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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Porta dos fundos: um papo reto sobre o ânu

Anel, buraco negro, fiofó ou reto mesmo, com inúmeros apelidos, o orifício anal se tornou um tabu, mas seja por saúde ou prazer, precisamos esclarecer pontos importantíssimos sobre ele. E para uma conversa, sem constrangimentos, convidamos o coloproctologista, Dr. Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis autor da obra Papo de Reto publicada pela Editora Pandorga.

Segundo o profissional pós-graduado em cirurgia minimamente invasiva pelo CETREX, este é um bloqueio que pode causar impactos enormes na saúde humana, uma vez que alterações no funcionamento das partes baixas do sistema digestivo podem resultar em doenças de potencial gravidade, como as doenças inflamatórias intestinais, o câncer de cólon - quarto mais prevalente no mundo, e até o HPV, que recebe pouca atenção quando relacionada ao câncer anal.

Leia com atenção as dicas do especialista, pois certamente aqui jaz uma de suas dúvidas mais secretas.


  1. Por que as pessoas temem tanto falar sobre este tema?

Por preconceito, desinformação, vergonha ou no caso dos homens, simplesmente por conta do machismo estrutural. A sociedade, com suas normas, tratou de proscrever nossos excrementos e ocultar as partes por onde eles saem, e assim nosso ânus, também chamado na língua portuguesa de “cu”, virou tabu. Falar disso é tido como falta de educação, mau gosto, e por aí vai. É preciso desmistificar algumas crenças referentes ao reto, e eu o faço, tanto no meu consultório quanto no livro, com bom-humor, dicas, recomendações e entendimento fisiológico a todas as pessoas.


  1. Proctologista não é uma especialidade voltada aos homens, assim como ginecologia é para as mulheres?

Não. Este é um erro bastante comum, e uma pergunta que quase todo proctologista já escutou. As pessoas tendem a confundir duas especialidades médicas, a Urologia e a Proctologia, talvez por ambas se valerem do toque retal no exame físico de seus pacientes. E também pelo fato de muitos pacientes ligarem o nome Proctologia à próstata. E aqui vai outra que poucos sabem, quem faz exame de próstata é o urologista. 


  1. Qual a funcionalidade deste buraco negro em nosso bem-estar?

Da mesma forma que muitos pensam que o apêndice não presta para nada, além de causar apendicite, carregam o mesmo conceito sobre o reto e estão errados. O mecanismo de formação de fezes e de sua eliminação são essenciais à vida, independentemente da idade, do sexo, da beleza ou de quanto dinheiro você tem.


  1. Quais doenças estão mais relacionadas a essa área?

O câncer colorretal, câncer anal– que pode ser proveniente do HPV, Síndrome do intestino irritável, Cisto pilonidal, Abscesso perianal, fístula anorretal, fissura anal e as hemorroidas, por exemplo. Vale lembrar que hemorroidas são terríveis, mas não viram tumores. Elas ardem, sangram e causam incômodos inimagináveis, como um singelo peidinho no pós-cirúrgico certamente vai te virar do avesso.


  1. Como é uma evacuação de respeito?

Se você precisa pensar em fazer cocô, eu terei que te ensinar a evacuar novamente. Tire cinco minutos do seu dia, melhor que seja pela manhã, para o seu intestino.  Sente-se no vaso sem distrações, é essencial que você esteja no comando, aliás, não sei se sabe, mas da boca até o ânus, temos mais neurônios do que na coluna vertebral. Fique esperto! Faça uma força leve, nada de se espremer, nos primeiros dias pode não sair nada além de gases, ou bolinhas de carneirinho. Não tem problema. Se limpa e vai cuidar da sua vida, você fará isso pela vida toda. Seu intestino, em algum momento, vai entender que aquele horário do dia, de acordo com seu ciclo circadiano, é o de se programar para jogar tudo para fora. É um treinamento eficaz. Outro hábito importante: beba muita água durante o dia, mais de dois litros, desta forma as fezes não ficam ressecadas e para melhorar a maciez do seu bolo fecal, aumente o consumo de frutas, verduras e legumes.

