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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Câmara Municipal do Guarujá/SP abre inscrições para processo seletivo de estágio

Inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 24/04 no site do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE

A Câmara Municipal do Guarujá/SP abriu inscrições para processo seletivo público de estágio. As vagas são destinadas para estudantes do Ensino Superior para cursos de Ciências Contábeis, Direito, Administração, Administração Pública, Comunicação Social - Jornalismo, Administração de Empresas e Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.

 

O estagiário receberá uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.302,00 para carga horária de 20 horas semanais. A vaga também conta com auxílio-transporte proporcional aos dias estagiados.

 

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 24/04, através do Portal CIEE, no link:https://pp.ciee.org.br/vitrine/9239/detalhe. Para participar, o candidato deve cumprir os pré-requisitos abaixo:

 

●    Ser morador do Guarujá/SP;

●    Ser brasileiro(a) nato(a), naturalizado(a) ou estrangeiro(a) com visto permanente no País;

●    Ter idade mínima de 18 (dezoito) anos, até a data de posse;

●    Não ter sido exonerado(a) do serviço público;

●    Estar em dia com as obrigações eleitorais, quando maior de 18 anos e das obrigações militares, quando do sexo masculino maior de 18 anos;

●    Não ter feito estágio por período superior a dezoito meses (corridos ou intercalados) na Câmara Municipal de Guarujá, exceto pessoas com deficiência (Art. 11 da Lei 11.788/08).

 

 

Atendimento

O estudante também pode tirar dúvidas através do atendimento via Whatsapp do CIEE no número: (11) 3003 – 2433.


Abril Azul: conheça os direitos previdenciários das pessoas com transtorno do espectro autista

As pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm um mês especial de conscientização


As pessoas autistas têm direitos previdenciários e o Abril Azul, mês de conscientização sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista), a cada ano se constitui como um período importante para a causa. Afinal, a proporção de dados adaptados do Center for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos para o Brasil indica que há um contingente de 4 milhões de pessoas autistas aqui. No Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) existem diferentes possibilidades para os autistas acessarem direitos. Entre eles, estão a aposentadoria para as pessoas com deficiência (PCDs), auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente e o BCP/LOAS.

“De acordo com a Lei 12.764 de 2012, é necessário avaliar se a pessoa se enquadra nos parâmetros clínicos de pessoa portadora da síndrome como, por exemplo, significativa dificuldade de comunicação e interação social. As características dessa pessoa considerada PCD podem garantir um benefício mais rápido a ela. São pessoas que, normalmente, não conseguem trabalhar em meio a outras, estando impedidas a longo prazo”, explica a advogada previdenciária e sócia-fundadora do Brisola Advocacia, Isabela Brisola.

Quanto à aposentadoria à pessoa com deficiência, há duas situações, a aposentadoria da pessoa com deficiência por idade e a pessoa com deficiência por tempo de contribuição. No que tange à primeira situação, no caso de homens, precisa ter 60 anos, 15 anos de contribuição e comprovar o impedimento de longo prazo durante o período de contribuição. As mulheres devem ter 55 anos de idade, 15 anos de contribuição e comprovar o impedimento de longo prazo durante o período de contribuição.

Na situação da aposentadoria por tempo de contribuição o que irá se avaliar é o grau da deficiência, para o homem é necessário comprovar a deficiência de grau grave, com 25 anos de contribuição; deficiência de grau médio, 29 anos de contribuição; e deficiência de grau leve, 33 anos de contribuição. Além disso, também é fundamental o impedimento de longo prazo. Para as mulheres, a deficiência de grau grave requer 20 anos de contribuição; de grau médio, 24 anos de contribuição; e grau leve, 28 anos de contribuição. Em ambos os casos, o impedimento deve ser comprovado ao longo do prazo de contribuição.

“Portanto, quanto mais grave for o transtorno, mais rápido o trabalhador ou trabalhadora vai conseguir se aposentar. E quem atesta os graus é o perito médico do INSS após o requerimento da aposentadoria, após um exame minucioso sobre o cotidiano dessa pessoa no seu ambiente de trabalho a partir de um questionário. Indicamos que a pessoa guarde sempre todos os documentos médicos para comprovação da sua condição”, diz a advogada.


Aposentadoria por incapacidade permanente é outro benefício possível para as pessoas com transtorno do espectro autista

Nesse caso, o benefício é destinado para aqueles segurados que estão incapacitados para o trabalho de forma total e permanente e não podem ser reabilitados para outras funções. Esse caso também passa por perícia médica técnica para definir a aposentadoria por invalidez. Entre os requisitos estão 12 meses de carência do INSS; possuir qualidade de ativa de segurado, ou seja, estar com a Previdência em dia ou dentro do período de graça; e comprovar a incapacidade total e permanente para o trabalho.

“Aqui vai ser avaliado se o segurado não tem a possibilidade de trabalhar”, ressalta Isabela.

Já na hipótese de ser constatada uma incapacidade temporária, o benefício a ser pleiteado diz respeito ao auxílio por incapacidade temporária (anteriormente denominado auxílio-doença).

Acessar o BCP/LOAS é uma possibilidade também

Outra possibilidade é o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), desde que se cumpra com os seguintes requisitos: é necessário comprovar que não há condições de prover sua subsistência ou ter auxílio da família; no caso, é necessário que a renda familiar seja inferior a um quarto salário-mínimo vigente (R$ 325,50 em abril de 2023) por integrante do núcleo familiar; ter inscrição no Cadúnico com o cadastro devidamente atualizado;  comprovar a existência da deficiência; e ser brasileiro nato ou português naturalizado.

“Esse direito é garantido a pessoas com autismo também e dará à família mais dignidade, com um salário-mínimo, com a mãe podendo cuidar do filho, a depender do grau de TEA que ele tenha. Por isso, o acesso dos autistas aos direitos previdenciários é essencial, proporcionando até mesmo que o tratamento seja feito de forma correta”, avalia.


