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terça-feira, 19 de julho de 2022

86% das pessoas em home office apresentaram, pelo menos, 1 dos 12 estágios que levam ao nível máximo de exaustão

Pesquisas recentes da Gallup mostram que o trabalho remoto tem desgastado mais os profissionais, comprometendo sua saúde mental

 

O esgotamento no trabalho se dá muito mais pela forma com que nos relacionamos do que com “o quê” nos relacionamos. De acordo com pesquisas recentes realizadas pela Gallup, cerca de 86% das pessoas que trabalham de forma remota apresentaram pelo menos 1 dos 12 estágios dentro das seis etapas até o nível máximo de exaustão.

Mais de 67% das pessoas ainda se sentem pressionadas a estarem disponíveis durante todo o tempo, inclusive fora da jornada "tradicional" conhecida como "horas úteis" ou mesmo fora dos horários combinados previamente, e 45% declara estar trabalhando mais horas do que deveria.

“Para o profissional home office tirar folga ou férias é algo praticamente impossível. Como posso me dar ao luxo de desaparecer, se já nem existo? Se não me vêem? Reconhecer, nomear e interromper as violências invisíveis deveria estar na prioridade de todo o time. Somos excelentes em saber quando sofremos algo, mas muito pouco eficientes em identificar quando somos os agentes agressores”, menciona a psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli. 

No modelo remoto, infelizmente, o trabalho ganha um peso muito maior, principalmente na abordagem verbal. “É preciso declarar os limites, fazer mais perguntas, aprender a manifestar os desagrados e buscar consensos. É preciso elogiar mais, celebrar mais, acolher mais!”, detalha a psicanalista. 

A cobrança por resultados, o WhatsApp tarde da noite, o email com letras maiúsculas, a retirada de tarefas, a exclusão dos eventos, a piada sobre o corpo, a insistência na intimidade, a falta de feedback, as ameaças indiretas, o deboche diante de um resultado que poderia ter sido melhor: posturas tóxicas são o ponto de partida e a nutrição de um ambiente doente. São violências invisíveis que ganham muito espaço em formatos híbridos ou 100% remotos.

“Não respeitar os próprios limites (ou nem reconhecê-los) também contribui para exaustão, mas é injusto atribuir responsabilidades individuais quando o problema é sistêmico e quando o medo de perder a fonte de renda é maior do que a coragem de se preservar. Por outro lado, esperar que o sistema mude, no curto prazo, é quase ingênuo da nossa parte, o que nos traz de volta às esferas mais particulares”,  complementa Ana Tomazelli. 

O Brasil acumula posições preocupantes quando o assunto é saúde mental e tudo vai passar pelo trabalho, ou seja, pelas relações estabelecidas nos ambientes físicos ou remotos em que há alguma atividade profissional. Atualmente, o País ocupa o primeiro lugar no ranking de ansiedade em nível global, segundo em burnout e quinto em depressão.

“É necessário entender que estatísticas sociais são estatísticas corporativas. Temos a tendência de colocar a culpa nas empresas, esquecendo que as empresas - e qualquer outra corporação - são representadas por pessoas. Se um jogador de futebol faz algo errado, o que isso significa para o time?”, finaliza a profissional. 



Ana Tomazelli - psicanalista e idealizadora do IPEFEM (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas). A profissional conta com 20 anos de experiência no mercado de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, com passagem pelas empresas KPMG, Dasa, UnitedHealth Group, Solera Holdings, entre outras. Pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FGV, Administração e Gestão de Empresas pelo IBMEC, Psicanálise e Saúde Mental (IBCP).



Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas - Ipefem
https://ipefem.org.br/


Cuidados com o carro no inverno

 

Carros são meios de transporte resistentes, porém, demandam muita atenção para manter o pleno funcionamento de todas as partes e a segurança dos usuários. Em temperaturas menores, como as experimentadas por grande parte do Brasil durante o inverno, é preciso ter cuidados especiais para proteger e garantir a manutenção do seu automóvel.

O primeiro componente que necessita de cautela é a bateria. Um dos itens mais importantes para o funcionamento de muitos equipamentos que trazem segurança e conforto dentro do automóvel, a bateria pode sofrer uma sobrecarga desencadeada pelo frio, o que compromete o desempenho do carro. A recomendação é evitar o uso de centrais multimídias, faróis e outros dispositivos enquanto o veículo permanecer estacionado.

Outro ponto de atenção são as palhetas utilizadas para limpar o para-brisas. Muito importantes para garantir a visibilidade do condutor, as palhetas podem ressecar em temperaturas baixas e perder a eficiência. “É interessante que a troca seja feita, para garantir a segurança da condução do veículo”, alerta Junior Ruciretta, CEO da Multifilmes, empresa especializada em aplicação de películas em automóveis e residenciais.

A pintura também sofre bastante com o frio. Os ventos, as chuvas e as geadas, caso tenha na sua região, são capazes de danificar a lataria, se exposta por muito tempo a essas condições. Nesses casos, o indicado que você lave seu carro a cada duas semanas e, se possível, instalar uma película protetora na lataria do carro. “No mercado, existem películas aplicadas em todo o veículo e que protegem a pintura do carro da ação do clima e de arranhões. Elas são totalmente incolores e, além da proteção, ainda dão brilho à pintura, sem modificar a cor original e dispensa a necessidade de mudança no documento”, explica Junior.