Por fim, para exercitar seu ânus, faça 5 contrações forçadas por 10 segundos toda vez que lembrar que o tem. Em sua obra Paro de Reto, o Dr. Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis traz essas e muitas outras informações, afinal ele sabe bem que ser proctologista está além da fisiologia. É lidar com medos, fantasias, traumas e visões de mundo, com possibilidades, prazeres e tristezas.


Sobre a obra: Papo de reto é um livro tão útil quanto irreverente. O autor trata de temas que são motivos de angústia e sofrimento para muitos de nós. Dúvidas que se o leitor não tem agora, já teve antes, ou terá depois. Trata-se de um livro breve sobre cuidados e curiosidades relativos ao ânus. Traz informações relevantes sobre temas como hemorroidas, câncer retal, sexo anal, colonoscopia, entre outros. O livro é redigido em linguagem bem-humorada e divertida, buscando a superação de tabus relativos ao assunto. A leitura é fluida e instrutiva como uma boa conversa com um profissional de saúde disposto a esclarecer, sem constrangimento, tudo aquilo que o leitor gostaria de saber sobre seu ânus, mas tinha vergonha de perguntar.

 



Dr. Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis - nasceu em Uberlândia, em 1981. É médico formado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), possui título de Cirurgião Geral pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e foi Médico Residente em Coloproctologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. Possui pós-graduação em Cirurgia minimamente invasiva pelo CETREX e em Coloproctologia pelo Hospital Sírio Libanês (SP). Atualmente realiza atendimento ambulatorial em cirurgia geral, coloproctologia e modulação intestinal. Também realiza colonoscopia, manometria anorretal e biofeedback anorretal em clínica própria. É médico concursado no HRSAM como cirurgião geral e está cursando pós-graduações em Nutrologia e Gastroenterologia.


Treinamento para os pés reduz em duas vezes e meia o risco de lesão em corrida

 

Em idosos, a probabilidade de queda diminui sete vezes, segundo estudo da USP. O uso habitual de calçados mais rígidos ou tênis reforçados é o principal inimigo da saúde dos pés, afirmam os pesquisadores (alguns dos exercícios adotados no programa de treinamento; foto: acervo dos pesquisadores)

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          Dos vários sistemas naturais de amortecimento do organismo humano, os pés talvez sejam os mais importantes. São eles que recebem toda a carga do corpo quando parado ou em movimento. Para isso, cada pé possui uma estrutura extremamente rica e complexa, composta por 25 músculos intrínsecos (presentes apenas no pé), dez músculos extrínsecos (que conectam o pé à perna), 33 articulações e 108 ligamentos.

O problema é que, em um contexto urbano e cada vez mais artificial, muitas pessoas deixaram de andar descalças. E, incentivadas pela propaganda, passaram a usar calçados e tênis reforçados por uma parafernália de estruturas rígidas e amortecedores.

“As estruturas todas dos pés acabam se atrofiando com o uso reiterado desse tipo de calçado. É como se alguém passasse a utilizar diariamente um colar cervical para prevenir o pescoço de dores devido ao uso contínuo de telas. Em pouco tempo, a musculatura do pescoço perderia massa, força e funcionalidade”, diz Isabel Sacco, coordenadora do Laboratório de Biomecânica do Movimento e Postura Humana (Labimph) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).

Ela é coordenadora também do Projeto Temático “Biomecânica e aspectos funcionais do sistema musculoesquelético de corredores: efeito crônico de exercícios terapêuticos e do envelhecimento”, apoiado pela FAPESP. Dele participam pesquisadores da USP, da Universidade Federal do ABC (UFABC), da Universidade de Amsterdã (Universiteit van Amsterdam, UvA), nos Países Baixos, e do Instituto Ortopédico Rizzoli (Istituto Ortopedico Rizzoli, IOR), na Itália.

