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segunda-feira, 6 de junho de 2022

Tecnologia e ciência contra o câncer: novos exames genômicos ajudam a identificar propensão à doença e a possibilidade de tratamentos personalizados

Entenda como os avanços tecnológicos na área da saúde têm contribuído na luta contra o câncer. Testes genéticos e exames específicos por PCR lideram o ranking das soluções mais eficazes para os diagnósticos precoces da doença


A evolução da tecnologia e a aplicação na área da saúde segue trazendo ganhos imensuráveis à qualidade de vida e longevidade dos seres humanos. Na batalha contra o câncer, uma das doenças mais desafiadoras à comunidade médica e pacientes acometidos, as inovações diagnósticas têm contribuído para que a detecção seja cada vez mais precoce, ampliando as chances de cura e sobrevida.


Testes genéticos para identificar as pré-disposições  

Diagnóstico preciso para detectar a propensão aos tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres, como o câncer de próstata e o de mama, os testes genéticos permitem que pessoas com histórico familiar da doença, ou que já tenham tido câncer anteriormente, sejam detectadas com mutações nos genes que poderão levar ao surgimento de novos tumores.

Com uma simples amostra de sangue ou saliva, é possível realizar este tipo de exame e, sob orientação médica, direcionar as medidas que mais se aplicam para o paciente que apresentar um diagnóstico positivo para pré-disposição à doença. Os exames genômicos já estão disponíveis e são cobertos pelos planos de saúde para pacientes que apresentem histórico familiar do câncer, a partir do encaminhamento realizado por um médico geneticista. 

“Os exames genômicos permitem que os médicos adotem medidas profiláticas, como a retirada das mamas em mulheres que têm maior pré-disposição à doença, ou ainda, dependendo do tipo de câncer, fazer um acompanhamento com novos exames de sangue, de imagem e avaliações constantes desses pacientes”, destaca Allan Munford, Gerente Regional de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o QIAseq Targeted DNA Panels, um kit de reagentes utilizados para a preparação das amostras a serem sequenciadas.


Inovações de PCR em tempo real para tratamentos personalizados

Durante a pandemia da Covid-19, os testes de PCR ficaram mais conhecidos entre a população em geral, entretanto, além de detectar as infecções respiratórias, o avanço dessa tecnologia também trouxe contribuições no combate ao câncer. O PCR em tempo real é um dos exames mais efetivos para a detecção, acompanhamento e direcionamento para tratamentos personalizados. Algumas dessas soluções permitem identificar as mutações genéticas que estão diretamente associadas ao crescimento dos nódulos, à resistência ao tratamentos endócrinos e a um mau prognóstico geral.

Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença. Os testes de metodologia RT-PCR são mais rápidos, sensíveis e precisos, o que tem favorecido tratamentos cada vez mais precoces. De acordo com Munford, soluções como o Therascreen PIK3CA RGQ PCR Kit, da QIAGEN, são capazes de detectar até 11 mutações genéticas, em pacientes com câncer de mama metastático, por PCR em tempo real, contribuindo para direcionamento a tratamentos personalizados que podem gerar o aumento da longevidade em casos irreversíveis.

“O trabalho contínuo da tecnologia atrelada à ciência tem auxiliado em descobertas cada vez mais inovadoras, pensando no bem-estar e na expectativa de vida dos seres humanos. Foram mais de vinte anos de pesquisa até aqui, para que pudéssemos relacionar o papel desses genes com as mutações hereditárias e metastáticas. Com certeza, sem os avanços tecnológicos ainda estaríamos muito atrasados para chegar a esses insights tão relevantes e promissores”, conclui o executivo.   

 

QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/

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Acidente Vascular Cerebral, quanto mais rápido o diagnóstico, menores as probabilidades de complicações

Dados do estudo prospectivo nacional indicam uma incidência anual de 108 casos por 100 mil habitantes. Estresse e consumo de drogas e álcool em excesso podem elevar a hipertensão e precipitar o AVC

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, é uma doença extremamente grave. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a segunda maior causa de morte no mundo, atrás apenas do infarto agudo do miocárdio, com aproximadamente 5,7 milhões de casos por ano, o que caracteriza 10% de todos os óbitos mundiais. No Brasil, apesar da diminuição das taxas de mortalidade, também é uma das doenças que mais matam.

Além disso, é a patologia que mais causa incapacidade para o trabalho, pois quem sofre derrame costuma ter problemas nas funções motoras (falta de movimento nas mãos e pernas) e dificuldade na fala e comunicação. A maioria dos indivíduos que sofre o AVC não retorna ao trabalho e fica dependente de outras pessoas no dia a dia. Dados do estudo prospectivo nacional indicam uma incidência anual de 108 casos por 100 mil habitantes.

Apesar desses números preocupantes, muitos ainda têm dúvidas sobre o assunto e desconhecem as principais causas, sintomas e maneiras de prevenir o AVC.  O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi, explica que a doença é causada pela falta de perfusão sanguínea dos neurônios, que são as células do cérebro. Entre as origens dessas ocorrências estão a placas de aterosclerose (gordura) que se acumulam nas artérias carótidas e vertebrais, malformação arterial cerebral (aneurisma), a hipertensão arterial, as cardiopatias e a tromboembolia arterial.  “Estresse e consumo de drogas e álcool em excesso podem elevar a hipertensão e precipitar o AVC”, esclarece Dr. Fabio.

 

Tipos de Acidente Vascular Cerebral

Existem três tipos diferentes de AVC, sendo que cada um possui uma forma de tratamento e uma orientação médica a ser seguida.