O que fazer se o benefício for negado?

A partir do momento em que um benefício é negado no INSS, um dos caminhos é entrar com uma ação judicial ou fazer um recurso administrativo que tem prazo de 30 dias contados a partir do resultado do pedido negado. Já a ação judicial não precisa ser feita junto ao INSS, ocorrendo uma nova perícia com avaliação e a decisão do juiz. 

“E lembramos que o Abril Azul é uma ótima maneira de informar a população sobre os direitos dos autistas, ainda mais considerando que temos muitas gerações nessa condição, principalmente naqueles casos que impedem até os pais de poderem trabalhar”, argumenta.

 

 Brisola Advocacia Associados


"Cancelar" outras mulheres, nos torna mais feministas?

O feminismo nunca virou pauta de tantas discussões, desde o Twitter aos debates em universidades, todos querem dar um palpite sobre o que é ser feminista. No entanto, a internet é potencializadora dessas discussões, que traz o novo conceito de “cancelamento” - quando a pessoa é atacada e isolada na web, muitas vezes sem um motivo justificado. 

Hoje, “cancelar” faz parte do vocabulário e cotidiano de quem está nas redes sociais. Para se ter uma ideia, em 2021, a palavra cancelamento foi citada 20 mil vezes na internet, já em 2022, o termo foi mencionado mais de 60 mil vezes, segundo pesquisa da agência Mutato. Principalmente, os dados mostram como a sociedade está dividida e agressiva, tudo nas sociais acaba virando um embate. 

O cancelamento pode, em alguns casos, ser assemelhado à morte. Hoje em dia vivemos um momento muito específico da cultura do cancelamento - quando você discorda da opinião de uma pessoa e a “cancela”, que é uma espécie de morte virtual, incentivando o apagamento dessa pessoa. O impacto disso ocorre principalmente no mundo virtual, onde estão boa parte das interações da atualidade.

 

Cancelamento no feminismo 

E o cancelamento está cada vez mais presente dentro de pautas feministas. Desde Simone de Beauvoir, mulheres discordam sobre as linhas do movimento, porém, existe uma linha tênue entre o debate e a discussão. O cancelamento de outras mulheres cria pessoas que se intitulam mais feministas do que outras, gerando uma hierarquia. Precisamos lutar por um movimento unido, isso não significa que todas devemos concordar, mas respeitar as singularidades de cada uma, criando um diálogo para buscar o bem-comum, no fundo isso são mulheres entrando na lógica da rivalidade feminina do machismo. 

Assim como qualquer movimento, o feminismo tem diversos lados, todos lutam em prol dos direitos femininos, mas de diferentes formas. Existem diversas vertentes do movimento feminista que observam o cancelamento de formas diferentes, é possível perceber uma luta na internet sobre quem mais luta pelo movimento feminista, quem dita as regras, causando um cancelamento de outras mulheres. Assim, alegando que elas não estão contribuindo com a causa, usando os mesmos recursos patriarcais e opressores que invisibilizam a voz feminina, como Paulo Freire diz “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor. 

O cancelamento entre mulheres, de certa forma retoma o discurso machista, voltado à rivalidade feminina. Isso emite como a rivalidade feminina está internalizada, o cancelamento diz muito mais sobre a pessoa que cancela do que a que está sendo cancelada. É importante termos divergências, o problema é não saber ouvir as diferenças, cada vez mais estamos nos fechando em bolhas e interpretando diferenças como ataques pessoais. Usar a cultura da vergonha nunca é a solução, é diferente criticar por criticar de dialogar e buscar aprender em um debate frutífero, não é necessário expor uma mulher para isso.

 

Mayra Cardozo - advogada com perspectiva de gênero, especialista em Direitos Humanos e Penal.

 

São Paulo é considerada a capital da pizza, segundo estudo da Apubra

Freepik
A Associação Pizzarias Unidas do Brasil registra um crescimento de 337% do setor na capital do estado de São Paulo 

 

O mercado brasileiro de pizzaria teve um crescimento de 499% nos últimos dez anos, segundo estudo inédito realizado pela Apubra - Associação Pizzarias Unidas do Brasil. Diante desse contexto, São Paulo é considerada a capital da pizza ao registrar um crescimento acumulado de 337%, passando de 467 (2012) para 2.866 (2022) estabelecimentos ativos. O estado, que aparece em primeiro lugar no ranking nacional, com 28% de pizzarias em operação, é seguido pelo Rio de Janeiro (10%) e Minas Gerais (9%). 

No âmbito regional, o Sudeste destaca-se como o maior representante do segmento, visto que concentra quase 60% dos empreendimentos em funcionamento. “Diante desse recorte, SP aparece com 57% de pizzarias ativas. Em seguida, encontra-se Rio de Janeiro (21%), Minas Gerais (18,2%) e Espírito Santo (3,8%)”, diz Gustavo Cardamoni, presidente da Apubra. Já entre as demais regiões estão Nordeste (21%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%). 

Por conta do crescimento exponencial registrado no Sudeste do país, a região passa a ser um território extremamente competitivo, por isso os empreendedores dessa região devem investir em treinamentos e iniciativas capazes de otimizar o desempenho dos negócios. “Quem deseja trabalhar no setor precisa ter em mente a importância de um bom planejamento estratégico e da busca constante por aprimoramento a fim de se destacar em meio a competidores já estabelecidos”, explica Cardamoni. 

O presidente da Apubra também ressalta o papel de um apoio nessa trajetória empreendedora como, por exemplo, o de uma associação. “Empreender é uma jornada solitária. Portanto, estar próximo de empreendedores que lidam com os mesmos desafios diariamente, é uma oportunidade de unir forças. Nesses ambientes há muita troca de conhecimento e networking, o que permite o alcance de um alto desempenho em um menor período de tempo e com riscos minimizados”, pontua o executivo.