“Temos publicado os resultados de nossas pesquisas em periódicos internacionais especializados. Entre outros, destaco o artigo Foot Core Training to Prevent Running-Related Injuries: A Survival Analysis of a Single-Blind, Randomized Controlled Trial, publicado em The American Journal of Sports Medicine. Esse artigo foi produto de duas pesquisas de doutorado vinculadas ao nosso Projeto Temático. E, nele, mostramos que um treinamento simples para os pés reduziu em duas vezes e meia o risco de lesões em corredores recreacionais”, informa Sacco.

Essa questão das lesões é crítica, porque afeta tanto esportistas quanto pessoas comuns. Como a corrida quase não exige qualquer tipo de equipamento, ela se tornou uma modalidade de exercício físico altamente disseminada e democrática. Tem gente de todo tipo correndo – o que é ótimo. O ruim é que a prevalência de lesão é altíssima: até 79% dos corredores podem sofrer alguma lesão em um ano.

“A solução não é parar de correr. Mas adotar medidas preventivas que reduzam ou ao menos retardem o risco de lesão. Alongamento não funciona. É muito importante para a manutenção da saúde do sistema musculoesquelético, mas não para prevenir lesão. Orientação on-line e cartilhas para educar o corredor quanto a estratégias preventivas para a corrida, ou ainda condicionamento físico específico, também se mostraram ineficazes. Porque a lesão é multifatorial e não será um calçado ou um aquecimento especial que resolverá esse problema”, afirma Sacco.

Segundo a pesquisadora, o principal fator de risco para lesão é já ter sofrido alguma lesão anterior. Isso porque o corpo se vê obrigado a fazer uma série de compensações com o intuito de proteger a região lesionada e, assim, fica mais vulnerável a novas lesões.

“O que descobrimos em nossa pesquisa foi que a melhor defesa do corredor contra lesão é melhorar a estrutura musculoesquelética dos pés para ganhar força e funcionalidade. Trabalhamos com um contingente de 120 corredores recreacionais. De forma aleatória, uma metade combinou a corrida com alongamentos, que foram adotados como placebo. E a outra metade combinou a corrida com treinamento para os pés. Depois de oito semanas, o ‘grupo treinamento’ teve uma redução de 2,42 vezes no número de lesões, comparativamente ao ‘grupo placebo’. Exames de ressonância magnética mostraram que, de fato, as pessoas que receberam treinamento tiveram um aumento de volume na musculatura dos pés”, relata Sacco.

Essa melhoria da saúde dos pés não contribuiu apenas para diminuir a incidência de lesão ou retardar sua eventual ocorrência. Modificou também a biomecânica da corrida, com um aumento da capacidade de impulsão vertical.

“A estratégia de treinamento que desenvolvemos, de baixo para cima [bottom-up], foi uma mudança de paradigma na área da reabilitação e prevenção em corrida, em que as várias escolas seguem tradicionalmente o caminho inverso [top-down], valorizando prioritariamente a musculatura do tronco e dos quadris, e negligenciando a importância da extremidade mais distal dos membros inferiores”, comenta Sacco.

A pesquisadora acrescenta que o que é bom para as pessoas que se exercitam pode ser melhor ainda para as pessoas sedentárias. “Já se sabe que um treinamento para a musculatura dos pés, mais especificamente do hálux, o dedo maior pé, fez diminuir em sete vezes o risco de queda em idosos”, diz.

O treinamento para os pés é simples e pode ser feito em casa, com a ajuda de um software desenvolvido pelo próprio Labimph. O link para acessar é https://soped.com.br/.

Além dos exercícios específicos para os pés, a forma mais simples e natural de fortalecer os pés é andar sem calçados sempre que possível. Uma alternativa, para caminhar nas ruas ou mesmo dentro de casa nos dias frios, são os chamados calçados minimalistas. Muito mais baratos, esses sapatos ou tênis leves, denominados popularmente de “molecas”, deixam os pés menos imobilizados em seu interior. “Em outro estudo de nosso grupo, já mostramos que pessoas que sentiam dores nos joelhos por conta da osteoartrite apresentaram uma melhora de 62% depois que passaram a usar molecas”, afirma Sacco.

