verdadeiro poder nos ensina muita coisa: "Havia um guerreiro e justiceiro muito violento e cruel, como Calígula, que subjugava e matava todo mundo por onde passava. Num determinado dia chegou num vilarejo e todos que conseguiram escapar correram, com exceção de um velhinho sábio. O guerreiro não quis matá-lo prontamente e permitiu um último desejo. O velhinho então pediu para que o justiceiro fosse até o bosque e cortasse com sua espada o galho de uma árvore. Isso foi feito. Em seguida o velhinho disse: "Agora retorne lá e recoloque esse galho na árvore". O justiceiro deu uma gargalhada e disse que isso era impossível. O velhinho, então, disse: Louco é quem pensa que tem poder só porque destrói as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente. Quem só sabe destruir, matar e discursar em favor da violência não tem poder. Poder tem aquela pessoa que sabe juntar o que está partido, unir o que foi separado, prevenir o dano e reviver o que parece morto. Essa pessoa é a única que tem o verdadeiro poder".

 

LUIZ FLÁVIO GOMES - jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil.
Estou no professorLFG.com.br e no twitter: @professorlfg

terça-feira, 3 de junho de 2014


Por que eu não quero a Copa no Brasil

São Paulo, 03 de junho de 2014

Excelentíssima Presidenta Dilma. Em julho de 2011 eu lhe enviei uma carta onde pedia para cancelar a Copa do Mundo e passasse para a História como uma estadista e heroína do nosso povo. A diferença entre um estadista e um político comum é que o estadista se preocupa com a próxima geração e um político só se preocupa com a próxima eleição.

A senhora deveria ter utilizado todo dinheiro dessa Copa para a saúde, a segurança, a educação, estradas e outras centenas de obras que fazem falta para o nosso povo. Infelizmente, a senhora preferiu esbanjar o dinheiro de nossos impostos em estádios e obras superfaturadas e entregar o nosso país para a FIFA.
Eu gosto de futebol, mas eu não quero essa Copa da FIFA, por esse preço. Ela está custando vidas, pois o povo continua morrendo nos hospitais por falta de médicos, leitos, remédios, mas os estádios estão aí, como uma afronta ao bom senso. Na verdade, o nosso dinheiro foi para o ralo e nós continuamos sem o essencial. Pior, também estamos perdendo a dignidade, no meio de tanta corrupção.
Curiosamente, no auge dessa discussão, vimos o ex-presidente Lula, um dos autores desta infame Copa do Mundo, falar que é “babaquice” de brasileiro querer chegar de metrô até os estádios, uma vez que as linhas não ficaram prontas. Disse ainda que nós nunca tivemos problemas de andar a pé. Que o brasileiro vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa.
Já no próprio Portal da Copa, órgão do Governo Federal, o discurso é diferente e o governo ressalta as obras de Mobilidade Urbana, entre elas os metrôs nas cidades-sedes.

Voltando ao tema principal, eu não quero a Copa, assim como milhares de manifestantes nas ruas também não a querem, pelo simples fato de constatarem que faltam coisas muito mais importantes.
Perguntem para quem está morrendo numa fila de espera aguardando uma cirurgia que nunca chega, se ele prefere a Copa. Perguntem para um pai que vê seu filho sem escolas se ele prefere a Copa. Essa Copa seria bem vinda se não faltasse nada para o povo, se estivesse tudo funcionando muito bem, desde um hospital decente até uma linha de metrô que vai até os estádios, e não precisássemos de jumentos como solução de transporte público.

No passado víamos o povo decorar as ruas com as cores da nossa bandeira, nos dias de jogos; agora, vemos passeatas plenamente justificáveis, querendo mais brasilidade e menos circo com nosso dinheiro.