AVC Hemorrágico - ocorre quando uma artéria cerebral se rompe (derrama sangue) e falta sangue nos neurônios. Esse tipo de AVC pode aparecer em indivíduos mais jovens e hipertensos, e nos portadores de aneurismas cerebrais, e acontece quando existe uma fraqueza na parede do vaso que se dilata, semelhante a uma bexiga. Na grande maioria das vezes é provocado pela pressão arterial muito alta e descontrolada, e mais raramente possui causas congênitas. Os fatores de risco são a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), o tabagismo, o Diabetes Mellitus (DM), a dislipidemia e o sedentarismo.


AVC Isquêmico – é o mais comum e é causado pela obstrução, ou seja, entupimento de vasos cerebrais, e consequentemente há a falta de sangue nos neurônios. Em geral ocorre em idosos e está relacionado à presença de aterosclerose, que são placas de gordura que se acumulam no interior das artérias carótidas, ou por trombos, que se concentram no interior do coração, principalmente na existência de arritmia cardíaca. Pequenas placas de gordura ou coágulos podem migrar por meio da corrente sanguínea, atingir e entupir as artérias cerebrais. Os fatores de risco são a HAS, o tabagismo, o DM, a dislipidemia e o sedentarismo.


AVC Transitório - A grande diferença entre o Ataque Isquêmico Transitório (AIT) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é que o tempo de estabilização e reversão do deficit neurológico é de até 24 horas. O AIT é considerado um dos principais fatores de risco para o AVC, além da HAS, tabagismo, DM, a dislipidemia e o sedentarismo.

O cirurgião vascular ressalta ainda que nos casos mais graves que cursam com deficit motor, como paralisia facial ou de membros, é fácil de identificar o AVC. Já nas ocorrências mais leves, em que não existam sintomas tão aparentes, o especialista dá uma importante dica. “Use a palavra mnemônica SAMU, pedindo para a pessoa sob a suspeita sorrir, abraçar e cantar uma música ou falar o endereço onde mora, e se uma das ações estiver alterada, imediatamente encaminhe o paciente a um serviço de emergência para que se possa identificar e confirmar o diagnóstico o mais depressa possível, e de forma rápida desobstruir ou desentupir o vaso bloqueado. Na ocorrência do AVC, o tempo entre o início dos sintomas e a instituição de tratamento é muito importante e, quanto mais precoce, menores são os riscos de sequelas”.

Além do acompanhamento pelo cirurgião vascular e neurologista, nos pacientes em que existe um deficit neurológio grave instalado e definitivo, é indispensável o auxílio multidisciplinar, que envolve cuidados de enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e até mesmo estomoterapêutas. “O tratamento é muito caro e complexo e pode exigir anos de dedicação dos familiares e cuidadores”, conclui Dr. Fabio.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

www.sbacvsp.com.br


Alongamentos e automedicação podem piorar quadro de dor nas costas

Dra. Walkyria Fernandes alerta sobre a importância de identificar a causa da dor e do tratamento adequado para cada patologia


Seja pelo sedentarismo, obesidade, desequilíbrio do corpo, estresse ou lesão muscular, o fato é que 80% da população mundial sofre com dores nas costas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). E já é quase uma reação natural: basta o paciente sentir um leve incômodo na coluna para recorrer a automedicação ou a uma série de alongamentos. Mas e se ao invés de trazer alívio, essas práticas piorarem o quadro da dor crônica? É o que alerta a fisioterapeuta, Dra. Walkyiria Fernandes, especialista com 18 anos de experiência na área.

 

“Muitas pessoas acreditam que alongamento e medicamentos, como relaxantes musculares, irão resolver a dor que ela está sentindo, mas nem sempre esse é o tratamento mais indicado para a lesão. Inclusive, um estudo divulgado recentemente no Reino Unido, feito por meio de dados de um repositório de enfermidades e uso de medicamentos, revelou que o uso de anti-inflamatórios não esteroides, pode dobrar a chance de dor crônica nas costas”, explica Fernandes.

A Dra. em fisioterapia ainda orienta sobre a importância de identificar a patologia e a causa da dor com um profissional de saúde, para que seja inserida a forma adequada de tratamento para a lesão. “É importante consultar um médico ou fisioterapeuta para identificar o problema. Cada tipo de dor recebe um tratamento específico. Por exemplo, se for uma inflamação no nervo ciático, não são recomendados alongamentos, porque o estiramento do nervo faz com que aumente o edema intraneural gerando hipóxia e piorando o processo inflamatório”, explica Walkyria Fernandes, que é idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado – RCA 360”, baseado em técnicas de avaliação e tratamento avançado que auxilia o fisioterapeuta a encontrar a causa da dor e não somente a tratar a lesão do paciente.


Dor lombar x nervo ciático:

 E para facilitar pacientes e fisioterapeutas a identificar a patologia das dores nas costas, a fisioterapeuta Walkyiria Fernandes explica as principais diferenças entre a dor na lombar e a dor no nervo ciático. “A ciatalgia o paciente sente dor irradiada para as pernas, podendo chegar até os pés. Além disso, geralmente acomete um dos lados do corpo e pode vir acompanhada de formigamento, caso a compressão neural seja por uma patologia relevante. Já a dor na lombar, também conhecida como lombalgia, afeta a região inferior da coluna, desde a última costela até a prega glútea. A dor lombar é a segunda maior causa de ida dos pacientes aos consultórios - só perde para dor de cabeça”, explica a Dra. Fernandes. 

