Educação
é muito mais do que decorar a matéria para a prova ou para o vestibular, e não
compreender a razão do que foi estudado.
Mais
do que transmitir conteúdos padronizados por meio de uma grade curricular
preestabelecida, a aprendizagem, em sua totalidade, necessita de bases que
consideram a subjetividade de cada estudante. Para isso, o ensino humanizado é
a solução.
Um
dos principais diferenciais trabalhados por instituições de vanguarda é a
preocupação com uma educação mais humana como meio de formar cidadãos, e não
apenas emitir diplomas.
Para
isso, é necessário começarmos a desenvolver a empatia nos estudantes. A empatia
é a capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, de fazer o máximo para
entender e sentir o que o outro sente caso estivesse em uma situação
semelhante.
Quando
uma instituição pratica o ensino humanizado, esse é o primeiro ponto a ser
considerado nas aulas. Independente das diferenças de opinião, os alunos
aprendem a respeitá-las. Assim, eles são capazes de socializar e conviver com
as pessoas, transformando-se em bons cidadãos capazes de tornar a sociedade
mais inclusiva.
Ensino
humanizado garante o desempenho acadêmico?
O
ensino humanizado não tem somente as notas como critério de avaliação. Assim,
ao valorizar as aptidões de cada aluno, há uma melhora significativa no
desempenho acadêmico.
A
diferença dessa metodologia para a tradicional está no modo dos professores e
alunos entenderem os resultados alcançados: não mais vistos como desinteresse
por parte dos alunos, mas como uma oportunidade de aprofundar conteúdos e os
que precisam ser revistos e demonstrar que o erro também é importante para o
aprendizado.
Mas
é necessário persistir, mesmo com as dificuldades, contribuindo para que o estudante
se sinta seguro e confortável durante as avaliações.
Quando
as ideias dos estudantes são ouvidas e levadas em consideração, o aluno é
motivado a continuar aprendendo e ir além, pois a curiosidade é uma
característica natural do ser humano.
Contudo,
para desenvolvê-la, é necessário encorajamento e apoio constante. No caso das
crianças, por exemplo, esse apoio é mais evidente nas tarefas escolares. Ao não
receberem a atenção e ajuda devida dos pais e/ou responsáveis ou, ao terem
dúvidas que são ignoradas pelo professor, gera-se um afastamento que prejudica
o processo natural de descoberta.
O
trabalho conjunto de todos os membros da instituição, principalmente do corpo
docente, permite a implantação eficiente do ensino humanizado nas instituições
de ensino. Por esse motivo, eles devem estar em contínuo desenvolvimento
profissional, tendo práticas mais inovadoras de aprendizagem aliadas com a
responsabilidade social na educação.
Para
que os alunos tornem-se profissionais preparados para o mercado de trabalho,
além do conhecimento acerca de sua função em determinada área, trabalhado por
conteúdos científicos específicos, é crucial também que saibam trabalhar em
equipe e lidar bem com possíveis adversidades.
O
propósito é que a instituição dê bases sólidas para que o aluno desenvolva os
valores, passando a entender seus sentimentos e valorizar a afetividade. Em
contrapartida, os responsáveis possibilitem que ele demonstre e expresse tais
sentimentos.
Carlos Dorlass - diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano,
localizado em São Paulo (SP)
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