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terça-feira, 7 de junho de 2022

Hora de parar: 5 hábitos comuns que prejudicam os dentes

Imagem: Signature Clínica Boutique
 Especialista alerta que coisas simples que muita gente faz, até sem perceber, podem danificar os dentes e comprometer a saúde oral

 

Você tem o costume de colocar a caneta na boca para pensar durante uma reunião? Acaba mastigando o lápis enquanto tenta achar a resposta para aquela questão da prova? Ou rói as unhas quando está nervoso? Todos esses são exemplos de hábitos frequentes que podem estar presentes em nosso dia a dia, muitas vezes sem que a gente se dê conta, mas que oferecem riscos à saúde oral. 

“Em geral, todo mundo fica de olho nas recomendações de praxe, como escovar os dentes após as refeições e usar o fio dental diariamente, mas tudo o que, de uma forma ou outra, impacta os dentes ou interfere na nossa cavidade oral tem potencial para causar problemas”, explica o cirurgião-dentista, sócio e diretor clínico da Signature Clínica Boutique, Dr. Andreas Koren. “Como muitos desses hábitos são corriqueiros, é importante ficar atento no dia a dia para não acabar tendo que lidar com fraturas ou infecções, por exemplo, quando menos se espera”. 

O especialista alerta para cinco hábitos comuns que você precisa abandonar hoje mesmo: 

  1. Roer unhas, chupar dedo, palitar os dentes, morder canetas ou lápis. “Tudo isso é muito ruim, pois trinca o esmalte do dente, desgasta e pode quebrar não só os dentes, mas também as restaurações em resina”, diz o Dr. Andreas Koren.
  2. Esquecer de trocar a escova de dentes periodicamente. “Muita gente tem dúvida de qual é o tempo certo para essa substituição, mas se você perceber que as cerdas estão entortando, essa é a hora, pois além de deixar de cumprir a função de limpeza, pode começar a machucar a gengiva”, diz.
  3. Abusar de enxaguantes bucais medicamentosos. “Temos vários tipos de produtos, não há problema em usar aqueles feitos apenas para dar aquele gostinho e a sensação de hálito fresco nos bochechos diários, mas enxaguantes com propriedades específicas, como os usados para controlar fungos e bactérias na boca ou proteger contra a sensibilidade dental, somente o dentista pode indicar, pois podem ter efeitos adversos”, recomenda o especialista.
  4. Apertar os dentes durante a prática de atividades físicas e esportivas. “Esse é um hábito muito perigoso e o que mais quebra dentes e restaurações. Então, se você perceber que está com esse costume, procure o seu dentista para desenvolver um protetor ou um aparelho que proteja os dentes adequadamente também durante a malhação”.
  5. Jantar muito tarde e uso excessivo de calmantes/ansiolíticos para dormir. Ambos os hábitos desencadeiam um efeito muito perigoso aos dentes e gengivas. A digestão de alimentos complexos, como proteínas (carnes, ovos, etc.) e bebidas alcoólicas, por exemplo, causam um aumento excessivo de suco gástrico, que durante o sono pode causar pequenos refluxos, agredindo os dentes e a gengiva. Já a utilização de calmantes em excesso ou em altas doses diminui muito a salivação, ressecando os dentes e a gengiva, e causando bruxismo noturno (ranger os dentes). “Cremes dentais e bochechos que protegem os dentes contra a agressão ácida, e a saliva artificial disponível em farmácias podem ser recursos importantes para combater esse ressecamento. Eles ajudam nos casos em que algum desequilíbrio no organismo ou no estômago, causado pelo estresse, por exemplo, leve a acidez do suco gástrico até a cavidade oral, protegendo contra essa agressão ácida”, aponta o especialista.
     

“Todos esses cuidados garantem uma boca bonita e saudável, com um sorriso que vai durar e brilhar por muito tempo”, finaliza o Dr. Andreas Koren.

 

Andreas Koren - Cirurgião-dentista, sócio e diretor clínico da Signature Clínica Boutique, e embaixador da linha Elmex, da Colgate, na região sudeste do Brasil.  É referência em reconstrução de tratamentos estéticos e em transformação de sorrisos com resinas e cerâmicas (“lentes de contato dentais”). É graduado pela FOP-Unicamp, pós-graduado em odontologia estética, especialista em prótese dentária, e mestre em biomateriais na área de cerâmicas pela FO-USP.  Também é consultor técnico da norte-americana Ultradent Products e da australiana Southern Dental Industries. @dr.andreaskoren @signatureclinicaboutique


Descubra como promover a inclusão de PCDs na sua empresa

Especialista sugere 03 dicas de como as empresas podem usar a tecnologia a favor desse processo de inclusão


 

Segundo o IBGE, 24% da população brasileira se reconhece como pessoa com deficiência (PCD). A Organização Internacional do Trabalho (OIT), por sua vez, aponta que 87% das empresas desejam ser reconhecidas como diversas e inclusivas. No entanto, somente 60% conduzem ações ou programas de inclusão.

 

Amanda Pontes, Diretora de Cultura da keeggo, parceira na transformação digital das organizações, alerta que incluir colaboradores PCDs vai muito além de contratá-los. É preciso assegurar que eles se sintam realmente inclusos e confortáveis durante a jornada de trabalho, para que possam desempenhar melhor seu papel dentro do ambiente corporativo. Segundo Amanda, a tecnologia pode ser aliada nesse processo de real inclusão.

 

“A tecnologia é a chave para que as instituições se adequem à cultura da inovação e permitam que os PCDs cheguem mais longe, além do discurso da inclusão como meio de transformação social. Tornar o ambiente apto e as equipes preparadas é um dos pontos mais importantes para que a empresa se desenvolva, desenvolva seu quadro de colaboradores e seja considerada realmente inclusiva. E a partir dessa pluralidade, fica mais fácil alcançar um ambiente criativo e inovador”, afirma. 