O artigo Foot Core Training to Prevent Running-Related Injuries: A Survival Analysis of a Single-Blind, Randomized Controlled Trial está disponível em: http://dx.doi.org/10.1177/0363546520969205.

 

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/treinamento-para-os-pes-reduz-em-duas-vezes-e-meia-o-risco-de-lesao-em-corrida/36524/


Marketing jurídico entra em uma nova era

 

Nasce uma nova era no marketing jurídico. No último dia 21 de julho foi publicado o novo Provimento do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil com os novos caminhos para divulgação dos serviços de escritórios e advogados na mídia e nas redes sociais. 

Entre as principais novidades estabelecidas pelo novo Provimento 205/2021 está a propagação de conteúdo por meio das ferramentas de impulsionamento e patrocínio nas redes sociais e no Google de matérias informativos. Trata-se de uma mudança significativa que esclarece quais as alternativas viáveis de comunicação que os escritórios e advogados podem seguir no ambiente virtual.

Fazia-se pujante a chegada de novas regras e possibilidades de divulgação dos serviços advocatícios tanto para a classe, quanto para a sociedade que recorre ao uso da Internet para fazer suas pesquisas e sanar dúvidas antes mesmo de procurar algum especialista. Entretanto, é preciso estar atento aos limites desta comunicação, que não pode ultrapassar as regras estabelecidas no Código de Ética da OAB, como, por exemplo, as propagandas ostensivas e a utilização imoderada e desmedida da publicidade como forma de angariar clientes ou que visem a mercantilização. 

Mas já dá pra pensar em conteúdos mais robustos, formatos de anúncios, mais liberdade na criação das artes e linha editorial de conteúdo, principalmente nas redes sociais. 

Na visão de quem é do marketing, esse novo cenário facilita muito o lado criativo atrelado a responsabilidade das informações passadas. A luta contra as fake news também ganhará força, pois quanto mais conteúdo responsável tivermos nas redes, mais informação verdadeira chegará a sociedade. 

São diversas as possibilidades. Essa evolução abre novas portas para o marketing jurídico. Esse é o momento para investir em novo planejamento, com estratégias de branding e criação de conteúdo relevantes para redes sociais - Instagram, Linkedin, Facebook, Twitter, entre outras –, além de canal no Youtube.


A participação de advogados em lives, cursos e eventos livres também foi regulada pelo Provimento, assim como o uso de ferramentas como chatbot, Whatsapp e o Gogoole Ads. 

Se o mercado jurídico já era concorrido, agora a disputa fica ainda mais acirrada. A afinal, quem já migrou para o mundo online tem maior facilidade em galgar espaços maiores, de maneira mais ágil. Os mais tradicionais, que refutavam essa decisão, vão precisar acelerar o passo para continuarem vivos no mercado.

 



Helga Monteiro - Gerente de Comunicação Institucional do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados

 

Detran.SP amplia capacidade de atendimento para 80% e tira 64 mil da fila de exames de habilitação

Com o avanço da imunização contra a Covid-19, em breve estaremos atendendo 100% da capacidade”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP

 

A partir de agora, os Centros de Formações de Condutores (CFCs) credenciados pelo Detran.SP podem atuar com 80% da capacidade total permitida para aplicação de exames práticos e teóricos e aulas teóricas, seguindo todos os critérios estabelecidos no Plano SP, do Governo de São Paulo. Com a demanda acumulada por conta da pandemia, mais de 64 mil alunos serão beneficiados na capital, Grande São Paulo, interior e litoral paulista. Os agendamentos são realizados pelos CFCs pelo sistema E-CNH.

Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP e Magnelson Carlos de Souza, presidente da Sindautoescola.SP, anunciaram a novidade na manhã desta segunda-feira(09) em visita ao CFC Imperial, localizado na região norte da capital paulista.

 

 “O Detran.SP está muito preocupado em atender bem todo o setor de CFCs e se esforça diariamente para ajudar todos os candidatos à habilitação do nosso estado. Com o avanço da imunização contra a Covid-19 no Estado de São Paulo, foi possível ampliar a  capacidade de atendimento para 80% e em breve estaremos atendendo com 100% da capacidade, garantindo com segurança, o direito do cidadão em obter sua CNH o quanto antes", destaca o presidente do Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto. 

