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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Descoberta facilita busca por fármaco capaz de sabotar a replicação do SARS-CoV-2

Cientistas do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos investigaram como se forma a principal enzima envolvida na multiplicação do novo coronavírus dentro das células. Achados foram descritos no Journal of Molecular Biology (cristal da proteína 3CL do SARS-CoV-2; foto: CNPEM/divulgação)

 

Cientistas ligados ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) desvendaram detalhes do processo de maturação da principal enzima envolvida na replicação do novo coronavírus, conhecida como 3CL. A descoberta, descrita no Journal of Molecular Biology, facilita a busca de medicamentos capazes de sabotar esse processo logo no início.

“Em um ano e meio de pandemia, já temos, no mínimo, meia dúzia de vacinas em uso clínico, mas nenhum fármaco com comprovada eficácia e segurança. Antiviral é mesmo mais difícil de desenvolver. Porém, ainda que tenhamos bons imunizantes, obter um medicamento para a COVID-19 segue sendo muito importante, caso o vírus escape da vacina”, afirma Glaucius Oliva, coordenador do CIBFar – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

No artigo, os cientistas descrevem o mecanismo molecular pelo qual a principal protease do SARS-CoV-2 – enzima responsável pela multiplicação do vírus – se autoprocessa, tornando-se ativa para replicar o material genético do patógeno (RNA) dentro da célula hospedeira.

“Quanto mais entendemos o metabolismo do vírus e suas etapas de replicação, mais facilmente conseguimos vislumbrar alvos nesse processo para, então, desenvolver moléculas capazes de travá-lo logo no começo”, diz Gabriela Noske, doutoranda do CIBFar e primeira autora do artigo.

Segundo Oliva, trata-se de um estudo de ciência básica, mas com aplicações imediatas. “Diferentemente do que observamos em outros vírus, como o zika, o dengue ou o da febre amarela, no novo coronavírus a protease não atua de forma monomérica [como uma molécula isolada]. Para que ela se ative e passe a multiplicar o RNA do SARS-CoV-2, ela precisa ser dimérica, ou seja, é necessário um par de cópias da protease para que ela possa cortar a si mesma e às outras proteínas responsáveis pelo metabolismo do vírus dentro da célula”, explica.

Oliva lidera um projeto multidisciplinar, apoiado pela FAPESP, que reúne pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na busca de antivirais para o tratamento de COVID-19 (leia mais em: agencia.fapesp.br/33270/).

Múltiplas etapas

O RNA do SARS-CoV-2 é protegido por um “envelope” formado por lipídios e proteínas – entre elas a famosa spike, ou espícula, que compõe a estrutura de coroa que dá nome à família Coronaviridae. Quando o vírus invade a célula e é englobado por ela, o RNA é liberado da cápsula.

Dentro da célula, o objetivo principal do vírus é se multiplicar. Nessa fase, as proteínas estruturais deixam de ter função fundamental (transporte do RNA e evasão do sistema imune) e entram em cena as chamadas proteínas não estruturais, responsáveis pelo metabolismo viral dentro do hospedeiro.

“O microrganismo precisa fazer cópias de seu RNA. Como ele não tem todos os mecanismos para isso, precisa sequestrar algumas funções da célula invadida. Outras funções metabólicas, específicas do vírus, cabem às proteínas não estruturais, como a protease principal e outras 15 moléculas. Nosso estudo teve como enfoque a protease principal”, conta André Godoy, coautor do artigo e pesquisador do IFSC-USP.

Godoy explica que, enquanto as proteínas estruturais costumam servir de alvo para o desenvolvimento de vacinas, as não estruturais são usadas como referência para os medicamentos antivirais. É o caso dos coquetéis usados no tratamento da Aids, que têm como um dos alvos a protease do HIV.

A descoberta de que a protease principal do novo coronavírus passa por diferentes fases até se tornar madura e, então, favorecer a multiplicação do SARS-Cov-2 na célula infectada só foi possível graças a uma investigação realizada na mais complexa estrutura científica do país.

No ano passado, o experimento realizado por Godoy e a pesquisadora Aline Nakamura inaugurou a primeira estação de pesquisa do Sirius – o acelerador de partículas de última geração que está sendo finalizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (leia mais em: agencia.fapesp.br/34396/).

Em três dias, com auxílio de um potente feixe de luz síncrotron, foi possível determinar a estrutura de mais de 200 cristais de duas proteínas do novo coronavírus. Entre elas estava a protease principal, em várias formas e em complexos com vários ligantes.

“Junto com a spike, a protease principal é a proteína mais estudada no novo coronavírus. O que não se sabia até então era como o SARS-CoV-2 processa duas cópias dessa enzima para criar, na sua estrutura, a região chamada de ‘ciclo ativo’, onde consegue processar as outras proteínas sintetizadas a partir da informação contida no genoma viral. Existem outros tipos de vírus que também têm essa característica, a inovação neste estudo está em entender como isso tudo acontece”, informa Godoy.

