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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Câncer de estômago: saiba mais sobre a doença que atinge cerca de 21.230 pessoas no Brasil e que pode ser evitada com hábitos saudáveis

A doença é mais comum no sexo masculino em todo mundo


O câncer de estômago ou câncer gástrico é a neoplasia maligna que se origina no estômago. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 21.230 novos casos de câncer de estômago do Brasil, sendo 13.360 em homens e 7.870 em mulheres. Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis pelo seu aparecimento no corpo. Isso ocorre de tal forma que uma célula normal do estômago pode sofrer o processo de carcinogênese (se tornar maligna) e dar origem ao câncer de estômago. Ele pode se espalhar para outros órgãos próximos ou até mesmo distantes, processo que chamamos de metástase.

"É importante saber que um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente. Existem elementos de risco que não podem ser alterados como: a idade (mais frequente acima de 60 anos), ser do sexo masculino, além dos fatores genéticos. Felizmente, apenas 3% a 5% dos cânceres de estômago são hereditários, ou seja, causados por genes herdados de nossos pais", explica a especialista Tania Moredo, oncologista do Hospital IGESP.

A médica lista outros fatores que desempenham um papel significativo no aumento do risco para o câncer de estômago:

• Fumar;

• Estar acima do peso ou ser obeso;

• Ter uma dieta rica em alimentos defumados, em conserva ou salgados;

• Cirurgia anterior de estômago para úlcera gástrica;

• Consumir álcool;

• Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. Pylori);

• Gastrite crônica e úlceras de estômago mal curadas;

• Trabalhar nas indústrias de carvão, metal, madeira ou borracha;

• Exposição ao amianto;

• Trabalhadores rurais que foram expostos a uma série de compostos químicos, em especial, agrotóxicos.

Vale destacar que essa doença é mais comum no sexo masculino, seja no Brasil ou mundo a fora. O câncer de estômago em homens é o segundo mais frequente nas regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, sendo o quarto câncer mais frequente. Já para as mulheres, é o quinto câncer mais frequente nas Regiões Norte e Sul, e ocupa a sexta posição no Centro-Oeste e Nordeste, seguido pela Sudeste, ocupando a sétima posição.

"No início, os principais sintomas são: indigestão, sensação de inchaço após as refeições, azia, ligeira náusea e perda de apetite", pontua a oncologista.

Episódios eventuais de indigestão ou azia após uma refeição não significam que você tenha câncer, mas ao se esses sintomas ocorrerem com muita frequência, é importante conversar o quanto antes com seu médico. "À medida que o câncer gástrico avança, pode haver sintomas mais sérios, como: dor de estômago, sangue nas fezes, vômito, perda de peso sem motivo, dificuldade para engolir, olhos ou pele amarelados, inchaço no abdômen, constipação ou diarreia, fraqueza ou sensação de cansaço, azia e náuseas", enfatiza.


Prevenção

Adotar uma dieta saudável com mais frutas e vegetais frescos, que são alimentos ricos em fibras e vitaminas, que pode diminuir o risco de câncer. "Evite alimentos muito salgados, em conserva, curados ou defumados, como cachorro-quente, carnes processadas ou queijos defumados, é importante também manter o seu peso em um nível saudável, não fumar e praticar atividades físicas regularmente", orienta.


Diagnóstico

Os médicos normalmente não fazem exames de rotina para câncer de estômago, principalmente por não ser tão comum. "Para o diagnóstico deste tipo de câncer, é necessário passar em consulta médica para uma avaliação, onde será feita uma análise sobre os sintomas, seu histórico médico e familiar. No consultório será realizado o exame clínico, sendo que podem ser solicitados alguns exames adicionais, como exames de sangue, endoscopia alta (exame de imagem para examinar o estômago), tomografia computadorizada (exame de imagem do interior do seu corpo) e a biópsia (o médico retira um pequeno pedaço de tecido do estômago para examiná-lo ao microscópio em busca de sinais de células cancerosas). A biópsia pode ser feita durante uma endoscopia", esclarece.


Tratamento para o câncer de estômago

O tratamento do câncer de estômago envolve uma equipe multidisciplinar, composta por médico oncologista, cirurgião, radioterapeuta e nutrólogo. De acordo com a oncologista, existem três modalidades de tratamento para esse tipo de câncer: cirurgia, terapia sistêmica (quimioterapia e outras drogas) e radioterapia. "A cirurgia também é um tratamento comum para o câncer de estômago, especialmente quando está nos estágios iniciais. Dependendo da sua situação, é possível incorporar técnicas cirúrgicas minimamente invasivas ao realizar a gastrectomia para ajudar a diminuir o risco de complicações, encurtar o tempo de recuperação e minimizar a dor. Os cânceres de estômago avançados ou agressivos podem exigir gastrectomia parcial ou total", complementa.