Apesar de não parecer, o ar-condicionado também precisa de atenção no inverno. As baixas temperaturas fazem com que usemos o ar no modo quente, que foi negligenciado durante todo o verão e este pode ser casa para diversas bactérias e fungos. Trocar o filtro vai fazer bem para o aparelho e para a sua saúde. “Também é importante deixar ligado no modo frio, para evitar que os componentes rachem”, completa o especialista.

E, para finalizar, os pneus são itens que precisam de uma atenção ainda maior. No frio, a pressão muda e é importante monitorar a calibragem para garantir a eficiência e evitar acidentes. Não é necessário aumentar ou diminuir a calibragem indicada pelo fabricante, apenas mantê-la.

 

5 dicas para alcançar melhores resultados no seu e-commerce


Vender por meio de um e-commerce costuma ser mais desafiador do que você imagina. Diferente de uma venda tradicional, onde você consegue negociar e argumentar com o cliente, no e-commerce o cliente vai decidir comprar onde sentir segurança e onde encontrar preços mais baixos e entrega rápida.  
 
Mas, como ter o menor preço, segurança, entrega rápida, um bom layout e ainda ter um bom resultado?
 
Não existe uma receita pronta, pois cada empresa tem suas características, ramo, produto, regime tributário. Esses pontos mudam o resultado da empresa.
 
Somente com um estudo aprofundado e personalizado é possível elaborar um plano para a empresa oferecer um preço bem competitivo e ainda gerar um bom resultado financeiro.
 
No entanto, existem sim algumas alternativas para melhorar a performance do seu e-commerce. Neste artigo, a Consultora Financeira Patricia Pazold apresenta 5 principais dicas. Confira!
 
1 – Analisar  todos os custos variáveis da empresa
 
Observe seu marketplace. Como são cobrados fretes e comissões? Analise seu regime tributário e pondere se realmente compensa ou se é mais vantajoso mudar para outro que poderá trazer créditos tributários. Examine também todas as taxas de vendas de meios de recebimentos, caso você tenha seu site próprio.
 
2 - Considere todos os custos fixos e busque formas de reduzi-los
 
Detalhe todos os seus custos fixos, veja o que você consegue reduzir com fornecedores e otimização de mão- de -obra. Observe o que pode ser barateado e o que é um custo desnecessário. Dessa forma, você poderá reduzir seu preço final, tornando seu negócio mais atrativo.
 
Verifique principalmente aplicativos utilizados em e-commerce, você pode ter 3 aplicativos com as mesmas funcionalidades sem saber e ter custos desnecessários.
 
3 - Observe os resultados por marketplace
 
Se você vende em marketplace, você precisa separar os resultados por cada canal. Assim, você conseguirá saber o que está trazendo mais margem, o que oferece os menores custos e conseguirá melhorar o preço final para o consumidor.
 
4 - Conciliação de recebíveis
 
Concilie todos os seus recebimentos. Verifique com cautela se realmente o que está no contrato com os marketplaces ou meios de pagamentos estão sendo cobrados corretamente e se estão no seu orçamento.
 
5 - Projeção do resultado com indicadores e metas
 
Elabore projeções do resultado com simuladores. Coloque o resultado que deseja como meta e trabalhe focado nessas projeções. Dessa maneira, você poderá trabalhar cada produto, aumentando ou diminuindo o preço para ser competitivo, acompanhando os resultados e tomando as decisões necessárias para não perder vendas.

 
 


Patricia Pazold - Consultora Financeira, Contadora e Coaching, graduada em Administração de empresas e Ciências Contábeis,
possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria e MBA em Gestão Tributária. No mercado de trabalho, Patrícia possui 21 anos de experiência na área financeira, atuando com setor financeiro, contábil, compras, crédito, cobrança e logística. Além disso, também conta com uma bagagem de 12 anos de experiência em gestão de equipes. É especialista em consultoria financeira, elaboração e execução de treinamentos, reestruturação do setor financeiro, reestruturação do setor de logística (frota), controle de custos e despesas e controladoria.


Uso do ponto eletrônico biométrico diante da LGPD

Dados biométricos são aqueles capazes de identificar uma pessoa através da análise de características físicas (face, íris, voz, digital etc.). A Lei Federal nº 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) - considera tais dados como sensíveis (art. 5º, II), o que demanda maiores cuidados e restrições para a sua utilização. 

O ponto eletrônico é muito utilizado para autenticar a identidade de alguém em instituições financeiras, instituições de ensino, academias, ambientes de acesso controlado e também para controle de jornada de trabalho. 

Com a vigência da LGPD, é importante adequar o tratamento de dados biométricos às regras e princípios dessa lei. 

O primeiro passo é identificar a respectiva base legal, ou seja, uma das situações que a LGPD autoriza o uso dos dados pessoais. Por tratar-se de dados sensíveis, a subsunção deve ser feita em uma das hipóteses do art. 11 da LGPD. 

No caso de controle de jornada é possível fundamentar o tratamento no art. 11, II, “a”, da LGPD (cumprimento de obrigação legal ou regulatória), haja vista que determina o art. 74, CLT e as Regulamentações do Ministérios do Trabalho (Portarias nºs 1.510/09 e 373/11). 

Já nos casos de autenticação de identidade, a base legal que parece mais adequada é a prevista na alínea “g”, inciso II do art. 11, da LGPD, ou seja, para prevenir fraude e garantir a segurança do titular. 