 

O presidente da Sindautoescola. SP, Magnelson Carlos de Souza, explica a importância no aumento de capacidade para atendimentos nos CFCs. “A ampliação das vagas é muito positiva para o setor neste momento de retomada, pois além de auxiliar muito os proprietários de CFCs, ajudará também no aquecimento da economia do nosso estado”. Na visita, Marcos Elias, proprietário do CFC Imperial, ressaltou a importância que o Detran.SP  dá ao parceiro. “Ficamos muito contentes com a visita. Isso só vai fazer crescer os laços entre Detran.SP e parceiros.

 

Mesmo com o anuncio da ampliação da capacidade nas autoescolas, o Detran.SP reforça a obrigatoriedade do uso de máscaras, disponibilização de álcool gel, espaçamento entre as carteiras e cadeiras escolares, higienização de balcões, computadores, maçanetas, corrimões e rampas de acessibilidade, ente outros equipamentos. As empresas também serão orientadas a manter portas e janelas abertas e as salas higienizadas ao final das aulas.

 

Além das aulas teóricas presenciais, o Detran.SP disponibiliza também as aulas remotas na modalidade EAD. Desde a implantação, em julho de 2020, mais de 330 mil candidatos à primeira habilitação já foram beneficiados pelo novo sistema. “O aluno pode fazer a aula teórica dentro da sua casa, pelo laptop e smartphone, com muita segurança e transparência, cumprindo todas as etapas que a legislação exige”, completa Neto.

 

Provas teóricas na capital:


Mesmo com a ampliação na capacidade de atendimento para os CFCs, o Detran.SP, em parceria com o Poupatempo,  continua aplicando o teste teórico de habilitação na capital. Atualmente os exames acontecem nas cinco unidades do Poupatempo na capital (Lapa, Itaquera, Sé, Santo Amaro e Cidade Ademar) e na CDHU(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), localizada no Centro de São Paulo. 


O agendamento é feito de forma muito simples: basta acessar o site do Poupatempo (www.popupatempo.sp.gpv.br) ou diretamente no site do Detran.SP (clique aqui) 

Para o exame ser realizado é necessário que todas as aulas teóricas estejam concluídas, o certificado do curso emitido, além da taxa de agendamento quitada.

 

Serviço:


CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano: Rua Boa Vista, 170- Centro Histório de São Paulo. Segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Poupatempo de Cidade Ademar: Av. Cupecê, 5497 - Jd. Miriam. Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h.


Poupatempo da Lapa: Rua do Curtume, s/n – Lapa. Horário: Segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, e aos sábados, das 7h às 16h.


Poupatempo de Itaquera: Avenida do Contorno, 60 - Itaquera. Horário: Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h.


Poupatempo de Santo Amaro: Rua Amador Bueno, 229, 2º andar, Mais Shopping - Santo Amaro. Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h.

Poupatempo da Sé: Praça do Carmo, s/n, Sé. Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h


Pesquisa revela que 46% dos pequenos empresários dos EUA não conseguem funcionários para preencher vagas nos comércios

 Erica Castelo, headhunter com atuação global, diz que o auxílio desemprego e aulas remotas colaboraram para esse cenário no país americano


Uma das maiores economias do mundo está com problemas para preencher as vagas de emprego. O motivo? A população norte-americana está recebendo mais dinheiro no auxílio oferecido pelo governo do que nas vagas de trabalhos que estão abertas. 46% dos pequenos empresários dos Estados Unidos disseram não ter conseguido funcionários para suas vagas em junho deste ano. Esse número é mais do que o dobro da média histórica medida nos últimos 48 anos, é o que revela a pesquisa da Federação Nacional de Negócios Independentes.