Além disso há outros tratamentos como terapia sistêmica e radioterapia. "A terapia sistêmica é o tratamento que o oncologista faz por meio da quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia. Cada caso é analisado individualmente e planejado de acordo com os princípios da literatura médica especializada no tratamento do câncer. Já a radioterapia é um dos procedimentos mais comuns para o combate ao câncer. A radiação pode ser usada sozinha ou com outros tratamentos, como cirurgia, quimioterapia, hormônios ou terapia direcionada. Vale lembrar que a escolha do tratamento para o câncer de estômago depende do estadiamento da doença, que indica a quão avançada está e o quanto ela se espalhou pelo corpo", finaliza a especialista.

 


Hospital IGESP

https://www.hospitaligesp.com.br

 

Doar sangue: um gesto que salva vidas

Opinião

 

Se há um gesto que nos dignifica é entregarmos o nosso próprio sangue para salvar alguém. Esse não é apenas um ditado, mas uma realidade vivenciada por todos nós, médicos e profissionais da saúde, nas emergências e centros cirúrgicos.

O período de inverno é marcado por uma menor oferta de candidatos à doação, agravando um problema crônico e relevante para o sistema de saúde: o baixo estoque de sangue e hemoderivados. O cenário é preocupante há bastante tempo, mas ficou ainda pior por conta do receio de boa parte da população fazer doação na pandemia e, nos últimos meses, são constantes os apelos dos bancos de sangue dos grandes hospitais e dos hemocentros para que as pessoas sejam solidárias. Por isso, fazemos esse apelo para ampliar a captação de sangue nesse período e, ao mesmo tempo, incentivar a população a tornar a doação uma prática corriqueira.

O Ministério da Saúde, visando a segurança do candidato à doação e de quem receberá o sangue, recomenda protocolos rígidos a serem seguidos, com requisitos e contraindicações bem definidos. Após ser cadastrado e ter seus sinais vitais aferidos, todo doador deve passar por uma entrevista de triagem, realizada por um profissional de saúde, onde são averiguados seu histórico médico, hábitos de saúde e condição clínica.

Os quesitos necessários incluem estar em boas condições de saúde, idade entre 16 e 69 anos, peso mínimo de 50 kg, estar descansado (dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas) e alimentado (evitar alimentos gordurosos e aguardar até 2 horas para a doação). Pessoas acima de 60 anos só podem ser candidatas se já tiverem doado sangue alguma vez antes dessa idade. Pessoas com menos de 18 anos precisam estar acompanhadas dos responsáveis ou com formulário de autorização.

Já as restrições para doação de sangue compreendem ser diagnosticado com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação, estar com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação, sentir aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação e ter febre no dia da doação.

Convém lembrar que o procedimento de coleta de sangue ocorrem de forma bastante segura e leva de 8 a 12 minutos. Todo o material utilizado é estéril e descartável. Não há risco de contrair doenças doando sangue. Além disso, o volume de sangue doado é reposto naturalmente pelo organismo em menos de 24 horas.

Mais do que ajudar o próximo, a doação de sangue é um gesto solidário que pode salvar vidas!

 


Dr. Gerson Junqueira Jr. - Presidente

Associação Médica do Rio Grande do Sul

 

65% das brasileiras acreditam ser o motivo da infertilidade do casal, diz estudo

Mas, será que a causa da infertilidade durante as tentativas é somente feminina?


Muitos casais que resolvem engravidar pensam que nas primeiras tentativas já irão conseguir o positivo. Porém, não é bem assim que acontece, já que a gravidez depende de uma série de fatores. E, quanto mais o tempo vai passando, mais as mulheres vão ficando preocupadas e se sentindo culpadas por não estarem conseguindo.  

Conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 65% das brasileiras acreditam ser as responsáveis por não conseguirem engravidar. Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 66% das entrevistadas. E entre as mulheres que ainda não têm filhos, 69% se culpam por não conseguir engravidar.

É comum as pessoas atribuírem a dificuldade de engravidar à saúde reprodutiva da mulher. Isso, porque existe uma falsa ideia de que o homem sempre tem espermatozoides, portanto, não pode ser infértil. Contudo, metade dos casos de infertilidade é atribuído a condições masculinas. Muitas vezes, a baixa concentração de espermatozoides é a causa de tal insucesso. 

E, conforme constatamos, 78% dos brasileiros nunca testou o seu esperma. Fato esse que tem relação com o alto custo dos exames de análise do sêmen, e por isso, muitas vezes, acaba-se não chegando à real causa da dificuldade em engravidar. O percentual de parceiros que nunca testaram o esperma é maior entre os homens dos 25 aos 29 anos, com 81% dos participantes. 

Já os dados entre estado, demonstram que, a Paraíba é o estado em que mais homens já testaram seu sêmen, com 30% da população. No Rio de Janeiro e em São Paulo, o percentual é de 24% dos parceiros que já testaram. E o estado com o menor número de testes de sêmen, é Santa Catarina, com 13% dos entrevistados.

