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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Os benefícios e malefícios da prática de exercícios de alto impacto entre crianças e adolescentes

 A prática de exercícios auxilia no fortalecimento físico, cardiovascular e relação interpessoal, mas é preciso ter cuidados com lesões, repetições, além de estabelecer limites


Assistir e torcer para os nossos atletas nas olimpíadas de Tóquio no Japão para modalidades esportivas como basquete, ginástica artística, atletismo, vôlei, ciclismo e canoagem, skate e surf foi um ótimo estímulo para incentivar a prática de esportes diariamente. Isso ocorre principalmente entre crianças e adolescentes, que estão na fase de autoconhecimento e se sentem motivados a experimentarem algumas modalidades, principalmente após a conquista de medalhas de atletas brasileiros.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência vai dos 10 aos 20 anos, e o especialista Hélder Renato Barbosa Givigi, ortopedista do HCSG, explica que precisa haver cuidados e limites na prática de esportes de grande rendimento.Porém, a criança e o adolescente podem praticar esportes de alto impacto desde que tenham um adulto e treinador adequado por perto. "As atividades de alto impacto podem ser praticadas por crianças e adolescentes, mas devem ser dosadas com cautela, sempre com um adulto por perto e, de preferência, com um treinador capacitado e com experiência para esse público", afirma.

As atividades físicas de alto impacto nos esportes olímpicos englobam o skate, o atletismo, a natação e a ginástica artística. Para o ortopedista, todas essas atividades têm benefícios como a liberação de endorfina, fortalecimento físico, cardiovascular, mental e interpessoal, mas ele alerta que é preciso ter cuidados devido à fase de desenvolvimento dos ossos das crianças e adolescentes. "É importante lembrar que quando se trata de um exercício de alto impacto, nós estamos falando de uma atividade muito propensa a lesões. Em se tratando de crianças, é necessário ter um cuidado especial, pois elas estão na fase de crescimento e ainda têm estruturas esqueléticas frágeis e maleáveis, diferentes dos adultos. Sendo assim, os traumas por repetição podem gerar um retardo do crescimento, deformidade óssea e até inflamação nos ossos, principalmente no calcanhar e cotovelos", alerta.

Para evitar lesões e problemas crônicos, é necessário conhecer bem o esporte que a criança está praticando, adequar o melhor treinamento da modalidade, estando alerta para os riscos. "Há esportes como o beisebol, por exemplo, que usam muito os braços e ombros como exercícios de repetição, então, nesse caso pode haver lesões devido aos treinos e exercícios de repetição nas crianças. Hoje, muitas ligas como as de futebol tem limitado a quantidade de treinos ou prática de alguns movimentos justamente para não haver lesões, principalmente nos ombros, cotovelos, joelhos e coluna. Vale lembrar que o esporte de alto impacto tem seus riscos, mas que podem ser evitados com um bom acompanhamento e treino correto para essas crianças e adolescentes, buscando impor limites para evitar machucados", complementa.

O ortopedista explica que além de uma supervisão na hora do treino, as crianças e adolescentes precisam usar os equipamentos de proteção corretos para a sua idade. "Eles são indispensáveis e protegem de fraturas e lesões mais graves, tendo assim, menores chances de se machucarem. Vale lembrar que existem lesões que não são perceptíveis e os pequenos traumas de repetição podem causar deformidade óssea, por isso é necessário estar atento", avisa.

Os adultos que acompanham as crianças e adolescentes na hora da prática desses esportes, precisam estar preparados caso ocorra alguma queda e eles se machuquem, mantendo a calma e buscando um especialista imediatamente. " Caso a criança ou o jovem se machuque e sofra uma fratura ou luxação, é imprescindível buscar auxílio médico. Além disso, para que a recuperação seja completa, é limitar as atividades. Lembrando que a lesão de uma criança e adolescente é diferente devido ao momento de amadurecimento ósseo, quanto menor a criança, ela tende a se recuperar mais rápido", finaliza o especialista.




Hospital Casa de Saúde Guarujá


Canal Ligue Câncer - Programa Nacional de Apoio ao Paciente com Câncer

Sobre o Canal Ligue Câncer - Programa Nacional de Apoio ao Paciente com Câncer


O Canal Ligue Câncer - Programa Nacional de Apoio ao Paciente com Câncer - do Instituto Oncoguia conta com atendimento especializado e personalizado focado prioritariamente no esclarecimento de dúvidas relacionadas a qualidade de vida e direitos dos pacientes.

Com o objetivo de ajudar o paciente com câncer a viver melhor, através de orientação de qualidade, o programa atende também familiares, público leigo e profissionais em geral. Para o público leigo o enfoque é garantir prevenção e detecção precoce. O atendimento, além de gratuito, também acompanha o paciente (retornando as ligações) até que o problema ou questão seja totalmente esclarecido.

Como participar?

Se você tem dúvidas, está enfrentando algum problema ou ainda, quer fazer uma denúncia ou simplesmente desabafar, você pode:

  • Ligar gratuitamente para 0800 773 1666.
  • Mandar um email com sua dúvida pelo contato do nosso portal.
  • Mandar uma mensagem com sua dúvida pelo nosso Facebook (será necessário também o contato pelo telefone).

Para que a orientação seja oferecida de maneira completa e personalizada é muito importante que os cadastros pessoal/social e sobre a doença sejam preenchidos com a especialista do canal. Diante de um problema ou dúvida fornecemos a orientação de forma bem detalhada, mas ao final, o usuário sempre precisará se engajar na resolução do mesmo.


Sobre o Oncoguia

O Oncoguia é uma ONG que há 10 anos apoia, informa e defende os direitos dos pacientes com câncer, com o propósito de fortalecer, encorajar e guiar todas as pessoas que convivem com a doença para que passem por esse desafio da melhor forma possível.