No RCA 360, Walkyria ensina outros fisioterapeutas sobre testes diagnósticos como o “Slump Test”, prática que ajuda a identificar se o paciente tem realmente uma inflamação no nervo ciático. O teste consiste em comprovar a alteração do nervo ciático e pode ser feito no próprio consultório. A especialista ainda ressalta que o sedentarismo, obesidade, tabagismo e o desequilíbrio do corpo, como disfunções musculoesqueléticas ou restrições de mobilidade, são fatores que aumentam as chances das pessoas terem dor na lombar ou até a inflamação do ciático. Contudo, além de disfunções pontuais, a especialista orienta uma atenção especial ao bem-esta do corpo, de uma forma geral. 

“São quatro pilares de bem-estar que devemos ter atenção: estar ativo, dormir bem, alimentar-se bem e diminuir a carga de estresse do dia a dia. A meditação ou exercícios respiratórios são ótimos para auxiliar nesse equilíbrio, inclusive. Para trabalhar com a prevenção, é essencial que o paciente faça exercícios regularmente e tenha um sono de qualidade. A pessoa que não dorme bem está mais propícia a desenvolver disfunções no corpo e, consequentemente, ter uma lombalgia ou uma ciatalgia, que é a dor no nervo ciático.”, sugere a fisioterapeuta.

 

 

 

Walkyria Fernandes - graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O. reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e fez doutorado sanduíche – parte na Uninove, em São Paulo e parte na Universidade de Sevilla, na Espanha. A fisioterapeuta clínica ainda é idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado – RCA 360”, curso on-line que já conta com mais de 5 mil alunos no Brasil e em nove países. Já foi proprietária de uma grande clínica de fisioterapia no estado do Mato Grosso, onde também atuou durante 7 anos como professora de anatomia, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), no curso de Medicina.


Cuidados com a audição melhoram qualidade de vida na terceira idade

O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima e a alegria de viver 

 

Como diz a música, é preciso saber viver… e também envelhecer. Manter uma atitude saudável perante a vida está cada vez mais difícil em razão da rotina frenética dos tempos atuais. Mas buscar alegria e relaxamento por meio do convívio com familiares e amigos é essencial. Para isso, precisamos nos manter conectados ao mundo, escutando bem os sons das músicas, das conversas, seja em casa, em bares, restaurantes e casas de show.

Entre todas as dificuldades que afetam a vida do idoso, uma das piores é a perda de audição, que pode isolar o indivíduo de sua família, de seus amigos e até criar muitas complicações para quem ainda exerce uma atividade profissional.

Pesquisas comprovam que pessoas com perda auditiva, sem tratamento, têm problemas de relacionamento. O que ocorre muitas vezes é um constrangimento, de ambas as partes, devido à dificuldade na comunicação, o que acaba por afastar esses indivíduos do convívio em sociedade, podendo acarretar até mesmo depressão. 

“Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a dificuldade para ouvir. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a se fazer. O tratamento, geralmente com o uso de aparelhos auditivos, resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma a fonoaudióloga Rafaela Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.

Muitas pessoas já experimentam algum grau de perda auditiva a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, denominada presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, é importante investigar logo, aos primeiros sinais; e nas lojas da Telex, é possível fazer um check-up auditivo gratuito com as suas fonoaudiólogas.

“O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima e a alegria de viver. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda auditiva acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica a especialista da Telex.

A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência - uma conversação contém sons desse tipo. Portanto, o primeiro sinal pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem.

Atualmente, há uma diversidade de modelos de próteses auditivas, com design moderno, adequados para diferentes graus de perda de audição e bem discretos, que não ofendem a vaidade de quem usa. E o que é melhor, a alta tecnologia dos aparelhos auditivos garante inúmeras facilidades, como a conexão com a TV e outros equipamentos eletrônicos. Permite até mesmo que o próprio usuário faça pequenos ajustes em sua prótese auditiva, por meio do celular. Então, por que não agir logo? Mais informações (p/ todo o Brasil): 0800 0249 349; 21- 99776-6634 (whatsApp); e no site da Telex.


Por Que a Perda Dentária é Maior Entre as Mulheres?

Segundo uma pesquisa do IBGE, respondida por mais de 60 mil pessoas, 11% da população com 18 anos ou mais, perdeu todos os dentes. Mas essa proporção aumenta entre as mulheres. Apesar de, de forma geral, serem mais cuidadosas, elas compõem o maior percentual: 13,3% das mulheres perderam todos os dentes. 

Por conta de condição hormonal, que varia muito ao longo da vida, as mulheres, são muito mais suscetíveis do que os homens a apresentarem problemas dentários e, em especial, a perda dos dentes. O período da gravidez, por exemplo, é especialmente delicado para a saúde bucal, “nessa fase, o organismo recebe uma carga intensa dos hormônios estrogênio e progesterona, substâncias que promovem modificações vasculares, facilitando o ataque de bactérias nas gengivas.” explica a cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde. “Pessoas mais suscetíveis podem desenvolver gengivite que, caso não seja tratada adequadamente, pode evoluir para a periodontite que leva à perda dentária” completa a dentista. 

O homem praticamente enfrenta uma única mudança importante, que é quando entra na puberdade. Já a mulher, além da puberdade, sofre durante muitos anos com variações hormonais provocadas pela menstruação, gravidez e menopausa. Isso tudo tem impacto principalmente na saúde da gengiva e a torna mais vulnerável a doenças periodontais. 