Célio Pezza - escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra - Recomeço. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza

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Sobre Célio Pezza


O escritor Celio Pezza, 63 anos, é natural de Araraquara, interior de São Paulo, mas sempre viveu na capital paulista até se mudar para uma pacata cidade no interior do Rio Grande do Sul em busca de sossego para a família, paz, maior qualidade de vida e mais inspiração para criar histórias e escrever seus livros.

Célio iniciou a carreira de escritor em 1999, movido pela vontade de levar as pessoas a repensarem o modelo de vida atual dos seres humanos. Seus livros misturam realidade

e suspense, resultando em ficções intrigantes, leves e que nos levam a questionar e procurar internamente as respostas para as perguntas que a vida faz. O leitor é levado a um cenário onde não sabe em que momento termina a realidade e começa a ficção.

A mudança de vida trouxe mais serenidade, inspiração, positividade, visão e tranquilidade a Celio, fatores que a cada dia contribuem para o autor desenvolver as crônicas periódicas que escreve sobre temas atuais e as tramas de seus livros. Celio já tem 6 livros publicados, inclusive no exterior, e é colunista colaborador de dezenas de jornais e revistas por todo o país.

domingo, 1 de junho de 2014


Ruídos durante os jogos e comemorações na Copa do Mundo são prejudiciais aos ouvidos

 

O som dos apitos dos juízes, as vuvuzelas ou cornetas, os gritos da torcida, os fogos de artifícios das comemorações são alguns dos sons que podem prejudicar os ouvidos, portanto, a especialista Dra. Tanit Ganz Sanchez alerta: "é preciso redobrar os cuidados e procurar ajuda médica assim que sentir qualquer alteração nos ouvidos".


Além das fortes emoções, os jogos da Copa do Mundo trazem muito ruído para a vida dos torcedores: os apitos dos juízes, a gritaria desenfreada após cada gol, os fogos de artifício e o próprio volume mais alto da televisão e do rádio. Nesse contexto, dentro e fora dos estádios, nossos ouvidos são expostos a barulhos muito acima do tolerável.

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) indica que o ouvido humano tolera bem os sons de até 85 decibéis – porém, os torcedores estão expostos a sons bem mais altos que o recomendado. Segundo a otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez, esse volume pode alcançar120 decibéis, o que corresponde ao barulho de uma turbina de um avião. “Apesar do prazer e das emoções, essa exposição pode provocar o zumbido no ouvido, que pode ser temporário ou definitivo, alem de perda auditiva” complementa a especialistaque é presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ e do Instituto Ganz Sanchez de tratamento e pesquisa do Zumbido.

O zumbido é mais comum do que se pensa. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que o sintoma atinge cerca de 278 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a estimativa é de que 28 milhões de pessoas sofram com o sintoma por causas diversas, seja pela exposição a sons altos, erros alimentares, efeito colateral de remédios ou outros fatores.  “O zumbido é sinal de alerta de problemas auditivos. Por mais que todo mundo tenha medo de ter uma perda de audição, o zumbido é muito mais comum e pode aparecer antes, levantando a suspeita precoce de que os ouvidos são sensíveis a barulhos. Por isso, ao menor sinal do sintoma, o ideal é procurar ajuda médica especializada para que o problema possa ser revertido o quanto antes.”

Para evitar que ocorram novos casos de lesões permanentes no ouvido nos jogos da Copa, é preciso que torcedor preste atenção e tome medidas preventivas:

- Ficar a uma distância segura da fonte sonora. Em geral, cerca de 10 metros, mas dentro do estádo é muito difícil controlar isso.

- Usar protetores auriculares de boa qualidade o tempo todo. Tapar os ouvidos com as mãos que ou colocar apenas algodão no canal não costuma ser suficiente para diminuir o impacto do som aos ouvidos.

- Atentar-se ao tempo de exposição ao som alto e aos intervalos. O ideal é fazer uma pausa de 10 minutos para cada uma hora de exposição aos barulhos.  