 

Fonte

Luciana Holtz de Camargo Barros (Psicóloga, Psico-Oncologista, Especialista em Bioética)
Presidente e Diretora Executiva


O que aprendemos com Tóquio 2021: lições olímpicas para levar à escola

Em ano olímpico, trabalhar os esportes como conteúdos torna-se um elemento de motivação a mais para os nossos alunos, e 2021 veio cheio de novidades e bons contextos para serem utilizados pelos professores. Mas essa discussão começou muito antes dessa olimpíada, pois em um cenário de pandemia, foi preciso que atletas do mundo inteiro adequassem treinamentos e rotinas para minimizar o impacto que as restrições sanitárias impuseram a todos. No Brasil, várias ações foram necessárias e o Comitê Olímpico Brasileiro ajudou orientando nossos atletas.

Acompanhando todas as modificações impostas às escolas e aos professores, a disciplina de Educação Física precisou de uma nova configuração, e muitas foram as experiências trocadas ao longo dos últimos 18 meses, como aulas remotas e práticas com distanciamento social, exigindo muita criatividade para possibilitar as vivências esportivas, e dentro desse contexto, podemos trazer para a sala de aula algumas das lições aprendidas com a Olimpíada de Tóquio 2021.

Uma das temáticas abordadas nas aulas de Educação Física no Ensino Médio está relacionada às compreensões dos  estereótipos  de gênero por meio de construções sociais e suas possibilidades de superação nas práticas corporais. Essa olimpíada já trouxe vários fatos interessantes que podem nos ajudar a embasar essa discussão. Temos, por exemplo, as ginastas alemãs que, em protesto contra a sexualização do esporte, se apresentaram com uniformes longos, deixando o tradicional collant de fora. Nessa mesma perspectiva, atletas norueguesas de handebol de praia se recusaram a vestir os biquínis típicos desse esporte, chegando, inclusive, a serem multadas, e, por esse motivo, mobilizaram personalidades do mundo todo em apoio à causa. Atrelada a essa mudança de comportamento, temos uma competição que trouxe possibilidades de equipes mistas no tênis de campo, natação e em outras modalidades.

Na outra ponta, está a atleta brasileira Rayssa Leal, primeira medalhista olímpica na modalidade skate com apenas 13 anos de idade. Em uma de suas falas após o pódio ela afirmou que “skate não é só para meninos”. Vale lembrar que a modalidade skate, pela primeira vez numa olimpíada, é uma proposta da unidade temática “Práticas corporais de aventura”,  que consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como o surfe, modalidade na qual o Brasil também garantiu premiação.

Destaque também para a atleta Rebecca Andrade, que teve uma participação histórica na ginástica artística, com medalhas na modalidade salto e individual. Além de ser a primeira atleta brasileira a conquistar o pódio duas vezes na mesma competição, ainda se consagra como a primeira atleta negra a realizar esse feito, destacando a importância da representatividade no esporte e nessa modalidade.

No Ensino Médio, também abordamos comportamentos competitivos e cooperativos nas práticas corporais com discussões sobre a influência desses fatores não só nos esportes, mas em diversas ações. A situação vivida pela atleta norte-americana Simone Biles, que optou por não participar da final olímpica, alegando a necessidade de cuidar da sua saúde mental, levantou a discussão sobre a importância dessa temática. A atleta, maior medalhista olímpica da ginástica, apresentou diversos comportamentos cooperativos após desistir de sua participação, influenciando e motivando outros competidores a permanecerem nas disputas, inclusive, torcendo por outros países.

Podemos citar também os avanços tecnológicos nas pistas de atletismo como plataformas de saída, recursos de análise de vídeo, entre tantos outros aspectos que poderiam ser utilizados como pontos de partida para propostas interdisciplinares com outros componentes curriculares.

Enfim, muitas temáticas e acontecimentos interessantes e significativos de serem abordados, seja revisitando gravações da olimpíada ou proporcionando debates em sala de aula. O importante é aproveitar esse momento histórico para trazer a realidade para a sala de aula, quadra ou campo e aproveitar o protagonismo dos alunos para embasar ainda mais temáticas tão relevantes.

 


Juliana Landolfi Maia - doutoranda em Educação Física pela UNICAMP-SP e faz parte do time de formação de professores do Sistema Positivo de Ensino.

 


Projeto nas redes sociais ajuda a combater violência contra mulheres

Paralelamente ao Agosto Lilás, projetos como USAM (Um Socorro à Meia Noite) se comprometem em dar voz e vez às mulheres vítimas de violência.

 

Agosto é o mês de conscientização e combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres no Brasil. Pensando em dar mais luz ao tema, diversas cidades do país aderiram à campanha nacional Agosto Lilás. O movimento foi criado em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha, aprovada no dia 7 de Agosto de 2006, que inclusive, neste ano completa 15 anos. Mas este está longe de ser o único projeto pensado em dar apoio às mulheres vítimas de violência doméstica.

 

Conforme dados divulgados no Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2018, uma mulher é vítima de feminicídio a cada 7 horas no Brasil. E nove a cada 10 mulheres morrem pelas mãos do companheiro ou ex-companheiro.

 

Com o objetivo de conhecer e entender melhor a vivência das vítimas, o USAM realizou uma pesquisa com as sobreviventes de violência. A pesquisa serviu também para verificar qual é a condição psicológica de cada uma dessas mulheres. De acordo com essa pesquisa, das 289 mulheres que acompanham a plataforma, 55% apresentaram problemas psicológicos após terem vivenciado uma situação de violência.

 

Para Renata Juno, assistente social apoiadora do projeto, a violência é a expressão de uma sociedade doente e decaída. “A nobreza do nosso atendimento é ser um socorro para mulheres que são vítimas de violência. Queremos conhecer as histórias, as vontades, além de construir juntas possibilidades de superação desse momento difícil”, explica.

 

Com os dados em mãos é possível ver que existe a necessidade de um acolhimento pós-violência. Por isso, a plataforma que já vinha orientando mulheres através de postagens nas redes sociais, decidiu se posicionar como uma plataforma que acolhe, principalmente, mulheres que sofreram algum tipo de violência e que apresentam sequelas e traumas decorrentes dessas experiências vividas.