Estudos indicam que a gengivite chega a afetar três em cada quatro gestantes. “Além disso, gestantes tem maior chance de apresentar cárie, sensibilidade dental e alteração do hálito, por isso é tão importante a visita ao dentista antes de engravidar e ao longo da gestação toda." alerta Bruna Conde. 

Também na idade madura, com a modificação hormonal que reflete em todo o organismo, a incidência de danos à saúde bucal aumenta. Desde a proximidade do final do ciclo menstrual (o chamado climatério), que acontece a partir dos 45 anos, a cavidade oral se ressente sob muitos aspectos. A gengiva pode sofrer com isso, situação que se intensifica com a chegada da menopausa, o que pode afetar a sustentação dos dentes e aumentar as chances de perda dentária. 

Outros fatores de risco são osteoporose (frequente na menopausa), tabagismo, diabetes, hábito de ranger os dentes, estresse. 

Realmente por conta das mudanças hormonais que as mulheres passam ao decorrer da vida, elas são mais propensas a perda dos dentes, por exemplo é comum que na menopausa a mulher sofra com osteoporose e a perda óssea na boca resulta em inflamações da gengiva que se não tratadas resultam em perda do dente. 

Existe prevenção?

A prevenção é a melhor maneira para evitar danos na sua boca. Uma boa higiene bucal diária e visitas regulares ao dentista são as duas melhores dicas que você pode seguir para evitar problemas futuros. 

Quando a mulher já entrou na menopausa, principalmente depois dos 60 anos, ocorre um problema chamado de Síndrome da Boca Seca -- que também afeta muito mais mulheres do que homens. Com metade do volume de saliva produzido, a paciente tem problemas para mastigar e engolir os alimentos. Quando não diagnosticada e tratada a tempo, essa condição pode resultar, inclusive, na perda dos dentes.
 

O problema pode ser identificado por sintomas? 

De acordo com a cirurgiã dentista Bruna Conde os sintomas mais comuns são presença de mau hálito, língua avermelhada ou áspera, sensação ruim na garganta, sede frequente, sensação pegajosa na língua ou mesmo ardência, dificuldade ao falar, feridas nos cantos da boca, fissuras nos lábios e rouquidão. Por isso, além de procurar um cirurgião-dentista, é importante que as mulheres tenham hábitos saudáveis e saibam como realiza-los em determinados períodos de vida.

 


Por que o sorriso de homens e mulheres apresentem tantas diferenças?

-- Anatomia: o diâmetro dos dentes de um homem é maior que o de uma mulher. A língua também apresenta ser maior. 

-- Stress: com muitas funções no dia a dia, vinculadas ao trabalho dentro e fora de casa, aumentou o número de mulheres que sofrem de stress, condição que aumenta a incidência de cáries e outras doenças bucais. 

-- Mudanças hormonais: gravidez e menopausa são períodos que influenciam na saúde bucal e, portanto, o cuidado deve ser redobrado. 

-- Idade: a diferença nos problemas de saúde entre homens e mulheres se alarga à medida que envelhecemos. As mulheres mais velhas são mais propensas à perda de dentes do que os homens.



Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Pontos gatilhos podem causar dor e incômodo

Fisioterapeuta explica o que é esse problema, a sua relação com hábitos simples do dia a dia e dá dicas de como eliminá-los da rotina

 

Os Pontos Gatilhos Miofasciais (PGMs) são nódulos que estão numa faixa tensa localizada no músculo que, espontaneamente ou à dígito-pressão, produzem um padrão de dor referida reconhecida pelo paciente. “Dessa forma, ele pode criar dor em outra área, como exemplo, quando há um ponto-gatilho na parte superior do trapézio, a dor referida será ao lado do pescoço, e na cabeça, podendo causar cefaleia”, explica a fisioterapeuta Carina Mussel.

 

Há diversas causas, entre elas, macrotraumas, microtraumas, isquemia, inflamação, sobrecarga funcional, estresse emocional, disfunções endócrinas, deficiências nutricionais e infecções crônicas. “Entre as principais causas estão o estresse, falta de mobilidade na região afetada e encurtamento muscular”, acrescenta.

 

Os pontos de gatilho são extremamente comuns nos dias de hoje. Com a vida atarefada, cheia de compromissos, estresse e, às vezes, sem nenhuma atividade física, é difícil quem não tenha pontos de gatilho. No entanto, podemos evitar acúmulos de mais pontos de gatilho no corpo, com massoterapia e alongamento, por exemplo. “É importante fazer sessões de liberação miofascial de 15 em 15 dias ou 1 vez por mês. Praticar atividade física que estimule a mobilidade articular e alongamento muscular, além da meditação que também ajuda bastante, pois acalma a mente e relaxa os músculos”, recomenda Carina.

 

Atenção

 

Ao perceber qualquer sinal, é importante procurar ajuda de um especialista para diagnóstico e tratamento correto. “Se não tratados, os nódulos podem gerar dores refletidas em outras partes do corpo, como nos ombros que pode dar sensação de dor de cabeça, e no quadril, que pode ser confundido com dor ciática. Eles geram muita dor, sensação de queimação e até dificuldade de mover a parte afetada”, finaliza.

 

 

Fonte: Carina Mussel - fisioterapeuta, especialista em dor e proprietária da ITC vertebral BH. @itcvertebral.bh


Os desafios da mulher na liderança

 

Não é de hoje que a mulher busca o reconhecimento de seu potencial e enfrenta grandes dificuldades para isso.

Há muito as mulheres que se destacavam como líderes eram muitas das vezes abafadas e impedidas de prosseguir e isso não mudou muito nos dias de hoje.