 

Sendo assim, Amanda separou três dicas de como as empresas podem usar a tecnologia na promoção de uma real inclusão: 

 

1.     Realize um recrutamento inclusivo   

A estratégia de recrutamento usada pelo RH também precisa ser inclusiva e os profissionais que se envolvem nessa dinâmica precisam estar alinhados à cultura organizacional e ao propósito de fomentar a diversidade. Além disso, é possível recorrer a softwares de inteligência artificial que otimizam e direcionam com mais assertividade o processo de recrutamento, ajudando inclusive a eliminar predisposições inconscientes dos recrutadores que afetam a atração e seleção de determinados perfis de candidatos, diminuindo o potencial de diversidade das equipes.  

 

2.     Democratize o uso de tecnologias 

As empresas precisam estar preparadas para garantir que todos os funcionários, sejam eles PCDs ou não, possam desempenhar suas atribuições de forma plena, atingindo seu máximo potencial de desenvolvimento e colaboração. Além de ofertar treinamentos e as capacitações necessárias, deve-se prever a adoção de tecnologias acessíveis, como leitores de tela para pessoas com deficiência visual, aplicativos para tradução simultânea de conteúdos para a língua brasileira de sinais e softwares de automação por reconhecimento de voz, para pessoas com baixa mobilidade. “Assegurar essa acessibilidade é tão importante quanto preparar a estrutura física de um escritório para que ele também seja acessível”, ressalta Amanda. 

 

3.   Mantenha um canal de escuta sigiloso e permanente

Quando inseridos na rotina de trabalho, os colaboradores podem se deparar com dificuldades ou desconfortos não previstos no processo de seleção. E nem sempre eles se sentirão seguros para expressar essas sensações. É fundamental oferecer um canal permanente de escuta e a tecnologia pode ajudar nesse sentido. “Além de preparar lideranças para o recebimento desse tipo de feedback, pode-se disponibilizar chatbots com garantia de privacidade e sigilo, para o atendimento e registro de reclamações, sugestões e até mesmo denúncias”, sugere a especialista

 

 keeggo


JUNHO VIOLETA: Muitos residenciais de longa permanência não seguem legislação RDC nº502 que assegura os direitos dos idosos

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que no país existem 3.548 residenciais para idosos, no entanto, boa parte não segue as exigências e é comum ouvir denúncias de maus tratos ou incêndios 

 

Junho Violeta é o mês de conscientização sobre a violência cometida contra a pessoa idosa. Há muitas formas de violências e uma das maiores que se pode praticar contra o idoso é não assegurar seus direitos e não oferecer os cuidados necessários de que ele precisa, seja amparo com infraestrutura física ou apoio emocional e afetivo.  Em 2021, o Brasil tinha 37,7 milhões de idosos, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), estatística que deve chegar a 72,4 milhões em 2100. Com o envelhecimento da população, aumenta também o número de idosos em residenciais e a busca por Instituições de Longa Permanência (ILPI). O que muitas pessoas desconhecem é que esses residenciais possuem uma legislação própria que assegura os direitos dos idosos, garantindo a segurança e o bem-estar e o que é oferecido como benefício, na verdade é obrigação exigida por lei. A RDC nº502/2021 estabelece e regulamenta critérios específicos para garantir que o idoso será acolhido com todo cuidado e proteção, um alerta extremamente relevante para o Junho Violeta, mês de conscientização sobre a violência cometida contra os idosos.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que no país existem 3.548 residenciais para idosos, no entanto, boa parte não segue as exigências e é comum ouvir denúncias de maus tratos ou incêndios. Entre as exigências da legislação destacam-se: oferecer um ambiente acolhedor, dormitórios separados por sexos, para no máximo 4 pessoas com luz de vigília e campainha de alarme, banheiros sem qualquer desnível em forma de degrau para conter a água,   rampas de acesso para facilitar o deslocamento e movimentação dos residentes, pisos com mecanismos antiderrapantes; elevadores conforme normas da ABNT; refeitório com área mínima de 1m2 por usuário para oferecer no mínimo 6 refeições diárias, lavanderia (que pode ser terceirizada) e uma equipe multiprofissional mínima, com médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, técnicos de enfermagem e cuidadores de idosos.

A Diretora de Saúde do Aquarela Residencial Sênior, Juliana Araújo, explica que a lei exige ainda que os residenciais tenham um responsável técnico (com curso superior) que responderá pela Instituição perante os Órgãos Sanitários locais, que tenha um empresa legalmente constituída e que esteja com o alvará de funcionamento e da Vigilância Sanitária em dia. Além disso, é necessário ter  sala para a realização de atividades coletivas para no máximo 15 residentes, sala de convivência  e área externa descoberta para convivência e desenvolvimento de atividades ao ar livre também são pré-requisitos para o funcionamento legal de uma ILPI. 

Os residenciais de longa permanência precisam estar devidamente equipados e preparados para receber todos os tipos de idosos, seja qual for seu grau de dependência. Os idosos de grau 1 são aqueles mais independentes e possuem necessidades diferentes dos residentes de grau 2, que tem dependência em até três atividades de autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada. Com o maior grau dependência, classificam-se no nível 3 àqueles que necessitam de assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária ou com comprometimento cognitivo. “A regulamentação é importante pois garante assistência e segurança adequada para todos os idosos, além de promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de dependência”, afirma a diretora do Aquarela Residencial Sênior.