Metodologia 

As informações foram extraídas de fontes oficiais do governo, que compreende empresas cadastradas na Receita Federal, em situação ativa, até dezembro de 2022. O estudo também segue os critérios estabelecidos na pesquisa qualitativa, realizada diretamente pela Apubra, que como atingiu um número relevante de resultados adotou como critério de pesquisa analisar dados de mercado apenas das empresas pertencentes a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 56 e autodenominadas como pizzaria. 

É importante ressaltar que o número final apresentado no conteúdo não corresponde ao total de pizzarias atuantes no Brasil. Trata-se de uma amostragem e estima-se que esse dado corresponda a 75% do mercado. “Para nós é uma grande satisfação concluir esse estudo, que esperamos servir como guia para todos os profissionais que atuam no mercado da pizza, de empresários a fornecedores, até aqueles que almejam empreendedor no setor. Entendemos a necessidade de investir em capacitação constante e reforçamos o nosso compromisso com essa missão”, finaliza o presidente.

 

Como o ChatGPT pode ajudar a contabilidade das empresas?

Certamente, você já ouviu falar sobre o ChatGPT. A sigla de Generative Pre-Trained Transformer é a primeira grande tecnologia pautada na inteligência artificial aberta ao grande público. Mesmo lançada recentemente, em novembro de 2022, muito se prospecta sobre suas possibilidades de uso, facilidades e benefícios que podem trazer para o mercado. De tantas aplicações, a ferramenta pode, inclusive, ser utilizada a favor da contabilidade empresarial – desde que tenha atenção no que diz respeito à responsabilidade das informações prestadas.

Ainda considerado como um protótipo desenvolvido por meio da IA, o recurso é capaz de realizar diversas tarefas, tais como escrever artigos, notícias, revisões e traduções de texto, até mesmo a criação de códigos de programação cujo primeiro aplicativo desenvolvido com ajuda do ChatGPT já está disponível para download nas principais lojas de aplicativos (Google Play e Apple AppStore). Não à toa, vem despertando grande atenção do mercado por suas respostas detalhadas e articuladas, dando a impressão de que estamos, de fato, conversando com um ser humano. Uma tecnologia impressionante, que angariou 100 milhões de usuários logo nos primeiros dois meses após seu lançamento, segundo a OpenAI.

Como é uma ferramenta que se encontra em fase inicial, é importante destacar que não devemos confiar 100% na veracidade de suas respostas, uma vez que existem vários registros de respostas incorretas, bem como erros de ortografia. Mas, é fato dizer que as empresas têm muito a ganhar com essa IA, desde que seja utilizada como ferramenta de apoio e não como principal fonte de dados.

Analisando seus impactos na gestão contábil, o ChatGPT pode ser extremamente útil fornecendo um norte para um atendimento mais assertivo ao cliente, auxiliando no esclarecimento de dúvidas pontuais, informações referentes ao calendário de obrigações fiscais, dentre outras tarefas.

Na prática, funcionaria como um auxiliador na redação em que, a partir de indicações e dados fornecidos previamente, terá a capacidade de criar textos completos e objetivos que sanem as dúvidas mais costumeiras dos usuários, assumindo um papel de assistente virtual. E, considerando a complexidade da legislação brasileira, esse é um apoio extremamente positivo para as empresas e contribuintes, fornecendo respostas claras e descomplicadas aos clientes e tornando a comunicação mais ágil e eficiente.

Paralelamente, sua capacidade de revisar e traduzir textos em outros idiomas também é um fator positivo para as empresas, especialmente aquelas que costumam ou desejam expandir seu negócio ao exterior. Com o ChatGPT, ficará mais fácil firmar contratos internacionais, contando com o apoio de uma ferramenta que sempre irá se ajustar e aperfeiçoar a escrita com base nos conteúdos que produzir e, ainda, fornecer ideias de textos por meio de seus algoritmos inteligentes.

São muitas possibilidades de uso que ainda estão sendo descobertas. Mas, esse é um software que ainda não poderá ser aplicado para operação autônoma, não devendo ser encarado como 100% verdadeiro em sua aplicação. Mesmo capaz de otimizar o atendimento ao cliente enviando mensagens personalizadas e objetivas, o contador ainda deverá permanecer por trás desse processo por responsabilidade ética e civil.

A presença de um profissional qualificado e capacitado para compreender a complexidade da legislação brasileira é essencial para transpor essa adequação às empresas em sua gestão contábil – contando com o apoio de um software inteligente que consiga automatizar o atendimento ao usuário nas questões mais simples de serem resolvidas e que não necessitem de um contador para tal.

Enquanto a Reforma Tributária ainda não for aprovada para simplificar nossas leis, precisaremos permanecer acompanhando o desenvolvimento do ChatGPT, seus benefícios de uso para o trabalho dos contadores e, principalmente, limitações de aplicação. Desde que seja investido como fonte de apoio e suporte, muitos resultados positivos podem ser adquiridos em prol de uma contabilidade mais assertiva.

 


Taís Baruchi - sócia-administradora na Ecovis® BSP.

Thyago Baruchi - sócio responsável pela área de Tecnologia e Segurança da Informação na Ecovis® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


quarta-feira, 12 de abril de 2023

Festa do Domingo da Misericórdia

A Festa da Divina Misericórdia tem sua fonte nos escritos de Santa Faustina, onde o próprio Jesus manifestou seu desejo: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia” (Diário de Santa Faustina, 49). Nessa festa, os padres teriam uma missão especial. Jesus explicou: “Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir com confiança à minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta minha grande e insondável Misericórdia” (Diário, 570).

Antes de Jesus pedir a criação da Festa da Misericórdia, pediu a Ir. Faustina a pintura de uma imagem onde deveria retratar Jesus com os raios branco e vermelho saindo do seu coração, com uma inscrição embaixo: “Jesus eu confio em Vós”. E deveria ser exposta publicamente, nesse domingo.