As mulheres até conseguem alcançar grandes cargos, posições de liderança, mas o respeito está longe de ser o mesmo despendido aos homens. Ocupam posições de destaque, mas não são efetivamente ouvidas como deveriam. Ainda é fácil perceber os burburinhos quando busca se posicionar, os olhares atravessados e a falta de posição respeitosa que normalmente é dirigida a um homem. E pior muitas vezes vindas de outras mulheres.

É incrível como a capacidade da mulher ainda é tão questionada, principalmente em determinadas profissões e posições de destaque, e com dito o mais triste é que outras mulheres mesmo questionam essa capacidade e autoridade.

Até quando isso será uma realidade em nosso meio? Não sei, diante do cenário que encontramos hoje infelizmente a mudança desejada e esperada ainda parece distante. Mas não é motivo de desânimo pois muito já temos a comemorar, a abertura de oportunidades, a abertura das portas para que a mulher possa estar e ocupar o lugar que ela desejar cresceu muito nos últimos tempos, as mulheres estão em toda parte, realizando as mais diversas posições. Em muitos casos já se avançou também na questão da diferença salarial.

Mas ainda há uma grande luta pelo respeito, pelo olhar para a mulher sem um olhar que questiona sua capacidade, isso quando é só um olhar, pois muitas vezes os comentários também deixam claro que simplesmente por se tratar de uma mulher sua autoridade e capacidade são colocadas em questão. E como já dito muitas de nós mulheres mesmas questionamos a competência de nossas semelhantes, preferimos um profissional do gênero masculino em uma situação ou outra. Precisamos ainda vencer essa barreira do preconceito e lutar pelo nosso reconhecimento não importa a posição que ocupemos e não desistir jamais desse objetivo.

A mulher pode e é capaz de fazer e estar aonde ela quiser e se propuser a estar. Continuemos avançando apesar de todo o preconceito, sem desanimar e a cada dia demonstraremos nossa capacidade e potencialidade.

 

 Cláudia Lisboa - advogada, professora de empreendedorismo e líder de um grupo de mulheres cristãs.

 

Autorresponsabilidade e seus benefícios para potencializar resultados

Você já deve ter ouvido falar que você é inteiramente responsável pela vida que leva, e isso não é um ditado, é um fato.

Na escalada da alta performance pessoal e profissional, ter consciência e inteligência emocional é um grande começo e podem gerar alterações e transformações na vida e nos resultados, acompanhados também da autorresponsabilidade, que seria a habilidade, tanto racional quanto emocional, de se responsabilizar por todos os acontecimentos nas mais diversas áreas de nossas vidas.

Identificar as atitudes que contribuíram para determinado incidente ajudará a curto, médio e longo prazo, numa mudança e melhora em ações objetivas e assertivas que assegurarão maior controle da própria e atingimentos de metas positivas no dia a dia.

Há um termo em inglês chamado Accountability, que é a habilidade que um indivíduo tem de apropriar-se das situações em que está envolvido como resultado de suas próprias escolhas e ações.

É uma virtude pessoal, relacionada à habilidade de pegar a responsabilidade para si e gerar resposta com resultados positivos, já que é mais fácil ter a quem culpar do que assumir a escolha, sejam elas certas ou erradas.

Esse conceito ou definição pode parecer em um primeiro momento muito forte, pois traz a reflexão de que ao olhar para seus resultados, bons ou ruins, a responsabilidade é somente sua, mas na realidade você que se colocou ou ao menos se permitiu estar onde chegou e ter o que conseguiu alcançar.

Uma das histórias de autorresponsabilidade que mais gosto de falar é a do Nelson Mandela. Como muitos sabem, ele ficou preso  cerca de 26 anos. Em todo esse período, ele não se juntou aos outros presos, que focavam em dizer que eram vítimas do governo e do preconceito racial. Ele simplesmente decidiu controlar ali a única coisa que podia, que eram seus pensamentos, sentimentos e ações. E foi ali dentro da prisão, que ele estava estudando e desenvolvendo ainda mais o seu intelectual e se preparava em silêncio para ser o primeiro presidente negro da África do Sul.

Quando ele foi questionado por agir de uma forma positiva dentro daquele local, ele respondeu: “Meu corpo eles podem ter prendido, mas minha mente sou eu quem controlo. Posso responsabilizá-los pelas suas atitudes, porém sou o único responsável por meus sentimentos”. (Nelson Mandela).

É fundamental aprendermos a viver em primeira pessoa e a deixar para trás a velha história de que foram os outros ou o acaso que contribuíram para chegarmos onde estamos, nos tornando responsáveis pelas nossas escolhas e rumos de nossa vida.

Compreenda que autorresponsabilidade é um processo e o tempo te mostrará os benefícios. Buscar soluções e sugestões, aprender com os erros, evitar culpar o próximo e buscar autoconhecimento, são pequenas atitudes que, se praticadas diariamente, poderão ser um início de novas possibilidades e oportunidades batendo à sua porta!

 

Fábio Lima - consultor e mentor especialista em gestão empresarial, CEO da LCC - Light Consulting e Coaching. lightconsulting.com.br

 

Contrato de namoro: há limites para a regulamentação do amor?


Doze de junho é o dia em que se comemora o Dia dos Namorados no Brasil. Para os apaixonados, já é hora de comprar os presentes, reservar uma mesa para o jantar à luz de velas ou planejar uma viagem especial. Por outro lado, a data pode ser um importante momento para que se inicie uma reflexão sobre as repercussões jurídicas do namoro.