Segundo Juliana, é possível ir além da legislação e garantir benefícios que agregam valor e contribuem com a longevidade dos idosos. “Embora não esteja previsto na RDC, o Aquarela se preocupa com a segurança dos residentes em todos os sentidos. Um exemplo disto é o cuidado com a segurança alimentar. Todo o cardápio do Aquarela é elaborado por uma nutricionista e executado por um chefe de cozinha em uma estrutura profissional, considerando as melhores práticas de preparo, manuseio e conservação dos alimentos, com a elaboração de dietas específicas para as necessidades de saúde de cada idoso. Queremos que os idosos, mesmo aqueles que tem restrição na consistência alimentar (como o pastoso, por exemplo), tenham o prazer de se alimentar, por isso oferecemos uma dieta saborosa, saudável e atrativa visualmente”, comenta Juliana.

Equipe multidisciplinar, de lazer e socialização - Uma das regras prevista na legislação é sobre a presença de uma equipe multidisciplinar mínima para fornecer todo amparo, cuidado e assistência à saúde nas moradias coletivas para terceira idade, formado por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, técnicos de enfermagem e cuidadores de idosos. As atividades terapêuticas, de lazer e de socialização também são essenciais em uma ILPI, como a musicoterapia, dança sênior, artesanato, pintura etc. “Atividades de pintura e música, por exemplo, vão muito além do entretenimento, elas podem e devem ser utilizadas como tratamento e prevenção para várias doenças. Por isso, essas terapias fazem parte do cotidiano dos nossos residentes, para oferecer uma experiência de saúde e vida que vai além do que apenas cumprir exigências”, afirma.

O AVCB (Auto de vistoria do Corpo de bombeiros) também é um importante instrumento de segurança e no combate a incêndios nestes tipos de moradia. Neste sentido, o Aquarela dispõe de dispositivos modernos e de alta tecnologia, gerador de energia e equipe de segurança armada noturna. Embora também não esteja na legislação das instituições de longa permanência para idosos, Juliana ressalta que o Aquarela conta com a presença do enfermeiro 24 por dia, técnico de enfermagem e do cuidador, além de um sistema inteligente de gestão de medicamentos. Tudo isso, afim de oferecer segurança, qualidade de vida e bem-estar ao idosos ali hospedados.

As instituições de longa permanência são reguladas pela Anvisa e fiscalizadas pelas Vigilâncias Sanitárias locais. “A legislação garante mais segurança aos idosos e suas famílias, pois dispõe de regras que tem o intuito de estimular a autonomia dos residentes, assegurando um ambiente de respeito, segurança e dignidade”, diz Juliana.

 

Conheça a lei na íntegra, acesse: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-502-de-27-de-maio-de-2021-323003775


É hora de avistar - e conservar - as baleias

Projeto Baleia Jubarte


Presença do mamífero de topo de cadeia no mar é bom sinal de conservação e ajudante no combate às mudanças climáticas
 

 

O outono e o inverno são as melhores épocas do ano para avistar o mamífero que mais atrai olhares no oceano Atlântico brasileiro. Por causa dos fluxos migratórios, é a partir de junho que algumas espécies que passam pela costa brasileira passam a ser vistas.

“Quem vê uma baleia nunca esquece, essa experiência muda a percepção de mundo de qualquer um”, diz até hoje encantado Eduardo Camargo, já bem acostumado a ver baleias.

Camargo é diretor-geral do Projeto Baleia Jubarte, que teve início em 1988 no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia. A jubarte gosta de aparecer fora d’água: dá saltos e maravilha os turistas. No projeto comandado por Camargo, a baleia é a bandeira de conservação de todas as espécies subaquáticas de Abrolhos.

“A jubarte é brasileira, ela se reproduz aqui, vem para o acasalamento. Depois retorna para regiões antárticas para se alimentar e volta para a nossa costa para ganhar os filhotes”, explica Camargo. Com o projeto de conservação, pesquisa e educação ambiental desenvolvido, as baleias jubarte saíram de uma população de 1,5 mil baleias na década de 1990 para 25 mil atualmente. A melhora coincide, não por acaso, com a criação do Parque de Abrolhos, em 1983.

A baleia, ainda muito caçada ao redor do mundo, passa a ter valor estando viva. Na costa baiana, a observação de baleias começou na Praia do Forte, a cerca de 80 quilômetros da capital Salvador, no litoral norte. Com um ambiente mais favorável para se reproduzirem e se alimentarem, os gigantes marinhos passaram a ocupar também o litoral sul da Bahia e a área costeira capixaba, até se entenderem para o litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo.


Um refúgio para a vida marinha e para visitantes

No litoral norte de São Paulo, um cenário de 13 ilhas forma um arquipélago também muito visitado por baleias. O Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes é uma Unidade de Conservação dedicada à proteção das condições necessárias para a vida silvestre. Ali, espécies subaquáticas vivem em paz, e é atrás desse estado de tranquilidade que visitantes encaram 40 quilômetros de barco em mar aberto para assistir ao espetáculo.

Desde a abertura para visitação, o Refúgio de Alcatrazes recebe cada vez mais visitantes e contribui para a criação de vagas de emprego na área de turismo nas cidades da costa.

“Eu ouvia falar de Alcatrazes, via fotos e esperava que fosse um lugar bonito. Mas quando fiz o passeio, pude ver as aves da região, mergulhei e vi a vida marinha, fiquei encantada. Era tudo maravilhoso, cheio de vida, colorido. Mesmo com algumas restrições, como não usar protetor solar na água para não prejudicar os seres que vivem ali, por exemplo, foi tudo perfeito. Além, é claro, do atendimento que tivemos de todos, na pousada, no passeio embarcado, restaurantes. Que lugar incrível”, se anima Lúcia Soares, que visitou o Refúgio em 2019 e afirma sempre recomendar o passeio a amigos.

Partindo do município de São Sebastião e de Ilhabela, é possível ver o trabalho de conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) numa das primeiras áreas de conservação marinha do país. Além da baleia jubarte, outra espécie mais tímida, a baleia-de-bryde, também pode ser observada.