Nessa última hipótese o controlador deve, ainda mais, informar ao titular a finalidade específica do tratamento, a sua forma e duração, a existência de compartilhamento, os direitos dos titulares e a responsabilidade dos agentes que realizarão este tratamento. Também deve ser feito um sopesamento entre os efeitos do tratamento e os seus riscos aos direitos e liberdades dos titulares, já que existem outras técnicas que podem ser utilizadas para tanto.

Além do enquadramento correto na base legal, é de rigor que não haja desvio de finalidade, é dizer, o dado biométrico coletado para controle ou identificação deve ser utilizado apenas para a finalidade que justificou a sua coleta, não podendo ser dado outro uso diverso. 

É dizer, se o dado biométrico foi coletado para permitir o ingresso do indivíduo em local de acesso restrito, não é possível utilizar esse mesmo dado para a realização de um estudo, pesquisa ou análise ou qualquer outro propósito diverso, sem que seja dado um novo enquadramento legal para essa nova finalidade. 

Um exemplo de uso de dados biométricos de forma indevida no Brasil foi o realizado pela ViaQuatro, empresa que tem a concessão da linha 4 amarela do metrô em São Paulo/SP, que captava por câmeras de reconhecimento facial as emoções, a idade e o gênero do passageiro quando olhavam para os anúncios publicitários. 

Tal hipótese não se enquadra em nenhuma das bases legais acima mencionadas (cumprimento de obrigação legal ou prevenção de fraude) para legitimar o tratamento dos dados pessoais sensíveis. Assim, para ser regular, seria necessário o consentimento do titular nos termos definidos pela LGPD, o que não ocorreu no caso, gerando uma multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para a empresa. 

Portanto, a empresa que optar por tratar dados biométricos deve primeiro identificar a sua finalidade e respectiva base legal para não infringir a legislação, além de adotar técnicas de seguranças robustas, como a criptografia e anonimização, tendo em vista o elevado risco que tais tratamentos trazem para o titular.

 

 Juliana Callado Gonçales - sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados (www.silveiralaw.com.br)

 

Emprego nos Estados Unidos - é importante ter visto e validação de carreira

Diante de números, não existem muitos argumentos, e no caso das vagas de emprego nos EUA a realidade está estampada em diversas matérias em diferentes veículos de comunicação, são 11,5 milhões de vagas de emprego em diferentes áreas de atuação, com destaque nas áreas da saúde, engenharia e tecnologia abertas apenas no primeiro trimestre deste ano. 

Mas o sonho de viver em outro país, recebendo em dólar e tendo uma melhor qualidade de vida, não é tão simples assim, os empregadores norte-americanos querem contar com bons profissionais, entretanto, antes de arrumar as malas, é preciso ver duas questões importantes: o visto de trabalho e a validação de profissão que pretende exercer nos EUA.

A primeira iniciativa é validar o diploma e buscar o visto adequado, que pode variar com o profissional e a situação, a validação de diploma é uma etapa importante para obter a licença para atuação, e é sempre importante lembrar que no caso de profissões certificadas (como por exemplo, medicina ou direito), além de obter a certificação do diploma é preciso também buscar a licença do estado onde a pessoa pretende atuar.

“Muita gente erra no pleito imigratório, na obtenção do visto, pois a pessoa que está saindo do Brasil não chegará nos Estados Unidos já um médico ou dentista, é preciso mostrar ao oficial de imigração que já existe um processo de evolução na validação de sua profissão e incluir isso no pleito”, alerta o advogado Leonardo Leão, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group.

Na busca do chamado sonho americano, Leão lembra que é muito importante não pular etapas, ter o auxílio de empresas especializadas na obtenção do visto e na validação de profissões, com um cronograma para mostrar ao oficial de imigração em quanto tempo essa pessoa estará apta a seguir sua carreira nos EUA. 

“Em caso de médico, por exemplo, muitas pessoas perguntam, é possível fazer um processo imigratório EB-2 NIW mesmo não sendo médico licenciado nos EUA? Pode sim, é possível, desde que seja apresentado o seu plano de atuação profissional, um cronograma realista para mostrar ao oficial de imigração em quanto tempo este profissional estará pronto para atuar como médico”, explicou.

Leão ainda lembrou que mesmo as pessoas que estão estudando ou se aperfeiçoando, ou até em casos de cursos de mestrado ou doutorado, é importante iniciar a validação, pois lá na frente, o visto pode ser negado por não ter um plano ou não ter informado as autoridades em seu pleito imigratório, que pretendia depois dos estudos atuar como profissional. 

“Quem faz mestrado ou doutorado, é um passo a mais na validação, mas é preciso iniciar esse processo. Outra coisa muito importante, mesmo quem já tem o visto, é importante validar sua carreira, pois nesse caso o greencard vira mais um plástico em sua carteira, já vi gente que infelizmente acabou voltando ao Brasil, mesmo com o visto, pois não conseguia trabalhar em sua área”, finalizou Leonardo Leão.

 

Leonardo Leão - É especialista em Direito Internacional, advogado, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group. Mestre em Direito pela University of Miami School of Law, com especialização na University of Miami Division of Continuing & International Education. É pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui MBA pela Massachussets Institute of Business. Tem um vasto conhecimento e histórico comprovado de mais de 15 anos fornecendo conselhos indispensáveis aos clientes que buscam orientações em relação a internacionalização de carreiras e negócios.

 

Brasil ganha primeiro banco de germoplasma de baunilhas

Apesar da sua importância, principalmente para o mercado gastronômico, a baunilha é encontrada em poucas coleções genéticas no mundo


  • Coleção dá visibilidade e preservação às espécies brasileiras de baunilha, ainda pouco conhecidas no mundo.
Trata-se do único banco de germoplasma de baunilhas do Brasil. Possui acervo diferenciado por incluir várias espécies da América do Sul.