Os pesquisadores explicam que, por ser um vírus de RNA, o SARS-CoV-2 já chega na célula pronto para ser transcrito pela organela chamada ribossomo e, desse modo, produzir proteínas não estruturais.

Porém, como ele tem uma única fita de RNA, antes é necessário decodificar todas as proteínas não estruturais (e estruturais) inúmeras vezes. Para isso, ele as produz como uma longa e única proteína (poliproteína), que depois precisa ser quebrada, formando as 16 moléculas responsáveis pelos mecanismos metabólicos.

“Por ser uma estrutura muito mais simples, o RNA do vírus codifica todas as proteínas juntas, coladinhas, como se fosse um longo colar de contas. São produzidas nos ribossomos da célula invadida na forma de uma longa poliproteína, que precisa ser cortada em pedaços. No entanto, existe um problema: quem corta as proteínas é a protease principal, que também está nesse ‘colar de contas’. Portanto, ela precisa dar um jeito de cortar a si própria e, a partir disso, ir clivando as outras”, explica Oliva.

As análises com o feixe de luz síncrotron – um tipo de radiação eletromagnética extremamente brilhante e muito usada em estudos de biologia estrutural – permitiram que os pesquisadores identificassem como a protease principal realiza esse processo. O trabalho revelou que, ao clivar suas duas pontas, a protease principal modifica sua estrutura.

“Além disso, demonstramos que, para o processamento de uma das pontas [denominada C-terminal], a enzima precisa de um parceiro dímero, ou seja, uma proteína igual que consiga clivar a parte da frente. Ela consegue clivar uma ponta sozinha, mas não a outra. Já o parceiro [a outra proteína madura] vai se ligar a essa porção para então clivar o que falta”, relata Godoy.

O processo de maturação da protease principal, explica o pesquisador, permite que ela saia de um estágio em que faz parte de uma longa cadeia de proteínas, consiga se autoclivar na parte N-terminal, encontrar com outra cadeia dentro da célula, formar um dímero e fazer o processamento da porção C-terminal, formando por fim sua estrutura madura e ativa.

Luz no fim do túnel

De acordo com o coordenador do CIBFar, a farmacêutica Pfizer está realizando ensaios clínicos com um medicamento que pode barrar a protease principal, mas em sua fase madura. A farmacêutica Merck também tem um estudo clínico com uma molécula que bloqueia outra proteína não estrutural, chamada polimerase – responsável por sintetizar cópias do RNA viral.

Oliva ressalta que todo fármaco antiviral atua se encaixando em um receptor. “O mundo inteiro está em busca de drogas candidatas que se encaixem na protease, porém, olhando a estrutura da enzima já pronta, madura. O que mostramos é que existem variações de estágios anteriores dessa protease que podem ser alvos mais interessantes para o desenvolvimento de fármacos. É como cortar a erva daninha antes que ela cresça”, conclui.

O artigo A Crystallographic Snapshot of SARS-CoV-2 Main Protease Maturation Process pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022283621003429.

 

 

Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/descoberta-facilita-busca-por-farmaco-capaz-de-sabotar-a-replicacao-do-sars-cov-2/36582/

A Black Friday está aí. Você já estreou na live commerce?

O live commerce, formato inovador de vendas online que integra transmissões ao vivo com o e-commerce, está acelerando no mundo todo após bombar na China, onde foi criado. Por lá, o formato já representou 10% de todas as vendas online de 2020 e a projeção é que esse número atinja 20% já em 2022 - um modelo pra lá de consolidado. Em uma pesquisa da AlixPartners, feita no final do ano passado, dois terços dos chineses afirmaram que haviam comprado por meio do live commerce nos últimos 12 meses.

No Brasil, por conta da pandemia, para sobreviver e não perder contato com seus consumidores, as marcas começaram a fazer transmissões nas redes sociais no ano passado. O brasileiro, um early adopter por natureza e entusiasta das redes, gostou do formato e, em pesquisa de tendências emergentes apresentada pelo Facebook no começo do ano, 91% desses entusiastas manifestaram o desejo de aumentar sua experiência com live shopping no Brasil.

Acompanhamos bem de perto a tendência desde 2019 e avaliamos que tinha tudo para decolar no Brasil também, uma vez que aqui o consumidor é bastante engajado nas redes sociais e gosta de interagir. A partir dessa visão, criamos em 2020 uma solução de live commerce integrada às principais plataformas de e-commerce do mercado para as marcas venderem por este novo formato, sem precisar criar mais um canal de venda. 

Vimos o interesse das empresas acelerar no começo de 2021, com muitas empresas começando a experimentar o formato para entender como ele funciona e, claro, aprender e evoluir para obter mais resultados. Algumas marcas já avançaram e passaram da fase de avaliação para incorporar o formato dentro do seu mix de vendas.



De roupas a apartamentos 

Como toda inovação, o modelo trouxe aprendizados nas mais variadas frentes. E gosto de dizer que, para aprender, tem que começar a errar para acertar. As emoções e experiências vividas em transmissões ao vivo para mais de 30 clientes de diversos segmentos geraram o amadurecimento e apontaram para soluções mais concretas, com abordagens que foram incorporadas a partir das lições aprendidas e dessa verdadeira tropicalização do live commerce, já que temos as nossas peculiaridades.

