Dra.
Walkyria Fernandes alerta sobre a importância de identificar a causa da dor e
do tratamento adequado para cada patologia
Seja
pelo sedentarismo, obesidade, desequilíbrio do corpo, estresse ou lesão
muscular, o fato é que 80% da população mundial sofre com dores nas costas,
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). E já é quase uma reação natural:
basta o paciente sentir um leve incômodo na coluna para recorrer a
automedicação ou a uma série de alongamentos. Mas e se ao invés de trazer
alívio, essas práticas piorarem o quadro da dor crônica? É o que alerta a
fisioterapeuta, Dra. Walkyiria Fernandes, especialista com 18 anos de
experiência na área.
“Muitas
pessoas acreditam que alongamento e medicamentos, como relaxantes musculares,
irão resolver a dor que ela está sentindo, mas nem sempre esse é o tratamento
mais indicado para a lesão. Inclusive, um estudo divulgado recentemente no
Reino Unido, feito por meio de dados de um repositório de enfermidades e uso de
medicamentos, revelou que o uso de anti-inflamatórios não esteroides, pode
dobrar a chance de dor crônica nas costas”, explica Fernandes.
A Dra.
em fisioterapia ainda orienta sobre a importância de identificar a patologia e
a causa da dor com um profissional de saúde, para que seja inserida a forma
adequada de tratamento para a lesão. “É importante consultar um
médico ou fisioterapeuta para identificar o problema. Cada tipo de dor recebe
um tratamento específico. Por exemplo, se for uma inflamação no nervo ciático,
não são recomendados alongamentos, porque o estiramento do nervo faz com que
aumente o edema intraneural gerando hipóxia e piorando o processo
inflamatório”, explica Walkyria Fernandes, que é idealizadora do método “Raciocínio
Clínico Avançado – RCA 360”, baseado em técnicas de avaliação e tratamento
avançado que auxilia o fisioterapeuta a encontrar a causa da dor e não somente
a tratar a lesão do paciente.
Dor lombar x
nervo ciático:
E para facilitar pacientes e fisioterapeutas a identificar a patologia das dores nas costas, a fisioterapeuta Walkyiria Fernandes explica as principais diferenças entre a dor na lombar e a dor no nervo ciático. “A ciatalgia o paciente sente dor irradiada para as pernas, podendo chegar até os pés. Além disso, geralmente acomete um dos lados do corpo e pode vir acompanhada de formigamento, caso a compressão neural seja por uma patologia relevante. Já a dor na lombar, também conhecida como lombalgia, afeta a região inferior da coluna, desde a última costela até a prega glútea. A dor lombar é a segunda maior causa de ida dos pacientes aos consultórios - só perde para dor de cabeça”, explica a Dra. Fernandes.
No RCA 360, Walkyria ensina outros fisioterapeutas sobre testes diagnósticos como o “Slump Test”, prática que ajuda a identificar se o paciente tem realmente uma inflamação no nervo ciático. O teste consiste em comprovar a alteração do nervo ciático e pode ser feito no próprio consultório. A especialista ainda ressalta que o sedentarismo, obesidade, tabagismo e o desequilíbrio do corpo, como disfunções musculoesqueléticas ou restrições de mobilidade, são fatores que aumentam as chances das pessoas terem dor na lombar ou até a inflamação do ciático. Contudo, além de disfunções pontuais, a especialista orienta uma atenção especial ao bem-esta do corpo, de uma forma geral.
“São quatro
pilares de bem-estar que devemos ter atenção: estar ativo, dormir bem,
alimentar-se bem e diminuir a carga de estresse do dia a dia. A meditação ou
exercícios respiratórios são ótimos para auxiliar nesse equilíbrio, inclusive.
Para trabalhar com a prevenção, é essencial que o paciente faça exercícios
regularmente e tenha um sono de qualidade. A pessoa que não dorme bem está mais
propícia a desenvolver disfunções no corpo e, consequentemente, ter uma
lombalgia ou uma ciatalgia, que é a dor no nervo ciático.”, sugere a
fisioterapeuta.
Walkyria
Fernandes - graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste
(Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia
desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma
especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O.
reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre
em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC),
e fez doutorado sanduíche – parte na Uninove, em São Paulo e parte na
Universidade de Sevilla, na Espanha. A fisioterapeuta clínica ainda é
idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado – RCA 360”, curso on-line
que já conta com mais de 5 mil alunos no Brasil e em nove países. Já foi
proprietária de uma grande clínica de fisioterapia no estado do Mato Grosso,
onde também atuou durante 7 anos como professora de anatomia, na Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), no curso de Medicina.
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