Além do alto custo dos testes de sêmen, para o homem, muitas vezes, é desconfortável ter que ir à uma clínica fazer o espermograma. Portanto, nada melhor do que poder fazer o teste em casa. E para isso, existe o teste de fertilidade masculina, que é um autoteste rápido. Ele foi desenvolvido para detectar de forma qualitativa uma concentração igual ou superior a 15 milhões de espermatozoides por mililitro, a quantidade mínima considerada como normal pela Organização Mundial da Saúde. Sendo possível, assim, detectar eventuais problemas com a fertilidade masculina.


Tecnologias de reuso de água já existentes poderiam evitar atual crise hídrica, diz especialista

 

Muitos dispositivos de reuso de água são de baixo custo e podem ser implantados em qualquer residencia.
Divulgação

Segundo arquiteto e urbanista Paulo Renato Alves, embora os modernos empreendimentos ofereçam tais inovações, falta incentivo do poder público para uso consciente dos recursos naturais, como o reaproveitamento de água


A crise hídrica anunciada no fim do último mês de maio pelo próprio governo federal e que já atinge cinco estados brasileiros, entre eles Goiás,  é considerada a mais grave nos últimos 91 anos. Por isso já provoca um efeito em cadeia enorme, que vai desde a falta de água nas torneiras das casas, ao impacto negativo na economia com encarecimento de energia elétrica e da produção de alimentos.

Acontece que, esse quadro não precisaria ser tão grave se, primeiro, a população brasileira tivesse uma efetiva educação ambiental; e segundo, se tecnologias e sistemas de reuso de água ou que estimulam o consumo racional já estivessem sendo usados em larga escala no País. É no que acredita o arquiteto e urbanista Paulo Renato Alves, especializado em desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. Segundo ele, muitos dos novos empreendimentos que estão sendo lançados e construídos atualmente pelo mercado imobiliário, já contam com mecanismos de captação das águas da chuva ou de reuso da água fornecida pela concessionária de saneamento.

Segundo o especialista, são tecnologias que requerem um investimento um pouco maior na construção, mas que têm um retorno imediato para o morador e claro, para o meio ambiente.  “Hoje você recebe uma água potável na sua casa que é toda descartada só com um primeiro uso, sendo que atualmente existem tecnologias super acessíveis e que irão pegar essas águas, como por exemplo a água usada no banho, que será armazenada e tratada numa subestação, podendo ser tranquilamente usada para outros fins. Isso, além de bom para o meio ambiente, é economia para as famílias”, afirma Paulo Renato.

Mas apesar de muitos novos projetos prevêrem tais tecnologias de uso sustentável da água, elas não são obrigatórias nos empreendimentos. O urbanista lembra, porém, que essa discussão já existe, em Goiânia inclusive, mas precisa avançar. Esses sistemas de reuso e captação da água da chuva ainda não são uma obrigação, mas espera-se que seja em breve. Já há muitas cidades Brasil afora que já discutem isso. Em Goiânia mesmo, há um projeto de lei municipal que propõe tal obrigatoriedade”, revela Paulo Renato.



Lençol freático

Mas Paulo Renato aponta alguns avanços importantes nas leis sobre a gestão dos recursos hídricos. “As legislações municipais têm se atentado muito a isso. Uma dessas ferramentas que já tem sido amplamente usada, e que em Goiânia é obrigatória, são os poços de infiltração. Os empreendimentos precisam ter a caixa de recarga, poço de infiltração, que nada mais são formas de você pegar a água que vem das chuvas e devolvê-la para o lençol freático”, destaca.

Paulo Renato afirma que a preservação dos lençóis freáticos é uma questão primordial para a manutenção da água potável. Ele, inclusive, condena o hábito de muitas famílias, que ao construírem ou comprarem uma casa eliminam as áreas permeáveis ou cobertura verde desses terrenos. “Na maioria das residências pela cidade, a área permeável que a prefeitura exige nos terrenos, depois que o proprietário tem o habite-se, é toda cimentada. Então o que acontece com a água da chuva? Ela cai no telhado ou no chão, desce, vai para o piso, sai desse terreno e vai para a rede pluvial. Então essa água não volta para o lençol freático. Então, além do uso exagerado, há uma interrupção desse ciclo natural da água, o que com tempo reflete nesse desequilíbrio hídrico que estamos vendo hoje ”, explica o arquiteto e urbanista.



Incentivos

Para Paulo Renato, além de uma maior conscientização da população brasileira sobre o uso racional da água, faltam ainda políticas públicas que incentivem as pessoas e empresas a adotarem essas tecnologias sustentáveis. “Acho que aqui no Brasil a população só irá fazer alguma coisa se houver de fato algum incentivo. Só pela conscientização, pura e simplesmente, eu não acredito que a grande maioria da população o faça”.

O urbanista defende incentivos fortes por parte do poder público. “As prefeituras podem perfeitamente implantar políticas de incentivo fiscal ou de desconto no IPTU para quem implantar na sua casa, por exemplo, uma canalização para captação de água da chuva, que é algo muito simples”, sugere. 



