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terça-feira, 24 de agosto de 2021

A Engenharia também luta contra as irregularidades de seus dirigentes

Enquanto se apuram sérias denúncias sobre corrupção na compra de vacinas em Brasília, outras frentes de batalha na Justiça estão felizmente caminhando, a favor da ética na administração pública, e em defesa do interesse e dos recursos patrimoniais que pertencem à sociedade.

Uma decisão cautelar publicada pelo Tribunal de Contas da União no último dia 13 de julho suspendeu um chamamento público que tem gerado enorme controvérsia entre a categoria de engenheiros.

Por meio desse chamamento, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo pretendia realizar a toque de caixa – sem estudo de viabilidade econômica, sem licitação e sem projeto – uma permuta de seis imóveis, patrimônio público sob sua gestão, em troca da construção de uma nova sede unificada no terreno que o Conselho possui no bairro da Barra Funda, zona oeste da capital paulista.

A afoiteza com que o CREA-SP levou adiante essa iniciativa causou enorme estranheza entre os engenheiros. O valor total do projeto, estimado pelo próprio CREA, alcança R$ 200 milhões, mas essa cifra que pode ser ainda maior, uma vez que perícias independentes apontam para um preço de mercado superior ao estipulado pelo Conselho para os imóveis que deseja "negociar”.

No despacho assinado pelo ministro Marcos Bemquerer, do TCU, o tribunal atende a uma medida cautelar no âmbito de denúncia impetrada contra o prosseguimento do certame, que fere totalmente os princípios da administração pública.

A contratação milionária de obra pelo CREA sem licitação, contrariando obrigação de que a obra de engenharia para construção de nova sede requer obrigatoriamente a realização de uma concorrência pública, foi apontada no texto do ministro, que ainda alertou para outras irregularidades.

Ficou evidenciada para o TCU a inexistência de projeto básico para a contratação de obra de engenharia de construção de nova sede, bem como a ofensa à proibição legal de que a mesma empresa que faça o projeto básico também seja responsável pela execução da obra. Também é nítida a contrariedade às normas previstas para a permuta de imóveis, nas quais está claro que tal troca por edificações a construir não pode ser realizada por inexigibilidade de licitação.

Esse não é o único questionamento enfrentado na Justiça pela atual gestão do CREA-SP, eleita no ano passado em meio a várias denúncias de irregularidades no processo eleitoral, realizado inclusive de forma exclusivamente presencial em plena pandemia, apesar dos apelos dos profissionais para que pudessem votar pela internet e evitar o risco de contágio do coronavírus.

Há ações em curso que pedem a investigação de seus dirigentes em esquemas de rachadinha e gastos exorbitantes com publicidade e pagamento de diárias aos inspetores que têm a responsabilidade de fiscalizar o exercício da profissão no estado.    

A decisão do TCU é uma luz nesse caminho de trevas em que o CREA-SP se embrenhou, para desgosto da categoria de engenheiros e de todos os que defendem a ética e a democracia.

 


José Manoel Ferreira Gonçalves - engenheiro, jornalista, advogado, professor doutor, pós-graduado em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, integrante do Engenheiros pela Democracia e presidente da Ferrofrente e da Aguaviva, Associação Guaruja Viva.


Investimentos e moedas digitais: da atração inicial ao duradouro caso de amor

Em todo relacionamento há uma aproximação inicial – a atração – e, claro, o casamento que consuma o amor. É assim em nossas relações e é assim também na forma como lidamos com nosso dinheiro. Quando as pessoas vão fazer um investimento, seja em ativos financeiros ou em bens, elas pesquisam, encontram o que melhor atenda a seus objetivos e, depois de muito namoro, finalmente dão o passo seguinte. Atualmente, estamos observando a mesma coisa com um novo tipo de ativo, que atrai mais e mais investidores: as moedas digitais. Elas estão em alta e, ao que tudo indica, certamente proporcionarão um final feliz para todos que entrarem nessa relação.

No Reino Unido, por exemplo, essa já é uma realidade consolidada. Levantamento do Financial Conduct Authority (FCA) mostra que o investimento em criptoativos cresceu 21% nos últimos 12 meses na região. Isso ocorre porque o termo passou a ser mais conhecido entre as pessoas: 78% da população já ouviram falar sobre criptomoedas (alta de 73%) e apenas 38% deles consideram essa aplicação uma aposta arriscada (era 47% no ano anterior). São números vantajosos que certamente já se espalham em todo o mundo. No Brasil, o cenário tende a ser semelhante em um futuro próximo. Afinal, o país já é o 11º em uso de tecnologia blockchain, segundo um estudo da Criptomoeda.org.

Antes de chegarmos a esse cenário de atração, é necessário retroceder um pouco e entender por que as moedas digitais como um todo se tornaram tão “bonitas” aos olhos dos investidores atualmente. Elas são ativos ainda recentes no cenário financeiro. O bitcoin, por exemplo, foi a primeira moeda do tipo e surgiu em 2008. Ou seja, estamos falando de algo que não tem nem 15 anos de existência. Evidentemente, os anos iniciais foram mais de preocupação do que realmente de atração. Não foram poucos os alertas que surgiram na internet sobre supostos perigos da desregulação e descentralização, além de até rotular como algo restrito a hackers.

Entretanto, houve bastante pesquisa e o que antes dava medo passou a ser visto em suas qualidades, como transparência, agilidade e segurança nas transações – tudo o que o cenário de transformação digital tanto preza. Era o momento de investidores e moedas digitais se conhecerem e essa aproximação fez a cotação desses ativos disparar. O bitcoin saiu de US$ 0,39 (menos de um dólar) em 2010 para cerca de US$ 30 mil uma década depois. São números que atraem até mesmo os investidores mais conservadores e tradicionais e colocam esses ativos em evidência no mercado. Quem não quer ver seu dinheiro se valorizar tanto assim, não é mesmo?