- A ingestão de bebidas alcoólicas, comidas gordurosas ou doces em excesso pode aumentar o risco dos barulhos estragarem os ouvidos e causarem zumbido. Portanto, é preciso atenção também ao que se é consumido.

Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.

Ritmo de Copa: atenção no preparo da famosa caipirinha brasileira
 

Drinque que faz sucesso entre turistas pode levar bactérias ao organismo caso não seja preparado corretamente

 
Estabelecimentos e comerciantes já se preparam para atender a demanda de turistas e, consequentemente, a procura pela bebida mais famosa do Brasil: a caipirinha de limão. Apesar de simples de ser feita, caso não seja preparada corretamente, a bebida pode levar bactérias ao organismo, por isso, requer alguns cuidados especiais de higiene.
A farmacêutica Adriana Coppola, explica que a casca do limão contém muitas bactérias que podem causar gastroenterites. “Os principais sintomas são diarreia, vômito, enjoo, formação de gases e dor de cabeça”, ressalta.
Para evitar que doenças acabem com o ritmo de festa, Coppola reforça que é preciso lavar bem as mãos antes de preparar qualquer alimento. “No caso do limão, depois de lavado em água corrente, uma dica é desinfetá-lo com bactericida certificado pela Anvisa, o que garante que a fruta esteja 100% livre de bactérias”.
 Além do principal ingrediente da caipirinha, o gelo também oferece riscos. A farmacêutica esclarece que caso não seja adquirido em locais de confiança, ele deve ser produzido com água potável. Para isso, os bactericidas também são eficientes.
A fabricante Saggio do Brasil assegura que duas gotas do produto Hidrosteril, diluídas em 1 litro de água, garante sua potabilidade e a torna própria para a fabricação do gelo caseiro.
Cuidando da higiene do limão e do gelo, a caipirinha ou caipiroska só tende a animar ainda mais o evento mundial.

Redução da Mortalidade Materna

O número de mulheres que morrem por motivos relacionados à gravidez diminuiu nos últimos anos, mas o índice continua elevado. Cerca de 69 mães vão a óbito para cada 100 mil nascidos vivos.

Com o objetivo de reforçar a importância de estratégias para diminuir o índice de mulheres que morrem por causas relacionadas à gravidez ou ao parto, em 28 de maio passado foi celebrado do Dia Nacional da redução da Mortalidade Materna. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013, ocorreram 289 mil mortes por estas razões. A última revisão da Classificação Internacional de Doenças classificou morte materna quando o óbito da mulher acontece durante a gestação ou 42 dias após o termino da gravidez.

De acordo com Fabiano Reis Bazzoli, ginecologista do Instituto Corpore em Araçoiaba da Serra (SP) - entidade que atua na promoção da qualidade de vida do cidadão, as principais causas de óbito são síndromes hipertensivas, hemorragias, doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto, puerpério (após o parto) e aborto. Para ele, iniciativas como a valorização dos profissionais de saúde que atendem a mulher ao longo da vida, campanhas de planejamento familiar e captação para início precoce do pré-natal são estratégias que viabilizarão a diminuição da mortalidade materna. "Além disso, a vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte gratuito, a garantia na internação de bom atendimento antes, durante e depois do parto e o acompanhamento precoce de puerpério são medidas fundamentais para diminuir o número de mulheres que morrem por estes motivos", avalia.

Um relatório da OMS mostra que, em 1990, o Brasil teve uma média de 120 óbitos de mães para 100 mil nascidos, e hoje há uma média de 69 mães para 100 mil nascidos vivos. "Apesar da melhora, é inaceitável que um país com o poderio econômico do Brasil ainda tenha um índice tão grande de mortes nesta situação", diz o ginecologista.

Na opinião de Fabiano, enquanto não houver a integração ideal entre poder público, funcionários da saúde e comunidade, não será possível diminuir (através da prevenção) as causas da mortalidade materna que são evitáveis.