Experiências fora

O urbanista cita várias experiências de sucessos que já são adotadas em outros países há um bom tempo e podem ser facilmente implantadas aqui no Brasil. “Na Alemanha, por exemplo, já desde os anos 1980 as casas e prédios contam com sistemas de reuso da água da chuva. Essa água é armazenada e depois utilizada para irrigação, para descarga, para limpeza e outros usos. Em todo o Japão, por exemplo, usa-se água da captação das chuvas. Inclusive, em várias cidades japonesas você encontra empreendimentos, que não só captam a água da chuva, mas a tornam potável”, exemplifica Paulo Renato Alves.

De acordo o urbanista, países que adotam uma gestão eficiente dos recursos hídricos têm quase sempre algo incomum, terem em algum momento de sua história passado por uma forte escassez de água, o que faz das populações destas nações mais conscientes. “A Alemanha, por exemplo, viveu uma Grande Guerra, e por isso eles sabem bem o que é escassez, não só de água, mas de alimento e outras coisas vitais. Nesses países eles sabem que a falta de água potável gera mortes”, alerta o especialista.


Canadá oferece oportunidades de emprego para imigrantes nas áreas de enfermagem, engenharia e TI

País enfrenta dificuldades para preencher vagas em diversos setores; brasileiros podem participar das seleções


O Canadá tem diversas oportunidades de emprego nas áreas de enfermagem, engenharia e TI, mas sofre com a falta de profissionais qualificados, por isso está buscando imigrantes para o preenchimento de vagas. “O país como um todo sofre com a falta de bons profissionais, por isso eles acabam pegando bastante gente de fora. Tem uma grande escassez de profissionais em engenharia, TI e enfermagem. Montreal, por exemplo, é um dos lugares que mais tem oportunidades na área de TI”, destaca Daniel Braun, presidente da Cebrusa Northgate, empresa que oferece soluções de imigração para o Canadá.

A área de enfermagem está crescendo no país, mas ainda falta mão de obra especializada. “Hoje, por exemplo, a demanda está maior para as áreas de saúde infantil e para parteiras, mas no futuro isso pode mudar para gerontologia, principalmente, por conta do envelhecimento da população no país, a previsão é que tenha cada vez mais um aumento nessa área”.

Existe uma alta demanda também para a área de TI na província de Quebec e isso tem chamado a atenção dos brasileiros. “Grandes empresas, como Google, por exemplo, não conseguem encontrar profissionais qualificados na área”, afirma Daniel Braun.

Já no setor de engenharia, as oportunidades estão principalmente na construção civil. “Existem muitas oportunidades na área de engenharia, principalmente na construção civil. Cada província possui demandas específicas, mas Quebec, por exemplo, é um dos lugares com alta procura em engenheiro civil. A construção civil é um setor aquecido em países em crescimento econômico, como é o caso do Canadá”.

Muitas empresas canadenses já fazem processos com candidatos brasileiros e, pensando nisso, a Cebrusa Northgate criou um curso específico para o mercado de trabalho canadense. “Iremos mostrar no curso todas as oportunidades de emprego disponíveis nos setores com alta demanda, além de informações preciosas sobre os processos seletivos, dicas nas entrevistas. Existem dezenas de empresas que precisam contratar estrangeiros e não sabem como começar. Por isso estamos aqui, eu e meu sócio, Armando Stocco, que é consultor regulamentado, para ajudar nesse processo”, ressalta Braun.

De acordo com Armando Stocco, sócio da Cebrusa Northgate e consultor regulamentado de imigração para o Canadá, a empresa ajuda inclusive na questão do visto. “Nós auxiliamos também na questão de visto de trabalho, pois somos uma das únicas empresas regulamentadas. Poucas pessoas sabem, mas o visto canadense não pode ser feito por um despachante no Brasil, essa prática é proibida. Além disso, também preparamos o candidato até mesmo com dicas preciosas no currículo”, destaca Stocco.

Segundo o especialista em imigração é possível trabalhar no Canadá de maneira regularizada e em grandes empresas com bons salários. “Para se ter uma ideia, o salário mínimo do Canadá pode chegar a 15 dólares canadenses/hora em Alberta, 14,60 dólares canadenses/hora em British Columbia, 13,50 dólares canadenses em Quebec e 14,25 dólares canadenses em Ontario”.

Para Stocco, o Canadá está precisando mais ainda de mão de obra qualificada por conta da pandemia que intensificou esse problema por lá, por isso esse é um importante momento para quem deseja trabalhar no país começar a se preparar. “Preparamos o curso preparatório para o mercado de trabalho para mostrar as oportunidades que o país oferece, como funciona o visto de trabalho, como preparar o currículo nos padrões canadenses, quais são os diferenciais dentro de um currículo que podem favorecer o candidato, como se comportar em uma entrevista de emprego, quais são as perguntas mais comuns e também o que fazer quando essa pessoa estiver efetivamente morando no país. Esse curso é dividido em nove módulos com todas as informações. Nós potencializamos as chances de uma pessoa se tornar um residente permanente para trabalhar de maneira legalizada no país com a melhor qualidade de vida do mundo”. finaliza Stocco.