A Estação Ecológica Tupinambás, criada em 1987, e o Refúgio de Alcatrazes, em 2016, estão lado a lado na costa brasileira e brindam o visitante com uma variedade de espécies do ecossistema necessário para a existência das baleias jubarte. Ameaçados de extinção por serem produtos da pesca, as raias, pargos e linguados compõem a biodiversidade da região.  

Chefe das duas Unidades de Conservação pelo ICMBio, Kelen Leite explica que para haver a garantia de proteção das espécies, uma área marinha precisa atender alguns critérios. “Tem que ser uma área grande e antiga, para que o ecossistema consiga se reconstituir, além de planejada, que é o nosso caso, porque apresentamos plano de manejo logo após a criação da UC”, conta Leite. “É preciso, também, envolvimento da sociedade: as pessoas entendem a importância e querem conhecer”, diz, elogiando a participação da população local e dos turistas na conservação.


Parques Marinhos no combate às mudanças climáticas

O Brasil tem três Parques Nacionais Marinhos que fazem um trabalho de conservação essencial. Por causa desses refúgios livres de atividades predatórias que alteram os ecossistemas, espécies ameaçadas de extinção se encontram protegidas.

Além do Parque Nacional Marinho de Abrolhos (BA), os parques da Ilha dos Currais, no Paraná, e o de Fernando de Noronha, em Pernambuco, mantêm projetos de conservação aliados à prática equilibrada do turismo.

Em Fernando de Noronha, a baleia jubarte também é vista nos fluxos migratórios. O analista ambiental da unidade de conservação, Ricardo Araújo, explica que ver baleias passando no parque é um ótimo sinal. “Embora elas não residam aqui, é possível ver cada vez mais baleias na região. Uma mãe jubarte com filhotes já ficou aqui por mais de um mês, sendo vista por mergulhadores e turistas nos passeios de barco”, relata.

Araújo explica que as baleias têm várias funções. Apesar de não se alimentarem de peixes, servem de alimento para muitas espécies quando morrem naturalmente. Outra função essencial é a absorção que seus corpos fazem dos gases do efeito estufa. Ao invés de liberar os gases na atmosfera, as baleias são capazes de “imobilizá-los no fundo do mar”, segundo Araújo. Entre alguns cientistas, as baleias são conhecidas como “florestas do oceano”.


Grandes dias marinhos

No dia 8 de junho é comemorado o Dia Mundial dos Oceanos. A data é importante para debater a função de governos, organizações e a população para manutenção do bem estar marinho e conservação da sua rica biodiversidade, diz Angela Kuczach, diretora-executiva da Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação. Em 2018, a Rede Pró-UC esteve à frente de uma campanha de proteção do bioma marinho brasileiro.

“A costa do Brasil tem quase 7.500 quilômetros de extensão, com uma diversidade gigante e somente 1,5% do bioma marinho era protegido. Com a campanha É a Hora do Mar, trabalhamos com diversas instituições para que o governo brasileiro criasse Unidades de Conservação e atendesse à Meta 11 de Aichi, que estabelecia que ao menos 10% do bioma fosse protegido até 2020. Então, com a criação dos Monumentos Naturais de Trindade e Martin Vaz e o de São Pedro e São Paulo, e as Áreas de Proteção Ambiental de São Pedro e São Paulo e a e Trindade e Martim Vaz em março de 2018, conseguimos passar esta meta, que hoje é de 26,5%. Mesmo assim, é preciso criar novas UCs marinhas com importância particular para a biodiversidade e serviços ecossistêmicos”, afirma Kuczach.

Em 2022, a vida marinha vai ser celebrada também em 24 de julho, no Um Dia No Parque. Neste dia, Unidades de Conservação de todo o país, em todos os biomas, oferecem atividades a visitantes para mostrar não só as belezas da área, mas também a importância delas. “É um dia de celebração e valorização da riqueza natural do Brasil. Em todo o país, as Unidades de Conservação ajudam a proteger a biodiversidade, mas muita gente não as conhece ou, se conhece, não sabe os motivos por que elas existem. Nosso objetivo é levar as pessoas para as UCs para que elas conheçam as áreas, tenham ótimos momentos em contato com a natureza, queiram voltar e, especialmente, preservá-las”, afirma Fabiani Matos, assessora de comunicação da ação, que é realizada desde 2018 pela Coalizão Pró UCs.

Nas Unidades de Conservação chefiadas por Kelen Leite no litoral paulista, por exemplo, a observação de baleias estará na programação. O evento convida amantes da natureza para escolherem uma Unidade de Conservação e se aventurarem no mundo da biodiversidade.

 

Como participar do Um Dia No Parque?

Pela página da ação na internet, visitantes podem pesquisar a Unidade de Conservação mais próxima de casa em todo o país por meio de um mapa interativo e filtros. Também dá para ficar por dentro da programação de atividades nas redes sociais do Um Dia No Parque. Unidades de Conservação podem se inscrever até dia 3 de julho para participar e propor atividades na maior mobilização pelas áreas protegidas do país pelo formulário neste link

 

Sobre a Coalizão Pró-UCs 

A Coalizão Pró-Unidades de Conservação é um grupo de instituições que se propõe a congregar empresas e organizações da sociedade civil comprometidas com a valorização e a defesa das Unidades de Conservação da Natureza. Integram a Coalizão: Rede Pró UC – Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, Fundação SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional – CI Brasil, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Instituto Semeia, WWF-Brasil, The Nature Conservancy - TNC Brasil, Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e a UICN-Brasil – União Internacional para a Conservação da Natureza.