Um Socorro à Meia Noite é uma plataforma de conteúdo que utiliza as redes sociais e principalmente o Instagram para informar, acolher e empoderar mulheres sobreviventes de qualquer tipo de violência. Também orienta mulheres de todo o Brasil com publicações de conteúdos didáticos e acessíveis, com representações imagéticas atrativas. Esses conteúdos são pautados em temas informativos sobre os diversos tipos de violência contra as mulheres e como superá-la, sobre seus direitos, saúde mental, bem-estar e empoderamento feminino.

 

Paralelo ao Agosto Lilás, projetos como USAM (Um Socorro à Meia Noite) se comprometem em dar voz e vez às vítimas. Criado em 2012, pela designer e psicóloga social Giselle Prado, o USAM serve hoje, principalmente como um canal de conteúdo relevante sobre os assuntos ligados à violência contra as mulheres, seus direitos, bem-estar e saúde mental no cenário pós-violência.

 

Para ampliar a informação sobre violência doméstica e intensificar a campanha de Agosto Lilás, a plataforma criou uma websérie - “Especial Agosto Lilás” - onde a criadora compartilha informações, dados e curiosidades a respeito do tema. Serão 4 episódios que irão acontecer no mês de Agosto, no Instagram.

 

“Antes de se recuperar, a mulher precisa identificar e reconhecer que está sendo vítima de violência para pedir ajuda”, afirma Giselle Prado, criadora do USAM, que também é uma das inúmeras mulheres sobreviventes de violência no Brasil.



 

Instagram: https://www.instagram.com/umsocorroameianoite/?hl=pt-br

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Aquecimento global e o desafio diante da desigualdade institucionalizada


A organização político-social dos países sempre teve como cerne o elo entre a pessoa humana, a sociedade, a natureza e os fatores ambientais, refletindo-se, portanto, no Direito. Sendo certo que a consciência, dentro da cultura ocidental, veio a ocorrer, apenas, com certa força, partir dos anos 60, quanto a importância da natureza e sua conexão de interesse com a pessoa humana. Assim sendo, dada a importância, o meio ambiente - e o direito sobre ele - ganhou espaço constitucional, sendo declarado como um direito fundamental. Apesar da constitucionalização do direito ambiental, a consciência e a ações humanas, em face do meio ambiente, não correspondem a sua importância.

A mudança de postura institucional e a mudança no padrão de comportamento das pessoas andam a passos curtos à mitigação dos danos já perpetrados, bem como, para a precaução e prevenção de eventuais danos ao meio ambiente. E, há um profundo desinteresse ao conhecimento das consequências dessas ações nocivas ao meio ambiente a curto, a médio e, principalmente, a longo prazo.

Estamos experimentando no Brasil - apesar dos alertas frequentes e das tentativas de normatização nacional e internacional para garantir o meio ambiente, em especial, o acordo de Paris assinado em 2015 - o retrocesso diante das práticas, apesar da política nacional de mudança climática brasileira, as quais vem contribuindo sobremaneira com os resultados desastrosos do avanço ao aquecimento global.

A ONU se pronunciou a poucos dias, sobre o impacto do aquecimento global à humanidade, decorrente da emissão de gases do efeito estufa que, pela emissão contínua, podem romper o limite de temperatura em pouco tempo. Este foi o relatório emitido pela ONU, por meio do Painel Intergovenamental sobre Mudanças Climáticas ou Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC), órgão criado em 1988 para fornecer aos governos informações cientificas sobre a utilização das políticas sobre aquecimento global, sendo que o seu primeiro relatório foi publicado em 1992, o qual já apresentou avaliação abrangente sobre o clima e suas respectivas mudanças. O processo para o efeito estufa se dá pela queima de combustível fóssil - petróleo e carvão - para geração de energia em larga escala, cujo processo libera a emissão de gás carbônico (CO2), óxido nitroso (N2O) e metano (CH4).

A consequência da emissão desses gases na natureza gera efeitos expressivos ao clima, os quais estão sendo experimentadas por todos nós, nos últimos anos. Há, por parte das instituições governamentais, uma tentativa de equilibrar dimensões incompatíveis e, diante de uma escolha por esses entes, o meio ambiente tem que ser prioridade, pois, ele garante a nossa sobrevivência na Terra. Não resta dúvida que as mudanças no clima são ações antrópicas - ações exercidas pela pessoa humana, que provocam impacto ao meio ambiente -, pois o espaço geográfico reflete a vínculo existente entre a sociedade e a natureza.

A preservação do meio ambiente pede com urgência a revisão e a ressignificação da nossa existência e o compromisso com esta, pois, é uma ação e um compromisso de todos para a eliminação e redução da emissão gazes de efeito estufa, do desmatamento, da poluição e para com a preservação dos recursos hídricos.

Diante dos fatos, é inegável como nós nos encarregamos de levar o planeta ao colapso e, como denunciado por muitos pesquisadores, criamos por nossas ações o maior risco à vida humana que é o aquecimento global (Fredes. 2016). Pode se afirmar, portanto, que a defesa do meio ambiente, hoje, corresponde ao direito de sobreviver. E sobrevivendo já estão os pobres, que são os mais afetados, como sempre, pelo caos.

A Doutora em Serviço Social e Professora da UEPG, Selma Maria Schons, durante o Seminário Internacional que tratou das experiencias da agenda 21 e os desafios do nosso tempo, lá 2009, já contribuiu falando sobre o aquecimento global e a condição da pobreza, apontando a contradição do sistema que consome mais do que planeta consegue repor. Asseverando que há um consumo desigual que está pondo em risco toda vida humana. Advertiu, ainda, sobre a desigualdade institucionalizada que faz com que aqueles com maior poder econômico e político não tenham percepção do limite e consciência da sua interdependência ecológica e, há por esses, uma apropriação de bens, obrigando outros a sobreviver com o mínimo, sendo que esses, que já vivem com o mínimo - os pobres - são os que menos contribuem com o descaso com o meio ambiente, porém, são os mais afetados, pois, não possuem os recursos necessários para se adaptar ou se proteger dos impactos que a mudança climática provoca. Não são poucas as notícias veiculadas pela mídia em geral, a respeito de pessoas morrendo de frio durante o inverno brasileiro, principalmente, as pessoas em condição de rua nos grandes centros urbanos. A incoerência se verifica, pois, os grandes centros, com mais recursos, apresentam-se escassos perante os pobres.