Banco também ajudará a encontrar genes resistentes a doenças que acometem a espécie, subsidiando o seu melhoramento genético.
  • As espécies brasileiras de baunilha têm características únicas capazes de conquistar mercados importantes como o da alta gastronomia.
  • Demanda mundial pela baunilha tem sido maior do que a oferta.
  • Coletas agregam diversidade genética à pesquisa.
  • Baunilhas do Cerrado começam a ganhar espaço na gastronomia mundial.

 

O Banco Genético da Embrapa, um dos cinco maiores repositórios do gênero do mundo, ganha sua primeira coleção de uma das espécies mais cobiçadas pela gastronomia: a baunilha. Mais de 70 acessos (amostras) de orquídeas do gênero Vanilla compõem o primeiro banco de germoplasma de baunilhas do Brasil e o único do mundo a reunir um volume significativo de espécies da América do Sul. A coleção permitirá benefícios importantes como apoiar o melhoramento genético ao fornecer genes de interesse agronômico; subsidiar a domesticação da baunilha no Brasil, cuja produção ainda é extrativista; e até auxiliar na preservação de suas espécies.

 

Apesar da sua importância, principalmente para o mercado gastronômico, a baunilha é encontrada em poucas coleções de germoplasma no mundo. As de maior destaque são as do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), instituição francesa que mantém 200 acessos de 30 espécies na Ilha da Reunião, e as coleções da Universidade da Califórnia, do Indian Institute of Spices Research (IISR) e a de alguns jardins botânicos. 


 

O sabor mais popular do planeta

 

O aroma extraído das orquídeas Vanilla spp. é o mais popular e o mais largamente utilizado no mundo. A baunilha contém cerca de 300 compostos químicos, responsáveis por um aroma único e com uma grande variedade de usos. É utilizada em sorvetes, doces, produtos de panificação, bebidas e aromas alimentares e em cosméticos. Cerca de 97% da baunilha é usada para fragrâncias e aromas.

 

“A nossa coleção é inédita porque o Brasil possui inúmeras espécies silvestres do gênero Vanilla que nunca foram exploradas e que recentemente passaram a ter valor, podendo serem usadas não só no segmento da gastronomia como na indústria de cosméticos”, relata o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Roberto Vieira (à esquerda), líder do projeto de pesquisa sobre as baunilhas do Brasil. 

 

A relevância da coleção de germoplasma de baunilhas da Embrapa não se dá apenas pelas características interessantes do ponto de vista olfativo para uso gastronômico, mas também auxilia na busca por materiais resistentes a doenças. “A baunilha sofre muito por problemas sanitários, como viroses e fungos. Do material genético coletado pela equipe do projeto também esperamos encontrar materiais com genes resistentes a essas doenças, especialmente Fusarium, que é um fungo muito crítico nas baunilhas”, ressalta o pesquisador, revelando que há várias perspectivas de uso desse banco, que vão desde estimular o pequeno produtor a obter produto de maior valor agregado até o estabelecimento de parcerias com empresas e indústrias interessadas no uso comercial da espécie.


 

Incentivo à produção de espécies nativas

 

A cadeia produtiva da baunilha no Brasil ainda não está estruturada e sua exploração depende de processos extrativistas para a comercialização dos frutos. Boa parte do material técnico disponível está voltado para a Vanilla planifolia, espécie mexicana que é cultivada em todo o mundo. Segundo Vieira, para incentivar os produtores que carecem de informação, a equipe tem realizado oficinas voltadas a levar conhecimento técnico e, ao mesmo tempo, reunir e conhecer o público que trabalha com a espécie. 

 

Os pesquisadores do projeto já começaram a reunir dados com informações técnicas que vão suprir a lacuna que existe a respeito das espécies brasileiras. Eles vão disponibilizar, até o fim de 2022, uma cartilha com conteúdo que vai desde a produção de mudas até o processamento dos frutos da baunilha. “A expectativa é sair do modelo extrativista e passar para o cultivo”, observa o pesquisador da Embrapa. 

 

Um dos desafios das Unidades da Embrapa envolvidas na pesquisa é a domesticação da cultura com o desenvolvimento de técnicas e protocolos de cultivo para a substituição do atual modelo extrativista que vigora no País. Com isso, os cientistas pretendem ajudar na inclusão das baunilhas nativas do Brasil no mercado, ampliando a sua oferta e oportunizando a agregação de valor a um produto local e o desenvolvimento das comunidades rurais produtoras dessa matéria-prima. Os cientistas acreditam que as espécies locais têm características interessantes e diferenciadas se comparadas às existentes no mercado internacional e que, justamente por isso, reúnem condições de conquistar as exigências da alta gastronomia.


 

Onde estão as baunilhas do Brasil

 

Apesar de o gênero Vanilla ter uma ampla distribuição no território brasileiro, com ocorrência em todos os estados e Distrito Federal, três espécies são consideradas de valor econômico atual ou de uso potencial: a Vanilla bahiana, a V. chamissonis e e V. pompona.