Moda é um dos principais segmentos que aderiram ao formato de live commerce, no entanto, nos deparamos com um desafio inusitado no setor imobiliário. Em transmissões via live commerce feitas no mesmo dia para uma incorporadora em três capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), foram vendidos oito apartamentos. Esse feito inédito no Brasil com um produto desse porte só confirma a força de vendas deste sistema e como ele pode ser explorado como um mecanismo bem-sucedido por muitos produtos e marcas. Se é possível vender um apartamento, conseguimos vender qualquer coisa!

Além da plataforma, é fundamental ter uma produção mais cuidadosa e elaborada e, nesse aspecto, é importante contar com o trabalho profissional e especializado de uma produtora para integrar todo o processo de live commerce. Preparação e planejamento do conteúdo são essenciais para se atingir bons resultados, já que o formato ao vivo tem características próprias. Todos os envolvidos nessa grande produção precisam estar atentos a todos os detalhes e surpresas desse espetáculo para que tudo flua da melhor forma possível. Temos que estar preparados para os imprevistos.

O crescimento do tema no Brasil exige soluções integradas que vão além da plataforma e conteúdo. Além das entregas, é necessário montar squads especializados dentro das empresas que pretendem investir no formato para ser uma nova fonte de receita, e, com isso, desenvolver as melhores práticas customizadas para cada marca, inclusive formando seus próprios influenciadores. Assim, fica mais fácil garantir que a sua live commerce seja um sucesso.



Aprenda antes da Black Friday

Com a retomada da economia, a Black Friday deste ano promete vir com tudo e a concorrência deve ser ainda mais acirrada. As lives commerce devem ser um grande atrativo durante a semana de grandes promoções que acontecem no final do mês de novembro e, para tanto, esse formato precisa ser mais bem explorado nos próximos meses, com ações que vão servir para testar as demandas e preferências do público.

A frequência de lives trará experiência e irá aumentar a conversão e resultado pela recorrência e pelos aprendizados a cada evento online. Esse formato promete ser uma oportunidade de fidelização, ajudando a construir engajamento e preferência para as marcas em longo prazo.

Por tudo isso, não espere a Black Friday para estrear no live commerce. Melhor testar antes para já chegar afiado, certo?

 


Alessandro Cauduro - CIO do Ecossistema Haus e CEO da Huia, que integram o Grupo Stefanini.

Open Finance: veja como o novo sistema vai impactar os investimentos

No dia 13 de agosto o Banco Central colocou em vigor a segunda fase do sistema que tem transformado o mercado financeiro brasileiro, o Open Banking. A partir desta etapa, os consumidores poderão autorizar o compartilhamento de suas informações com instituições financeiras participantes, para melhorar o fluxo de dados e ter serviços mais personalizados e menos burocráticos.

O modelo de mercado financeiro aberto, sucesso em países como Reino Unido e Singapura, por exemplo, é adotado para fomentar a competitividade entre as empresas, com objetivo de beneficiar o consumidor final. Isso porque, a partir de um ambiente mais democrático, os clientes passam a ganhar soluções mais personalizadas - o que repercute em todo o ecossistema financeiro, que ganha inovação e recursos tecnológicos. 

Dividido em quatro etapas, a expectativa é a de que o modelo do Open Banking seja ampliado até chegar ao formato Open Finance, “finanças abertaas”, em português. Esse modelo promoverá ao mercado e consumidores serviços ainda mais robustos e completos, impactando desde operações cambiais, até investimentos, seguros e previdência privada.

Para entender como o Open Banking e o Open Finance vão impactar no mercado e os investimentos, conversamos com o Ailton Torres, CIO da Smartbrain.


Como você avalia a adoção desse sistema mais aberto no mercado financeiro brasileiro? Os impactos serão positivos? 

Ailton Torres: Como toda mudança, devemos sempre acompanhar sua adoção fazendo análises com alguma profundidade à medida que este sistema vai se consolidando. Se por um lado a barreira de acesso ao mercado financeiro ficará menor, possibilitando aumentar a quantidade de "players" e com oportunidades de oferecer soluções personalizadas aos clientes e ao mercado, do outro temos o desafio de integração e colaboração entre as autoridades do segmento e instituições que nem sempre se encontram no mesmo estágio de maturidade tecnológica para cumprir as premissas desse sistema.

Dito isto, acredito que os impactos serão positivos para os consumidores que terão mais liberdade de escolha e também para as empresas que poderão conhecer melhor os perfis e necessidades específicas destes consumidores.


Com a quarta fase, o programa se estenderá a serviços como investimentos. Qual o potencial do Open Finance para os investimentos?

De maneira mais ampla, há enorme potencial para a criação de novos modelos de negócios, por exemplo, atualmente contamos com diversas plataformas de investimentos que permitem aos investidores obterem informações sobre vários tipos de ativos e como aplicar neles. 