Ainda que seja cedo para falar em casamento, alguns sinais mostram que a relação entre investidores e moedas digitais não será uma paixão casual. Primeiro porque o número de pessoas dispostas a aplicar nesse ativo não para de crescer, mesmo com a oscilação natural que esse mercado apresenta. Hoje, as principais criptomoedas já são vistas como elementos importantes em uma carteira de investimento, diversificando as opções e promovendo ganhos maiores. Além disso, é necessário reconhecer que as blue chips (justamente as moedas mais reconhecidas no setor) sempre demonstram tendência de alta – o que as deixarão bastante atraentes por muito tempo.

O cenário é totalmente positivo para as moedas digitais como ativos financeiros. Contudo, mais importante do que realçar seus poderes de atração, deve-se salientar sua influência em uma carteira. Quando se fala em investimentos, é preciso compreender que se trata de algo a longo prazo, ou seja, é uma iniciativa duradoura que exige dedicação e planejamento para colher os frutos no futuro. Com as moedas digitais não é diferente. Basta montar a melhor estratégia, definir os objetivos e viver feliz para sempre.

 


Cássio Rosas - Diretor de Contas Enterprise e Estratégia da Wiboo, plataforma com utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais – e-mail: wiboo@nbpress.com

 

Wiboo Company

https://www.wiboo.com.br

 

Novo Ensino Médio: o que pais e estudantes podem esperar dessa mudança

Divulgação
Itinerários Formativos são grande desafio para escolas e vão dar a estudantes a chance de aprofundar conteúdos que fazem mais sentido para a trajetória do aluno

 

A flexibilidade curricular proposta com as mudanças do Ensino Médio prevê que as escolas passem a oferecer para os alunos novos caminhos que poderão ser trilhados com mais liberdade e com base no que o próprio estudante entende que faz sentido para a sua trajetória. Esses caminhos são os Itinerários Formativos, uma das grandes novidades dessa reforma, com uma oferta maior de opções em relação ao currículo escolar que o estudante terá ao longo dos três anos finais da Educação Básica.  

O Novo Ensino Médio traz uma grade curricular dividida em Formação Geral Básica (FGB) e Itinerários Formativos (IFs). Na Formação Geral Básica, os componentes curriculares estão organizados pelas áreas do conhecimento. Essa é a parte fixa do currículo que contempla as habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e compõe 60% da carga horária, com um máximo de 1.800 horas. Já os Itinerários Formativos são o conjunto de temáticas que poderão ser oferecidas aos estudantes por meio de projetos, oficinas e núcleos de estudo e que vão aprofundar e ampliar os conteúdos da Formação Geral Básica. Eles são compostos de unidades curriculares obrigatórias e eletivas e compõem 40% da carga horária, com mínimo de 1.200 horas. São cinco Itinerários Formativos possíveis: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional. Apesar da liberdade para a elaboração dos currículos dos itinerários, todos devem ser estruturados a partir de quatro eixos estruturantes: Investigação Científica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo. As escolas não são obrigadas a oferecer todos os percursos, nem disponibilizar a escolha de aprofundamento logo no primeiro ano.

Além do status de novidade, os Itinerários Formativos já se tornaram um dos grandes desafios de gestores de educadores que têm pela frente a missão de implantar essas mudanças. "Sabemos que a decisão sobre o que oferecer como Itinerário Formativo para nossos alunos nos impõe uma enorme responsabilidade. Nossas escolhas e definições podem impactar na trajetória de nossos jovens, influenciando até mesmo as futuras escolhas profissionais deles", destaca Elieser Balieiro, diretor administrativo do Colégio Horizonte, em Viradouro (SP). A instituição, que está se preparando para oferecer o Novo Ensino Médio para o 1º ano em 2022, está em fase de definição sobre quais serão os Itinerários Formativos ofertados para os estudantes no próximo ano. "Estamos recebendo a ajuda de nosso principal parceiro, o Sistema Positivo de Ensino, que está nos apontando o caminho. Queremos que os Itinerários Formativos tenham real utilidade para nossos alunos e, para isso, precisamos decidir considerando o contexto econômico, social e cultural da comunidade e região em que nossa escola está inserida", explica o diretor.

A flexibilização do currículo escolar por meio dos Itinerários Formativos implica também na ampliação da carga horária de uma instituição. Isso gera um impacto importante na estrutura da escola, que precisa ocupar mais espaços e disponibilizar mais professores para garantir uma oferta maior aos alunos. "Essa tem sido também uma das principais preocupações das escolas na formação dos seus Itinerários Formativos", explica a coordenadora editorial do Sistema Positivo de Ensino, Milena Santiago Passos Lima. Para ela, o que precisa ficar claro é que os Itinerários Formativos permitem que a escola olhe para o estudante valorizando a sua trajetória de forma individual. "Isso não quer dizer, necessariamente, que a escola tenha que oferecer ao aluno muitos caminhos, muitas escolhas. Na verdade, ela tem que oportunizar diferentes vivências. Uma escola que hoje já trabalha com diferentes projetos, que permite a ocupação de diferentes espaços, já está praticando a proposta dos Itinerários Formativos, que é realizar um trabalho de conduzir o aluno de forma personalizada", explica.

Segundo a coordenadora, o que acontece é que muitas vezes esse trabalho não está evidenciado no histórico escolar. "Então, o Novo Ensino Médio desafia as escolas a olharem para aquilo que já fazem e entender o que, entre tudo o que a escola já realiza e que representa a sua identidade, poderá fazer parte deste currículo de forma definitiva. Existem projetos, iniciativas valorosas dentro das escolas que hoje não fazem parte do histórico escolar de cada aluno. E isso tudo precisa ser considerado para que as escolas entendam que não precisam inchar seu currículo e nem sobrecarregar sua estrutura para oferecer esses novos caminhos".