 

Vanilla bahiana aparece amplamente distribuída nas regiões Sudeste e Nordeste. A V. chamissonis apresenta ampla distribuição geográfica no Brasil, desde o extremo oriental até o extremo ocidental, estando presente nas cinco regiões do País. Já a V. pompona é conhecida atualmente nas regiões Sudeste,  Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

 


Mercado

 

Atualmente, Madagascar é o maior produtor mundial de baunilha. Os tipos comumente encontrados são: Bourbon, baunilha Mexicana, baunilha do Taiti e baunilha do Oeste da Índia. Das variedades disponíveis no mercado, a de Madagascar é a mais utilizada, ocupando mais de 70% do mercado internacional, enquanto os tipos restantes são do Taiti e do México.

A demanda por esse produto é maior do que a oferta, provavelmente porque a produção dos principais fornecedores de matérias-primas, como Madagascar e Indonésia, apresenta uma redução de produtividade, em função de doenças e adversidades climáticas.

 

Considerando que a propagação de baunilha é essencialmente vegetativa, por estaquia, a base genética nos países produtores é muito reduzida, expondo os cultivos a riscos biológicos e ambientais. O preço da baunilha curada é definido por empresas internacionais, e é, normalmente, semelhante ao preço em Madagascar. Nos últimos três anos, essas empresas cobravam pelo quilo do produto cerca de 50 dólares. Em alguns casos, pequenas quantidades de favas gourmet foram vendidas a 80 dólares o quilo.

 


De Goiás, a baunilha brasileira alcança o mundo

 

Foi o chef dinamarquês Simon Lau, que vive em Brasília desde a década de 1960, que “descobriu” as baunilhas do Cerrado e as introduziu como ingrediente na alta gastronomia da região. Quando um vendedor ambulante bateu à porta de sua casa na cidade de Goiás, Lau comprou todas as favas que ele carregava em uma caixa de sapatos. Enormes quando comparadas às favas comerciais (chegam a medir 25 centímetros), passaram a ser difundidas no meio gastronômico e foram levadas a um festival na Espanha pelo chef Alex Atala. A história é contada pela gastróloga e pesquisadora de baunilhas brasileiras, Cláudia Nasser.

 

“O potencial aromático e de sabor da especiaria brasileira está se difundindo pelo mundo da gastronomia”, afirma. Chefs conceituados já a incorporaram em suas receitas. Emiliana Azambuja criou o vinagrete de cajuzinho do Cerrado com azeite de baunilha. Já Humberto Marra a utiliza em um caramelo salgado servido sobre carne suína. O ingrediente também está sendo usado na fabricação de chocolates, kombuchas e outros produtos em pequena escala.

 

Na cidade de Goiás, elas estão por todo canto – no centro histórico, no pátio da igreja, na periferia e principalmente na zona rural, e ainda em jardins e quintais das casas na área urbana. Lá, elas são utilizadas há mais de 200 anos por seus habitantes, principalmente com fins medicinais, para tratamento de tosse, inflamação de garganta e outras doenças do trato gástrico. Em seu livro de receita, a escritora Cora Coralina registrou o uso da baunilha desde o século 18.

 

A maior parte das favas de Goiás vem do extrativismo e as práticas de produção – colheita, cura e uso – seguem as técnicas adquiridas de seus antepassados. Na chamada El Dorado das Baunilhas, por Nasser, a cura da vagem – processo para liberar o aroma e o odor típicos da especiaria – é finalizada em mel, açúcar, álcool de cereais ou cachaça, já que seu uso é geralmente medicinal ou em doces.

 

Para que o ingrediente brasileiro ganhe espaço no mercado, a cura deve ser feita seguindo processos que permitam a venda da fava in natura, atendendo as exigências do mercado gastronômico. No entanto, a valorização do ingrediente tem levado a um extrativismo desordenado, o que pode causar um desequilíbrio na produção das plantas, adverte a gastróloga: “Precisamos entender a formação da cadeia produtiva das baunilhas brasileiras para termos um processo sustentável e justo, que possa auxiliar na renda dos agricultores familiares. Hoje, uma fava de Goiás é vendida por R$ 20,00 e na Internet, encontramos por até R$ 180,00”.

 


Receita de Montanha-Russa feita por Cora Coralina

 

Ferve-se uma garrafa de leite com uma fava de baunilha.

Bate-se quatro gemas de ovos com duas xícaras de açúcar; mistura-se duas colheres de maisena: deita-se o leite sobre tudo isso bem dissolvido e volta novamente ao fogo para cozinhar e formar creme, que se deixa esfriar.

Cozinha-se à parte 250 gramas de ameixas-pretas sem caroços com um copo de d’água e um cálice de vinho seco, cravo, canela e casca de limão.

Arruma-se em uma cremeira, uma camada grossa de creme e outra de ameixa, sucessivamente. Cobre-se com suspiro e leva-se ao forno para secar.

 


O trabalho de coleta

 

Em quatro dias, pesquisadores percorreram áreas do estado de Goiás onde a baunilha é conhecida pela população. No município de Nova América, que já se chamou Baunilha, e em Itapirapuã, cerca de 30 mudas de diferentes espécies – Vanilla pomponaV. bahianaV. chamissonis e uma ainda a ser identificada – foram coletadas e incorporadas ao primeiro banco de germoplasma da espécie, no Banco Genético da Embrapa.

 

“O objetivo das coletas é aumentar a diversidade genética dos acessos do banco de germoplasma e buscar materiais com características superiores de interesse para o projeto”, conta Fernando Rocha, pesquisador da Embrapa Cerrados que participou da atividade. A coleta foi realizada com a colaboração de pessoas da região, que conhecem os locais onde estão os remanescentes das espécies.