Existe uma tendência muito forte de que a partir do acesso aos dados dos clientes seja possível focar na prestação de serviços mais especializados e de melhor qualidade, nem que para isto uma instituição se alie a outra para alcançar este grau de personalização. 


Quais os ganhos para os investidores em ter um mercado mais democrático, aberto e personalizado em dados?

É possível responder por meio da minha própria experiência. Antes de atuar no mercado financeiro, não tinha tanto conhecimento sobre as possibilidades de investimentos e ficava restrito às opções oferecidas pelos bancos onde meu dinheiro estava aplicado. Como os meus dados não estavam abertos para outras instituições, era difícil compartilhar o meu histórico financeiro e ter opções melhores de investimentos em função do meu perfil e disponibilidade financeira. 

Para este novo cenário deixo um alerta, cabe aos investidores se prepararem para conseguir usar suas informações financeiras e tomar decisões que sejam melhores para si mesmo.


Em relação às gestoras/investidoras, como isso vai impactar no fornecimento de produtos e serviços?

De muitas maneiras, principalmente no acesso mais facilitado aos dados do cliente. Isso porque, será possível reduzir o esforço na coleta e estruturação destas informações para a criação de produtos e serviços mais personalizados.

 

Com planejamento, empreendedorismo por necessidade pode virar uma grande oportunidade

Confira dicas do Sebrae para você ter sucesso na sua empresa


Desde o início da pandemia do coronavírus, empreender virou uma necessidade para milhões de brasileiros que enfrentam o desemprego e buscam uma fonte de renda. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizada no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), a taxa de empreendedorismo por necessidade saltou de 37,5% para 50,4%, o mesmo nível de 18 anos atrás. Com a crise, 82% dos novos empreendedores alegaram que foram motivados pela carência de emprego.

Uma boa notícia para esses empreendedores é que a necessidade de empreender pode se transformar em uma grande oportunidade, desde eles façam um bom planejamento e fiquem atentos ao que o mercado deseja. “Não é porque um negócio nasceu da necessidade do empreendedor em ter uma renda que ele não pode transformar essa situação em oportunidade. Com preparo e inovação, é possível que esses pequenos negócios cresçam no futuro e sobrevivam, desde que sigam alguns passos importantes”, comenta o gerente de Competitividade do Sebrae, Cesar Rissete.

Um dos conselhos dados a esse público é que as pessoas empreendam em uma área em que já tenham habilidade e conhecimento ou fiquem atentas às necessidades de mercado que possam ser atendidas por um novo serviço ou produto. “Antes de abrir uma empresa, pense e observe. A boa tomada de decisões necessita de reflexões. Retire um ou mais dias de observações e reflexões antes de iniciar. Empreender requer observação e esse um dia de reflexão pode salvar uma empresa”, pontua Rissete.

Outra dica dada pelo gestor é que a crise causada pela pandemia da Covid-19 exige dos potenciais empreendedores ou daqueles que já possuem um pequeno negócio, uma atenção redobrada sobre pontos importantes na gestão, principalmente no que diz respeito ao planejamento financeiro. “Um bom planejamento faz parte da rotina de qualquer empreendedor que almeja o sucesso da sua empresa. Sabemos que em cenários de crise há muitas incertezas e que apesar de não conseguir eliminar todos os riscos, é possível mitigá-los”, comenta.

É importante que o empresário elabore um planejamento adequado antes de iniciar a atividade do seu negócio. Além de pesquisar o mercado, é interessante que se busque auxílio de ferramentas, como o modelo Canvas, neste primeiro momento. Outro ponto que deve ser levado em conta é a definição do público-alvo, ou seja, para quem sua empresa irá vender. Isso é determinante para o sucesso do negócio. É preciso entender - com o máximo de detalhes – com quais nichos a empresa pretende dialogar. “Quanto mais específico for seu público, maiores serão as chances de conseguir atingi-lo e ter uma melhor aceitação do seu produto ou serviço”, conta o gerente de competitividade.

Para ajudar ainda mais os empreendedores, o Sebrae tem diversas soluções que podem auxiliá-los nessa fase. “Procure o Sebrae, ligue no nosso 0800 e converse sobre sua ideia com os consultores. É necessário um preparo mínimo e o Sebrae oferece mais de 140 capacitações gratuitas e online para ajudar”, finaliza Cesar Rissete.


Qual será o futuro do mobile marketing?

O celular se tornou uma extensão dos nossos corpos. No Brasil, o número de pessoas que usam tal aparelho principalmente para acessar a internet, vem crescendo cada vez mais – tendo chegado a 99% em 2019, segundo dados do TIC Domicílios. Diante de um dado tão interessante, o celular se tornou um dos canais mais atrativos para os profissionais de marketing que, ao analisarem essa tendência, enxergaram o potencial dos aparelhos mobile no uso de estratégias de vendas para interagir com o consumidor e aumentar o número de vendas das empresas.

Temos mais de 234 milhões de aparelhos ativos no país, segundo a 31° Pesquisa Anual do FGVcia de 2020. O número representa cerca de 20 milhões de aparelhos a mais que a população, uma quantidade absurdamente alta analisando minuciosamente. Seja pelo celular, tablet, ou qualquer outro aparelho móvel, a conectividade da população abriu portas para que as organizações aproveitassem esses meios para crescerem e atenderem as demandas de seus clientes de maneira abrangente e eficiente.