Para mais informações, acesse https://seufuturocanada.com.br/oportunidade_pmt

 


Cebrusa Northgate

 

A década do empreendedor

Mesmo em meio a uma extensa crise financeira e agora agravada por uma crise sanitária, o Brasil registra recordes nos números de novas empresas abertas no País.

Que o povo brasileiro não desiste nunca nós já sabemos, além de um apetite voraz para empreender. Digo isso porque a última década pode ser conhecida como a década do empreendedor, visto o elevado número de CNPJs abertos no País mesmo em meio a uma grave crise.

É verdade que a pandemia penalizou em larga escala os comércios e por consequência resultou um estrondoso número de falências e fechamentos de estabelecimentos. Porém, diante de dificuldades, o brasileiro conseguiu enxergar novas oportunidades, e é assim que geralmente surgem novos negócios, na soma de necessidade e oportunidade.

E quem nunca sonhou em ter seu próprio negócio? Garanto que a maioria de nós sonha ou já sonhou em empreender, mas para alguns, a falta de conhecimento, excesso de regulamentação e até o medo compõem um cenário perfeito de incertezas.

Empreender no Brasil exige coragem semelhante a de um gladiador. Vencer as barreiras da burocracia e encarar o Custo Brasil exigem persistência e resiliência, e é justamente aí que o brasileiro se dá bem! O brasileiro não desiste nunca!

Com o avanço da pandemia, a perda de postos de trabalho e consequentemente da renda, muito aproveitaram a situação para colocar em prática os sonhos e desejos que estavam de alguma maneira adormecidos. E o fim da zona de conforto financeira foi o despertar do que podemos chamar de: A era do empreendedor.

Todo mundo pode e deve aproveitar esse momento para se reinventar e tirar os sonhos do papel, mas é importante se planejar para que o tão esperado sonho não acabe se tornando um pesadelo, e para isso, devemos nos atentar em alguns pontos durante a elaboração e a execução do projeto.

Se pudermos seguir um passo a passo, sem dúvida nenhuma o primeiro será a definição do modelo de negócio, buscando entender qual solução sua empresa traz para o mercado e quem são os seus consumidores, para então definir se o novo negócio será Físico, Digital ou Híbrido, definindo o local de abrangência que a empresa atuará, bem como a programação financeira inerente, os custos com marketing para aquisição dos novos clientes, enfim, todas as ações necessárias para alavancar o empreendimento.

Após isso, devemos levantar os custos de investimento e definir as etapas do negócio, programando o aporte dos valores nas datas corretas para que não falte dinheiro na hora de cobrir os custos com obras e aquisição de equipamentos, caso necessário.

Se você quer empreender, mas não possui todo dinheiro aqui, vai uma dica: planificar os gastos e mensurar os custos ajudam a projetar o caixa futuro. Para complementar a verba que tem disponível, você poderá buscar um empréstimo a ser liquidado com base no seu fluxo de caixa futuro. E lembre-se de deixar uma margem de segurança financeira para caso algo que tenha sido programado não saia como o planejado. Afinal, abrir um empreendimento não é uma receita de bolo e muitas variáveis podem alterar a programação anteriormente feita.

Até aqui falamos sobre procedimentos que dependem exclusivamente do empreendedor, mas não são somente eles que vão fazer o novo negócio alcançar o sucesso. Com sua empresa aberta, outras demandas surgirão e sua empresa precisará de novos parceiros. Nesse sentido é muito importante uma boa assessoria de contabilidade para que o novo CNPJ esteja sempre regularizado e com os tributos em dia. Apesar de ainda haver uma falsa idéia de que pagar imposto é ruim para empresa, a verdade é que cumprir as obrigações tributárias, além de deixar a empresa em dia com o fisco, também permite abertura de crédito em instituições financeiras, comprovando o faturamento do negócio e abrindo crédito para investimentos e crescimento.

Lembre-se de que muito mais do que uma boa idéia, gerir uma empresa exige persistência. Muitas vezes não vai dar certo, até que uma dará. Tenha conhecimento sobre seu negócio e nunca inicie um empreendimento sem uma programação financeira. Isso te colocará em um patamar de segurança que a grande maioria não tem, elevando as chances de êxito do seu negócio e te tornando um verdadeiro empreendedor de sucesso.

 

 

Caio Mastrodomenico - CEO da Vallus Capital. Pós-graduado em Mercado Financeiro e de Capitais e analista político e econômico.

 

Lei do Superendividamento: estímulo à conciliação e à retomada do consumo

Após quase dois meses da legislação, superintendente do SEMEAR, Bruna Capellini, avalia seus benefícios e destaca intenção do banco de usar a medida para ampliar projeto de educação financeira.