 

Em Nova América, a equipe, composta também pelos pesquisadores Marília Pappas e Wanderlei Lima e o técnico Ismael Silva Gomes, contou com a colaboração de Vera Lúcia Pimenta, descendente dos pioneiros da cidade na coleta dos materiais. Outras coletas serão realizadas ainda neste ano, em Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo e Goiás.

 

O material, além de compor o banco genético, será utilizado em estudos sobre as espécies. Uma primeira remessa de mudas foi plantada em uma área nativa da Embrapa Cerrados. “A coleção de trabalho será formada pelas principais espécies com potencial comercial,” conta Rocha ao informar que o material será caracterizado, multiplicado e utilizado em experimentos para o desenvolvimento dos processos da cultura.

 

Em Brasília, o produtor rural Rubens Bartholo de Oliveira (à esquerda) cura as favas de sua primeira safra. Com o uso de uma chocadeira elétrica, ele testa a melhor combinação de temperatura e umidade para que, ao fim do processo, suas baunilhas tenham uma ótima qualidade. Em sua propriedade, ele mantém dois telados, um deles já em plena produção das espécies pompona e bahiana, vindas do Cerrado goiano.

 

Entusiasta da cultura, interessou-se por seu cultivo quando ficou sabendo da repercussão da iguaria no mercado gastronômico. Para isso, estudou a planta, pesquisou sobre seu cultivo e a cura das favas e foi ao México fazer um curso no Centro Mexicano de Investigación em Vainilla (Cemivac).

 

No segundo telado, com paredes de substrato à base de casca de coco, Oliveira cultiva diferentes espécies vindas dos mais variados locais – planifolia e tahitensis, do Pará; pompona, de São Paulo, e bahiana, de Goiás, além de palmarum, chamissoniscribbiana e calyculata. “Os frutos têm mais de duas centenas de compostos aromáticos – a vanilina é só um deles. Além de teores diferentes de vanilina, cada espécie tem uma combinação única de aromas”, explica Rocha.

 

Oliveira espera que suas plantas comecem a dar frutos para que possa identificar quais são as melhores para seu negócio. “Eu acredito que a cadeia de baunilha pode dar certo aqui na região,” aposta o produtor que em breve começará a comercializar favas de baunilha do Cerrado.

 


Uma cidade chamada Baunilha

 

Contam que em 1944, ao chegar em uma serra goiana onde sentiu um cheiro inebriante, o explorador José Jeremias do Couto resolveu ali se estabelecer e formar um povoado. Encantando com a quantidade e variedade da planta e seu aroma, foi decidido o nome da cidade: Baunilha.

 

Segundo os moradores, havia ali uma enorme quantidade de baunilhas nativas, principalmente ao longo do córrego que margeia a cidade e que ainda leva o nome da planta. O historiador Vineci Macedo informa que pouco restou da diversidade encontrada no século passado: “Quase chegou à extinção. Hoje, existem poucas [plantas]. Com a presença do gado, o desmatamento dos pioneiros e do povo, a baunilha foi entrando em extinção”. Na beira do córrego, não existe mais nenhuma planta, avisa.

 

Hoje, Nova América, rebatizada em 1956 em homenagem à esposa do fundador, América Couto, busca restabelecer sua ligação com a planta que deu origem à cidade. O nome continua presente em restaurantes, hotéis, fazendas e setores da cidade. Mas isso não é suficiente. Um projeto propõe o replantio de mudas na beira do córrego. “Ficamos muito felizes ao saber do interesse da Embrapa pela baunilha. Temos o desejo de manter a planta aqui na cidade, saber usá-la e preservá-la, o que não aconteceu antes. Queremos que a comunidade ame a baunilha, assim como ama o seu nome”, relata a moradora Vera Pimenta.


Como reconstruir marcas na era das distrações?

Vinicius Covas, autor de "Criando Marcas na Era das Distrações", acredita que a criatividade é uma aliada poderosa no desenvolvimento de um modelo de engajamento mais rico


Mais de 1,4 milhão de empresas fecharam suas portas em 2021, segundo dados do Ministério da Economia. Driblar tamanha crise econômica não foi fácil – exigiu muita perseverança e, acima de tudo, a reinvenção das companhias de todos os portes e segmentos.

Em meio a este cenário desafiador, Vinicius Covas, doutor em comunicação e autor do livro “Criando Marcas na Era das Distrações”, defende a hipótese de que toda marca tem a necessidade de se reinventar para sobreviver, principalmente em um momento como o que vivemos. “A pandemia alterou muitas dinâmicas sociais, acelerou a adoção da tecnologia e ampliou a consciência e sensibilidade social, exigindo uma nova postura das empresas”, destaca.

Segundo ele, o comportamento do consumidor mudou completamente durante o isolamento social. “Novas necessidades e desejos emergiram. Se adaptar se tornou obrigatório para qualquer negócio que tenha a ambição de seguir vivo na próxima década”, defende. Toda essa mudança, impactada por uma mutação nos processos sociais, também altera os modelos de negócios, o relacionamento com os consumidores e a arquitetura de comunicação.

Fenômenos que marcam nossa sociedade demandam abordagens granulares, já que são cataclísmicos, provocando a transformação de padrões e inaugurando novas formas de conceber processos. “No centro desse renascimento corporativo, está o que conhecemos como marca, uma membrana biológica que participa de um processo de simbiose entre consumidor e sociedade, facilitando o processo de relacionamento e funcionando como uma interface que vai cumprir com um propósito que o usuário possui”.