Prefeitura de SP oferece até R$ 5 mil para micro e pequenos empreendedores desnegativarem CNPJ

 Empreendedores que possuem negócios na cidade de São Paulo podem solicitar o serviço que é oferecido por intermédio da Ade Sampa

 

O programa de microcrédito da Ade Sampa, agência vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, por meio do convênio com o Banco do Povo, começa a divulgação da nova linha “Nome Limpo”, que oferece crédito para empreendedores formais da cidade de São Paulo que estejam negativados. Com juros zero e prazo para pagamento de até 24 meses, os recursos variam entre R 100 e R 5 mil e devem ser utilizados com a finalidade de quitar dívidas do negócio contraídas após o início da pandemia de Covid-19. 

“Essa ação é fundamental para promovermos uma retomada econômica inclusiva. Apoiar os pequenos empreendedores, principalmente os que mais foram afetados durante a pandemia, é uma das prioridades da Prefeitura de São Paulo. Com nossos principais serviços, seja de orientação, acesso à crédito ou qualificação empreendedora, os donos de pequenos negócios podem não só resgatar seu empreendimento, como torna-lo cada vez mais bem estruturado e competitivo”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. 

Para solicitar a linha Nome Limpo, os empreendedores devem preencher um formulário on-line e aguardar o contato da Ade Sampa, que, após realizar a checagem documental, agendará uma visita de constatação ao empreendimento. A emissão do boleto para quitação da dívida deverá ser solicitada ao órgão de proteção ao crédito somente após confirmação de conformidade de todos os requisitos pela Ade Sampa. O Banco do Povo, programa do Governo do Estado que distribui os recursos, é responsável pela análise de crédito, que ocorre somente após a conclusão da etapa documental e visita de avaliação. 

“Esta parceria entre a Ade Sampa e o Banco do Povo atende aqueles microempreendedores que sofreram com a pandemia. Entendemos a necessidade do fortalecimento de medidas que permitam que nossas micro e pequenas empresas fiquem de pé e se restabeleçam de forma mais ágil neste momento de recuperação econômica”, pontua o diretor da Ade Sampa, Renan Vieira. 

Para ter direito à solicitação, os interessados devem: possuir um negócio localizado no município de São Paulo; ter contraído a dívida a partir de março de 2020, início da pandemia de Covid-19; realizar uma das trilhas de capacitação empreendedora de no mínimo 20 horas, oferecidas pela Ade Sampa, Sebrae ou Aliança Empreendedora; aceitar receber a visita de constatação; apresentar a documentação completa e o boleto emitido por órgãos de proteção ao crédito para quitação da dívida. 

O convênio entre a Ade Sampa e o Banco do Povo integra o programa de microcrédito da Agência. Voltado para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs), empresas de pequeno porte (EPPs) e empreendedores informais, o programa foi criado para facilitar e agilizar a oferta de crédito para os empreendedores formais e informais da cidade de São Paulo, principalmente neste momento de retomada econômica. 

Em caso de dúvidas, o empreendedor pode entrar em contato com a Ade Sampa pelo telefone 11 4210-2668, de segunda a sexta, das 08h às 17h.

STF define que convenções e acordos coletivos podem prevalecer sobre o legislado

O entendimento majoritário do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento finalizado no último dia 2 de junho, foi de que são válidas as convenções e os acordos coletivos de trabalho que restringem ou limitam direitos trabalhistas, mesmo sem compensação, desde que respeitados os direitos indisponíveis, assegurados constitucionalmente, ou seja, “as cláusulas não podem ferir um patamar civilizatório mínimo, composto, em linhas gerais, pelas normas constitucionais, pelas normas de tratados e convenções internacionais incorporados ao direito brasileiro e pelas normas que, mesmo infraconstitucionais, asseguram garantias mínimas de cidadania aos trabalhadores”. Ou seja, é o reconhecimento do “negociado sobre o legislado”. 

A decisão fixou a tese de repercussão geral n° 1.046 com o seguinte texto: "São constitucionais os acordos e as convenções coletivas de trabalho, que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamento de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis”. 

Assim, todas ações parecidas no país deverão ser julgadas da mesma forma pelos tribunais – o Ministro Gilmar Mendes, Relator, havia determinado em 2019 que todos os processos sobre a validade de norma coletiva de trabalho que limitava ou restringia o direito trabalhista não assegurado constitucionalmente fossem suspensos. Seis Ministros acompanharam o voto do Ministro Gilmar: André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Os Ministros Edson Fachin e Rose Weber foram vencidos em seus votos e os Ministros Luiz Fux e Ricardo Lewandowski estavam ausentes, justificadamente. 

Desse modo, como dito no julgamento, a negociação fortalece a relação entre capital e trabalho e segue o que foi consolidado na Reforma trabalhista de 2017 (Lei 13.467/2017) que é clara ao prever no artigo 611-A da CLT o rol das hipóteses em que o Acordo Coletivo de Trabalho e a Convenção Coletiva de Trabalho têm prevalência sobre a lei. Já o artigo 611-B da CLT lista os direitos que não podem ser objeto de transação. 

No caso julgado pelo Supremo, a Mineração Serra Grande S.A., de Goiás questionou decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) “que afastou a aplicação de norma coletiva que previa o fornecimento de transporte para deslocamento dos empregados ao trabalho e a supressão do pagamento do tempo de percurso”. O fundamento da decisão foi o fato de a mineradora estar situada em local de difícil acesso e de o horário do transporte público ser incompatível com a jornada de trabalho”.  Para a mineradora, o TST feriu o princípio constitucional da prevalência da negociação coletiva. Entretanto, a maioria dos ministros da Corte Superior entenderam que a jurisprudência do STF tem reconhecido a natureza constitucional de normas coletivas que afastam ou limitam direitos trabalhistas.  

Logo, o norte do julgamento foi a prevalência do negociado sobre o legislado, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis.