Em resposta ao pedido de Jesus, São João Paulo II, quando papa, instituiu a Festa da Divina Misericórdia, determinando que a partir daquela data (ano 2000), em todos os anos, o segundo domingo do tempo pascal seja o Domingo da Misericórdia., O Papa refletiu: “O que nos trarão os anos que estão diante de nós? Como será o futuro do homem sobre a terra? A nós não é dado sabê-lo. Contudo, é certo que ao lado de novos progressos não faltarão, infelizmente, experiências dolorosas. Mas a luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio” (homilia em 30 de abril de 2000).


No ano de 2002, no dia da Festa da Divina Misericórdia, o Senhor deu ao padre Jonas Abib uma Palavra, que está em 2Cr 7,15-16: “Meus olhos estarão abertos e os ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois agora escolhi e santifiquei esta casa dedicada a meu nome para sempre. Meus olhos e meu coração estarão nela todo o tempo”. Foi durante um retiro do  PHN em Araras (SP) que,  vendo pela TV que a canção Nova estava repleta por uma multidão, padre Jonas reconheceu a confirmação da palavra. E assim, foi movido a proclamar essa palavra e mais uma vez, consagrar a Canção Nova para que fosse “o lugar  da Divina Misericórdia”.


Com essa proclamação, tudo foi direcionado para que a Canção Nova, a partir de seus membros, fosse a “Casa da Misericórdia”, no coração e na vida. E foi por inspiração de Deus que o Santuário do Pai das Misericórdias foi projetado e construído.

 

Neste ano de 2023, entre os dias 13 e 16 de abril, será a 21ª festa da Divina Misericórdia que celebramos na Canção Nova, e pela 9ª vez em nosso Santuário do Pai das Misericórdias.


Todas as pessoas precisam receber o Anúncio do Evangelho e saber que Nosso Senhor Jesus virá um dia como Justo Juiz e, portanto, o tempo que Ele nos dá para a reconciliação é o da Divina Misericórdia. Não percamos esse tempo em que Deus oferece a todos nós pecadores a oportunidade de sermos curados e perdoados de nossos pecados. “Buscai o senhor, enquanto Ele se Deixa encontrar!” (Is 55,6).

 

 

Padre João Gualberto Ribeiro da Silva -Reitor do Santuário do Pai das Misericórdias

 

Utilização de medicamento para tratamento da Diabetes Mellitus é ampliado no SUS e deve beneficiar cerca de 200 mil pessoas por ano

Ampliação na distribuição da dapagliflozina ocorreu com base em estudos da Academia VBHC, organização que busca transformar o sistema de saúde, através do conceito de Cuidado à Saúde Baseado em Valor e projetos inovadores. 

 

Pacientes portadores de Diabetes Mellitus (DM) terão a partir de agora o acesso ampliado no SUS ao medicamento dapagliflozina. O anúncio foi feito pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC). Até então, a Comissão havia incorporado a dapagliflozina apenas para pacientes com mais de 65 anos e que já haviam apresentado complicações da doença, como infarto ou acidente vascular. 

No entanto, estudos realizados pela Academia VBHC (www.academiavbhc.org) - Value-Based Health Care - Cuidado à Saúde Baseado em Valor, permitiram esclarecer que os benefícios do medicamento são muito significativos na população que ainda não apresentou complicações. Os estudos indicam que a dapagliflozina pode prevenir complicações da diabetes, evitando custos e sofrimentos desnecessários. A Academia VBHC calcula que essa mudança deve beneficiar anualmente cerca de 200 mil brasileiros. 

A dapagliflozina é um medicamento específico para o tratamento de pacientes com DM, que age reduzindo a absorção de glicose (açúcar) pelos rins e aumentando a sua eliminação pela urina, ajudando a controlar os níveis de glicose no sangue. Além disso, estudos recentes mostram que o medicamento traz outros benefícios significativos, como a redução do risco de complicações no coração e nos rins em pacientes com diabetes.


Incorporação com base em estudos científicos da Academia VBHC

Essa incorporação foi possível graças a uma parceria com a Academia VBHC, que realizou estudos que incluem conceitos de Health Economics and Outcomes Research (HEOR) e Value-Based Healthcare (VBHC) para investigar o valor da nova tecnologia no SUS. 

Os estudos incluíram revisão sistemática e meta-análises, estudos que sintetizaram os benefícios do medicamento, assim como estudos econômicos de custo-efetividade por microssimulação que analisaram os impactos do medicamento em todo o ciclo de cuidado do diabetes, incluindo desfechos de longo prazo. Desta forma, foi possível verificar que o medicamento, além de melhorar significativamente os cuidados ao diabetes, reduz significativamente custos de longo prazo para o SUS, como decorrentes de infarto e insuficiência renal.

Segundo, Dr. Henrique Diegoli, um dos sócios fundadores da Academia VBHC, este case de sucesso é um exemplo de como a interação entre VBHC e HEOR pode auxiliar o sistema de saúde a tomar decisões, que aumentem o valor para os pacientes, ampliando expectativa e qualidade de vida e reduzindo custos potencialmente evitáveis. “A avaliação de novas tecnologias em saúde é um processo importante para determinar se uma nova tecnologia é eficaz e segura para uso na saúde. VBHC e HEOR são abordagens diferentes, que ajudam a avaliar se a nova tecnologia é valiosa para os pacientes e se pode ser incorporada ao sistema de saúde com custos razoáveis”, explica ele. 

Academia VBHC atua como uma ponte entre VBHC e HEOR, utilizando ferramentas como revisões sistemáticas em saúde, avaliações econômicas em saúde e estudos de Real-World Evidence (RWE), que investigam o uso de novos tratamentos na prática no Brasil. Também oferece educação e consultoria para a implementação de escritórios de valor, reorganizando os ciclos de cuidado para entregar o que importa para os pacientes. 