O aquecimento global afeta, também, a segurança alimentar porque o clima afeta o plantio e a colheita, comprometendo a qualidade e quantidade alimentar e nutricional, que já é escassa e comprometida para a população mais pobre. E, também, compromete a soberania alimentar que, segundo o Fórum Mundial sobre o tema, ocorrido em Havana em 2001, é a via para se erradicar a fome e a desnutrição e garantir a segurança alimentar duradoura e sustentável para todos os povos, pois, trata-se do fomento à políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam o direito à alimentação para toda a população.

Portanto, o aquecimento global reflete a desigualdade institucionalizada, pois, atinge diretamente aqueles que possuem os menores recursos à sobrevivência. Por essa razão, nas palavras de Schons é "preciso apostar na mudança de paradigmas, rever nossas ações, atitudes, motivações e valores. Trata-se de uma construção coletiva para desenhar uma nova política com princípios éticos mais favoráveis à vida. Somos assim colocados diante de escolhas: continuar no vício do consumismo sem limites como ‘saqueadores e predadores’, com nossos individualismos ou, coletivamente, tomar consciência, criar resistências, fortalecer as vozes que denunciam os saques e buscam desenvolver os valores da troca e da solidariedade entre os povos, principalmente em vista das gerações futuras".

Que as nossas ações sejam, portanto, praticadas em defesa da vida e se façam de modo a garantir o meio ambiente sadio para todos, independentemente de sua condição social.

 


Benedita de Fátima Delbono - pós-doutora em Comunicação, doutora em Direito e professora de Direitos Humanos da Universidade Presbiteriana Campinas

 

Os melhores setores para inovar no pós-pandemia

O avanço da vacinação está trazendo perspectivas muito positivas para a retomada do comércio internacional. Após enormes impactos econômicos sentidos por todos os países durante a pandemia, alguns setores já começam a recuperar o fôlego. A volta à normalidade pode ainda estar distante, mas devemos estar atentos às oportunidades de inovar em diversos segmentos.

Muitos economistas já abordam a relação de causa e consequência entre a vacinação e a melhora do desempenho econômico. Inclusive, com tradução implícita na Bolsa de Valores, que obteve uma valorização de 8% entre maio e junho. Após mais de 1,3 milhão de brasileiros terem desistido de procurar emprego durante a crise, segundo o IBGE, o empreendedorismo se tornou a salvação e o novo foco de muitos.

Dentre os setores mais prósperos nesse momento, o agro é definitivamente um dos que mais se destaca. Responsável por mais de um quarto do PIB nacional, o setor cresceu 24,3% em 2020, uma expansão recorde segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Mesmo diante de tantas dificuldades, o agronegócio continuou produzindo, colhendo e principalmente inovando. A transformação digital chegou com força e o uso de mais sofisticadas tecnologias, como os drones para mapeamento de lavouras, estão se tornando cada vez mais comuns. Todas as áreas ligadas ao agro e à alimentação saudável – também intensificada durante o isolamento social – são excelentes pedidas para inovar agora e nos próximos anos.

Os setores automotivo e aeroespacial também devem ficar no radar, principalmente devido ao forte investimento no grafeno. O material promete revolucionar o setor de aço, com propriedade ultraleve e mais resistente. Fique de olho nesses avanços, pois podem abrir boas oportunidades, além do turismo espacial, que parece já ter caído no gosto dos bilionários.

Ainda seguindo o rumo da inovação, as energias sustentáveis também vêm ganhando espaço e destaque dentre os investimentos mundiais – graças ao aumento da preocupação em práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Nos últimos dez anos, um relatório divulgado pelo Centro de Finanças Climáticas da Imperial College Business School, mostrou que a energia renovável gerou retornos totais significativamente maiores. Foram 422,7% contra 59% para os combustíveis fósseis.

Somente no Brasil, cerca de 83% da nossa eletricidade é gerada por essa fonte. Contudo, em menos de 20 anos, a energia eólica aumentou sua participação na matriz energética de algo praticamente insignificante (0,05%), para 10%, com picos de até 15%, dependendo da estação do ano. Portanto, mantenha seu radar alerta para este setor, pois a tendência é que cresça ainda mais em diversos países. Afinal, o mundo parece ter percebido que a sobrevivência da espécie humana depende da preservação do meio ambiente.

Os investimentos em educação também podem ser positivos, mas é preciso tomar cuidado. Desde o início da pandemia, muitos modelos foram desenvolvidos e criados para se adaptar ao novo cenário, mas sem muito sucesso. Sistemas de ensino híbridos e cursos intensivos foram alguns dos mais utilizados, mas sem o retorno desejado. Sabemos que o setor irá se transformar, mas a incógnita ainda prevalece.

Estamos vivendo um momento difícil para a economia mundial, mas o grande diferencial dos inovadores é justamente ver oportunidades onde todos só enxergam dificuldades. Aqueles que souberem transformar riscos em lucros, certamente serão os beneficiados no médio e longo prazo.  

 


Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, físico nuclear e fundador da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO 56002, de gestão da inovação.

www.gestaopalas.com.br 


O número de médicos formados anualmente no Brasil é 44% maior que as vagas de residência médica. Como pensar a carreira neste cenário?

Mudança de cenário com a redução dos profissionais nos plantões Covid-19 deve aumentar consideravelmente a concorrência por uma vaga de residência nas próximas provas


 

O Brasil tem cerca de 500 mil médicos ativos e 24.587 deles se formaram no ano passado, em plena pandemia da Covid-19. Neste cenário, antes mesmo de buscar a aprovação na residência médica, muitos recém-formados foram trabalhar nas emergências dos pacientes com Coronavírus. Com a redução dos leitos de UTI em todo o Brasil, médicos e médicas começam a repensar suas carreiras e enfrentam um número limitado de vagas para residentes.