Na contemporaneidade, muito se discute sobre a ampliação dos espaços de liberdade no âmbito do Direito de Família. A reinvindicação por uma maior “emancipação” dos sujeitos nesta seara parte não só dos juristas, mas também da própria sociedade, que anseia por mais liberdade para a auto-regulamentação dos seus interesses familiares e relacionais. De fato, a vida de uma família, tão permeada por questões privadas, deve se sujeitar às escolhas pessoais dos seus membros.

Dentre as questões familiares que são passíveis de auto-regulamentação pelos sujeitos envolvidos está a relação de namoro. É possível que os namorados, através de um contrato, estabeleçam expressamente que, através daquela relação, não pretendem constituir uma família desde logo.

O contrato de namoro é conceituado por Marília Pedroso Xavier na obra “Contrato de Namoro: Amor Líquido e Direito de Família Mínimo” (2.ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2020. p. 103) como “uma espécie de negócio jurídico no qual as partes que estão tendo um relacionamento afetivo acordam consensualmente que não há entre elas objetivo de constituir família”.

Em artigo de autoria de Zeno Veloso, intitulado “É namoro ou união estável?”, publicado pelo IBDFAM, explica-se que neste tipo de avença as partes confessam que estão em um relacionamento amoroso, mas que tal relação “se esgota nisso mesmo, sem nenhuma intenção de constituir família, sem o objetivo de estabelecer uma comunhão de vida [...], e esse namoro, por si só, não tem qualquer efeito de ordem patrimonial [...]”.

Este instrumento jurídico tem por objetivo afastar a configuração da união estável – com todas as suas repercussões jurídicas, tais como o pagamento de pensão alimentícia no momento em que houver eventual rompimento, a comunicação patrimonial e, até mesmo, a concorrência sucessória em caso de morte de um dos sujeitos envolvidos no relacionamento.

Também é possível que se eleja, desde logo, no contrato de namoro, qual regime de bens incidirá, caso haja a transformação daquele namoro em uma união estável.

Existem vozes na doutrina jurídica nacional que negam a existência, a validade e/ou a eficácia deste instrumento, principalmente em razão da possibilidade de que os requisitos necessários à configuração da união estável estejam presentes, não obstante a declaração formal de que união estável não há.

Entretanto, fato é que um contrato de namoro é um importante instrumento de prova e pode conferir certa segurança jurídica àquelas e àqueles que pretendem manter separados os patrimônios durante a relação de namoro.

Propor no jantar de dia dos namorados a formalização de um contrato de namoro pode não ser uma ideia muito romântica, mas nada impede um início de reflexão sobre a temática. 

 

Mariana Pimentel - advogada. Sócia diretora da área de Direito de Família e Planejamento Patrimonial e Sucessório do escritório Medina Guimarães Advogados. Doutoranda e mestra em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: mariana.pimentel@medina.adv.br

 

Engajamento de crianças e adultos mobiliza microrrevoluções ambientais

Freepik
Como pequenas atitudes diárias geram grandes impactos na natureza se forem ensinadas desde a infância 

 

Desde o momento em que acordamos, nossas rotinas são repletas de pequenos rituais de higiene e de beleza. Escovar os dentes, tomar banho, usar cremes e sabonete são apenas alguns deles. Porém, quantas pessoas refletem sobre o impacto causado por esses produtos no meio ambiente? 

Cada indivíduo possui um papel significativo no cuidado com o planeta. Pequenas ações de redução ou mudança de hábito, que podem ser feitas no dia-a-dia, fazem a diferença e, segundo as idealizadoras do Verdes Marias, podem ser chamadas de microrrevoluções, pois o conjunto dessas escolhas influencia nosso entorno de maneira revolucionária. 

As microrrevoluções ocorrem em esferas variadas da rotina, como na seleção dos alimentos, na redução do lixo, no apoio a pequenos produtores e no hábito da reciclagem. O podcast “Contos da Capivara”, cujo objetivo é inspirar crianças e seus familiares a adotarem práticas sustentáveis, é norteado pelas microrrevoluções. Criado pela produtora Poétika e pelo Verdes Marias - movimento de três irmãs que estimulam a busca por uma vida mais sustentável, o podcast utiliza contos infantis inéditos de autores brasileiros para engajar toda a família no tema. 

Mariana Moraes, uma das idealizadoras do Verdes Marias, conta como o podcast é uma poderosa ferramenta para incentivar crianças e adultos a ingressarem nessa jornada: “Com o Contos da Capivara entramos na vida e na rotina das famílias, mas de forma leve e descontraída, capaz de gerar uma provocação. O formato de narração de histórias é capaz de tirar as crianças das telas e incentivá-las a usar a imaginação. Já recebemos muitos relatos de mães e crianças que foram aos poucos mudando sua forma de olhar para o consumo e descarte”.  

Algumas das microrrevoluções que ela pratica com seus filhos são: compostar junto, separar o lixo, usar escova de bambu e muito mais. 

Essas pequenas decisões em prol do meio ambiente podem ocorrer aos poucos, conforme aumenta a conscientização e o planejamento familiar. A empreendedora Isabel de Barros ouve o “Contos da capivara” com os filhos e já começou a seguir algumas sugestões.  “Aprendi a passar casca de mamão na pele para hidratar, uso esmaltes sem componentes tóxicos e guardo muitas dicas de marcas mais ecológicas”.