Dentre todas as estratégias adotadas no mobile marketing, o SMS é, sem dúvidas, uma das mais populares, sendo capaz de trazer resultados excelentes para as organizações. Ao permitir o envio de informações de maneira rápida e praticamente instantânea, possibilita um relacionamento mais próximo e, até mesmo, interativo com os clientes.

Mesmo que muitos considerem a ferramenta como ultrapassada, dados divulgados pelo Slick Text comprovam o contrário. A taxa de abertura do SMS é de 98%, um resultado muito superior a qualquer outra ferramenta de abordagem. Com ele, as companhias podem enviar mensagens em massa e personalizadas para cada público, sem que sejam invasivas.

Outra estratégia de mobile marketing é o RCS (Rich Communication Service). Ele funciona de forma parecida com o SMS, se diferenciando por sua maior quantidade de recursos interativos e personalizados para os usuários. Cada mensagem permite diversos recursos multimídia, como imagens, vídeos, áudios e gifs, tornando a comunicação mais leve e atrativa. Seu nível de engajamento costuma ser bem maior, abrindo portas para um formato mais dinâmico, atrativo e confiável.

Mesmo diante de tantas opções, é importante ressaltar que não há como estabelecer qualquer uma das medidas acima, sem também se preocupar em criar um site responsivo. Como a grande maioria das pessoas acessa a internet pelo celular, a plataforma deve ser desenvolvida de forma amigável para esses aparelhos, sem que a navegação seja prejudicada. Uma boa usabilidade pode, inclusive, contribuir para que a companhia tenha um melhor posicionamento orgânico nos sites de busca.

Seja qual for a estratégia definida, todas devem ser pensadas não apenas na concretização de uma determinada venda, mas também, em seu momento posterior. O mobile marketing não deve, em hipótese alguma, se tornar abusivo ao usuário. Ele deve respeitar seu público, se comunicando de maneira clara e objetiva, sem que gere qualquer tipo de incômodo, antes ou depois de uma compra.

O que irá determinar o sucesso de qualquer tática do mobile marketing, será a preocupação em garantir a melhor experiência ao cliente. Quanto mais opções dispostas para que ele se sinta confortável e à vontade com a mensagem transmitida, melhores serão os resultados. Seja sempre honesto e, deixe claro suas intenções com total transparência a todo momento.

Por fim, não se esqueça das redes sociais. De nada adianta uma estratégia de marketing excelente, sem a manutenção das contas da empresa nessas plataformas. Tudo deve estar conectado, aumentando a confiança do cliente na organização e, consequentemente, a eficiência das campanhas promocionais.

Todas essas medidas ditam o futuro do mobile marketing. Seja qual for o método escolhido, sua empresa conquistará uma importante credibilidade no mercado se fizer um bom uso dessas estratégias. Basta lembrar de sempre levar como prioridade a interação próxima com o consumidor e, acima de tudo, visando a maior comodidade em sua experiência de compra ou relacionamento. 

 


Marcos Guerra - Superintendente do Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel.

 https://www.pontaltech.com.br/

 

Lucro, saque e revisão do FGTS: acesse seus direitos, mas com segurança

Atualizações sobre o fundo são iscas de golpes. Cidadão deve se prevenir, aconselha especialista Leandro Nava


Com as notícias recentes sobre os lucros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que serão distribuídos aos trabalhadores graças à correção monetária ao longo de 2020, os cidadãos brasileiros precisam ficar atentos a novos golpes na praça. “Os golpistas criam malwares e distribuem em redes sociais e grupos de aplicativos de conversa como se fossem a página autêntica da Caixa e as pessoas acabam repassando de boa-fé para ajudar amigos e parentes, mas é fundamental nunca clicar nesses links, pois eles direcionam para páginas falsas que simulam o site do banco e apenas captam os dados sensíveis, que depois são usados por bandidos para a retirada dos benefícios nas páginas oficiais. Nem a Caixa nem o governo enviam links”, alerta Leandro Nava, advogado especializado em Direito do Consumidor e Direito Civil. “Sempre que for tratar de assuntos bancários ou do FGTS, o cidadão tem que baixar os aplicativos oficiais, ou entrar no site da Caixa ou mesmo buscar orientações nas agências. Mesmo que o link seja enviado por parentes e amigos, não clique e não repasse”, aconselha ele. 

O FGTS teve rendimento positivo de R$ 8,47 bilhões em 2020  e a expectativa é que sejam distribuídos R$ 5,9 bilhões desse lucro para os trabalhadores. O cidadão que possuía saldo nas contas do FGTS até 31 de dezembro de 2020 poderá receber uma parte e o valor será depositado automaticamente, portanto, não será necessário realizar nenhuma ação. No extrato que o trabalhador tem acesso estará escrito: "cred dist resultado ano base 12/2020". O saque só é possível mantendo os requisitos tradicionais para retirada do FGTS: demissão sem justa causa, término do contrato por tempo determinado, compra de moradia própria, aposentadoria e casos de doenças, como câncer. No final do ano passado, foi aberta uma exceção por meio da MP 946/2020 de enfrentamento à pandemia, que permitiu saques temporários e emergenciais até 31 de dezembro de 2020, mas que não foi renovada para 2021.