 

Enquanto são quase 25 mil médicos formados por ano e mais de 38 mil vagas de graduação, temos apenas 17 mil vagas de residência médica. Temos 44% mais médicos saindo da faculdade do que vagas para especialização e isso interfere diretamente no pensamento de carreira deste profissional, impactando também no serviço de saúde oferecido no país. Para o médico, professor da Sanar e especialista em futuro das Carreiras de Saúde Vinícius Cogo, o fim dos plantões de Covid-19 traz um grande desafio para um perfil profissional que rapidamente se acostumou a ter ganhos financeiros altos. “É um momento de recomeço para muitos médicos e médicas uma coisa é certa: a permanência como generalista é um caminho ingrato”, desabafa.

 

A fala de Destefani, que lida com alunos de cursos preparatórios para residência médica na startup Sanar, está dentro de um contexto cada vez maior de concorrência para conseguir o título de especialista. “É preciso buscar algum caminho, seja pela residência médica, com uma concorrência enorme, ou com um curso de pós-graduação”, explica. Ele alerta ainda que alguns profissionais têm buscado o caminho dos postos do Programa de Saúde da Família. “O que precisa ficar claro é que os PSFs têm pagamento bem menores que os plantões da Covid-19. Ou seja, para garantir remunerações maiores, é preciso se especializar e seguir focado nos estudos”, completa.


 

Especialistas ganham mais

 

A residência médica é um dos caminhos para especialização dos profissionais da área e algumas especialidades somente podem ser acessadas por este caminho de formação, seja pela complexidade do ensino ou pela necessidade de alta carga horária prática. “Especialistas tendem a ganhar em média 30% a mais do que generalista, o que acaba tendo uma influência bem relevante na qualidade de vida do médico e na construção do seu patrimônio material”, analisa Vinícius Destefani. As perspectivas do mercado é que os espaços fiquem ainda mais disputados daqui pra frente. “A estagnação das vagas de residência e o aumento dos formandos já são um problema e temos ainda o incremento dos recém-formados que não fizeram a prova neste ano por atraso de calendário ou por terem ido direto para emergência. A concorrência deve aumentar muito em 2022 e quem optar por permanecer generalista deve enfrentar uma redução de plantões e de remuneração”, finaliza.

  

Os dados citados no texto são do estudo Demografia Médica no Brasil (2020), produzido pela USP e pelo CFM.

 

 

Vinícius Destefani - médico graduado em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (2011). Residência Médica em Pediatria pelo HC-FMUSP com titulação pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Residência em Cardiologia Pediátrica pelo Instituto Dante Pazzanese com titulação pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Fellowship em Hemodinâmica e Intervenção em Cardiopatias Congênitas pelo Instituto Dante Pazzanese. Coordenador Médico e Arquiteto de Novos Negócios Médicos na Sanar. Tem se dedicado ao estudo e análise da carreira médica.

 

 

Evento gratuito apresenta oportunidades de emprego em tecnologia no Canadá

SEDA Intercâmbios promove Semana de Empregabilidade entre os dias 17, 18 e 19 de agosto


Morar e trabalhar fora do Brasil é o sonho de muitos, mas torná-lo realidade é um desafio enorme. A falta de conhecimento sobre o mercado de trabalho no exterior acaba se tornando uma grande barreira. Por isso, a Seda Intercâmbios, agência que já levou mais de cinco mil estudantes a vários países do mundo, irá realizar a Semana de Empregabilidade no Canadá, para apresentar as principais oportunidades de emprego no país, com destaque para a área de tecnologia.

O evento, que é gratuito, vai acontecer entre os dias 17, 18 e 19 de agosto. No primeiro dia, serão apresentadas as oportunidades gerais de trabalho no país. No segundo, será a vez de abordar o mercado de TI e serviços, que está pujante por lá. No terceiro e último dia, o evento irá apresentar as demandas no setor de marketing, áudio & vídeo, games e finanças, que também reserva muitas vagas.

Quem participar do evento, ainda irá concorrer a bolsas de estudos de até 60% em diversos cursos de renomadas instituições, em cidades como Montreal, Toronto e Vancouver. No total, os descontos podem chegar a até CAD$ 10 mil. “O Canadá demanda profissionais altamente capacitados, portanto, é primordial que o aluno invista nos estudos”, explica Helicon Alvares, CEO da SEDA Intercâmbios.

Além das bolsas, a agência irá oferecer uma mentoria de empregabilidade individual e totalmente gratuita aos estudantes. A consultora de carreira Luciana Vieira, que tem mais de 10 anos de experiência como headhunter no Canadá, auxiliará cada aluno durante uma sessão online. “A carreira é um dos principais fatores de preocupação para qualquer indivíduo que tenha intenção de imigrar para o Canadá. Esta consulta é uma oportunidade de tirar quaisquer dúvidas específicas que o estudante possa ter com um especialista em carreira e recolocação profissional no país”, esclarece Luciana.

Outra grande vantagem aos alunos da SEDA é o acesso gratuito a até seis meses de aulas de inglês online, por meio da plataforma SEDA College Online. “Essa é uma excelente oportunidade para os profissionais que precisam praticar o idioma antes de encarar a imigração”, reforça Alvares. Além disso, os cursos podem ser financiados em até 90% por meio de uma parceria com a Revelo Up, maior empresa de tecnologia para a área de recursos humanos da América Latina. Os valores podem ser parcelados em 12, 18 ou 24 vezes.

Entre as instituições que estão oferecendo descontos estão a UCW (University Canada West), CCTB (Canadian College of Technology and Business), TSOM (Toronto School of Management) e Trebas Institute. Algumas dispensam testes de proficiência, podendo comprovar o nível do idioma na própria escola. Há também programas que permitem visto de trabalho de meio período para o estudante e tempo integral para seu cônjuge, além escola pública para filhos menores de idade. Muitos oferecem o PGWP (Post-Graduation Work Permit), que é um visto com permissão de trabalho em tempo integral de até três anos após o término do curso. Os programas variam de 31 semanas a até quatro anos. A promoção é válida até 28 de agosto. Confira os cursos disponíveis no link: https://bit.ly/seda-canada.  

 


Serviço:

Semana de Empregabilidade no Canadá

Evento gratuito de 17 a 19 de agosto, às 19h, online.