Em vigor há quase dois meses, a Lei federal nº 14.181/2021, conhecida como Lei do Superendividamento, oferece uma solução para consumidores que não conseguem mais pagar as parcelas dos seus empréstimos e crediários em geral. O objetivo é facilitar a negociação entre as partes credora e devedora, por meio de audiências de acordo nos tribunais de Justiça estaduais, possibilidade antes restrita a empresas. A superintendente Jurídica do Banco SEMEAR, Bruna Capellini, argumenta que a nova legislação tem grande relevância não apenas para permitir a conciliação e, consequentemente, a interrupção do ciclo vicioso da dívida, como também favorece a recuperação do crédito para a pessoa física e a retomada do consumo, com benefícios para toda a economia do país.

Ela destaca que, desde 2019, o Brasil apresenta um número expressivo de pessoas endividadas e negativadas, que têm, hoje, muita dificuldade de acesso ao crédito. Isso se agravou com a pandemia e a crise econômica. Conforme pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias devedoras atingiu quase 70% em junho, maior índice desde 2010. “Então, do meu ponto de vista, vejo o legislador indo muito além do superendividamento e da proteção ao consumidor. Ele busca meios para reinserir essas pessoas no mercado de consumo, especialmente porque muitas famílias enfrentam situações de desemprego, corte de salário ou queda acentuada na renda. A possibilidade de repactuar as dívidas com todos os credores, dentro das suas condições de pagamento, é efetivamente um recomeço financeiro”, analisa.

Bruna Capellini lembra, ainda, que, atualmente, existem outras medidas sendo adotadas pelo poder legislativo, a exemplo do cadastro positivo, que permitem concessão de crédito diferenciada. “Todas essas iniciativas são importantes para a economia como um todo. Em relação à renegociação de dívidas, o consumidor pode voltar a ser cliente de uma empresa ou instituição financeira que não concede crédito para negativado. Abre-se, assim, uma possibilidade de reinseri-lo no mercado para obtenção de novos créditos”, completa. Também houve a normatização de alguns temas relativos às instituições financeiras, já aplicados pelo Banco SEMEAR, antes mesmo da lei, como garantir transparência, conhecimento e clareza para que o cliente saiba o que está contratando.

Além disso, a educação financeira ganhou um reforço com a nova legislação, o que vai ao encontro dos propósitos da emrpresa. “O Banco SEMEAR tem o objetivo de conceder crédito a todos. Por isso, temos promovido, há algum tempo, projetos de educação financeira tanto para nossos colaboradores, quanto para os clientes. Agora avaliamos atrelar essa Lei do Superendividamento ao nosso programa de educação financeira, a fim de criar medidas ainda mais eficientes e instrutivas, para que todos possam ter acesso  ao crédito de forma sempre consciente”, conclui a advogada.


Regulamentação


Bruna Capellini observa, ainda, que a norma não aborda alguns pontos de forma expressa, o que seria passível de uma regulamentação posteriormente. Por exemplo, falta definir o que seria considerado, efetivamente, o superendividamento; que atitude seria entendida como de má-fé ou boa-fé; ou o significado de “mínimo existencial”, que são aspectos subjetivos. No entanto, a jurisprudência existente hoje já indica caminhos para a aplicação dos conceitos. “A proposta principal é evitar o comprometimento das questões básicas de sobrevivência do consumidor. Nós – que trabalhamos, por exemplo, com empresas em recuperação judicial – sabemos que não existe um percentual exato de endividamento. É preciso comprovar que o passivo se sobressai ao ativo, o que leva à análise de caso a caso”, ressalta.

 

Fonte: Banco SEMEAR


Motoristas usam desculpas como fim de noivado e consumo de enxaguante bucal para evitar multas

Levantamento do Detran.SP mostra que, para fugir do bafômetro, condutores usam justificativas ‘criativas’, como o medo de perder a prótese dentária

 

Medo de perder a prótese dentária. Tristeza pelo fim de noivado. Consumo de enxaguantes bucais e bombons recheados com licor. Alguns motoristas apostam em desculpas criativas como estas para tentar escapar das autuações por dirigir sob efeito de álcool, revela um levantamento exclusivo feito pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP). 

A orientação do Detran.SP é uma só: Se beber não dirija! De acordo com os artigos 165 e 165A do Código de Trânsito Brasileiro dirigir sob a influência de álcool ou recusar-se ao teste do etilômetro são consideradas infrações gravíssimas, que podem levar a suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além de multa de R$ 2.934,70.  


Os números mostram que esses argumentos não convencem. Em 2019, foram julgados 8.625 recursos. Deste total somente 177 foram deferidos, que representa apenas 2%. Em 2021, foram analisados até junho outros 743 recursos e somente 18 foram deferidos, 2,4% do total. Em 2020, em função da pandemia de covid-19, o Detran não realizou a Operação Direção Segura que visa a prevenção e redução de acidentes e mortes no trânsito causados pelo consumo de álcool, que será retomada em setembro.