 

Ação revisional do FGTS

Outro item que pode servir como isca para enganar os consumidores é a revisão da taxa de correção do FGTS. A revisão da correção do saldo deveria ter sido julgada em maio deste ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas permanece em aberto e foi alterada para prazo indeterminado. 

Essa ação diz respeito à correção monetária do FGTS que é feita pela Taxa Referencial (TR), mas que entre 1999 e 2013 ficou abaixo da inflação do período. "O trabalhador teve um prejuízo porque nem mesmo a inflação o banco corrigiu. Por isso os cidadãos podem ingressar com ação pleiteando essa revisão se tiverem trabalhado registrados de 1999 até hoje, mesmo que tenham ficado um período sem trabalho formal. Todo o período em que tiver havido recolhimento pode ser discutido na Justiça", explica Leandro Nava.  

As pessoas podem buscar o Juizado Especial Federal para causas de até 60 salários mínimos, mas é necessário apresentar os cálculos com as perdas registradas, consultando o extrato analítico no site da Caixa ou no aplicativo oficial do FGTS. Já no caso de entrar com processo com auxílio de advogado, o profissional apresenta o cálculo e fornece as demais orientações. "A expectativa inclui a correção das perdas do período mais juros e a probabilidade de êxito é de majorar os valores entre 48% a 88%, mas é necessário esperar até o fim de todo o processo, porque não existe sentença ganha", salienta Nava. 

Mais uma vez, por meio de links que prometem uma solução rápida, chegam cobranças de valores para supostas ações judiciais e outros tipos de armadilhas que roubam dados ou instalam vírus em celulares e computadores. Assim como acontece no saque do FGTS, para ter direito ou para iniciar um processo judicial, o cidadão tem que tomar iniciativa para lidar com a questão, seja entrando na justiça ou procurando um advogado de sua confiança, e não simplesmente clicando em mensagens que chegam inesperadamente.

 

Fui vítima de golpe. E agora?

- Procure a Caixa Econômica Federal e a polícia. Devido ao grande volume de golpes ocorridos recentemente, a Polícia Federal emitiu instrução e a Caixa tem analisados os pedidos de investigação de forma administrativa;

- Importante reunir prints, conversas e tudo o que estiver relacionado para apresentar como prova da fraude;

- A Caixa pode restituir o valor se entender, após investigação, que a pessoa foi vítima de fraude, mas é necessário aguardar o processo;

- Busque, se possível, auxílio de advogado, pois ele pode ajudar a reunir provas e estabelecer a base legal para o questionamento jurídico para uma tentativa de indenização por perdas e danos.

 


FONTE:

Leandro Nava - Mestre em Direito, Pós-Graduado em Direito de Família e Sucessões e Direito Civil. É professor convidado de Pós-Graduação do SENAC, professor de Graduação na UNIFMU; professor convidado no curso Federal Concursos; Diretor da Caixa de Assistência aos Advogados de São Paulo - CAASP (2019/2021); Palestrante da Comissão de Cultura e Eventos da OAB/SP. Foi presidente Estadual da Comissão da Jovem Advocacia da OAB/SP (2016/2018).

 

Detran.SP desafia conhecimento de candidato e traz top 10 com questões difíceis para obter habilitação

Todos os temas citados são tratados nas aulas teóricas. No CFC, seja na modalidade presencial ou EAD, o aluno têm no total 45 horas de aprendizagem para ter as respostas na ponta da língua

 

Está preparado para encarar as questões mais difíceis do exame teórico para obter a CNH? O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) reuniu uma lista com as dez perguntas em que os condutores apresentam mais dúvidas na prova teórica. Para respondê-las, é necessário que os candidatos possuam conhecimentos em direção defensiva, noções de primeiros socorros, legislação de trânsito, mecânica e meio ambiente. (Top 10 abaixo). 

 

Todos os temas citados são tratados nas aulas teóricas. No CFC, seja na modalidade presencial ou EAD, o aluno têm no total 45 horas de aprendizagem. A prova do Detran.SP é dividida em 30 questões objetivas, de múltipla escolha, com apenas uma resposta correta. As perguntas são distribuídas proporcionalmente ao número de aulas de cada conteúdo no curso teórico. São 12 questões de legislação (incluindo infrações e sinalização), dez de direção defensiva, três de primeiros socorros, três de cidadania e meio ambiente e duas de mecânica básica. Para ser aprovado, é preciso acertar pelo menos 70% das perguntas (ou seja, 21).