Inscrições: https://bit.ly/seda-canada

 

SEDA Intercâmbios

https://www.sedaintercambios.com.br/

 

Agosto Jovem foca na diversidade e desenvolvimento econômico sustentável

O #Agosto Jovem, dentro do marco pela comemoração do Dia Internacional da Juventude (12), que se inicia esta semana e vai até o dia 26, tem como tema questões atuais que terão um profundo impactado no futuro: Inovação Jovem para a Saúde Humana e do Planeta. Dentro desse debate, o Movimento Empresa Júnior (MEJ), por meio da Brasil Júnior (Confederação Brasileira das Empresas Juniores), fará uma série de consultorias dentro do projeto Salve um Negócio, visando impactar, com a força dos jovens, diretamente no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU 8 - trabalho decente e crescimento econômico.

As ações contam com a contribuição das instâncias que representam o Movimento Empresa Júnior a nível estadual, as federações, até o momento com 259 ações confirmadas em Santa Catarina e Pernambuco.

O Salve Um Negócio é uma iniciativa que presta consultorias a pequenas e médias empresas, segmento que foi o mais impactado pela crise decorrente da pandemia da Covid-19. Em 2020, a iniciativa envolveu 400 pequenas empresas e renderam R 95 mil em investimentos diretos. A meta este ano é beneficiar cerca de 800 empresas e gerar R 200 mil em aporte.

O suporte acontece por meio de uma metodologia desenvolvida pela Brasil Júnior com auxílio de parceiros e mantenedores - que são empresas que investem e que tornam esse projeto viável. Neste ciclo, os focos das mentorias serão com temas sobre contingenciamento de custos e oportunidades de crescimento.

Os pequenos e médios empresários que desejarem receber o projeto gratuito, devem entrar em contato com empresas juniores do seu estado que realizem o serviço desejado. A empresa que desejar fazer doação, como forma de contribuir para com o projeto, pode utilizar o link: bit.ly/salveumnegocio .

 

Gestão de Contas a Pagar: saiba como otimizar os seus pagamentos em 6 passos

Especialistas da Express CTB apresentam soluções para manter as contas a pagar organizadas.

 

O setor financeiro é uma das grandes preocupações dos gestores. Isso ocorre, pois quando observamos a gestão de contas a pagar, percebemos que uma grande parte das empresas não conseguem se organizar corretamente.

Em decorrência disso, muitos problemas acabam surgindo. Para evitar que isso ocorra, é importante realizar uma boa gestão financeira.

Mesmo não sendo uma tarefa relativamente simples, existe uma série de alternativas que podem ajudar os negócios, independente de qual seja o seu segmento de atuação. Um controle financeiro completo exige a administração correta do fluxo de caixa, contabilidade, contas a pagar e receber, entre outros.

Para ajudar você a realizar uma boa gestão de contas a pagar na sua empresa, separamos algumas dicas valiosas.


Primeiramente, o que é contas a pagar?

Essa é a parte responsável por todas as saídas do caixa de uma empresa, o que significa que toda e qualquer obrigação financeira precisa ser levada em consideração.

“É obrigação de um negócio gerenciar suas despesas, além de administrar corretamente os seus recursos para quitar as suas contas no momento certo”, explica João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade.

Isso inclui o salário dos funcionários, gastos com fornecedores, contas de água, energia elétrica, telefone, aluguel, internet etc. Seja qual for a despesa que uma empresa tenha, seja ela fixa ou variável, uma boa gestão financeira não deixa passar nada, evitando o pagamento de multas e outros prejuízos para a empresa.

Embora pareça evidente que uma instituição tenha inúmeros benefícios ao ter as contas quitadas em dia, selecionamos as principais vantagens para facilitar o seu entendimento sobre o assunto.

Veja só:

  • Maior credibilidade, segurança e confiança;
  • Redução de multas, juros e demais prejuízos;
  • Melhoria no relacionamento com fornecedores, colaboradores e consumidores;
  • Maior organização financeira;
  • Desenvolvimento de maior competitividade no mercado;
  • Evitar processos trabalhistas e até mesmo a interdição ou fechamento do negócio.


Mas, afinal, o que devo fazer para melhorar a gestão de contas a pagar?

Agora que você realmente sabe o que significa a gestão de contas a pagar, bem como as principais vantagens que isso gera aos negócios, chegou o momento de aprender algumas boas práticas.

Vale ressaltar que essas dicas servem para os mais variados tipos de empresas, incluindo os pequenos negócios.


#01. Comece organizando as contas da empresa

Antes de qualquer coisa, as contas da sua empresa devem ser organizadas. Essa tarefa é primordial para o sucesso da gestão de contas a pagar.

Para isso, separe cada uma das contas por ordem de pagamento, seja por data, por fornecedor ou por outras características. Segundo Patrícia Maria, Assessora Financeira da Express CTB, “Essa categorização dos pagamentos é uma excelente maneira de melhorar a organização das finanças, além de garantir um maior controle financeiro”.

Quando uma empresa não tem o hábito de organizar as contas, ela acaba deixando passar alguma coisa de forma despercebida, que vai desde o esquecimento do pagamento de alguma cobrança ou até mesmo realizar o pagamento de uma mesma conta mais de uma vez.


#02. Busque dar atenção aos prazos

Não levar em consideração as datas de pagamento é um dos problemas mais recorrentes nas empresas.

E isso não pode ocorrer sob nenhuma hipótese, o que torna necessário acompanhar cada um dos prazos de maneira eficaz. Quando um determinado negócio não dá a atenção necessária a isso, as consequências são muitas, incluindo problemas legais e despesas desnecessárias.

Ninguém gosta de pagar juros ou multas, não é verdade? Além disso, eventuais problemas legais podem causar danos irreparáveis ao negócio.

“Para evitar essa situação, você pode estabelecer datas para a realização dos pagamentos antes mesmo da data de vencimento. Essa é uma solução que ainda pode gerar descontos e benefícios. Além disso, o agendamento prévio dos pagamentos é outra alternativa extremamente eficaz nesse sentido”, ressalta a assessora.