Confira abaixo as 10 desculpas mais criativas apresentadas pelos motoristas nos recursos de multas no Detran.SP:

 - O condutor estava abalado por conta do término do noivado e acabou bebendo para afogar as mágoas

- Estava gripado e para melhorar acabou tomando um remédio caseiro feito com mel, vinho do porto e gema de ovo, que, além de melhor os sintomas, o coquetel pode até ser considerado um fortificante para os brônquios, mas nunca bebida alcoólica;

 

- Que havia ingerido bombons de licor;

 

- Que havia utilizado enxaguante bucal e inadvertidamente acabou engolindo o produto;

 

- O motorista alegou que estava com os olhos vermelhos porque São Paulo é uma cidade muito poluída, além disso, já estava indo para o hotel descansar;

 

- Motorista pede desculpas e promete ao Detran que agora será um motorista exemplar, que nunca mais fará nada errado;


- Não fez o bafômetro porque tinha prótese dentária e não quis passar constrangimento já que tinha muita gente no local;

 

- A mangueira de combustível do carro estava entupindo o carburador, razão pela qual o condutor teve que fazer uma sucção na mangueira e acidentalmente acabou engolindo álcool;

 

- Depois de beber duas taças de vinho, ficou com vontade de ouvir seus CDs que estavam no carro estacionado em frente a sua residência, tendo adormecido no local e surpreendido com a abordagem da Polícia Militar.

 

- Estava saindo de um jantar onde comeu um prato que vinha com um molho contendo vinho na preparação;

 

- Não tinha ingerido álcool, apenas tinha ido levar um amigo à rodoviária e lá tomou um café com conhaque para melhorar a tosse e a gripe.

 

Para Frederico Pierotti Arantes, presidente do Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo – Cetran, “A lei é de tolerância zero para o consumo de álcool na condução de veículos. Bebida e direção não combinam e esta mistura quase sempre é fatal. Muito embora a punição para estes casos não seja imediata, o resultado dos julgamentos dos recursos tem demonstrado tratar-se de justificativas quase sem nexo, resultando no indeferimento dos recursos e na manutenção da penalidade aplicada. ”


Ensino híbrido é fundamental para o futuro da educação brasileira


Implementado em caráter emergencial - por conta da pandemia - o ensino remoto ajudou a educação básica a evoluir, tanto na capacitação dos professores, quanto nas ferramentas tecnológicas usadas pelas escolas. Agora, com o retorno gradual das aulas presenciais em todo o país, a discussão por novas metodologias de ensino, que personalizam a educação e trabalham pelo desenvolvimento de cada aluno, ganha um novo capítulo. Dentro desse contexto, é possível que o ensino híbrido fortaleça ainda mais a educação no país?

 

A resposta é sim porque a modalidade traz vantagens e benefícios para o desenvolvimento dos alunos, tanto na capacitação de conhecimento como na motivação escolar. Ela utiliza elementos como a sala de aula invertida, que conta com momentos de aprendizagem remota e assíncrona, quanto com encontros presenciais e síncronos, priorizados na prática desse conhecimento por meio da resolução de problemas. 


De acordo com estudo realizado pelo Insper em parceria com o Instituto Unibanco, além de melhorar o engajamento, a educação híbrida pode ajudar a reverter de 35% a 45% das perdas na aprendizagem, causadas durante a pandemia.

 

É importante ter em mente que nada substituirá o processo de ensino-aprendizado de forma presencial, mas pouco a pouco todo o setor educacional brasileiro começa a entender que existem abordagens e metodologias que são mais proveitosas no ensino remoto, pouco exploradas antes da pandemia. Toda essa aprendizagem gerada pela digitalização emergencial da educação será fundamental para o aprimoramento e melhora do ensino como um todo no Brasil.

 

Neste momento de retomada da rotina escolar e aulas presenciais, a educação híbrida permite também uma nova abordagem e mais efetiva para evitar grandes aglomerações de alunos, trazendo uma maior flexibilidade entre presencial e remoto. 

 

Outra vantagem é o fato do ensino híbrido ser democrático. Instituições de ensino com poucos recursos e estrutura, como na rede pública, podem se beneficiar dos ganhos que a modalidade traz. Isso porque a modalidade representa mais do que apenas o uso de ferramentas tecnológicas, mas também uma nova forma de pensar sobre o ensino, no qual o aluno é a peça central do tabuleiro. Por isso, os educadores devem entender a sua realidade e tomar ações para que os estudantes alcancem um processo de aprendizagem mais adequado com sua realidade.  

Embora ainda haja um grande caminho a percorrer, a educação brasileira já começa a dar os primeiros passos, rumo à revolução do setor, ao introduzir a educação híbrida no modelo de aprendizagem das escolas. Desde gestores educacionais, professores, pais e, principalmente, alunos, todos serão positivamente impactados pelos benefícios da modalidade. Seja para maior controle da rotina de estudos e pesquisas dos alunos ou gerar aumento de interatividade com o professor no ambiente físico, sua introdução no dia a dia das instituições é a resposta positiva para a renovação do modelo tradicional de ensino-aprendizagem e a criação de formatos que afloram o desenvolvimento dos estudantes.

 


Raphael Coelho - CEO e fundador do TutorMundi, plataforma de aprendizagem para escolas que conecta alunos do ensino fundamental II e ensino médio a estudantes universitários em tempo integral. Atuou por nove anos como professor de matemática e física.


Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos fecha o 1º semestre de 2021com crescimento de apenas 4%, bem abaixo das expectativas

Apesar do resultado dos seis primeiros meses do ano, ABIHPEC considera pequenas as possibilidades de recuperação diante do cenário crítico que vem se consolidando no país


O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou resultado muito abaixo das expectativas no primeiro semestre de 2021. De acordo com o Painel Dados de Mercado da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o setor apresentou alta de apenas 4% em vendas ex-factory, o que reflete os efeitos devastadores da inflação ainda sem controle - que reduz o poder de compra dos cidadãos -, e do cenário de instabilidade política, refletindo em insegurança nos brasileiros que seguem hesitantes em consumir.

Apesar do bom desempenho do setor de HPPC no fechamento de 2020, um ano pandêmico e atípico, o cenário de retomada da economia ao longo dos primeiros seis meses do ano se tornou preocupante, com o aumento de preços provocando redução no consumo. Em julho, a inflação geral avançou, atingindo o patamar de 8,99% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto a inflação do setor acumulou 5,7%, cerca de 40% abaixo da inflação geral.

"Estamos vivendo um momento em que a retração do consumo e os aumentos de custos se acumulam e trazem um impacto muito grande para o setor. Insumos indexados em dólar e um real depreciado; custos de produção como combustíveis e gás aumentando; crise hídrica trazendo aumento do preço da energia e o risco de ruptura no abastecimento energético. Somam-se à pressão de custos o cenário de instabilidade política e a falta de consenso acerca das reformas necessárias para a modernização do nosso sistema tributário. Vale lembrar que o nosso setor - apesar de ser essencial para a sociedade - é hoje o terceiro mais tributado em nosso país. Essa equação nos deixa extremamente preocupados", afirma o presidente-executivo da ABIHPEC, João Carlos Basilio.

"O IPCA do setor atingiu em julho a marca de 5,7% no acumulado dos últimos 12 meses e, quando comparado ao IPCA geral, mostra a limitação do setor em repassar aumentos de custos aos preços. A performance do setor no primeiro semestre de 2021 sinaliza a intensificação da retração do consumo, comprometendo a capacidade produtiva. Nesse contexto, estamos apreensivos de que a falta de perspectivas de melhoria do cenário possa levar, em última instância, ao desemprego em nosso setor", alerta Basilio.

Guardando um histórico de performance média com o dobro do crescimento do PIB, como demonstrou entre 2011 e 2014, o setor de HPPC se vê hoje obrigado a absorver os altos custos sem conseguir aumentar preços, o que gera ainda mais insegurança para os próximos meses. Mesmo vencendo a crise provocada pela pandemia e reforçando a sua essencialidade frente ao consumidor, o setor segue amargando as consequências de ser o terceiro setor mais tributado do país.


Desempenho dos segmentos e categorias de produtos

Dada a conjuntura econômica atual, alguns segmentos e categorias de produtos vêm enfrentando dificuldades, a exemplo do segmento de cosméticos, que caiu (-3,9%) no primeiro semestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O segmento de Tissue - composto por papel higiênico, toalha de papel multiuso e lenços de papel - também apresentou queda de dois dígitos (-15%), principalmente em função do impacto da alta dos custos e da alta do dólar, moeda à qual estão indexados os principais insumos.

Categorias tradicionalmente muito fortes em nosso setor enfrentam desafios, caso dos desodorantes que acumularam queda de (-14%) em vendas ex-factory, no primeiro semestre de 2021. Essa é uma categoria onde os volumes seguem crescendo um dígito, mas a disputa pelo consumidor nos pontos de vendas vem se acirrando cada vez mais, com alta recorrência de promoções, puxando os preços para baixo e, consequentemente, impactando ainda mais os resultados do segmento.

Apesar da performance setorial abaixo das expectativas, os segmentos que conseguiram salvar em performance nesse primeiro semestre, colaborando com os resultados setoriais como um todo foram o de Perfumaria, com crescimento de 13,3% no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado (em vendas ex-factory) e o de Higiene Pessoal, que apresentou crescimento de 9,4% em vendas ex-factory, com destaque para a categoria de sabonetes, que apresentou alta de 16,4%. Os números demonstram que a intensificação da higienização das mãos durante a pandemia da Covid-19 foi um hábito adquirido pelos brasileiros e que segue consolidado sinalizando, inclusive, o aumento do interesse do brasileiro pelo sabonete líquido, que cresceu 15% em vendas ex-factory nesse primeiro semestre (em comparação ao mesmo período de 2020).

"Diante do cenário crítico que se apresenta, a ABIHPEC está extremamente preocupada com a performance que o setor deve apresentar até o fechamento do ano. As perspectivas para os próximos meses, infelizmente, são preocupantes e tememos que esse seja um ano perdido, com pouquíssimas possibilidades de recuperação", aponta Basilio.

 


ABIHPEC - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos https://www.abihpec.org.br


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