O Instituto Corpore realiza mensalmente, com o apoio dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), encontros com as gestantes dos municípios que atende. O objetivo das reuniões é promover a educação em saúde, abordando temas sugeridos pelas áreas participantes, como: a importância do pré-natal, exames realizados, vacinação para as gestantes, alterações fisiológicas durante a gestação, direitos da gestante, tipos de parto, anestesia, cuidados no pós-parto, amamentação e cuidados com o recém-nascido. Além disso, realiza atividades físicas para melhorar a postura e prevenir dores osteomusculares. A entidade também fornece materiais complementares sobre os assuntos abordados nas reuniões, contendo dicas e orientações para as gestantes. São encontros que possibilitam mais qualidade de vida para a mulher, prevenindo-a de diversas doenças que podem acontecer no período gestacional, ajudando a diminuir a mortalidade materna.

Aguenta Coração!

Saiba os cuidados que você deve ter com a saúde durante os jogos da Copa

Ao chegar o início dos jogos, sempre há aqueles torcedores que ficam mais aflitos e transbordam emoção.  Durante a Copa do Mundo, a ansiedade para assistir as partidas fica mais intensa e as pessoas com histórico de problemas cardíacos devem ficar atentas aos sintomas.  

 Parece até brincadeira, mas pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) analisaram os últimos campeonatos mundiais e notaram que nos dias de jogos o número de internações de pacientes cardiopatas cresce em hospitais brasileiros. 

 O cardiologista do Hospital San Paolo, Eduardo Campbell, afirma que durante os jogos ou em outras situações que envolvem muita emoção o nosso corpo reage como se estivéssemos em uma situação de perigo. “Nesses casos, ocorre uma série de modificações hormonais, principalmente, estimuladas pela liberação de adrenalina”, afirmou Campbell.

 Entre os efeitos da adrenalina, pode se destacar a redução do diâmetro das veias e artérias, o que aumenta o fluxo de sangue em órgãos nobres como o coração e cérebro; além disso, o coração passa a bater mais rápido e com mais força. 

 De acordo com Campbell, o aumento da frequência e da força da contração provoca uma maior necessidade de nutrientes e de oxigênio pelo coração, ou seja, seria como se trabalhássemos mais pesado em um determinado dia e sentíssemos mais fome. “Caso o indivíduo tenha um estreitamento das artérias do coração, ele não conseguirá suprir essa necessidade maior de energia, o que pode desencadear uma angina pectoris (dor no peito) ou até mesmo um infarto agudo do miocárdio.” 

 

Recomendações - Antes dos jogos deste ano, é recomendável fazer uma consulta de rotina para ajuste das medicações para hipertensão arterial (HAS), insuficiência cardíaca, arritmias, doença arterial coronariana, entre outras. É aconselhável também não exagerar no sal, na gordura e no álcool na hora de torcer. As bebidas alcoólicas merecem cuidados redobrados, pois funcionam como um vasoconstrictor (diminuição do diâmetro das veias e artérias) e um estimulante, o que pode piorar os quadros hipertensivos, arritmias e infartos.

 

Durante os jogos fique atento aos seguintes sintomas:

·       Palpitações

·       Tontura

·       Dor no peito

·       Mal-estar Geral

·       Ansiedade excessiva

 
Na constatação desses sinais, é necessário parar de assistir aos jogos e procurar atendimento médico para esclarecimento do quadro.

 

 
 

Centro Médico do Hospital San Paolo

Para consultas com cardiologista e outros especialistas

Tel: (11) 2613-4311


 

Hospital San Paolo

Rua Voluntários da Pátria, 2786 - Santana

Tel: (11) 3405-8200


Etiqueta profissional na Copa
Saiba o que será permitido ou não pelos gestores durante o Mundial de futebol

A menos de um mês para o início da Copa do Mundo, muitas empresas ainda não sabem como vão lidar com o impacto do evento na rotina de seus colaboradores. “É interessante notar que só agora a maioria dos gestores começou a pensar em soluções para a questão, tanto é que alguns clientes estão nos questionando sobre as nossas políticas sobre o assunto para estabelecer parâmetros próprios”, conta Francine Silva, consultora de recursos humanos da Luandre. Enquanto algumas companhias já se decidiram por liberar os funcionários cerca de uma hora e meia antes do início da partida em dias de jogos da seleção brasileira, outras vão usar o primeiro jogo como medida para os demais.