 

Joelma de Matos Dantas - gerente executiva do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem)

 

MEI tem até o fim do mês para entregar a Declaração Anual do Simples Nacional

 

O envio do DASN-SIMEI é obrigatório para todos os microempreendedores individuais e, neste ano, teve o prazo prorrogado pela Receita Federal para 30 de junho

 

Além do pagamento mensal dos impostos e do preenchimento do relatório mensal de receitas brutas, o Microempreendedor Individual (MEI) tem a obrigação de entregar a Declaração Anual de Faturamento, também chamada de Declaração Anual Simplificada do MEI ou Declaração Anual do Simples Nacional para o Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI). Geralmente, o documento é entregue via internet e o prazo inicia em janeiro e termina no último dia do mês de maio de cada ano. Em 2022, excepcionalmente, a entrega da DASN-SIMEI foi prorrogada pela Receita Federal para 30 de junho, de acordo com a Resolução CGSN n. 168/2022 da Receita Federal.

Se você atuou como MEI no ano de 2021, deverá declarar a DASN-SIMEI em 2022. Na declaração, você informará o valor do faturamento bruto obtido no ano-calendário anterior e se possuía ou não empregado. Se você abriu o seu MEI neste ano, somente em 2023 deverá entregar a declaração relativa ao ano-calendário de 2022.

Não se deve confundir a Declaração Anual de Faturamento do MEI (DASN – SIMEI) com a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), cuja data-limite para entrega era 31 de maio. A Declaração Anual de Faturamento do MEI é uma obrigação da empresa, ou seja, do CNPJ.

Caso a declaração seja entregue fora do prazo, o empreendedor será alertado por uma mensagem automática que deverá pagar uma multa, que terá o valor mínimo de R$ 50, podendo ser reduzida em 50%, caso a DASN-MEI seja entregue espontaneamente e a multa quitada dentro do vencimento estipulado no DARF (boleto) gerado.

Além disso, o MEI ficará impossibilitado de gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), ficando inadimplente com o Simples Nacional. Também terá o bloqueio dos benefícios previdenciários pela falta de pagamento dos tributos (DAS) até a data de vencimento. A contagem da carência para ter acesso aos benefícios inicia apenas a partir do pagamento da primeira contribuição sem atraso. Outra consequência é ficar impossibilitado de parcelamento dos débitos do MEI relativos ao período abrangido pela declaração enquanto não declarar.

O MEI pode fazer a própria Declaração Anual

A DASN-SIMEI precisa ser feita mesmo que o MEI não tenha registrado faturamento durante o ano de 2021. O envio não acarreta nenhuma cobrança adicional porque o imposto já é pago mensalmente no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Veja abaixo o passo a passo para enviar o documento:


1º passo

A primeira coisa a fazer é identificar o valor do faturamento bruto obtido no ano de 2021. Os Relatórios Mensais de Receitas Brutas ajudarão neste momento. O MEI é obrigado a preencher um relatório por mês, informando a receita bruta de cada mês. Reúna os relatórios mensais do ano de 2021. Agora é só somar o valor da receita bruta de cada relatório mensal do ano de 2021 para chegar ao valor total do faturamento bruto do ano de 2021. Lembre-se de que a declaração se refere ao faturamento bruto anual (receita bruta anual) e não ao lucro da sua empresa MEI. Assim, você informará o valor do faturamento bruto do ano de 2021, sem deduzir as despesas.


2º passo

Depois, é preciso acessar o novo endereço do Portal do Empreendedor: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br e clicar na opção “Empreendedor” e, em seguida, em “Já sou MEI”. Escolha a opção “Declaração Anual de Faturamento” e, depois, clique na opção correspondente para ser direcionado para a página no site da Receita Federal. Insira as informações solicitadas para continuar o login.


3º passo


Clique na seta no campo “Selecione o ano calendário” e selecione o ano calendário 2021. O tipo de declaração é “Original”.


4º passo


Na tela referente à Declarar/Retificar, você deverá preencher as informações solicitadas:
a) Informe no campo “Receita de comércio e indústria” o valor da receita bruta do ano de 2021 com as atividades de Comércio, Indústria, Transporte Intermunicipal e Interestadual e fornecimento de refeições. Caso você não tenha tido receita com essas atividades em 2021, deverá informar zero (0,00);
b) Informe no campo “Receita de prestação de serviços” o valor da receita bruta do ano de 2021 com as atividades de prestação de serviços (exceto transporte intermunicipal e interestadual) e inclua também as receitas com locação de bens e demais receitas de atividades sem incidência de ICMS e ISS. Caso você não tenha tido receita com essas atividades em 2021, deverá informar zero (0,00);
c) Informe se possuiu ou não empregado no ano de 2021. O campo “Receita Bruta Total” será preenchido automaticamente com a soma dos valores informados nos outros campos. Representará o valor total da receita/ faturamento bruto da sua empresa no ano de 2021.

Depois clique em “Continuar” e será exibida a tela de Resumo da declaração, com os meses (PA) do ano a que se refere a DASN-SIMEI e a informação sobre o pagamento dos tributos (campo valor pago). Confira os dados e clique no botão “Transmitir”. Pronto! Sua Declaração Anual foi entregue com sucesso!

 

5º passo


Imprima ou salve o recibo em seu computador. Basta clicar em “Recibo de entrega”. Nele, constarão as informações prestadas, a data e hora da transmissão da Declaração e o número do recibo.


Como formar pessoas capazes de realizar a transformação que o mundo precisa


Educação é muito mais do que decorar a matéria para a prova ou para o vestibular, e não compreender a razão do que foi estudado.

 

Mais do que transmitir conteúdos padronizados por meio de uma grade curricular preestabelecida, a aprendizagem, em sua totalidade, necessita de bases que consideram a subjetividade de cada estudante. Para isso, o ensino humanizado é a solução. 

 

Um dos principais diferenciais trabalhados por instituições de vanguarda é a preocupação com uma educação mais humana como meio de formar cidadãos, e não apenas emitir diplomas.