 

”Queremos garantir o conhecimento necessário para capacitar o motorista e consequentemente contribuir para um trânsito mais seguro. A dedicação ao aprendizado teórico, assim como ao das aulas práticas, reflete em um trânsito melhor, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

O candidato pode estudar para a prova teórica de forma digital pelo portal do departamento, por meio de um simulado online no link: www.detran.sp.gov.br/simulado ou também pelo aplicativo Simulado Detran.SP, disponível pelas plataformas Android e IOS.

 

“O banco de questões do Detran.SP é elaborado para avaliar a noção de risco que o candidato possui. Não é uma prova ‘decoreba’ e o objetivo não é saber os nomes das placas, mas a atitude que se tem diante delas para se antecipar com condutas seguras no trânsito, explica Rosana Nespoli, gerente da Escola Pública de Trânsito (EPT) do Detran.SP . 

 

 

Preparado para testar o seu conhecimento? Confira: 

 

Questão 1: Há curvas em que a pista é mal construída e possui sobrelevação negativa (ligeira inclinação para o lado de fora da curva). Essa condição adversa exige do condutor a redução da velocidade e um maior esforço para manter o controle do veículo. Agindo dessa forma, o condutor evita o risco de: 

 

A - deslocamento do veículo para a contramão da via devido à força centrífuga não compensada pela pista

B - estouro do pneu traseiro em razão do esforço exigido e do aumento da aderência ao pavimento da pista

C - derrapagem do veículo em razão da perda total de aderência entre os pneus e o pavimento da pista

D - perda total do sistema de freios devido ao superaquecimento dos seus componentes internos 

 

 

Questão 2: As motocicletas em movimento são difíceis de ser percebidas no trânsito pelos motoristas; portanto, um comportamento considerado inadequado por parte do condutor do veículo é: 

 

A - sinalizar com antecedência sua intenção de mudar de faixa, além de olhar nos espelhos retrovisores

B - prestar atenção ao ruído do motor ou à luz do farol das motos antes de mudar de faixa ou de direção na via

C - observar constantemente a presença de motos, utilizando os espelhos retrovisores interno e externos

D - mudar bruscamente de faixa sem utilização da seta; afinal, a preferência é sempre dos carros


 

Questão 3: Entre as afirmativas a seguir, identifique aquela que pode ser considerada como correta: 

 

A - as lâmpadas queimadas das lanternas de posição traseira não são importantes para a segurança no trânsito

 

B - os sulcos dos pneus, com profundidade mínima estabelecida pela legislação, facilitam o escoamento da água empoçada na pista e, com isso, melhoram a aderência dos pneus

C - a utilização de película protetora nos vidros do veículo amplia o ângulo de visão do condutor e reduz os "pontos cegos" ao dirigir

 

D - o nível de fluido dos freios, abaixo dos limites mínimos recomendados pela especificação técnica do veículo, não constitui fator de risco de acidente 

 

 

Questão 4: A velocidade máxima permitida em rodovias de pista dupla, nas quais não exista sinalização regulamentadora, para automóveis, camionetas e motocicletas, é de 110 km/h e para os demais veículos é de?

 

A - 110 km/h

B - 70 km/h

C - 80 km/h

D - 90 km/h

 

 

Questão 5: A velocidade mínima permitida em vias arteriais nas quais não exista sinalização regulamentadora é de

 

A - 20 km/h

B - 30 km/h

C - 50 km/h

D - 40 km/h

 

Questão 6: Em caso de acidente de trânsito com vítima(s), podemos dizer que primeiros socorros são: 

 

A - as providências tomadas no local, iniciais e temporárias, até a chegada de socorro

B - o pronto atendimento da(s) vítima(s) em substituição às equipes da saúde

C - as ações que só podem ser realizadas por equipes profissionais

D - procedimentos de competência exclusiva de médicos no local do acidente

 

 

 

Questão 7: Condutores com idade com idade igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos deve renovar o exame de aptidão física e mental (médico)

 

A - de 5 em 5 anos

B - de 3 em 3 anos

C - de 4 em 4 anos

D - de 2 em 2 anos

 

 

  

Questão 8: Em via com velocidade máxima de 60 km/h, qual a distância mínima para iniciar a sinalização de acidente ocorrido durante o dia, com pista seca?

 

A - a 80 metros do veículo ou, aproximadamente, 80 passos

B - a 100 metros do veículo ou, aproximadamente, 100 passos

C - a 60 metros do veículo ou, aproximadamente, 60 passos

D - a 40 metros do veículo ou, aproximadamente, 40 passos

 

 

 Questão 9: A distância percorrida pelo veículo do momento em que o condutor tira o pé do acelerador e o coloca sobre o pedal do freio é denominada:

 

A - distância de reação

B - distância de frenagem

C - distância de seguimento

D - distância de parada

 

 

Questão 10: Quando o motorista estacionar junto de hidrantes de incêndio devidamente identificados, terá como medida administrativa (CTB Art. 181, inciso VI)

 

A - recolhimento da CNH

B - recolhimento do CRLV

C - retenção do veículo

D - remoção do veículo

 

 

 

Gabarito:

1: A, 2: D, 3: B, 4: D, 5: B, 6: A, 7: A, 8: C, 9: A, 10: D


MSF atende necessidades médicas urgentes após terremoto no Haiti

Organização manda rapidamente equipes para áreas mais afetadas e organiza coleta de sangue em Porto Príncipe


Às 8h30 do dia 14 de agosto, um terremoto de magnitude 7,2 atingiu a região Sul do Haiti, especificamente as províncias de Grande Anse, Nippes e Sul. No dia 15 de agosto, o número de mortos subiu para mais de mil, com mais de 5.700 feridos, de acordo com o Escritório de Proteção Civil do Haiti. Espera-se que esses números mudem nas próximas horas e dias, visto que muitos municípios das áreas afetadas permanecem isolados do resto do país.