Para tentar se aproximar ao máximo do que os próprios estudantes esperam, o Colégio Augusto Comte, de Salvador (BA), fez uma consulta junto aos alunos e pais. "Decidimos ouvir nosso público para identificar os reais anseios de nossa comunidade e o resultado apontou para uma tendência significativa em relação à área de Ciências da Natureza, o que nos deixou bastante tranquilos porque esse já era um dos caminhos considerados pela escola", afirma Marcelo Silva Borges, gestor pedagógico do colégio. "Entendemos que o importante nessa fase de implantação dos Itinerários Formativos é a escola ter a autonomia na hora de definir o que será ofertado, tendo em vista a leitura que a própria escola faz - melhor do que ninguém - do seu público e do contexto em que está inserida", ressalta.

Uma dúvida crescente entre os estudantes e seus pais é sobre como escolher os Itinerários Formativos, o que levar em conta, quase como quem escolhe o curso superior. Para decidir qual caminho seguir, é fundamental que o aluno esteja bem informado sobre o assunto. Segundo Milena Santiago Passos Lima, a escola deve apresentar, de maneira detalhada, as explicações sobre os itinerários, quais deles a instituição oferece e o que cada um envolve. "Isso pode ser feito inicialmente em rodas de conversa e, posteriormente, em caso de necessidade, em conversas individuais agendadas com o aluno e seus responsáveis", destaca a coordenadora.

Ciente das informações, os estudantes devem refletir sobre seus interesses, aptidões e objetivos. "A proposta do Novo Ensino Médio é fazer com que as escolas olhem para o aluno que está construindo a sua identidade e o ajude a encontrar o melhor caminho, de modo que se reflita na trajetória que ele tem ou terá dentro da escola e no futuro. Então o aluno, a partir de agora, tem a oportunidade de olhar para si, de desenvolver as suas potencialidades e consolidar uma proposta que esteja de acordo com a sua trajetória. A mesma coisa vale para a escola que, ao se deparar com as escolhas que ela precisa fazer para os Itinerários Formativos, ela também deve fazer essa caminhada. De olhar para si, olhar para a sua identidade, para a sua trajetória, para o seu contexto e, a partir daí, definir os Itinerários Formativos que mais lhe convém, construindo um currículo coeso e consistente para os seus alunos", completa Milena.

Para ela, pais e estudantes podem esperar um novo currículo e uma renovação necessária do ponto de vista de vivências e de desenvolver as potencialidades de cada um. "Pode-se esperar uma mudança gradativa na cultura escolar, em que o aluno terá mais voz e vez e terá também mais espaço para atuar, produzir, criar e aprender", finaliza.

 

 

Sistema Positivo de Ensino


Varejo paulista fecha semestre com aumento de 22% nas vendas

Flexibilização e avanço da vacinação são os principais fatores que contribuíram para um cenário positivo, segundo dados da FCDLESP

 

No primeiro semestre deste ano, o varejo paulista apresentou um aumento de 22% nas vendas, de acordo com a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo). O balanço realizado pela entidade, com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, aponta que o setor varejista mostra sinais de recuperação e segue otimista para o segundo semestre. 

Segundo os lojistas, no mesmo período no ano passado, os principais desafios dos varejistas foram causados pelas fases mais restritivas do Plano São Paulo - redução no horário de funcionamento e capacidade do local, que impactaram diretamente o volume de vendas que, consequentemente, apresentaram um baixo índice. Já neste ano, a maior flexibilização do estado nas medidas possibilitou um cenário mais confiante.  

Mesmo com boas perspectivas, a entidade alerta que o setor ainda enfrenta dificuldades para se recuperar e tentar equilibrar o volume de vendas em comparação ao ano de 2019. A insegurança do consumidor na hora de comprar, aumento da inflação e incerteza no cenário da pandemia foram os principais entraves para o varejo. 

De modo geral, segundo o levantamento da FCDLESP, o segmento que ainda enfrenta mais dificuldades na recuperação são os bares e restaurantes - duramente afetados pelas medidas do Plano SP. Em paralelo, o setor que mais mostrou avanços é o de vestuário e calçados. 

“O atual momento que o varejo vive foi refletido no percentual de vendas do Dia dos Pais. Com menos restrições, o comércio gerou mais possibilidades de venda, e a data, considerada uma das mais importantes do segundo semestre, demonstrou bons resultados, o que gera um sentimento otimista nos lojistas”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.  


Expectativas 

Para um segundo semestre positivo, as CDLs da região metropolitana da cidade, interior e litoral relatam que manter os estabelecimentos abertos é essencial para que as datas comemorativas voltem a apresentar um bom desempenho de vendas e possam ajudar o varejo na possível retomada da economia.

“O varejo tem apresentado bons índices, o que ajuda na recuperação. Com maior flexibilização e avanço na vacinação, esperamos que até o final do ano, as vendas se equilibrem com 2019. Neste momento de retomada, os estabelecimentos devem continuar seguindo os protocolos de segurança e garantindo a confiança do consumidor, para que a retomada aconteça, na prática, de maneira efetiva”, finaliza Stainoff. 

 

6 plataformas digitais para resolver "pepinos" do dia a dia

Conheça os apps que solucionam imprevistos de forma rápida e eficaz

 

É quase impossível que alguém não tenha passado algum momento de apuros na vida. Falta de dinheiro, viagem às pressas, precisar deixar o cachorro com alguém, não se sentir bem e precisar de remédios, ter o carro ou itens domésticos quebrados, perceber que esqueceu coisas quando já estava na rua ou até mesmo precisar de advogados ou despachantes para resolver problemas rapidamente são imprevistos comuns. 