#03. Utilize a tecnologia ao seu favor

Quando se pensa em otimizar o pagamento de contas, a tecnologia se torna uma valiosa aliada. E dependendo do tamanho da sua empresa, uma ferramenta de automação pode ser ainda mais necessária, pois quanto maior, mais contas para controlar. Em um mercado cada vez mais competitivo, as ferramentas de automação estão conseguindo fazer uma enorme diferença.

Desta maneira, considere realizar o investimento em um sistema de gestão mais robusto para a sua empresa. Há diversas opções disponíveis no mercado que vão servir para ajudar a otimizar o seu tempo, além de fornecer uma visão mais estratégica dos processos.


#04. Faça a renegociação dos pagamentos atrasados

Em alguns casos, por mais que uma empresa tenha as contas organizadas, pode acontecer de atrasar alguma coisa.

Quando isso acontece, não deixe de entrar em contato com a empresa responsável pela dívida para negociar essa conta. Se a dívida estiver atrasada com um fornecedor, por exemplo, você deve entrar em contato com ele para tentar reduzir ou eliminar os juros e multas, além de não ter seu abastecimento prejudicado.

Para Esposito, “Seu fornecedor com certeza estará interessado em realizar essa negociação. Afinal de contas, ele sabe muito bem que atrasos podem acontecer e, além disso, não quer perder um cliente”.


#05. Não misture suas despesas pessoais com as contas da empresa

Por mais que esse não seja um problema tão recorrente nas grandes empresas, alguns gestores de negócios menores acabam misturando suas despesas pessoais com as contas da empresa.

E isso não deve ocorrer sob nenhuma hipótese, ok? Um negócio que segue esse caminho pode lidar com consequências irreparáveis.

Desta maneira, é importante ter em mente que as suas contas não são as contas da empresa, e vice-versa. Além disso, os lucros não devem ir completamente para o seu bolso, já que é necessário utilizá-los para realizar investimentos na marca e manter o caixa da empresa. Sem investimentos, dificilmente uma empresa vai conseguir crescer rapidamente.


#06. Contrate uma empresa especializada em finanças

Se você está tendo dificuldades para organizar as finanças do seu negócio, a contratação de uma empresa que possua um serviço especializado pode ser uma boa alternativa.

As empresas que atuam com serviços financeiros vão te ajudar de diferentes formas. Ao contratar esses serviços serão pensadas e aplicadas soluções personalizadas, ou seja, de acordo com as necessidades e realidade do seu negócio, permitindo que estas sejam colocadas em prática de forma mais fácil e rápida.

Esse investimento pode trazer uma série de benefícios para o seu negócio, incluindo a economia de tempo e dinheiro. Portanto, não deixe de considerar essa opção.

Seja qual for o segmento de atuação da sua marca, é importante compreender que a gestão de contas a pagar é extremamente fundamental para garantir o crescimento dela.

Uma empresa que não possui o setor financeiro organizado precisa lidar com alguns desafios que poderiam ser facilmente evitados. E você não está em busca de mais desafios para a sua empresa, não é verdade? Pois bem, após conhecer essas dicas de hoje, com certeza você vai conseguir melhorar a situação financeira da sua marca.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br


 

O QUE TORNA PERIGOSAS CERTAS IDEIAS POLÍTICAS?


Por que motivo, tantas vezes tomadas como inspiração no acesso ao poder e ali chegadas numa corrente de esperança, resultam em fracassos éticos, políticos, econômicos e sociais? Qual seu erro essencial?

O erro essencial constatável nestes casos envolve a natureza humana. É um erro antropológico, sobre quem somos. Aquele que vai lidar com política ou outras ciências sociais, mas principalmente expor ideias e apresentar propostas para a organização da vida em sociedade, precisa conhecer o homem e sua natureza porque ele é o ente indispensável a partir do qual e com o qual se constrói o pensamento e a ação política. Ao desconhecê-lo, ao subestimá-lo, ao ver o ser humano apenas como um simples animal racional, ou como uma insignificância no conjunto da sociedade, proclama-se a tragédia por vir. Pelo viés oposto, ao superestimá-lo, tendo-o como deus de si mesmo, cometem-se erros tão terríveis quanto os que já foram praticados a partir de tais equívocos.

Somos seres complexos. Convivem em nós múltiplas dualidades e antagonismos internos inerentes à nossa existência.:

- somos materiais e espirituais;
- somos individuais e sociais;
- somos racionais, intuitivos e emocionais;
- somos capazes do bem e do mal.
E, ainda:
- somos sujeitos da história e objetos da história;
- somos imperfeitos e aperfeiçoáveis;
- estamos vivos e sabemos que vamos morrer.
 
Muito mais poderia ser dito com igual sentido. De nada vale preferir que fôssemos diferentes; é assim que somos e é assim que nos defrontamos cotidianamente com as tensões inerentes a tais características.

Portanto, toda ordem social que desconhecer as realidades acima não estará apenas predestinada ao insucesso. Estará condenada a se tonar um flagelo, uma tragédia com inscrição funesta nos anais da história.

Não se brinca com a natureza humana. Não se pode descartar de uma cultura, ou de uma civilização, a fé inerente àqueles que nela se integram. Não se pode fazer isso com todos, nem com ninguém. Tal afirmação nos transporta, pela mão, para o caráter simultaneamente individual e social do ser humano.

O dito erro antropológico está presente tanto no individualismo exacerbado quanto no coletivismo exacerbado porque ambas as dimensões são implícitas à nossa natureza, desde antes do nascimento até depois da morte. Ele marcou os coletivismos nascidos no século XX e continua a influenciar o pensamento e a ação política contemporânea.