Casas e infraestrutura, incluindo instalações médicas, foram amplamente destruídas e danificadas na região afetada. Alguns hospitais tiveram que evacuar seus pacientes, e outros não têm equipamentos médicos e medicamentos. Tremores secundários e deslizamentos de terra causaram danos adicionais.

Uma depressão tropical, Grace, deve atingir ainda nesta segunda-feira (16) as áreas afetadas pelo terremoto do Haiti com fortes chuvas, gerando preocupações adicionais.


Resposta de MSF nas províncias de Grand Anse, Nippes e Sul

Nas primeiras horas após o terremoto, a equipe de MSF baseada em Port-à-Piment e uma equipe médica de emergência de Porto Príncipe começaram a ajudar pacientes feridos na província de Sul. O hospital em Port-à-Piment, onde MSF oferece cuidados de saúde sexual e reprodutiva, foi danificado. As pacientes, a maioria recebendo cuidados de saúde materna, foram evacuadas para uma tenda onde a equipe de MSF continua prestando cuidados. Em Port-à-Piment, MSF também está estabilizando pacientes feridos pelo terremoto.

Em Port-Salut, uma equipe de MSF recebeu pelo menos 16 pacientes com ferimentos e fraturas, incluindo pacientes encaminhados de Port-à-Piment e Les Cayes. MSF e seus parceiros estão estabilizando os feridos e oferecendo cuidados cirúrgicos e de acompanhamento.

Em Les Cayes, uma equipe de MSF está fornecendo suprimentos médicos e equipes para atuar no hospital geral.

Uma equipe de MSF está avaliando as necessidades no local mais remoto de Les Anglais e transportando pacientes de Les Anglais para Port-à-Piment e outras áreas. Os veículos não podem percorrer todo o caminho para Les Anglais no momento, então os pacientes precisam ser transportados entre dois veículos diferentes, tornando a viagem ainda mais difícil.

Uma equipe de MSF chegou a Nippes no dia 15 de agosto e visitou o hospital Sainte-Thérèse, em Miragane, que recebeu 59 feridos. MSF doou suprimentos para o hospital e enviou um cirurgião e uma enfermeira, que estão oferecendo suporte médico. Outra equipe está avaliando a situação em Baradères e Petit Trou em Nippes, que teriam sido gravemente afetados.

MSF também enviou suprimentos de emergência de Porto Príncipe para o Sul (kits de primeiros socorros, barracas para clínicas de emergência, medicamentos e suprimentos para transfusões de sangue e moldes de gesso). Algumas vias de acesso, como a estrada entre Les Cayes e Jérémie, estão seriamente danificadas e complicam o fornecimento de assistência. No entanto, uma equipe de MSF, incluindo dois cirurgiões e uma enfermeira de sala de operações, levou suprimentos médicos para Jeremie, no dia 15 de agosto, e começou a atuar no hospital da cidade.

MSF planeja reforçar suas atividades nos próximos dias, enviando mais equipes médicas, incluindo cirurgiões. MSF está se preparando para enviar suprimentos médicos e de emergência do exterior, incluindo dois aviões de carga de Bruxelas.


Porto Príncipe

MSF está tratando feridos em seu hospital para traumas em Tabarre. No dia 14 de agosto, seis feridos foram admitidos nesta instalação. Para lidar com a possível escassez de sangue, MSF lançou uma campanha de coleta de sangue no bairro de Turgeau, em Porto Príncipe, no dia 14 de agosto, em parceria com as autoridades locais. No dia seguinte, MSF inaugurou um centro de emergência no bairro de Turgeau e começou a fornecer cuidados de estabilização para pacientes feridos.

MSF está presente no Haiti há 30 anos. Nossas atividades regulares continuam, incluindo o hospital Tabarre em Porto Príncipe, onde MSF trata pacientes gravemente queimados e também pessoas com ferimentos potencialmente letais. MSF também oferece cuidados de saúde materna e sexual e reprodutiva em Port-a-Piment, na província de Sul, e apoio a vítimas de violência sexual e de gênero em Porto Príncipe e Gonaïves. Depois de mais de 15 anos, MSF foi forçada a fechar seu centro de emergência em Martissant, Porto Príncipe, depois que um grupo armado disparou contra a instalação no dia 26 de junho, colocando a equipe médica e os pacientes em risco. No início do ano, MSF foi forçado a realocar seu hospital para queimaduras de Drouillard para Tabarre devido à insegurança.

 

 

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