Em seu livro, Covas aborda o advento da modernização das marcas desde uma perspectiva da economia da atenção que promove o surgimento de uma moeda chamada experiência que compra a atenção do usuário. O autor define o conceito de experiência como a soma das predisposições, expectativas, necessidades, motivações, estados de ânimo da pessoa em conjunto com as características da marca. “Em um momento de constante mutação de processos sociais e culturais, marcas precisam lembrar que são interlocutoras de desejos, mais além de uma extensão funcional de uma necessidade. Elas devem ser espelhos que projetam emocionalmente as expectativas dos consumidores”, defende.

Independentemente da situação provocada pela pandemia, o especialista propõe que estamos inaugurando uma categoria de consumidores desconexa às tradicionais taxonomias geracionais, como millenials, baby boomers, centenialls, e que é transversal a todos nós. “Os ‘coroniais’ são esses consumidores mutantes que começaram a interpretar o relacionamento com as marcas como um processo mais íntimo, transparente e associativo. O que eu consumo, me consome; e o que o me consome, comunica quem eu sou”. Nesse contexto, marcas precisam ajustar suas mensagens para se conectar de maneira mais significativa. 

De certa forma, esse movimento já vinha acontecendo no chamado debranding, que é quando se busca por marcas mais simples, removendo elementos que atrapalham, poluem e contaminam esse processo semiótico de interpretar o que ela está comunicando. “É o momento de fortalecer as empresas com uma proposta ousada: reinventar marcas para que se mantenham vigentes para as próximas décadas, fortalecendo a imagem das companhias por meio de estratégias criativas e disruptivas, tornando-as cada vez mais pessoais para o consumidor”, acredita. 

Seja para empresas que já estão no mercado há anos e precisam renovar suas estratégias, ou para aquelas que estão dando seus primeiros passos, Vinicius reforça que a criatividade aplicada nas plataformas digitais é uma aliada poderosa no desenvolvimento de um modelo de engajamento mais rico – projeto que ganhou tamanha notoriedade frente aos constantes estudos e especializações consagradas ao longo de sua trajetória profissional.

Seu talento-nato para o marketing foi descoberto cedo. Formado em jornalismo, com apenas 21 anos, Covas foi semifinalista do Prêmio Jovens Inspiradores da Fundação Estudar junto com a Revista VEJA, no ano de 2013. Atualmente, é um estrategista de marca reconhecido no México, onde foi palestrante TEDx Ciudad de México e personagem viral na internet em 2015, com sua publicação “100 Impressões sobre o México”, com milhões de visualizações e que deu origem ao jogo de celular “Ándale Vini”. Lá, fundou a hive id., agência estratégica para criação de marcas modernas, além de ter concluído um mestrado em Direção de Empresas de Entretenimento e um doutorado em Comunicação. 

Com mais de 80 empresas atendidas em 14 países diferentes, principalmente México e Brasil, Covas transporta sua expertise para criar marcas poderosas, através da criatividade no marketing e, acima de tudo, no desenvolvimento de uma comunicação inteligente. “As marcas precisam se manter fortes ao longo do tempo. Para isso, precisam se reinventar por meio da conexão com o seu cliente em uma era em que a atenção é cada vez mais disputada”, pontua.

Sua mensagem é clara e objetiva. “Vivemos em uma era de intensos e constantes estímulos, tornando a missão de atrair o foco dos consumidores algo bem mais complexo que antigamente. Mas, por meio de um replanejamento estratégico, visual e comunicativo, as empresas podem prosperar e conquistar cada vez mais consumidores em meio à tamanhas interações”, garante.

Sua proposta é criar algo diferente do que o consumidor está acostumado. “A remodelação da marca deve estar fundamentada na criatividade e comunicação clara e honesta com o consumidor. Com este guia, as empresas conseguirão reajustar suas operações e alcançar feitos cada vez mais promissores”, finaliza o especialista. Reinventar-se é cada vez mais necessário.

 

Vinícius Covas

www.viniciuscovas.com.br

 

Saiba como definir o valor dos benefícios alimentação e refeição do trabalhador

Composição do crédito deve levar em conta custo médio praticado pelos restaurantes da região além do preço da cesta básica medido pelo Dieese

 

O custo da alimentação, que já apresenta alta de 16% no primeiro trimestre de ano ano contra o mesmo do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Benefícios do Trabalhador (ABBT), tem impactado cada vez mais o bolso do trabalhador brasileiro. Diante desse cenário desafiador, as empresas têm se mantido atentas quanto ao crédito concedido aos benefícios alimentação e refeição do colaborador para que assim mantenham uma alimentação nutritiva e de qualidade – fator essencial para a boa produtividade. Porém, muitas vezes podem surgir dúvidas de como determinar o valor ideal desses benefícios.

Para ajudar a área de recursos humanos a entender o que precisa ser considerado na composição do crédito a ser depositado nestes benefícios, a Sodexo Benefícios e Incentivos criou uma página que traz essas orientações e ainda um portal onde é possível consultar o valor médio das refeições e da cesta básica por região do País. Acesse aqui.

"É preciso estar atento a média de preço praticado pelos restaurantes e padarias da região. Afinal, o funcionário busca por estabelecimentos próximos ao local de trabalho para almoçar ou jantar, por isso, é importante estar atento aos valores do entorno. Além disso, para o vale-alimentação, deve-se utilizar como base o levantamento mensal de evolução de preços da cesta básica realizado pelo Dieese", explica Willian Tadeu Gil, Diretor de Relações Institucionais da Sodexo Benefícios e Incentivos.