 

“É ainda mais importante considerarmos o momento que estamos vivendo, pois muitas pessoas ainda estão em casa de quarentena, trabalhando em home office, evitando ao máximo sair, e, com isso, buscam cada vez mais facilidades em plataformas digitais que possam suprir suas necessidades diárias”, diz Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal.

 

Aplicativos inovadores literalmente resolvem esses “pepinos” do dia a dia. Confira 6 soluções disponíveis no mercado:

 

Simplic

A primeira plataforma de crédito pessoal 100% online do Brasil disponibiliza crédito para negativados – que também estão sujeitos a análise de crédito – e para quem está precisando pagar uma conta com urgência. O processo é bem simples: o cliente faz a simulação de crédito no site pelo computador ou celular. O cadastro não leva nem 5 minutos. Ele fica sabendo na mesma hora se está pré-aprovado e pode receber o dinheiro na conta em menos de 24 horas. 

www.simplic.com.br 

 

Loggi

Para quem saiu de casa correndo e acabou esquecendo algo importante, pode contar com a Loggi, plataforma digital de entregas expressas que atua com motoboys cadastrados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Com o aplicativo, é possível solicitar um mensageiro para entregar um pacote ou buscar um documento importante que você precisa naquele momento. Em parceria com restaurantes, a Loggi também faz delivery de alimentos com um sistema que avisa por SMS quando o pedido está chegando. 

https://www.loggi.com 

 

Dubbio

Plataforma para esclarecer dúvidas jurídicas diretamente com advogados. O site disponibiliza artigos escritos por profissionais cadastrados, de forma gratuita, para consulta dos usuários.  

https://www.dubbio.com.br/

 

GetNinjas

Conecta clientes a prestadores de serviços. Conta com mais de 200 tipos de serviços organizados em categorias como Assistência Técnica, Reformas, Beleza, Saúde, Serviços Domésticos, entre outros. A plataforma ainda permite receber até 3 orçamentos gratuitamente antes da contratação. 

https://www.getninjas.com.br/

 

GoPharma

App disponível para Android e iOS, que permite que o usuário consiga localizar a farmácia mais próxima e verificar se o medicamento ou produto que ele precisa está disponível naquele estabelecimento.

http://www.gopharma.com.br/ 

 

DogHero

A plataforma digital funciona como uma hospedagem domiciliar para cães, indicando anfitriões que recebem os animais para cuidar deles como se fossem hóspedes temporários. Esse tipo de hospedagem é em média 60% mais barata do que hotéis para pets, além de ser um serviço confiável onde o tutor recebe diariamente fotos da estadia do seu animal.

https://www.doghero.com.br/


CDHU parcela dívida de 8,8 mil mutuários inadimplentes na Grande São Paulo

Carta enviada às famílias oferece opção para regularização do débito

 

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Habitação, enviou à casa de 74.084 mutuários do Estado com três ou mais prestações em atraso uma proposta de acordo para parcelamento da dívida até o final do contrato de financiamento. No total, os valores a serem renegociados pela companhia atingem R 221 milhões, que serão reinvestidos na construção de mais moradias populares. Na Grande São Paulo, são 8.802 mutuários inadimplentes, com uma dívida total de R 30,6 milhões.

Pela proposta enviada, cada um dos mutuários inadimplentes recebe em sua casa um boleto personalizado, já calculado o valor da entrada que corresponde a no máximo 10% de toda a dívida, com data de pagamento para 26 de agosto. O valor da entrada não pode ultrapassar R
1,5 mil. O mutuário também é informado na carta qual será o valor mensal das prestações futuras do acordo.

Depois de efetuar o pagamento desta parcela de entrada, o mutuário receberá um novo carnê, cujas prestações já vão incluir os valores atrasados acordados. "Trata-se de uma ótima oportunidade oferecida pela CDHU aos mutuários para eles possam regularizar seus débitos sem nenhuma burocracia, recebendo as informações por meio de carta em suas próprias residências", afirma o secretário de Estado da Habitação Flavio Amary. "Estar em dia com a CDHU garante ao mutuário preservar seu maior bem, a sua casa própria", explica.

De acordo com o presidente da CDHU, Silvio Vasconcellos, a maioria dos contratos administrados pela Companhia segue em dia. "É muito importante o pagamento das prestações pelos mutuários para seguirmos com os investimentos na construção de novas moradias. Desta forma, mais famílias de baixa renda também poderão realizar o sonho da casa própria", ressalta.

Outros 25.306 mutuários que estão com até duas parcelas atrasadas em todo o Estado, com débito médio de R 611,52, também receberam em suas casas um boleto único para quitar o a dívida acumulada com isenção de juros e correção monetária. Neste caso, a data de pagamento é 27 de agosto.

Os mutuários inadimplentes que não receberam pelos Correios propostas de acordo e desejarem regularizar a situação devem acessar o site da CDHU (www.cdhu.sp.gov.br) ou ligar para o AlÔ CDHU (0800-000 2348). 


10 Dicas de como começar a investir em Renda Variável

No mundo dos investimentos, nos deparamos com muitas possibilidades de aplicação, mas nem sempre a opção mais atrativa à primeira vista é aquela que combina melhor com nossos objetivos. É necessário estudar e conhecer tudo que o mercado oferece, para alcançar com sucesso as metas traçadas! 

Renda Variável é uma das diferentes modalidades de investimento disponíveis no mercado. O especialista Rafael Amaral, Head Renda Variável e Sócio Fundador Quattro Investimentos, separou 10 dicas para explicar um pouco mais as características desse tipo de investimento, para que você entenda qual o melhor tipo de aplicação para seu bolso. 