A Luandre, companhia de recursos humanos com mais de 40 anos de mercado, selecionou algumas dúvidas que deverão surgir entre os funcionários durante esse agitado período e escalou um time de consultoras para respondê-las.

Posso negociar horários diferentes durante a Copa?

Se a empresa já possui uma política de flexibilização de horários, tudo bem conversar com o gestor. Mas, se não é o caso do seu local de trabalho, a atitude pode ter um impacto negativo entre os próprios colegas. “Deve existir uma regra para todos. Se só alguns tem o benefício, isso pode gerar problemas entre os demais que não seguirem as regras pré-estabelecidas”, conta Alessandra Torres, consultora da Luandre. Vale, nessa hora, analisar o andamento de suas atividades e do seu grupo e refletir se há urgências ou pendências. “Na hora de negociar com o gestor, exponha a organização de suas tarefas e proponha soluções para necessidades que possam surgir durante sua ausência”, orienta Francine Silva.

Comprei ingresso para um jogo que não é do Brasil, posso pedir uma folga para assisti-lo?
Tudo depende do posto ocupado e do passado do funcionário na empresa, por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente. “É uma negociação direta entre gestão e colaborador e, nesse caso, o histórico profissional é um fator decisivo”, detalha Janice Souza.

Quero muito assistir no estádio todos os jogos de uma seleção, como faço?

Se a situação passa do pontual e vira uma constante, pode pegar mal. “O colaborador poderia ter programado férias ou buscado alternativas para atender seus desejos sem gerar atrito e impactar no seu cotidiano”, explica Roberta Fioravanti. Essa, aliás, parece ser uma das poucas coisas que serão vistas de maneira totalmente negativa durante o Mundial. “Os gestores podem até mesmo se aproveitar desta oportunidade para notar colaboradores que não se enquadram mais e dispensá-los”, completa a consultora.

Posso assistir aos jogos do Brasil e de outras seleções durante o expediente no computador?  

Empresas que possuem sala de descanso, refeitórios ou outros cômodos com televisão deverão transmitir todos os jogos. Se esse for o caso, vale o bom senso na hora de escolher que momentos acompanhar e também na postura. “É importante ter ciência de que, mesmo durante a transmissão, o colaborador está no ambiente do trabalho, e não no sofá de casa com amigos”, aponta Francine Silva. Por isso, palavrões, comemorações exageradas e provocações não são bem vindas. No geral, vale observar as regras da empresa sobre o assunto, já que muitas não permitem que o funcionário use o computador com essa finalidade.

Fui liberado só durante o jogo e devo voltar para o expediente. É permitido tomar uma cerveja enquanto isso?

Se o funcionário vai voltar para o escritório, não é aconselhável tomar nenhum drink. “Vale a mesma premissa do horário de almoço, lanches e etc: se você retornará às suas atividades, não é adequado ingerir qualquer tipo de álcool”, alerta Francine.

Não gosto de futebol. Pega mal ficar no escritório adiantando tarefas mesmo se todos forem dispensados?

São duas possibilidades: ou o evento será encarado como uma programação para toda a equipe – nesse caso, o mais indicado é acompanhar o grupo, mesmo que não goste de futebol – ou os colaboradores não se reunirão durante o jogo. “Se a empresa dá a oportunidade de escolher, o colaborador é livre para tomar a decisão”, esclarece Roberta Fioravanti.

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