Veja a seguir as principais orientações:

 

Valor do vale-refeição

No caso do cartão refeição, uma questão importante a ser levada em conta são os valores médios das refeições nos restaurantes e padarias da região. No caso de grandes centros urbanos, é importante também considerar a diferença de valores entre bairros da cidade. Afinal, o funcionário provavelmente vai buscar por estabelecimentos próximos ao local de trabalho para almoçar ou jantar, por isso, não adianta usar como base os preços de outras regiões da cidade. 


Valor do vale-alimentação

Para o valor do vale-alimentação, a base de preços pode ser determinada pela média praticada nos supermercados da região. Também é possível utilizar como base o levantamento mensal de evolução de preços da cesta básica realizado pelo Dieese.

A pesquisa da Cesta Básica Nacional acompanha mensalmente a evolução de preços de 13 produtos da cesta básica, assim como o gasto mensal que o trabalhador teria para comprá-los. Dessa forma, os gestores podem ter uma noção do preço médio dos produtos para determinar o valor pago do vale-alimentação aos colaboradores todo mês, reajustando sempre que necessário.


Desconto do benefício na folha de pagamento

Outro ponto importante é que o desconto na folha de pagamento do funcionário para esses benefícios pode ser de até 20% do custo do benefício de vale-refeição e vale-alimentação, de acordo com as regras do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Por isso, o gestor também precisa saber quanto a empresa tem condições de investir na alimentação dos funcionários.

 

SODEXO BENEFÍCIOS E INCENTIVOS


Presença tecnológica cada vez maior no cotidiano exige reflexão sobre o papel humano


A gestão humanizada tem crescido nos últimos anos. Aquela velha noção de que o ambiente empresarial é inflexível tende a desaparecer, até porque não é só a tecnologia que evolui e inovações de comportamento nos empurram para outra realidade. E não se trata aqui de perfeição operacional e metas estrondosas, mas de responder de modo sustentável aos anseios da sociedade. Os resultados, claro, são consequência.


É o que revela pesquisa realizada pelo projeto Empresas Humanizadas no Brasil. O levantamento indica que o modelo de gestão focado no aspecto humano não só dobrou a rentabilidade das empresas, como provocou satisfação 240% superior por parte dos clientes, e níveis 225% maiores de bem-estar entre os funcionários.


Cabe destacar aqui que a comunicação e a tecnologia andam lado a lado nesta transformação. Assim, é imprescindível para aqueles que querem atuar na área de produtos digitais, escutar e entender a experiência dos clientes para a definição e criação de uma solução. A tecnologia está em processo de transição e seu caráter funcional não é o que mais importa hoje em dia. 


Algumas das novas tecnologias tenderão a aprender com a interação. Outras, serão pensadas ao redor do ser humano, no que ficou conhecido pelo conceito de “design centrado no homem”. No fundo, todas pretendem gerar experiências mais humanizadas e trazer resultados positivos para as pessoas.


A tecnologia humanizada é uma estratégia de recursos humanos que tem o objetivo de fazer com que a relação entre o ser humano e a máquina seja mais tranquila, igualitária e eficiente. E o atendimento humanizado é aquele que busca cooperar de todas as formas com o cliente. Nesse sentido, um produto digital deve vir para somar, permitindo uma otimização dos processos, garantindo maior qualidade de vida e reduzindo os custos.


A humanização está justamente aí, em utilizar a tecnologia a seu favor, para colher informações, agilizar o atendimento e criar uma experiência mais agradável para o consumidor. De posse de dados públicos, por exemplo, é possível ter diversas informações à disposição que vão desde o histórico de serviços e produtos contratados, até ligações e problemas relatados anteriormente, entre outros.


É esse conhecimento que ajuda a humanizar o atendimento ao abrir possibilidades de tratar o cliente pelo nome, indo diretamente ao ponto ao falar sobre os produtos ou serviços de seu interesse, criando ofertas personalizadas com bases no seu histórico e preferências de consumo. Mais do que atendê-lo simplesmente, é preciso ter empatia para entender suas dores, suas dificuldades e seus desejos. 


Uma forma simples de fazer isso é, primeiramente, se livrando de atendimentos engessados, cheio de frases prontas. Assim, é possível criar uma comunicação mais próxima, mostrando que a empresa se importa com os problemas apresentados e está buscando a melhor solução para resolvê-los. Quanto mais naturalidade e inovação no atendimento, mais humanizado ele é. E isso se traduz em boa experiência para o cliente e, consequentemente, gera melhores resultados para a empresa, inclusive financeiros.


Não é diferente no mercado financeiro. Muito menos no previdenciário, em que os fundos de pensão são opções de investimentos para uma aposentadoria complementar e maior qualidade de vida.  Embora cada segmento tenha suas nuances, o conceito da transformação digital atinge todo o universo corporativo, para o qual está cada vez mais evidente a necessidade de ampliar e digitalizar os canais de atendimento para empoderar o cliente.


Vale destacar que o mercado de previdência reúne hoje um total de mais de 250 fundos, com ativos que superam R$ 1 trilhão e um público de mais de 3,5 milhões de pessoas, sem considerar seus dependentes.

Diante deste cenário, é preciso encontrar soluções mais centradas nesse público contribuinte para melhorar a dinâmica de um relacionamento ainda bastante desconectado. Trata-se de um caminho sem volta e que abre oportunidades ímpares.

 

Alexandre Teixeira - CEO e cofundador da uFund



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