Juntas, VBHC e HEOR podem ajudar a aumentar o valor da incorporação de novas tecnologias, garantindo que elas tragam benefícios reais para os pacientes e sejam economicamente viáveis para o sistema de saúde. Com essas ferramentas, a Academia tem contribuído para que o SUS e o sistema de saúde privado ofereçam cada vez mais valor no tratamento de diversas condições de saúde de brasileiros. Esperamos que outras tecnologias que possam aumentar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir custos para o SUS também sejam incorporadas em breve, finaliza o Dr. Henrique.

Mais informações:
www.academiavbhc.org/
www.linkedin.com/company/academiavbhc/
www.instagram.com/academiavbhc/

  

Osteopatia auxilia no tratamento de doenças respiratórias

Com a chegada do outono, é comum enfrentarmos climas instáveis, com oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar. O ar mais seco aumenta a concentração de poluentes na atmosfera, e as baixas temperaturas e poluição do ar aumentam os riscos de doenças respiratórias, como resfriado, gripe, bronquite, sinusite e pneumonia. 

Recentemente, por exemplo, tivemos um expressivo aumento de VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Tendo seus maiores índices em bebês e crianças de zero a quatro anos, o vírus pode apresentar grandes problemas também para grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. 

Esse vírus afeta principalmente os pulmões e as vias respiratórias, tornando a respiração mais difícil e causando sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito.  

Alguns hábitos e cuidados já conhecidos, como alimentação balanceada, hidratação, e manutenção da carteira de vacinação em dia, ajudam na prevenção e proteção do nosso organismo. 

Ainda assim, estamos suscetíveis e expostos a esses tipos de doenças. Desse modo, o tratamento osteopático se apresenta também como um importante aliado para evitar sequelas e o aparecimento de quadros graves nos pacientes. 

Prática de tratamento manual que busca restaurar a função normal do corpo através do equilíbrio do sistema músculo-esquelético, nervoso e circulatório, a osteopatia atua de forma eficaz e preventiva no tratamento de doenças respiratórias, promovendo melhoria na mobilidade da caixa torácica, da função do diafragma, e da função pulmonar. 

A caixa torácica é composta por uma série de ossos, músculos e articulações que se movem juntos durante a respiração. Quando a caixa torácica não se move adequadamente, pode haver uma diminuição na expansão pulmonar, o que pode levar a sintomas respiratórios. A atuação da osteopatia ajuda a restaurar a mobilidade da caixa torácica, permitindo que os pulmões se expandam, facilitando a respiração. 

No caso do diafragma, músculo importante que ajuda a mover o ar para dentro e para fora dos pulmões, a técnica osteopática permitirá o seu funcionamento correto, de modo a permitir que o ar flua mais facilmente pelos pulmões. 

Além disso, a osteopatia alivia a tensão muscular e melhora a circulação sanguínea, passando a diminuir os casos de fadiga respiratória. O trabalho preventivo no sistema circulatório auxiliará no fornecimento de mais oxigênio aos pulmões, bem como propiciará a melhora no sistema imunológico.  

Com isso, o corpo passa a agir melhor a infecções do sistema respiratório e outros estressores, reduzindo assim o risco de desenvolver doenças respiratórias.

  

Luís Henrique Zafalon - fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante. 

  

Renovação do ar é estratégia para combater doenças respiratórias no outono

Com o aumento da circulação de vírus causadores de gripes, resfriados e Covid-19 na estação, climatizador evaporativo de ar é alternativa para proteger ambientes, com redução do consumo de energia em até 95% 

 

As quedas nas temperaturas e da umidade relativa do ar, com diminuição dos períodos chuvosos, caracterizam o outono no Brasil. Mas além dos dias iluminados, de céu azul e clima ameno, a estação vem ganhando destaque nos noticiários pela intensa circulação de diferentes vírus que comprometem a saúde de crianças e adultos. Diante do aumento significativo de casos de doenças respiratórias registrados pelo Ministério da Saúde nos três primeiros meses de 2023, infectologistas são unânimes em recomendar que se evitem ambientes fechados e aglomerações para reduzir os riscos de transmissão dos vírus.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o vírus sincicial respiratório (VSR) está presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no País nos três primeiros meses deste ano. De janeiro a março, foram mais de 3,3 mil infecções. Do total, 95% atingiram bebês e crianças de zero a 4 anos de idade. O boletim InfoGripe, da Fiocruz, destaca ainda o aumento percentual de Covid-19 (58% do total de doenças respiratórias), de rinovírus, com sintomas de resfriado comum, e também a alta circulação do vírus influenza, responsável por síndromes gripais dos tipos A e B do patógeno.

Para os infectologistas, há várias condições que favorecem a transmissão de vírus nesta época do ano. No topo da lista aparecem os locais com pouca ventilação e sistemas ineficientes para a renovação do ar. Estes ambientes propiciam, além de disseminação de vírus, desenvolvimento de processos alérgicos, entre outros problemas de saúde.

Mas à medida que a cultura de segurança e salubridade de ambientes com grande afluxo de pessoas em empresas, shopping centers e centros de eventos passa por aprimoramentos, o mercado se empenha em desenvolver e apresentar soluções que priorizem a saúde, com sistemas econômicos e ecologicamente corretos.

Referência no mercado nacional, a Ecobrisa Climatizadores Evaporativos desenvolveu e aprimorou ao longo dos anos um equipamento que reduz a temperatura de maneira eficaz, ao mesmo tempo em que expulsa o ar potencialmente infectado destes ambientes, tornando-os mais saudáveis.

Diferentemente dos aparelhos de ar-condicionado, outra característica notável do climatizador evaporativo de ar da Ecobrisa é a possibilidade de manter abertas as portas de residências, escritórios, escolas, lojas, shopping centers e grandes espaços de eventos. “Esta tecnologia permite a circulação de pessoas, sem que haja interferência ou prejuízos na climatização e renovação do ar”, afirma Carlos Gusmão, gerente de Projetos e Engenharia da Ecobrisa.