Para agravar o cenário, ressurge, remodelado em forma e conteúdo, nas articulações do globalismo efluente neste século XXI, tem cadeira no STF e influencia o pensamento jus-político em nosso país

 

Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


Levantamento do Detran.SP mostra que interesse dos jovens em possuir CNH cai 10,5% em seis anos

Habilitações na faixa etária entre 18 e 30 anos diminuíram de 4.872 milhões em junho de 2015 para 4.356 milhões no mesmo período em 2021

 

O sonho dos jovens em tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) assim que completam 18 anos vem sendo adiado ou mesmo deixado de lado nos últimos anos por uma parcela significativa de pessoas com idades entre 18 e 30 anos. Um levantamento feito pelo Detran.SP revela que houve uma redução de 4.872 milhões de pessoas habilitadas nessa faixa etária em 2015 para 4.356 milhões no mesmo período deste ano no Estado de São Paulo, uma queda de 10,5%.


“Fatores culturais e econômicos influenciam o perfil dos motoristas com o passar dos anos. Hoje temos uma geração que se preocupa mais com a questão ambiental e a facilidade oferecida pelos aplicativos de transporte. Os jovens hoje têm outras expectativas. Essa discussão sobre mudanças dos modais é mundial”, ressalta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.





De acordo com especialistas, fatores culturais, econômicos e sociais explicariam esse declínio do interesse dos jovens por possuírem sua habilitação e a optarem muitas vezes pelo uso de aplicativos, do transporte coletivo, ou mesmo de outros veículos, como a bicicleta.

José Montal, diretor da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (Abramet), afirma que alterações culturais e comportamentais tiraram do automóvel o apelo que o tornou objeto do desejo de várias gerações de jovens que chegavam na idade em que podiam se habilitar como motorista. Segundo ele, o conceito que os jovens tem hoje do transporte leva mais em conta a questão da mobilidade, muitas vezes privilegiando outros modais mais saudáveis, como a bicicleta e mesmo o pedestrianismo.

Para Márcia Menezes, diretora-executiva da Federação Nacional das Cooperativas de Trabalho dos Médicos e Psicólogos Peritos de Trânsito (Fenactran), vários fatores explicam o interesse decrescente dos jovens em se habilitar, entre eles se destaca o preço do carro e os custos para sua manutenção. “Muitos optam por aplicativos de uso temporário. Mudou também a representação social sobre veículos, vistos como essenciais pelos mais velhos, acostumados a enxergar no carro um símbolo de independência, conquistas e poder”, explica Márcia.

A professora Carolina Cheres, de 27 anos, mora na Grande São Paulo e não é habilitada. Ela prefere se locomover por aplicativos, taxi, ônibus e metrô. “Não me preocupo com IPVA, gasolina, multas, pedágios, problemas mecânicos, estacionamento ou brigas de trânsito. Sem falar que ainda contribuo com a redução de gases poluentes”, esclarece ela.







Milton Souza, universitário de 21 anos, afirma não ter interesse no momento em tirar CNH ou necessidade de aprender a dirigir. “Com a pandemia saio muito pouco de casa, então não ter uma CNH interfere quase nada na minha rotina. Quando preciso ir a algum lugar peço para meu pai me levar ou utilizo um aplicativo”, afirma.


Negociar dívida no PPI da prefeitura de São Paulo é algo viável durante todo o processo, alerta especialista

Apesar de reconhecer a dívida no momento da adesão ao programa, empresário pode revê-la

 

O Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) da Prefeitura de São Paulo, aberto na primeira quinzena de julho, estabeleceu prazo até o último dia útil de outubro de 2021 para a adesão de empresas com dívidas tributárias relacionadas ao ISS, IPTU e ITBI, além de débitos não tributários e relacionados a licenciamentos, entre outras taxas. O novo PPI vem com diretrizes diferentes de outros parcelamentos especiais já praticados pela prefeitura do município. Dessa vez o número de parcelas para o contribuinte que quiser fatiar a dívida é de até 120 – praticamente o dobro do habitualmente adotado em outros programas – com descontos que se mantêm, independentemente do número de parcelas, de 60% sobre o valor de juros de mora e de 50% sobre o valor da multa, para as dívidas tributárias. Para quem quiser aderir ao programa no pagamento à vista, os descontos são ainda maiores, de 85% sobre o valor de juros de mora, e 75% sobre o valor da multa. Mesmo dívidas já em curso, desde que retroativas até dezembro do ano passado, podem ser migradas para o modelo do PPI, inclusive parcelamentos rompidos.

“A lei que regulamenta o parcelamento incentivado veda a repetição deste processo, nos mesmos moldes, ao longo dos próximos quatro anos. Trata-se, sem dúvida, de uma janela de oportunidade para empresas de São Paulo que, em tempos de pandemia, carregaram e carregam dívidas tributárias importantes à arrecadação da prefeitura, como companhias dos setores de serviços e de empreendimentos imobiliários, que têm entre seus passivos o recolhimento do IPTU. No entanto, ao ingressar no programa, é bom o empresário ter em mente que, mesmo reconhecendo a dívida judicialmente como um débito inquestionável, algo que a regulamentação do PPI o obriga a fazer no ato da adesão, há sempre a possibilidade de discutir valores pendentes ao longo do percurso do parcelamento”, alerta Fernando Cesar Lopes Gonçales, sócio e coordenador jurídico do escritório LG&P, sediado em Campinas (SP) e especializado em negócios.  

Segundo Gonçales, a dívida não é uma verdade absoluta. A Constituição reserva ao contribuinte o direito de levar ao crivo judiciário a discussão ou pleito de uma revisão do débito, caso alguma irregularidade ocorra. “O problema é que muitos empresários não sabem disso e seguem até o final do parcelamento incentivado sem discutirem ou reverem nada, mesmo que haja um argumento plausível para isso. Estão atados ao reconhecimento cego da dívida, feito lá atrás, no momento da adesão ao programa”, diz o advogado. 

No entanto, segundo a experiência do LG&P, na maioria dos parcelamentos empregados há sempre algum ponto a ser revisto no decorrer do processo. “Por isso recomendamos ao empresário aderir sim ao PPI, mas sob o acompanhamento contínuo do processo, avaliando pontos de atenção, em um planejamento tributário que faça sentido à sustentabilidade do negócio”, diz Gonçales.

Segundo dados da prefeitura, a projeção inicial de arrecadação com o programa de parcelamento de débitos em 2021 é de R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão em pagamentos à vista e R$ 400 milhões nos primeiros pagamentos parcelados.


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