1 – Bolsa não vive só de alta.  “O Investidor tem a expectativa de ganhar todos os meses, o chamado “imediatismo”, pois está acostumado dessa forma na Renda fixa. Mas na renda variável não funciona assim. Não é (1+1+1+1 = 4) e sim (-3 + 6 – 2 + 3 = 4%).

2 – Não compre “preço”, compre “valor”. Escolhas empresas boas e não empresas com ações “baratas”.

3 – Sempre tenha proteção na sua carteira. O mercado de derivativos (opções) é muito conhecido pelo alto risco de se operar “descoberto”. Mas quando se opera derivativos junto com a mesma posição de ações (coberto), isso pode ser sinônimo de proteção.

4 - Não acredite em mídia sensacionalista. Não existe milagre. Mais de 80% das pessoas que só operam daytrade (compra e venda num mesmo dia), um dia irão “quebrar”.

5 – Esteja preparado para o “risco político” que existe e sempre existiu nesse país. Aqui sempre existirá “surpresas e notícias bombásticas”. Monte uma estratégia que considere isso como premissa. (dólar, empresas que não tem ligação om o governo, etc).

6 – Aloque parte da sua posição em estratégias internacionais. Não corra apenas o “risco Brasil”. Existem muitos países para se aplicar e mais de 80 mil empresas listadas em bolsa mundialmente.

7 – Utilize como benchmarking, o índice Bovespa. Faça reflexões do tipo: “minha carteira de ações rendeu / caiu mais ou menos que o índice Bovespa”?

8 – Tenha boas aplicações de Renda Fixa (Que sempre sobem) para trazer robustez e mais tranquilidade quando o mercado de renda variável operar no vermelho.

9 – Os investimentos de Renda Variável são mais para longo prazo (holder)? Sim. Mas realize ganhos expressivos de curto prazo. Nenhum papel vive só de alta. Tenha sempre um valor líquido em conta para aproveitar oportunidades e talvez ir melhorando seu custo médio de suas posições durante o percurso, se necessário. Acredite, você dificilmente acertará o melhor momento de entrar ou sair de um determinado papel, por melhor analista que seja.

10 – Mantenha-se informado e tenha uma assessoria de investimentos de qualidade para juntos poderem tomar a melhor decisão sobre seu patrimônio.

 

Entenda como o IGP-M pode afetar o valor dos aluguéis e até do financiamento

A alta do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) tem balançado bastante o mercado imobiliário, principalmente no que diz respeito às locações, pois é o índice empregado para correção do contrato de aluguel. Como um índice de correção, ele pode ser empregado em outros contratos, como ocorre em alguns casos de financiamento para habitação com algumas instituições financeiras e contratos de aquisição de terrenos com loteadoras.

O IGP-M é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, explica que o indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços. “Tal medida teve como objetivo englobar não apenas diferentes atividades, como também etapas distintas do processo produtivo.” 

Vinícius Costa acrescenta que o IGP-M é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores. “O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.

Segundo o presidente da ABMH, o que poucas pessoas sabem é que este índice também é utilizado por algumas empresas nos contratos de aquisição da casa própria. “Algumas instituições financeiras utilizam este índice juntamente com uma taxa de juros e um sistema de amortização, e loteadoras utilizam o índice juntamente com uma taxa de juros remuneratórios mensal para venda parcelada de lotes”, conta.

Caracterizado como um índice de correção monetária, o IGP-M não implica ganho monetário ele tem apenas a função de recompor o poder aquisitivo da moeda, assim como ocorre com outros índices de correção (TR, IPCA, INPC etc). “O que gera remuneração em um contrato são os juros remuneratórios ou compensatórios. Contudo, o cenário desenhado para o IGP-M no último ano não é nada agradável, vez que chegou ao patamar de 33% no acumulado dos últimos 12 meses, percentual este totalmente fora do senso comum e da média de todos os outros anos anteriores”, diz Vinícius Costa.

De olho nesse problema criado pela alta do índice, algumas entidades do comércio varejista buscaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma decisão para substituição do índice pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve o acumulado no mesmo período de 5,02%. “Apesar de ser uma decisão que visa atender direitos dos varejistas que pagam aluguel, os mutuários e adquirentes de lotes podem também ficar atentos a isso, pois eventual decisão favorável à substituição do índice poderá ser também utilizada em seus contratos”, orienta. 

 


Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH


Programas de estágio e trainees: o primeiro e mais importante passo na carreira profissional

Com o avanço da vacinação no Brasil, temos percebido uma movimentação de empresas trabalhando em formato híbrido, e podemos dizer que, aos poucos, estamos voltando à vida normal, inclusive à tão esperada retomada do emprego no Brasil.

Durante a pandemia, muitas empresas tiveram que se reorganizar, incluindo demissões em suas estratégias de negócios, o que, na maioria dos casos, resultou em acúmulo de funções para alguns profissionais. Agora, com uma expectativa positiva em relação à economia, muitas estão começando a liberar as demandas represadas. Essa disposição tem gerado um aumento no número de processos seletivos para estagiários e trainees.

O segundo semestre sempre foi o período em que as empresas iniciam seus processos para a contratação de jovens profissionais. Esse tipo de processo seletivo demanda muito tempo para ser finalizado – da fase da inscrição até a admissão, alguns processos podem durar de dois a quatro meses. Com otimismo, podemos então vislumbrar que vamos sentir uma melhora nos números do primeiro emprego no país até o final do ano.

Mas deixando de lado as expectativas futuras e sendo realista, o que busco aqui é ressaltar a importância desses processos seletivos para que tanto empresas quanto candidatos deem o real valor a eles. 