Segundo Gusmão, diante da situação atípica, determinada pela grande circulação de vírus causadores de doenças respiratórias, a procura pelo climatizador evaporativo de ar cresceu 30% em 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. “No outono, já é normal que as empresas busquem soluções para seus ambientes com a condição mais seca do clima. Mas o que registramos este ano foi um aumento significativo da procura”, observa o engenheiro.

Em versões portáteis, de parede ou de telhado, o climatizador evaporativo de ar não produz névoa e não dispersa gotículas de água. “Nos ambientes industriais, por exemplo, há diminuição da insalubridade, com a eliminação de gases, poeira ou vapores que prejudiquem a saúde”, destaca.

Se comparado a outros equipamentos de resfriamento, o climatizador da Ecobrisa representa uma economia de energia de até 95%. “Diante da realidade econômica e considerando os impactos ambientais, esta é uma condição importante para quem avalia as melhores soluções para residências e negócios”, finaliza Carlos Gusmão.



Beijar é bom, mas é preciso cautela: entenda os motivos

No Dia do Beijo, celebrado em 13 de abril, especialista do CEJAM orienta sobre algumas das doenças mais populares que podem ser adquiridas durante a troca afetiva 

 

Sendo um ato de demonstração de afeto, que mantém laços afetivos entre pessoas, o beijo carrega consigo um papel bastante importante nas relações humanas. Esse gesto cultural bastante popular tem seus primeiros registros há 1200 a.C. e é, sem dúvidas, um dos comportamentos mais prazerosos à criação de conexões humanas.

Mas, apesar das diferentes sensações positivas no corpo, a ação de beijar pode também transmitir doenças, principalmente se o sistema imunológico de uma das pessoas envolvidas estiver comprometido.

No Dia do Beijo, celebrado em 13 de abril, a estomatologista Lígia Gonzaga Fernandes, do Centro de Especialidades Odontológicas II Vera Cruz (CEO), gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, afirma que, em muitos casos, as doenças são transmitidas pela troca de saliva.

“Há situações em que apenas as gotículas do fluido já são suficientes para transmitir vírus respiratórios como a gripe, Covid-19 e H1N1, além de outras doenças, como mononucleose (doença do beijo), catapora e caxumba”, explica.

Não só isso, existem também os quadros que se originam a partir da presença de feridas na boca. Nestes casos, a pessoa infectada pode transmitir enfermidades como herpes, HPV, sífilis e candidíase oral, apelidada entre os brasileiros de “sapinho”, entre outras doenças.

“O ideal é evitar o contato íntimo com pessoas que apresentem esse sintoma. Mas, é importante lembrar que a maioria, muitas vezes, nem sabe que está infectada, o que acaba facilitando ainda mais o contágio”, alerta a especialista.

Entre as doenças de maior incidência durante o beijo, a profissional destaca o herpes labial; a mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo”; e as doenças respiratórias, causadas por vírus.

Confira mais detalhes sobre cada uma delas:


Herpes labial

O herpes labial é uma infecção viral, causada pelo herpes simplex 1 (HSV-1). Normalmente, quando infectada, a pessoa apresenta sintomas como coceira, ardência e sensação de formigamento na boca.

Logo após o aparecimento destes sinais, é comum o surgimento de pequenas bolhas na região, que podem se romper e liberar um líquido que contém o vírus. É exatamente nesta fase que o risco de transmissão para outras pessoas é maior, exigindo um cuidado redobrado.



Doença do beijo

A mononucleose, ou doença do beijo, também é uma infecção viral causada pelo Epstein-Barr (EBV). Transmitida pela saliva, a doença afeta principalmente o público mais jovem. Neste quadro específico, é comum que as pessoas infectadas sintam dor de garganta, fadiga, febre e inchaço dos gânglios.



Doenças respiratórias

No geral, a gripe destaca-se como uma das doenças respiratórias mais transmissíveis por meio de beijos. A infecção é causada pelo vírus influenza e pode provocar sintomas como febre e dores na garganta, no corpo e na cabeça, além de tosse e outros sintomas. Dentro desta doença, o H1N1 é classificado no grupo A do vírus e também pode ser facilmente transmitido, causando sintomas muito semelhantes, porém, mais fortes.

E, claro, não podemos esquecer da Covid-19, que ainda é bastante presente na população, apesar da diminuição no número de casos. Essa enfermidade, causada por diferentes variações do vírus, é grave e pode gerar dores de cabeça e garganta, febre, tosse seca, perda do olfato e paladar, diarreia e, em casos mais graves, dificuldades para respirar e dor no peito, entre outros sintomas.



Sapinho

A candidíase oral, ou sapinho, é uma micose na boca que se origina a partir do acúmulo do fungo Candida albicans, que costuma viver na pele e em mucosas. A sua principal característica é a presença de pontos esbranquiçados na língua, gengiva, parte interna das bochechas e, dependendo do grau da infecção, nos lábios.


Mas quando buscar ajuda?

Que beijar é prazeroso, todos sabemos. Mesmo assim, é preciso ficar em alerta ao sentir qualquer um dos sintomas mencionados. Em todo o caso, o indicado é buscar o atendimento especializado ao perceber qualquer alteração nas regiões da boca e lábios.
“O aparecimento de feridas dentro e ao redor da boca, mal-estar, febre, dor de garganta e inchaço no pescoço são alguns dos principais sinais para buscar ajuda profissional”, afirma Lígia.

A partir do atendimento médico, é possível atingir o diagnóstico correto através de exames e o melhor tratamento. Por isso, a importância desse tipo de assistência. “O tratamento varia de acordo com a doença. O herpes labial, por exemplo, é tratado com terapia antiviral. Já o sapinho, com medicações antifúngicas. Quanto a outras infecções, eventualmente, é necessário esperar o curso da doença e apenas controlar os sintomas com antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos, como é o caso da mononucleose”, finaliza a profissional.