 

Para isso, é necessário começarmos a desenvolver a empatia nos estudantes. A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, de fazer o máximo para entender e sentir o que o outro sente caso estivesse em uma situação semelhante. 

 

Quando uma instituição pratica o ensino humanizado, esse é o primeiro ponto a ser considerado nas aulas. Independente das diferenças de opinião, os alunos aprendem a respeitá-las. Assim, eles são capazes de socializar e conviver com as pessoas, transformando-se em bons cidadãos capazes de tornar a sociedade mais inclusiva.

 

Ensino humanizado garante o desempenho acadêmico?

 

O ensino humanizado não tem somente as notas como critério de avaliação. Assim, ao valorizar as aptidões de cada aluno, há uma melhora significativa no desempenho acadêmico. 

 

A diferença dessa metodologia para a tradicional está no modo dos professores e alunos entenderem os resultados alcançados: não mais vistos como desinteresse por parte dos alunos, mas como uma oportunidade de aprofundar conteúdos e os que precisam ser revistos e demonstrar que o erro também é importante para o aprendizado.

 

Mas é necessário persistir, mesmo com as dificuldades, contribuindo para que o estudante se sinta seguro e confortável durante as avaliações.

Quando as ideias dos estudantes são ouvidas e levadas em consideração, o aluno é motivado a continuar aprendendo e ir além, pois a curiosidade é uma característica natural do ser humano.

 

Contudo, para desenvolvê-la, é necessário encorajamento e apoio constante. No caso das crianças, por exemplo, esse apoio é mais evidente nas tarefas escolares. Ao não receberem a atenção e ajuda devida dos pais e/ou responsáveis ou, ao terem dúvidas que são ignoradas pelo professor, gera-se um afastamento que prejudica o processo natural de descoberta.

 

O trabalho conjunto de todos os membros da instituição, principalmente do corpo docente, permite a implantação eficiente do ensino humanizado nas instituições de ensino. Por esse motivo, eles devem estar em contínuo desenvolvimento profissional, tendo práticas mais inovadoras de aprendizagem aliadas com a responsabilidade social na educação.   

 

Para que os alunos tornem-se profissionais preparados para o mercado de trabalho, além do conhecimento acerca de sua função em determinada área, trabalhado por conteúdos científicos específicos, é crucial também que saibam trabalhar em equipe e lidar bem com possíveis adversidades. 

 

O propósito é que a instituição dê bases sólidas para que o aluno desenvolva os valores, passando a entender seus sentimentos e valorizar a afetividade. Em contrapartida, os responsáveis possibilitem que ele demonstre e expresse tais sentimentos.

 

 

Carlos Dorlass - diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP)


Retorno presencial de festas juninas aquece mercado dos pequenos negócios

Confira cinco dicas do Sebrae para atrair os clientes durante os meses de junho e julho, quando as festividades acontecem por todo o Brasil

 

Após dois anos sem as tradicionais festas juninas, o retorno presencial das festividades promete aquecer as vendas dos pequenos negócios de diversos segmentos. Com comidas e bebidas típicas, bem como vestimentas próprias, produtos sazonais e decoração temática, o período pode ser um diferencial para aumentar as vendas e atrair novos clientes para o seu negócio. Em alguns estados, as festas de São João se estendem até julho, o que pode garantir um lucro extra para quem empreende.

Para ajudar os donos de pequenos negócios a se prepararem para a temporada de festas juninas, o Sebrae elaborou cinco dicas para potencializar os ganhos do seu negócio. Confira:


1. Antes do arraiá começar, planejamento e organização não podem faltar.
O planejamento de ações e a organização de estratégias são fundamentais para o sucesso do seu negócio neste período. Reveja seu portfólio de produtos e serviços com o olhar mais direcionado ao tema. Observe tudo aquilo que pode ser aproveitado nesta época, acrescentando itens novos ou modificando a forma de apresentação. Outro ponto fundamental é conhecer a sua capacidade de produção e de atendimento para não ter problemas. Defina sua expectativa de vendas e programe-se para a compra de matéria-prima, de itens para revenda, ou para a contratação de estrutura para os eventos.


2. Faça como manda o figuro: aposte na decoração temática para encantar os olhos do seu cliente.
O clima é de alegria e descontração, por isso, não economize na parte decorativa para chamar a atenção do seu cliente. Para manter o alto astral, utilize bandeirinhas, chapéu de palha, músicas típicas, fogueiras e balões que fazem parte das tradições juninas. Avalie com seus colaboradores a possibilidade de usarem adereços e maquiagens típicas. Além de ser uma oportunidade de diversão no ambiente de trabalho, é também a chance de mostrar que o negócio está preparado.


3. Olha a pescaria digital! Transforme suas redes sociais em seu aliado na divulgação.
Apesar do retorno das atividades presenciais, as vendas on-line seguirão em alta para alguns consumidores. Portanto, aproveite os seus canais digitais para atrair a atenção dos seus clientes. Você pode mudar o seu avatar e/ou a capa das redes sociais para um tema junino e fazer diversas postagens sobre o assunto, como enquetes e brincadeiras para estimular a interação com os seguidores.


4. Use a criatividade para explorar o tema e gerar uma experiência para os seus clientes.
Independentemente do seu segmento, você pode explorar os festejos juninos de forma inovadora e criativa para agregar valor e aumentar o seu ticket médio de compras. Já pensou em montar cestas e kits juninos para entrega por delivery? Uma sugestão é incluir desde itens de decoração, como bandeirolas e brinquedos, até produtos prontos, como paçoca e doces de amendoim. Com a volta dos eventos presenciais, é possível, ainda, fazer degustação de comidas e bebidas típicas no seu espaço físico. Para quem trabalha com moda e vestuário, que tal montar looks especiais para seus clientes?