Sabemos que alguns programas de talentos são bem disputados, com um volume de inscritos sempre expressivo e uma grande concorrência. Para que os processos ganhem efetividade, é necessário planejá-los e estruturá-los a partir do alinhamento com as estratégias da organização. Com base no número de vagas, áreas envolvidas e pré-requisitos técnicos e comportamentais, são definidas as etapas da seleção e os filtros mais adequados para identificar os melhores perfis.

Para aprimorar a qualidade do processo seletivo, é essencial que as empresas criem métricas objetivas para cada etapa, e utilizem testes psicométricos para avaliação de comportamento e aptidão. Essas ferramentas permitem evitar possíveis práticas de vieses inconscientes nas análises dos perfis e reduzem equívocos na tomada de decisão no momento de selecionar os profissionais.

Com a pandemia, os processos de avaliação para programas de estágios e trainees passaram a ser conduzidos 100% on-line, mas sem perder de vista a importância da relação humana e a qualidade da seleção. Um processo desses tem diversas fases, entre elas a análise de pré-requisitos e habilidades requeridas, como: testes de inglês, raciocínio lógico, atualidades, avaliação de perfil comportamental. Parte do trabalho, que antes era feito presencialmente, teve que ser adaptado também para o formato virtual. Hoje, conseguimos realizar dinâmicas de grupo, painel de negócios e entrevista com os gestores remotamente.

Toda busca por emprego merece grande atenção e dedicação dos candidatos. No caso de estágios e programas de trainees, os desafios são ainda maiores, porque além de se preparar para todas essas etapas já mencionadas, os jovens precisam que suas habilidades comportamentais se destaquem, exatamente por não terem necessariamente um histórico profissional que os diferenciem de outros candidatos – afinal, estamos falando do primeiro emprego.

Já pelo lado das empresas, vemos que atualmente elas estão priorizando a contratação de estagiários e trainees que tenham capacidade para propor soluções inovadoras, agilidade de aprendizado, inteligência emocional, visão estratégica, liderança humanizada e facilidade para o trabalho em equipe, principalmente.  

No que se refere ao preparo para participar dessas seleções, um ponto importante que o candidato deve ter em mente é o foco em sua carreira profissional, ou seja, não é algo positivo se inscrever em qualquer processo aberto. É bastante comum que, no anseio de começar a carreira profissional, o jovem se candidate para vários processos aleatoriamente. Mas esse tipo de atitude pode comprometer tanto seus objetivos quanto a candidatura dele às empresas que estão alinhadas ao propósito que ele busca em sua carreira profissional.

Conhecer a empresa, sua atuação e posicionamento de marca são relevantes em todos os processos seletivos. Outra dica importante é que o candidato verifique os critérios solicitados no anúncio do programa, pois dessa forma evita perder oportunidades mais adequadas às suas qualificações. Um outro ponto de destaque é o autoconhecimento: o candidato deve conhecer seus pontos fortes e aprimorar seus pontos fracos diante de suas escolhas.

Para ser aprovado em um programa de trainee ou de estágio, não é necessário experiência profissional, mas esses processos geralmente se apresentam como uma grande oportunidade de iniciar uma carreira na área em que está se graduando. Assim, ao ser aprovado, o jovem já começa a carreira com um plano de desenvolvimento estruturado, que pode potencializar rapidamente sua trajetória profissional.

Sabemos que a competitividade para uma vaga no mercado de trabalho é alta, tendo em vista os números do desemprego no país. Mas o que todo candidato tem que saber é que a melhor forma de obter sucesso em processos seletivos é ter clareza dos seus objetivos, encarar os desafios com autoconfiança, demonstrar empatia, mostrar seu potencial e, por fim, tornar a experiência uma conexão agradável.

 


Angelina Assis – Psicóloga e gerente de Relacionamento do Grupo Soulan


Período curto em engarrafamento já expõe motorista a altas doses de poluição, indica estudo

Pesquisa internacional realizada em dez cidades relaciona exposição a material particulado fino a custos econômicos e impactos na saúde. Em São Paulo, o motorista inalou 35% do total de partículas do trajeto de uma hora em apenas oito minutos (foto: Agência Brasil/arquivo)

 

Estudo internacional realizado em dez cidades, incluindo São Paulo, revela que um período relativamente curto em locais de alta concentração de poluição é o suficiente para expor motoristas e passageiros de carros a doses significativas de partículas inaláveis finas – aquelas que, por ter diâmetro menor do que 2,5 milionésimos de metro (MP2,5), conseguem chegar aos alvéolos pulmonares e causar ainda mais danos ao organismo. Segundo o estudo, portanto, passar pouco tempo em áreas de engarrafamento já pode ter impacto prejudicial na saúde.

As cidades com maior relação entre tempo de exposição e inalação de poluentes foram Guangzhou, na China, e Adis Abeba, na Etiópia. Esses motoristas e passageiros ficaram em áreas de alta concentração de MP2,5 menos de um terço do tempo da rota (26% e 28%, respectivamente), mas inalaram mais da metade (54% e 56%) da quantidade total de partículas finas inaladas durante toda a viagem. No caso de São Paulo, em 17% do tempo de rota – aproximadamente oito minutos –, o motorista inalou 35% do total no trajeto.

A exposição a essas partículas finas, também chamadas de aerossol, está entre os dez principais fatores ambientais de risco à saúde, segundo o Global Burden of Disease 2019. No estudo, observou-se que as cidades onde as pessoas foram expostas nos carros a níveis mais altos desses aerossóis registraram as maiores taxas de mortalidade por 100 mil passageiros de veículos por ano.

Dar-es-Salaam (Tanzânia), Blantyre (Malawi) e Daca (Bangladesh) apresentaram as mais altas taxas de mortalidade (respectivamente: 2,46 óbitos por 100 mil passageiros de carro ao ano; 1,11 e 1,10). Já os menores índices foram detectados em São Paulo, em Medellín (Colômbia) e em Suleimânia (Iraque) – respectivamente: 0,10 morte por 100 mil passageiros de carro ao ano; 0,07 e 0,02.

