Nádia Moya, assessora
pedagógica da Matific Brasil, orienta
como as crianças podem revisitar as matérias dentro e fora da escola no retorno
às atividades do segundo semestre
O
período de férias é essencial para o descanso, permitindo a manutenção do
bem-estar e a exploração de atividades diversas, mas também representa uma
quebra na rotina escolar. Nesse contexto, retomar conteúdos ao fim das férias e
ter o acolhimento adequado no retorno às aulas são movimentos fundamentais.
Para Nádia Moya, assessora pedagógica da Matific
Brasil, essa volta deve ser leve e estruturada, sempre prezando pelo
divertimento e protagonismo da criança.
Pensando
nisso, Moya propõe cinco dicas para os estudantes recuperarem o fôlego e o
ritmo de estudos de forma divertida e instruída, levando a um regresso mais
tranquilo à rotina estudantil. Tudo isso, com o auxílio das famílias e
professores.
Games
virtuais
Jogos online são ótimas opções para engajar as crianças e proporcionar uma revisão de conteúdos mais leve e divertida. Segundo a pedagoga, os aspectos lúdicos e dinâmicos dos games encorajam a revisão, ao mesmo tempo em que as crianças se divertem, dialogam, cooperam e competem de maneira saudável.
Algumas
plataformas pedagógicas, como a Matific, propõem trilhas de férias, que são atividades
voltadas à revisão, com o intuito de reforçar o “saber” e ensinar tópicos
novos. Enquanto isso, não só o público se diverte e desafia, mas também a
plataforma gera dados diagnósticos para que o educador avalie quem precisa ou
não de maior assistência e quais pontos precisam ser mais bem trabalhados e
revistos.
Momentos
em família
Moya
ressalta que produções de entretenimento com fins pedagógicos podem ser
excelentes ferramentas para o aprendizado durante as férias, conciliando um
tempo familiar de qualidade com o ensino. “Assistir a filmes e programas de TV
ou ler livros que abordem determinados conhecimentos adquiridos em sala de aula
é uma boa forma de manter o ritmo”, sugere.
Em
complemento a isso, os pais podem perguntar para as crianças em momentos de
conversa se elas lembram o que aprenderam em determinada matéria ou, até mesmo,
proporem brincadeiras – com os tradicionais jogos de tabuleiro e montando
quebra-cabeças relacionados a matérias da escola, por exemplo. “Aprender com o
seu filho é uma boa forma de ajudá-lo a aprender consigo mesmo”.
Novas
experiências
Nádia
Moya enfatiza que a participação dos pais ou responsáveis é fundamental nesse
período de férias. “Eles podem propor atividades e passeios diferentes, como ir
a museus e parques, buscando dialogar com filhos e filhas e mostrar, na
prática, conceitos estudados, trazendo à tona o conhecimento já adquirido no
ambiente escolar”.
Para
a pedagoga, “isso traz contextualizações para as crianças e contextualizar por
meio de experiências é uma forma de fixar melhor o conteúdo, pois trabalha o
emocional, o que sempre leva ao maior estímulo”. Novas experiências permitem o
protagonismo do aluno no processo de aprendizagem, uma vez que esse tem mais
propriedade em falar sobre o que vivenciou.
Falar
sobre o que vem por aí, aplicando os conteúdos já dados
Despertar
o interesse do aluno pelos conteúdos a serem discutidos nos próximos meses
também é uma ótima estratégia para aumentar o entusiasmo e já começar o
novo semestre com um bom ritmo. “Nos últimos dias do recesso, as famílias podem
conversar sobre o que fizeram nas férias e sobre o que elas estão mais animadas
para aprender no novo semestre. Esses momentos propiciam um ambiente positivo e
mostram que aprender é divertido e o retorno à escola também será”, acrescenta
Moya.
Além
da conversa, sugerir um novo projeto que dialogue com temas que serão
trabalhados pode ser uma forma de, inclusive, retomar conteúdos dados
anteriormente. Desse modo, é possível aplicar tais conhecimentos e, ao mesmo
tempo, criar expectativas positivas para o novo ciclo de estudos que virá. Tudo
isso pode ser apresentar de forma que os “pequenos” possam intuir respostas, de
modo que se sintam protagonistas nesse processo.
Acolhimento
e protagonismo
Dentro
da escola, é essencial que sejam gerados espaços para compartilhar o que foi
feito nas férias. Esse estímulo incentiva o diálogo e aproximação com os
colegas, contribuindo com o aprendizado socioemocional e promovendo o
protagonismo, fundamentais para a formação dos jovens cidadãos.
“Organizar
rodas de conversa e elaborar atividades artísticas, como produzir desenhos ou
cantar músicas, pode ser uma excelente forma de colocar em prática a empatia,
ouvir o outro, respeitar a vez do outro de falar e fazer com que o indivíduo se
sinta parte integrante da escola”, propõe a assessora pedagógica da Matific
Brasil. Além disso, para Moya, é importante que essas atividades de imersão não
tenham caráter avaliativo, mas, sim, proporcionem momentos de reconexão do aluno
com o ambiente escolar, colegas e professores, prezando também pela recreação.
Matific -
plataforma pedagógica israelense que aperfeiçoa o aprendizado de matemática e
de ciências exatas amparada por recursos lúdicos de gamificação.