 

 CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”



Conhecimento e troca de experiências ajudam a combater mitos sobre crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista

Primeira edição de 2023 do Ciclo de Palestras AMRIGS ocorreu na noite de terça-feira (11/04) em formato virtual 

 

Você já deve ter ouvido falar que cada vez mais crianças são diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Será que o autismo virou uma epidemia? A resposta é “provavelmente não”, de acordo com o médico pediatra Renato Santos Coelho, um dos convidados da primeira edição deste ano do Ciclo de Palestras da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). Além do pediatra, o evento contou com palestras da médica psiquiatra da Criança e do Adolescente, Ana Soledade; da jornalista e apresentadora, Shana Müller; e da médica clínica geral, Ana Brandão.

Durante sua fala, Renato Santos Coelho explicou os motivos para que os casos de diagnósticos de TEA saltassem de um para cada 2 mil crianças na década de 1990, para um a cada 36 em 2023.

“Uma das razões para esse aumento na prevalência nas últimas décadas é a mudança de critérios que eram utilizados em 1995 e os critérios utilizados atualmente. Hoje, conseguimos colocar pessoas que ficariam de fora antes e que possuem o TEA, mesmo que de uma forma leve. Um paciente com quadro de nível 1, leve, passou e ainda passa despercebido sem diagnóstico”, destacou.

O médico reforçou que o mundo não passa por uma epidemia de crianças com autismo.

“Hoje, conseguimos trazer para esse grupo de pessoas um olhar especializado da ciência, que antes não tinha. Muitos pacientes adultos jovens procuram ajuda médica em busca de um diagnóstico. Falam sobre perrengues e situações que viveram durante toda vida e eram incompreendidos. Após o diagnóstico, se sentem aliviados para explicar momentos ainda da infância e da juventude”, afirmou.

Em sua palestra, a médica psiquiatra Ana Soledade explicou como funciona a cognição social de pessoas típicas e de pessoas atípicas, forma como são chamadas aquelas com TEA.

“A teoria da intencionalidade compartilhada mostra que os humanos interagem e desenvolvem atividades colaborativas complexas. Cada indivíduo tem um papel e isso faz com que um grupo faça atividades de forma mais precisa. Assim, crianças conseguem perceber e colaborar com tarefas e tomar iniciativas. O que entendemos é que crianças com TEA conseguem entender, mas muitas vezes não têm habilidades e motivação para compartilhar essas cognições sociais”, ressaltou.

A palestrante esclareceu um dos mitos mais ouvidos sobre crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): o de que elas não interagem nem se comunicam.

“Eu ouço muitos relatos sobre crianças que apresentam dificuldades em comunicação. Mas precisamos prestar atenção na comunicação que não é falada. Crianças com TEA possuem uma sutileza na forma de não comunicar, o que muitas vezes surpreende quem está em volta quando surge o diagnóstico de autismo” afirmou a médica.


Mães relatam experiências

O Ciclo de Palestras da AMRIGS ainda contou com duas participações especiais. Duas mães relataram seus casos com filhos atípicos, emocionando os participantes e encorajando familiares que estão em busca do diagnóstico para TEA. A primeira a contar sua experiência foi a jornalista e apresentadora, Shana Müller, mãe do Francisco, de 3 anos, diagnosticado com autismo, e de outros dois filhos, Gonçalo, de 6 anos, e Mercedes, de 2.

Shana iniciou sua participação lendo o conto Bem-vindo à Holanda, de Emily Kingsley, que fala sobre a expectativa da família quando nasce um bebê e o sentimento de frustração que um diagnóstico de TEA pode causar nos pais.

“É uma situação difícil e vivemos um luto de expectativas com os nossos filhos. Cada um tem uma maneira de lidar e aqui em casa eu e meu marido tivemos momentos e formas diferentes para entender. Hoje o Francisco tem quase quatro anos e nós fomos aprendendo a aprofundar essa vivência. Cada fase dele vai abrindo nossos olhos para diferentes quadros que o autismo nos traz”, afirmou.

Para a jornalista, uma das preocupações com o Francisco é sobre a educação escolar que ele vai ter, resumindo uma angústia de todos os pais atípicos.

“Com o passar dos anos, começamos a nos preocupar em como vai ser a educação deste filho na escola. Estes espaços estão, de fato, preparados para a inclusão? Na rede pública e na rede privada, temos professores e escolas preparados para alfabetizar essas crianças? Numa sociedade em que mostra um caso para cada 36 crianças, urge que o poder público e a comunidade prestem atenção para questões de diversidade e inclusão”, destacou.

Médica clínica geral, Ana Brandão é mãe da Gabriela, de treze anos e diagnosticada com TEA. Brandão contou um pouco da sua experiência durante o evento.

“Nós também passamos pelo choque do diagnóstico quando a Gabriela tinha dois anos de idade. Meu pai já tinha me alertado sobre o desenvolvimento dela, mas eu não percebia assim, pois acreditava que ela interagia comigo. Quando o atraso no desenvolvimento ficou evidente, corri atrás e entendi a situação. Foi o começo de uma nova trajetória de vida com aprendizados e desafios”, salientou.

A médica aconselhou pais e mães de crianças atípicas para que aprendam sobre TEA, porém, sem deixar de lado as especificidades dos filhos.

“Se eu puder deixar uma dica importante é: aprenda sobre autismo, veja palestras, converse com pessoas que também tenham casos de TEA na família. Não precisa ser expert sobre isso. Você precisa ser expert sobre seu filho. Precisa saber o que pode fazer com que ele desorganize. Entender o limite do seu filho para que não desorganize no dia a dia. Tentar mil abordagens diferentes e saber que a maioria pode falhar, mas que alguma tentativa vai funcionar”, falou. A clínica geral finalizou sua palestra com uma participação da Gabriela, que conversou com a mamãe em frente às câmeras.


Ciclo de Palestras AMRIGS

O diretor Científico da AMRIGS, Guilherme Napp, abriu o evento desta terça-feira (11/04) ressaltando que o Ciclo de Palestras é uma forma de aproximar a população a temas médicos, de forma menos acadêmica.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta cerca de 1 em cada 36 crianças nos Estados Unidos e em muitos outros países. Embora tenham sido feitos avanços significativos no diagnóstico e tratamento, ainda existem muitos estereótipos e equívocos associados a esse tema.