A distância das rotas variou entre 10 km e 33 km, mas, em cada uma das cidades, o pesquisador utilizou sempre o mesmo trajeto e o mesmo veículo. No caso de São Paulo, a rota foi de 12,7 km (cerca de uma hora para ser concluída fora do horário de pico), saindo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), passando pelo Parque do Ibirapuera e pelas avenidas 23 de Maio e Paulista.

No trabalho, os pesquisadores analisaram um conjunto de dados de concentrações de PM2,5 medidas durante o trajeto para avaliar a relação entre o excesso de poluentes e condições de tráfego, preços de combustível, problemas de saúde e perdas econômicas.

Nesse caso, constatou-se que, entre os locais pesquisados, quanto mais baixo o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade maior foi a perda econômica, principalmente em decorrência dos encargos com a saúde. Dar-es-Salaam aparece também entre as maiores perdas do PIB, seguida do Cairo (US$ 10,2 milhões e US$ 8,9 milhões ao ano, respectivamente). O trabalho incluiu ainda dados sobre a cidade de Chennai (Índia).

A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto Clean Air Engineering for Cities (CArE-Cities), da Universidade de Surrey (Reino Unido), e os resultados foram publicados na revista Environment International.

No Brasil, teve a participação da professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP Maria de Fátima Andrade, que é parceira colaboradora do CArE-Cities, da doutoranda Veronika Sassen Brand e de Thiago Nogueira. Recebeu apoio da FAPESP por meio de três projetos (16/18438-0, 16/14501-0 e 20/08505-8).

“Ao estudar a exposição a aerossóis no carro em várias cidades diferentes, medidas eficazes de mitigação da poluição do ar e orientações de melhores práticas podem ser desenvolvidas, incluindo o uso de ônibus elétricos, de ações voltadas ao transporte público e para a mobilidade urbana”, escrevem os autores no artigo, que teve a coordenação-geral do professor Prashant Kumar, diretor-fundador do Centro Global de Pesquisa do Ar Limpo (GCARE) de Surrey.

O trabalho cita a necessidade de dar atenção a estratégias de mitigação que atendam aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas, entre eles boa saúde (ODS 3), energia limpa (ODS 7) e cidades sustentáveis (ODS 11).

“Identificando locais de maior tráfego e poluição é possível desenvolver políticas públicas dirigidas e mais eficientes para melhorar a qualidade do ar nessas áreas”, acrescenta Brand, em entrevista à Agência FAPESP.

No relatório “Cidades Mundiais 2020”, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat), ao citar epicentros da COVID-19, afirma que “centros urbanos bem planejados, administrados e financiados ajudam a construir cidades resilientes, com capacidade de se recuperar dos impactos devastadores de pandemias, melhorar a qualidade de vida dos moradores e alavancar a luta contra pobreza, a desigualdade e as mudanças climáticas”.

Nesse contexto, a qualidade do ar desempenha importante papel. Mesmo com a pandemia, que reduziu as atividades econômicas e deslocamentos em 2020, a poluição por PM2,5 foi apontada como responsável por cerca de 160 mil mortes nas cinco capitais mais populosas do mundo, de acordo com ferramenta desenvolvida pelo Greenpeace e IQAir. A maior estimativa é de Nova Déli, na Índia, com 54 mil mortes. São Paulo e Cidade do México aparecem com os menores números – 15 mil óbitos estimados em cada uma delas.

Metodologia

Para analisar os hotspots nas dez cidades (locais com mais engarrafamento), o estudo internacional levou em consideração correlações socioeconômicas, o impacto dos preços dos combustíveis nos níveis de exposição à poluição e os custos econômicos. Os dados foram coletados em 2019.

Foi utilizado um contador de partículas a laser portátil (Dylos OPCs) no banco de trás de um carro de passageiros, que fazia a coleta por minuto, com três configurações para as janelas: abertas, fechadas com ventilador e fechadas com recirculação de ar. As amostras foram coletadas três vezes ao dia: pico da manhã, pico da tarde e fora do pico. A análise descrita no artigo centrou-se nos dados coletados com as janelas abertas, configuração em que foram registradas as concentrações mais altas de poluentes.

Para garantir o controle da qualidade e da harmonização dos dados, o grupo fez medições de intercomparação ao longo de cinco dias, período em que todos os equipamentos de aerossol foram comparados com um espectrômetro portátil de partículas ópticas (modelo GRIMM 11-C).

Ao analisar o efeito da variação de preços dos combustíveis nas concentrações de poluição em cada uma das cidades, computou-se informações como: parâmetros de congestionamento específicos de cada localidade, velocidades médias do trânsito, tamanho da população e número de carros por habitante.

Nenhuma correlação significativa foi encontrada entre o custo do combustível e a exposição a PM2,5 no carro, indicando que o controle de preços não deve ser considerado como uma política única na mitigação da poluição do ar.

Já para avaliar as perdas econômicas, a metodologia incluiu dados de concentração de aerossóis, taxas de mortalidade de linha de base, tamanho da população de passageiros de automóveis e o valor da vida estatística (VSL, sigla em inglês para Value of Statistical Life).

Monitoramento

Para a professora Maria de Fátima Andrade, um dos pontos inovadores do estudo foi medir a exposição à poluição dentro dos veículos e trazer à luz dados de algumas metrópoles superpopulosas que dispõem de poucas informações, como na África.

“Em geral, os países com piores políticas de controle de emissão acabam não dispondo de dados que considerem as várias fontes de poluição. Medir a exposição dentro do transporte, associando ao tempo e impactos econômicos, é importante”, afirma Andrade.