No estudo, é apresentado que 39% dos empresários tiveram que subir suas ofertas salariais no país. É o terceiro mês consecutivo de alta nas estimativas de pagamento aos trabalhadores americanos. No ano, a remuneração por hora de trabalho já acumula reajuste de 3,6%,

Erica Castelo, headhunter brasileira com atuação global, diz que o auxílio desemprego colaborou para esse cenário. ‘’O valor do auxílio desemprego oferecido pelo governo resultou em muita gente fazendo as contas e percebendo que pode valer mais a pena receber esse auxílio desemprego do que estar trabalhando com um salário considerado baixo e  essa percepção está pressionando muitos estabelecimentos a aumentarem o valor da hora do colaborador’’, destaca a especialista.

Os trabalhadores desempregados que se encaixam nos pré-requisitos do programa recebem 300 dólares por semana, ou US $1,2 mil por mês. Segundo a profissional existe uma falta grande de mão de obra principalmente para as funções de garçons e atendentes. De fato, existem vários fatores que estão afetando essa não volta dos trabalhadores.  ‘’Além da baixa mão de obra, o medo da Covid-19 ainda persiste para algumas pessoas, gente que foi infectada ainda tem receio de se infectar novamente, por exemplo”, completa.

Erica Castelo afirma que a situação é uma questão momentânea e impactante em diversos níveis e que a expectativa é que a partir de setembro, com o final das férias e ainda mais gente vacinada, a situação se regularize. ‘’Acredito que com o fim do auxílio federal americano e o retorno das aulas presenciais, programado para setembro, serão ajustadas parcialmente as demandas e as ofertas da força de trabalho’’, salienta.

 


Erica Castelo - CEO da The Soul Factor, empresa de Executive Search, sediada nos EUA com atuação internacional, especializada em encontrar talentos para organizações multinacionais, digitais ou em transformação digital, Erica Castelo possui especialização em Design Thinking pela Stanford University Graduate School of Business, MBA em Marketing pela ESPM e formação em Administração pela FGV.

https://www.thesoulfactor.com

https://www.linkedin.com/in/ericazc/

 

3 passos para desenvolver uma boa gestão de riscos

Como superar as dificuldades trazidas pela pandemia e evitar riscos no mercado de trabalho? Especialista e autora do livro “Domador de Rinocerontes” traz dicas e análises sobre métodos que ajudam a driblar ameaças 

 

 

O mundo mudou e as antigas habilidades de liderança já não traziam mais resultados. Pensando nisso, o momento atual, em meio a uma pandemia, exigiu que os líderes se reinventassem para engajar suas equipes e manter a produtividade. Na busca de (re)construir o sucesso, os líderes e gestores aprenderam novas formas de trabalhar e de viver.

 

Em meio ao cenário atual, se tornou ainda mais fundamental contar com novas estratégias e soft skills - habilidades não técnicas -  para buscar soluções em um momento de constante mudança. Para se ter uma ideia, as prioridades para os líderes neste ano revelam um aumento de 13% em relação a 2020 da “redução de custos”, e trazem como uma prioridade de 68% dos líderes de RH entrevistados, “construir habilidades e competências críticas para a organização”, ou seja é necessário “enxergar novas oportunidades” e desenvolver novas skills para o momento. 

 

De acordo com Andreia Loures-Vale, escritora e autora do livro “Domador de Rinocerontes”, o profissional precisa se adaptar e saber descobrir quais as suas principais soft skills para conseguir efetuar uma boa gestão de riscos - que não é uma tarefa fácil. “É preciso que o profissional saiba identificar a fundo o problema, pois, quando identificado, torna-se mais fácil simplificá-lo para encontrar uma solução eficiente e assertiva. É saber pilotar no meio de um caos”, revela a especialista.

 

Ela ainda explica que, quando a solução é encontrada, é possível transformar o problema em oportunidades e cases positivos para agregar na carreira de um profissional. “Claro que para isso é importante que o líder saiba, antes de tudo, liderar a si mesmo, esse é o segredo da liderança do futuro. Eu falo muito sobre o tema em detalhes no meu livro, que será lançado no começo de julho”, enfatiza Andreia.