A família de Isabel desfruta do entretenimento e da leveza trazidos pelo podcast para incorporar as orientações no cotidiano. A empreendedora sempre carrega um canudo reutilizável na bolsa e todos separam o lixo para reciclagem e compram roupas de segunda mão. “São várias ações que você vai construindo em casa, como ter uma boa alimentação. Recebemos uma cesta de orgânicos, pegamos frutas na mão, as crianças comem mais legumes do que antes. Tudo isso é uma construção e faz parte da rotina”, descreve.


 Informação e exemplos familiares aumentam discernimento crítico 

Nina Valentini, produtora-executiva do “Contos da Capivara”, conhece muito bem a importância das microrrevoluções. Há 15 anos, ela se dedica ao aprimoramento de estratégias de impacto de organizações sociais e, nessa trajetória, foi presidente do Movimento Arredondar, que coleta micro doações para ajudar projetos socioambientais. A história de Nina é emblemática ao mostrar como o exemplo familiar e a informação estimulam a revisão de hábitos.

Ela cresceu em uma família muito engajada e uma de suas experiências mais marcantes foi um trabalho voluntário no Vale do Jequitinhonha (MG). “Eu tinha 14 anos e isso inspirou minha vontade de trabalhar nessa área. Fazia trabalho voluntário com minhas irmãs em todas as férias. Foi muito pela experiência voluntária que me aproximei dos temas de impacto social. O voluntariado me abriu as portas para um país que eu não conhecia”, narra.

Com o decorrer dos anos, esse cuidado passou a incluir a área ambiental. “Como trabalhei muitos anos no Arredondar, a gente sempre falava que arredondar centavos é um jeito de fazer uma microrrevolução no seu dia-a-dia porque você doa dentro de um processo que está acostumado a fazer e não pesa no bolso. Quando me aproximei do Verdes Marias, comecei a entender outras possibilidades”.

Nina é mãe de duas meninas. Todas utilizam um kit que inclui sacola de pano, dois canudos de inox e copo reutilizável para reduzir a produção de lixo. Elas também fazem compostagem, checam a origem do que compram, consomem orgânicos e incentivam pequenos produtores. Ela aconselha que essas mudanças sejam feitas paulatinamente para que ocorram de maneira natural.

“Acho que quanto maior for a difusão dos impactos e mais simples forem as dicas, será mais fácil alcançar um número maior de pessoas. O mais desafiador, no contexto das crianças, é elas entenderem o impacto, que é algo muito plausível para adultos, mas não no universo infantil. O podcast ajuda a conectar as histórias com a ideia de que dá para fazer de outro jeito e simplifica isso para as crianças acharem divertido”, conclui.


Educação ambiental é tarefa coletiva

O descarte incorreto de uma escova de dentes de plástico, por exemplo, é extremamente prejudicial à natureza, já que o material demora mais de 400 anos para se decompor e se acumula nos oceanos. A população mundial soma quase oito bilhões de indivíduos e, se cada um deles seguir a recomendação de trocar a escova de plástico a cada três meses e jogá-la no lixo comum, os prejuízos serão alarmantes.

A mesma lógica pode ser aplicada a outros produtos, como shampoos e condicionadores líquidos. Estima-se que os cosméticos convencionais utilizem mais de 10 mil POPs (poluentes orgânicos persistentes), que são substâncias altamente resistentes à degradação que escoam pelos ralos, contaminando os mares e os lençóis freáticos.

Muitos desses cosméticos contêm embalagens de plástico e microesferas, ou seja, pequenas esferas de plástico derivadas do petróleo e que não são biodegradáveis. As micropartículas poluem os oceanos e são ingeridas por animais marinhos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os plásticos representam 85% do lixo marinho e esse volume irá triplicar até 2040. Caso esse cenário permaneça, em 2050, o volume de plástico poderá superar o de peixes nos mares.

Anualmente, oito milhões de toneladas do material acabam nos oceanos e acarretam a morte de 100 mil animais. Entre eles estão tartarugas, focas, golfinhos, aves marinhas e peixes. Isso acontece devido a múltiplas ações humanas que estão longe de serem inofensivas. Por isso, é vital examinar o elo entre a  preservação ambiental e nossos hábitos diários e esforçar-se para alterá-los para reverter esse panorama. 

 

“Contos da Capivara” está disponível no Spotify, Anchor e outros dispositivos

Todos os episódios do podcast “Contos da Capivara” possuem o apoio técnico de organizações como o Greenpeace, Famílias pelo Clima, Sea Shepherd, Instituto Ipê, Menos 1 lixo, entre outras, e contam com a participação da Clara, a Capivara, que traz dicas de como ter uma vida mais sustentável. O podcast tem 8 histórias inéditas escritas por autores brasileiros da literatura infantil, como Claudia Vasconcellos, Kiusam de Oliveira, Edson Natale, Julia Medeiros, Marcelo Maluf, Thata Alves, Caru Ricardo e Ciro Campos do Planeta OCA. 

Quem quiser acompanhar a série “Contos da Capivara”, pode acessar pelo Spotify (https://spoti.fi/3Lh0v4i) ou pelo Anchor (Contos Da Capivara • Um podcast na Anchor). O conteúdo é gratuito e pode ser escutado diversas vezes, sem moderação. Mais informações, acesse www.verdesmarias.eco.br.  

 

 

Poétika - produtora cultural com foco em cinema e teatro.

www.poetika.com.br.

 

Pré-candidatos já podem arrecadar recursos para as eleições de 2022

Pré-candidatos aos cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal, estadual ou distrital nas Eleições Gerais de 2022, já podem começar a arrecadar fundos para a campanha eleitoral deste ano, mediante financiamento coletivo na internet.