Em São Paulo, a Cetesb divulga diariamente boletins com a qualidade do ar por tipo de poluente e região da cidade. Esse índice é uma ferramenta matemática, que contempla os seguintes parâmetros: partículas inaláveis (MP10); partículas inaláveis finas (MP2,5); fumaça (FMC); ozônio (O3); monóxido de carbono (CO); dióxido de nitrogênio (NO2) e de enxofre (SO2).

Dependendo do índice obtido, o ar recebe uma nota (de boa a péssima), identificada por cores. Para as partículas inaláveis finas, o índice varia de 0 a 25 µg/m3 por 24 horas para estar na qualidade boa. Maior que 125 µg/m3 por 24h, a nota é péssima.

O artigo Potential health risks due to in-car aerosol exposure across ten global cities pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412021003135.

 


Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/periodo-curto-em-engarrafamento-ja-expoe-motorista-a-altas-doses-de-poluicao-indica-estudo/36652/


Condomínios e a obrigação da vacinação

Com mais de um ano e meio desde a chegada da pandemia no país, hoje começamos a vislumbrar um retorno gradual à normalidade. Como no resto do mundo, isso só é possível por conta da vacinação em massa.

Hoje, no Brasil, chegamos a quase ¼ da população totalmente vacinada, isso quer dizer, tendo tomado a primeira e a segunda dose ou uma única vacina, como nos casos de dose única.

Tendo isso em vista, a questão que se coloca em várias instâncias é se é possível obrigar as pessoas a estarem vacinadas. Por exemplo, essa é uma questão premente na área trabalhista, onde se discute se as empresas podem obrigar os funcionários a se vacinarem.

Na esteira desse assunto, os condomínios também veem se questionando sobre a legalidade ou não de obrigar funcionários e, principalmente, condôminos a se vacinarem.

Essa é uma questão complexa, pois atinge, nesse caso, dois grupos diferentes. No caso dos trabalhadores, não há consenso entre os especialistas e juristas. Porém, em dezembro de 2020, o STF decidiu que a vacinação contra a Covid-19 é obrigatória e que sanções podem ser aplicadas em relação àqueles que não se vacinarem.

Além disso, a empresa pode usar o argumento de que essa é uma questão de interesse coletivo e, por conta disso, deve garantir um ambiente seguro para todos que ali estão.

Tendo isso em vista, tivemos uma decisão em relação a uma auxiliar de limpeza que atuava em um hospital infantil em São Caetano do Sul/SP e que foi dispensada por justa causa. A funcionária tentou rever a decisão, mas a mesma foi mantida pela juíza Isabela Flaitt, em decisão proferida na 2ª vara do Trabalho de São Caetano do Sul, tendo como justificativa o entendimento do STF disposto no artigo 3º da lei 13.979/20 (ADIs 6.586 e 6.587 e ARE 1.267.897). A juíza também mencionou o guia técnico MPT que prevê em seu ordenamento o afastamento de funcionário e considera falta grave a recusa em se vacinar.

Já em relação aos condôminos, essa é uma questão de maior complexidade pairando a questão do abuso de direito de se fazer tal exigência versus a saúde coletiva. Mesmo tendo a decisão do STF em vista, a Corte completa que:

“(I) A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, porquanto facultada sempre a recusa do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes, e (i) tenham como base evidências científicas e análises estratégicas pertinentes, (ii) venham acompanhadas de ampla informação sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes, (iii) respeitem a dignidade humana e os direitos fundamentais das pessoas, (iv) atendam aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade e (v) sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente; e (II) tais medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência”.2 (STF. Plenário. ADI 6586/DF e ADI 6587/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski: Data de julgamento: 17/12/2020. Data de publicação:17/04/2021)

Nesse sentido, por mais que a decisão não tenha sido proferida tendo os condomínios como foco, é possível se fazer essa analogia, dado o fato de a decisão objetivar a coletividade.

Dessa forma, entendo que é possível sim que o condomínio regre o uso das áreas comuns, obrigando a comprovação da vacinação, para que o condômino/morador possa utilizar esse espaço. Isso porque o condômino tem o dever de “dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes”. (artigo 1.336, IV, do Código Civil). Lembrando que a Constituição Federal garante a supremacia dos direitos coletivos sobre os direitos individuais.

Salutar que a decisão de exigência de vacina e restrição do uso de espaços seja tomada em assembleia, alterando a Convenção ou minimamente o Regimento Interno, para constar tal exigência nesses instrumentos que regem a vida condominial.

Porém, nem todas as áreas podem ser cerceadas pois é garantido pela Constituição Federal o direito à locomoção do indivíduo, Art. 5º, XV, que prevê: “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. Nesse caso, se enquadraria a questão do elevador, por exemplo. O morador não pode ser impedido de se locomover, podendo usar o elevador para poder sair de casa, assim como a garagem.

Hoje, a pandemia ainda não foi vencida, e só a vacinação em massa será capaz de fazer com que voltemos à normalidade. Além disso, as variantes veem complicando essa situação. No momento, é a variante Delta que preocupa os especialistas.

Tendo todo esse cenário em vista, é preciso que a gestão do condomínio esteja atenta. Antes de tomar atitudes drásticas, é importante conscientizar a comunidade condominial da importância da vacinação. Para isso, a divulgação de informativos, tanto através de meio físico quanto digital, é de extrema importância, dessa forma, a coletividade estará informada e atenta às diretrizes do condomínio.

 


Dr. Rodrigo Karpat - advogado militante na área cível há mais de 15 anos, sendo referência em direito imobiliário e questões condominiais. É Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP. É frequentemente solicitado entre os meios jornalísticos e ministra palestras por todo o Brasil.


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