 

Para se adaptar a este momento, Andreia também buscou ações disruptivas na sua rotina. Um exemplo disso é que, hoje, ela mora em uma casa container. “Essa é uma casa móvel, em que eu posso desmontar e montar novamente em outro lugar. Eu tenho o básico do básico, mas tenho conforto e estou super contente não só pela simplicidade que virou a minha vida, mas com a possibilidade que eu tive de ressignificar uma série de coisas. É um lugar absolutamente alternativo, as pessoas ainda acham estranho, mas para mim é uma etapa que eu venci. Não preciso de muito para poder ter paz de espírito e ser feliz”, conta.

 

Abaixo, ela lista três dicas para aplicar uma boa gestão de riscos. Confira:

 

1- Entenda a raiz do problema: muitas vezes, os profissionais resolvem determinadas questões de uma forma superficial, sem entender a fundo sua origem. “Vou usar como exemplo, neste caso, um projeto de uma área de TI que não vai para frente, por causa de diversos gargalos no meio do caminho. Se o líder souber analisar a fundo, vai perceber que tudo isso está acontecendo por uma falha na comunicação da Diretoria, por exemplo. Por isso, o profissional precisa saber lidar com as incertezas e ter calma e coerência para nomear o problema, torná-lo algo conhecido. Só assim poderemos resolucioná-lo”, explica Andréia.

 

2- Agilidade nas decisões: o pensamento crítico e a capacidade da tomada de decisão são habilidades fundamentais para resolver problemas de modo eficaz e no tempo certo. “Na Era do Caos, pilotar seus negócios e suas carreiras exige decisões rápidas. Esqueça o medo de errar. Lutar contra o erro é coisa do passado. É preciso errar rápido para ter tempo de acertar a direção rumo aos seus objetivos. Nas tomadas de decisão em condições caóticas, a agilidade é muito mais importante do que a precisão”, acrescenta Andreia. 

 

3- Saiba lidar com mudanças: a especialista explica que, nesse ponto, é preciso saber ser simples em um cenário de incertezas. “Processos de mudanças acontecem diariamente no mercado de trabalho e estão sempre acompanhados de crises. O líder deve estar preparado para essas mudanças e não apenas gerir os problemas que vão chegar com elas, mas também as pessoas, a equipe; também tem que desenvolver a habilidade de antever problemas, enxergar cenários diferentes”, conclui a escritora. 

 

 

Andreia Loures-Vale - médica cardiologista, mãe de três filhos, escritora, professora e palestrante. Também já foi Presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia e Diretora da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Mestre em Biologia Molecular, pós-graduada em Gestão de Negócios e acumula diversas experiências corporativas em indústrias farmacêuticas. No meio de tudo isso, ainda conseguiu ser DJ e produtora cultural, locutora, apresentadora de TV e empreendedora. Andreia também é autora do livro “Um sonho de profissão” e, em julho de 2021,  vai lançar o livro “Domador de Rinocerontes”.

http://inovacaopessoal.com.br/ 

 

Não existe almoço grátis

Imigração ilegal para os Estados Unidos, ainda mais com crianças, só tem um caminho: a deportação

 

Muitas pessoas, especialmente os brasileiros, acreditam que, ao sair do Brasil e chegarem aos Estados Unidos, principalmente pela entrada ilegal, vão poder usufruir de direitos e serviços públicos gratuitos, mas não é bem assim que funciona.

Para ter direito a usufruir de algum serviço ou benefício mais diferenciado, como subsídios públicos que reduzem absurdamente os valores do plano de saúde é necessário ter a devida autorização de residência, de permanência ou de trabalho nos Estados Unidos. Não acredite em quem diz ser possível utilizar esses serviços sem o devido visto ou a própria cidadania americana.

Até existem alguns serviços públicos, tipo SUS brasileiro, que podem ser usados pelos imigrantes, mas eles são extremamente lotados, não espere um atendimento de qualidade e não espere que as coisas vão funcionar da forma que às vezes as pessoas imaginam.