5. Assim como na quadrilha junina, é bão demais ter parceiros.

São muito bem-vindas parcerias com produtores ou fornecedores locais que façam produtos relacionados com festa junina e que podem agregar valor aos seu negócio, seja com um brinde temático, artigos para customização do ambiente. Se você for do ramo da alimentação fora do lar, busque fornecedores de alimentos típicos para incrementar o cardápio do seu negócio. Receitas que levam ingredientes simples e de baixo custo podem ser oferecidas como boas opções e preços mais acessíveis.

 

Rol da ANS - Porque ser taxativo é importante para as seguradoras e operadoras de saúde

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a lista dos procedimentos, exames e tratamentos com cobertura mínima obrigatória pelos planos de saúde. Essa cobertura mínima obrigatória deve observar cada tipo de plano (ambulatorial, hospitalar com ou sem obstetrícia, referência e odontológico) e é válida para planos de saúde contratados a partir do advento da LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998. e planos adaptados à lei.

A atualização do Rol habitualmente era realizada a cada dois anos, mas, desde outubro de 2021, esta atualização passou a ser feita semestralmente, em janeiro e julho de cada ano. Essa mudança temporal sobre a revisão e atualização do Rol garante a celeridade e a ampliação dos serviços prestados, incorporação mais ágil de novas tecnologias, a fim de possibilitar uma experiência satisfatória para o beneficiário.


É necessário esclarecer que a incorporação de novas tecnologias, tratamentos e medicamentos ao Rol da ANS passa por detalhada análise do CONITEC que verifica a existência de evidência científica do método / tratamento / medicamento que se pretende incorporar ao Rol. A obediência ao ROL permite a manutenção da viabilidade econômica das operadoras e seguradoras de saúde e protege o beneficiário da realização de procedimentos e tratamentos sem evidência clínica de eficácia. 


Por tudo isso,  o Rol  da ANS é e precisa ser taxativo. A resposta é muito simples e clara: os fundos mutuais se organizam a partir de riscos predeterminados. Sem a predeterminação não há outra alternativa que não seja a cobrança posterior à utilização, o que representa insegurança para a sustentabilidade do sistema e para o planejamento financeiro dos contratantes.


Seguradoras, medicina de grupo, cooperativas ou autogestão, todas as modalidades de prestação de serviços em saúde suplementar se organizam a partir de princípios essenciais. 


O rol da ANS tem esta função essencial: predetermina os riscos. Na atualidade ele contém mais de 3.000 itens, ou seja, em linguajar técnico, são 3.000 riscos predeterminados para os quais é possível calcular probabilidades a partir do estudo de estatísticas.


Os médicos podem prescrever procedimentos e eventos em saúde diferentes daqueles elencados no Rol? Podem, sem dúvida, ter liberdade para isso. Os planos e seguros de saúde devem custear esses procedimentos e eventos em saúde que estão fora do rol da ANS? Em termos da Lei não há obrigatoriedade legal de cobertura.


A inobservância do Rol da ANS têm gerado a judicialização da saúde. Não raro por força de liminares judiciais concedidas antes do julgamento do mérito, as operadoras de saúde têm sido obrigadas a custear tratamentos cujo gasto não estava previsto no cálculo do risco. Destarte não há previsibilidade de recursos para custeio de tratamentos extra ROL, podendo levar ao esgotamento dos recursos mais rapidamente. 


E como os fundos são repostos? Com o valor das mensalidades adimplidas pelos contratantes. Em rápida conclusão: sem predeterminação de riscos, os valores de mensalidades terão que ser atualizados em percentuais maiores, o que não é benéfico para os contratantes, gera o desequilíbrio do sistema, aumenta o risco de falência das operadoras de saúde. 


Um rol da ANS meramente exemplificativo significará maior sinistralidade, ou seja, maior quantidade de riscos materializados e que deverão ser custeados pelos fundos. Há quem defenda a ideia de que a sinistralidade é um risco do negócio da operadora. Não é! Sinistralidade é o risco que o contratante traz para o fundo mutual, e que deve ser custeado por todos os participantes, igualmente contratantes.


A taxa de sinistralidade dos planos de saúde médico-hospitalares em 2021 chegou a 86%, a maior desde 2001, quando o índice começou a ser divulgado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A sinistralidade é um dos mais importantes indicadores da saúde suplementar. Ela mostra a relação entre contraprestações (receita) das operadoras, frente aos pagamentos (uso dos planos para exames, consultas, internações, medicamentos e cirurgias).


“As despesas assistenciais também estão evoluindo, cresceram 24% em 2021. Toda essa conjuntura aponta para uma retomada dos custos em saúde em patamares já mais elevados que o pré-pandemia. O índice registrado em 2021 é 12% maior que o registrado no fim de 2020. Se olharmos para o primeiro trimestre de 2022 essa tendência se confirma, com a sinistralidade acima da registrada no mesmo período dos últimos três anos”, aponta Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar).


A aprovação de um Rol exemplificativo decerto levará ao desequilíbrio financeiro do sistema, e a necessidade de aumento das mensalidades dos planos de saúde. Este aumento acabará por prejudicar o próprio consumidor que incapaz de arcar com o aumento das mensalidades abandonará a saúde suplementar passando a utilizar-se exclusivamente do Sistema único de Saúde. Desta forma os gastos do SUS sofrerão aumento. 


Por fim, a decisão por um ROL da ANS taxativo, diminuirá a judicialização da saúde, beneficiando o judiciário que tem atendido a incontáveis demandas da saúde que discutem tratamentos não previstos no Rol da ANS.   


Por tudo isso, que o taxativo prevaleça, para o bem do consumidor!

 

 


Regina Messina -  médica e sócia fundadora da Oliva & Messina.  Atua como especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas. 

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