“Eu costumo dizer que é um dos meus eventos favoritos da AMRIGS, pois busca aproximar profissionais da saúde com o público geral. Com este evento, tentamos contribuir para a saúde da população de forma leve e compartilhando informações”, afirmou o diretor.

O Ciclo de Palestras: Conscientização e Tratamentos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi promovido pela AMRIGS e ocorreu em formato online. A primeira edição do ano do evento teve o apoio da Sociedade de Pediatria do RS e da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.

 

Mariana da Rosa



Hipertensão arterial: uma ameaça silenciosa

Abril é marcado pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à doença 

 

Relatório do Ministério da Saúde mostra que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. Os dados mostram ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais.

Já os dados de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde, trazem os Estados com maiores prevalências de diagnóstico médico de hipertensão arterial. São eles: Rio de Janeiro (28,1%), Minas Gerais (27,7%) e Rio Grande do Sul (26,6%).

Para conscientizar e alertar a população sobre o principal fator de risco para as doenças do coração e, que atualmente é a principal causa de óbitos no mundo, celebramos no dia 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

“A hipertensão tem como principal causa os maus hábitos. Além disso, o histórico familiar é um dos primeiros fatores de risco para a doença. Em seguida, vem o avanço da idade, a obesidade e sobrepeso, assim como o sedentarismo, tabagismo, alto consumo de sal, gorduras e açúcares e outras doenças, quando não tratadas”, explica o Dr. Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.

 

Diabetes e obesidade x hipertensão

Duas doenças crônicas que estão fortemente ligadas com a hipertensão e merecem destaque são o diabetes e a obesidade. Vale reforçar que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes e hipertensão.

“Estar acima do peso faz com que o pâncreas trabalhe mais, podendo levar à resistência insulínica, causando o diabetes tipo 2. E tanto o diabetes quanto a obesidade podem causar a hipertensão, o que aumenta as chances do infarto do miocárdio. O paciente que tem diabetes deve sempre estar com a consulta no cardiologista em dia, pois os sinais de infarto podem ser atípicos. Em apenas 30% dos casos de infarto de diabéticos, os pacientes sentem tontura e dificuldades para respirar”, contou o especialista.

 

Pressão alta pode ser assintomática

Em muitos casos, a hipertensão não provoca sintomas claros, mas provoca sérios danos à saúde, sendo algumas das consequências o acidente vascular cerebral, o infarto, o aneurisma arterial e a insuficiência renal e cardíaca.

A pressão acima de 140/90 mmHg (ou 14 por 9) faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo.

"A melhor maneira de se prevenir contra a hipertensão é mantendo bons hábitos para se afastar dos fatores de risco e estar com o check-up em dia. E, caso você já tenha sido diagnosticado com esta doença, o tratamento medicamentoso aliado com boas práticas é essencial para manter a saúde do hipertenso", finaliza o especialista. 

 

Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas.
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“Não precisamos ser reféns dos nossos genes, há alternativas” Afirma especialista sobre condições genéticas

Geneticista Susana Massarani explica que a expressão dos genes é de enorme importância e pode ser influenciada por inúmeros fatores 

 

As doenças hereditárias são o grande pesadelo de muitas pessoas que acreditam serem reféns de “sentenças genéticas” por possuírem parentes com certas doenças, no entanto, essa pode não ser uma verdade.

 

Epigenética e seu papel na saúde

De acordo com a geneticista e bióloga molecular, Susana Massarani, a epigenética enfraquece a máxima de que “somos o que comemos”. 

A epigenética é a responsável por analisar como o ambiente, os comportamentos e hábitos influenciam a expressão gênica, ou seja, você pode até ter genes potencialmente perigosos para o desenvolvimento de certas doenças, mas seu estilo de vida pode contribuir para que eles se mantenham ‘adormecidos’” Explica. 

Isso joga por água abaixo a antiga máxima que dizia ‘somos o que comemos’, não somos só o que comemos apesar de a alimentação ser de suma importância para nossa saúde, todos os fatores do ambiente onde vivemos tais como o local, a temperatura, a pressão, exposição solar, com quem vivemos e trabalhamos, com o que trabalhamos entre outros, têm influência sobre a expressão do nosso DNA” Afirma Susana Massarani.

 

O que pode influenciar na expressão dos nossos genes?

“Diversos aspectos influenciam na expressão do nosso DNA, a prática de atividades físicas, alimentação adequada, qualidade da água, qualidade do ar, qualidade do sono, manter o cérebro ativo, entre outros” Explica Afirma Susana Massarani. 

De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências, biólogo e aluno de genômica de Susana Massarani, manter o cérebro ativo é fundamental para prevenir doenças neurodegenerativas, mesmo que já haja casos na família manter o cérebro ativo, se alimentar apropriadamente com base na informação genética e exercitar-se é fundamental para evitar certas doenças. 

A epigenética é uma abordagem relativamente nova, assim como o conceito de neuroplasticidade, que explica como o cérebro se adapta e é capaz de criar novas sinapses, mostrando como nosso corpo não nasce fadado a um destino”. 

Os exercícios mentais ajudam a manter o cérebro ativo e em constante evolução, criação de novas sinapses e fortalecimento de aspectos importantes como memória e cognição, já é cientificamente comprovado que isso ajuda a prevenir doenças neurodegenerativas, claro, ter casos na sua família é um fator de risco, mas nem de longe é uma sentença” Afirma Dr. Fabiano de Abreu. 

 

Susana Massarani - geneticista, bióloga molecular e microbiologista, atua na primeira clínica digital do Brasil, Clínica DNA Massarani, Membro Científico e Palestrante do Instituto de Nutrição Cérebro Coração INCCOR-RJ e pós-graduada em prescrição clínica com foco em Nutrigenética e Nutrigenômica.


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