As chamadas vaquinhas virtuais, desde o dia 15 de maio de 2022, já podem ser utilizadas como forma de financiamento coletivo de campanha. Essa forma de arrecadação será utilizada pela terceira vez em eleições no Brasil, tendo sido incorporada à legislação eleitoral em 2017.

A vaquinha virtual funciona por meio da internet e de aplicativos eletrônicos controlados por empresas especializadas na oferta desse tipo de serviço, que devem necessariamente estarem credenciadas junto ao TSE.

As empresas responsáveis pela vaquinha virtual, estão obrigadas a identificar os doadores e discriminar individualmente as quantias doadas às campanhas, a forma do pagamento e a data da contribuição, além de um site na internet com uma lista atualizada dos doadores e respectivas informações pessoais. Somente pessoas físicas podem doar e, a emissão de recibos é obrigatória para todas as operações, não importando se a transferência de recursos foi feita em dinheiro ou por meio de cartão de crédito.

Embora as doações se iniciem no período de pré-campanha, as candidatas e os candidatos somente terão acesso aos recursos se cumprirem os requisitos estabelecidos pelo TSE, após o requerimento de registro de suas candidaturas: mediante apresentação de requerimento do registro da candidatura, inscrição no CNPJ e abertura de conta bancária específica para o acompanhamento da movimentação financeira da campanha.

Os candidatos e as candidatas deverão informar à Justiça Eleitoral todas as doações que receberem por meio do financiamento coletivo e, caso não efetivem a candidatura, esses recursos deverão ser devolvidos aos doadores pelas empresas responsáveis pela arrecadação, descontados os custos de financiamento da plataforma.

Não há limite de valor a ser recebido pela modalidade de financiamento coletivo.

Outra importante novidade no que se refere ao financiamento coletivo de campanha, é a possibilidade de que as doações sejam realizadas por meio de PIX, na modalidade CPF, o que garante a identificação e a rastreabilidade das movimentações financeiras.

O conhecimento acerca do financiamento coletivo de campanha é relevante, especialmente, para que os pré-candidatos e eleitores saibam o que é permitido, evitando-se que possam ter problemas jurídicos decorrentes de indevidas doações, ou mesmo, com as prestações de contas, que devem ser realizadas ao final da eleição pelos candidatos.

 

DOUGLAS DE OLIVEIRA - Mestre e Doutorando em Direito, Conselheiro da OAB/MS, Sócio do Escritório OVSA Advogados.

 

Empresas precisam planejar o futuro adotando medidas de cibersegurança

Shutterstock

 Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito digital e crimes cibernéticos, explica que mudanças vão muito além de mudanças contratuais e treinamentos

 

Estamos na era digital e prestes a ingressar em um momento de rápida evolução tecnológica com a implementação do 5G. Prevê-se forte impacto em toda a indústria e no agronegócio com a possibilidade de novas formas de produção e controle de qualidade.

A revolução tecnológica vem sendo acompanhada por uma adaptação legislativa que garanta o direito dos usuários e da sociedade. O Brasil possui o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) e, mais recentemente, a Lei Geral de Proteção dos Dados (Lei 13.709/2018), que estabelecem regras para as redes de internet e para a forma como dados pessoais dos usuários podem ser utilizadas.

Reconhecendo o direito à privacidade e intimidade como um direito constitucional fundamental, legisladores buscam garantir a máxima segurança ao usuário de internet e mídias sociais com a preservação de seus dados pessoais. Entretanto, inúmeros questionamentos sobre se as medidas legais até aqui adotadas são capazes de garantir tais direitos, tendo em vista que todas as semanas são noticiadas invasões de hackers a sistemas de empresas públicas e privadas com dados pessoais sendo vazados e inclusive comercializados na deep web.

Conclui-se assim que, além das medidas legais de adaptação à LGPD para garantir os direitos de seus usuários, é fundamental que as empresas adotem medidas efetivas de cibersegurança, visando impedir acessos indevidos a seus sistemas. A segurança cibernética se torna um diferencial de mercado, um importante ativo para as empresas em um mercado competitivo.

Uma medida sempre comentada é a privacidade por design. Com o processamento de dados das empresas em ambientes não totalmente confiáveis, como nuvens públicas, é necessário que os sistemas sejam concebidos como “trancados” em sua concepção, através de segurança dos dados com computação de aprimoramento de privacidade (PEC). Outra medida que deve ser aprimorada nos próximos anos com o desenvolvimento cada vez maior da Inteligência Artificial é a da governança que faça a gestão desses módulos. Com o estabelecimento da legislação desta matéria, os parâmetros de controle serão detalhadamente estabelecidos e permitirão medidas de segurança e gestão efetivos.

Pode haver a tendência de que empresas ofereçam ao usuário um controle de privacidade centralizado, ou seja, um portal de autoatendimento onde o titular dos dados gerenciará os consentimentos, os avisos e cookies em uma experiência que garanta maior transparência e segurança.

Enfim, empresas devem investir cada vez mais em medidas de cibersegurança. A adaptação às leis e a garantia efetiva de segurança ao usuário vão muito além de mudanças contratuais e treinamentos. Obviamente que é necessário implantar cultura de privacidade de dados nas empresas, mas sem medidas efetivas de segurança elas estarão vulneráveis a intrusões ilegais e criminosas. É o momento das companhias planejarem seu futuro.

 

Francisco Gomes Júnior - Sócio da OGF Advogados. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor do livro Justiça Sem Limites. Instagram: https://www.instagram.com/franciscogomesadv/


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