Outro recurso não recomendado para quem deseja imigrar para os Estados Unidos é tentar entrar ilegalmente por uma prática adotada pelos coiotes, como são chamados os operadores dessas rotas ilegais: o cai-cai. A ação consiste em atravessar crianças sozinhas pela fronteira e depois os adultos tentam adentrar dizendo que essas crianças entraram no país e acabam sendo beneficiados pela regulamentação de unificação familiar, liberando as pessoas para que elas respondam ao processo de deportação enquanto estão dentro dos Estados Unidos.

Reportagem recente da BBC News Brasil, apontou que quase 3 mil crianças brasileiras entraram ilegalmente nos EUA pelo México em apenas dois meses. Isso tem feito com que a imigração se atropele em processos, pois a situação na fronteira está totalmente fora de controle. Os americanos estão cada vez mais assustados em relação a isso, essas pessoas estão entrando nos Estados Unidos e logo vão perceber que não vão conseguir trabalho, vai haver um número gigantesco de sem-teto nas ruas e a violência tende a se instaurar em muitos lugares.

Quem deseja imigrar para os Estados Unidos sem ter problemas deve fazê-lo pelas vias legais, especialmente se vier com crianças. O recomendado é consultar sempre um advogado especialista em imigração que vai indicar qual o tipo de visto mais indicado e como aplicar para poder trazer também a família, qual seja, mulher e filhos menores de de 21 anos, solteiros e não emancipados.

 

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com quase 115 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados http://www.toledoeassociados.com.br

 

Lee Toledo Law

https://leetoledolaw.com/

 

Índice de Atividade Econômica de PMEs mostra Agronegócio e Comércio deslanchando, enquanto infraestrutura ainda sofre com os efeitos da pandemi

A pesquisa apresenta dados do primeiro semestre de 2021, funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 70 milhões, além de oferecer uma análise macro sobre o mercado de PMEs

 

As pequenas e médias empresas dos segmentos de agronegócio e de comércio foram as que mais cresceram no primeiro semestre de 2021, aponta o Índice de Atividade Econômica de PMEs (IAE) da Omie, plataforma líder em gestão (ERP) na nuvem do Brasil, que leva em consideração o faturamento médio mensal de mais de 65 mil PMEs brasileiras. 

Segundo o IAE, o faturamento médio das PMEs do agronegócio avançou em 73% no 2º trimestre, comparado aos três primeiros meses do ano, enquanto as do comércio tiveram um crescimento de 53%. Outro setor que apresentou recuperação foi o de serviços, com alta de 59% em relação ao 1º trimestre. Em estabilidade, aparecem dois setores: Indústria e Varejo. Já as PMEs da área de Infraestrutura foram as que mais sofreram no primeiro semestre de 2021, com queda de 28% no 2º trimestre em relação aos primeiros três meses do ano.  

“De modo geral, o faturamento médio das PMEs no 2º trimestre de 2021 apresentou uma alta de 9% sobre o faturamento médio do 1º trimestre. Há uma tendência de recuperação, que será consolidada após a análise da movimentação do próximo trimestre. Seguiremos neste monitoramento”, diz Fabio Flaksberg, COO da Omie. 

Dentro da categoria comércio, o destaque positivo ficou com a divisão de Comércio e Reparação de automóveis e motocicletas, que no 2º trimestre avançou 272% sobre o faturamento médio mensal do 1º trimestre. As PMEs da categoria Indústria, de forma geral, se mantiveram praticamente estáveis (-5%). Dentro deste segmento, os destaques positivos foram as empresas ligadas à fabricação de produtos químicos, que cresceram 34% em faturamento médio no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior, seguidas por eletrônicos e informática (+30%) e produtos de madeira (+26%). O setor de metalurgia, apesar da queda relativa ao primeiro tri (-25%), segue como destaque no ano se comparado às outras indústrias de transformação. Outros destaques negativos desse segmento foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13%) e bebidas (-11%). 

No segmento de serviços, o cenário é otimista. Mesmo com uma desaceleração em junho, o mês ainda teve faturamento médio maior (45%) do que os meses de janeiro a março. Os destaques ficaram para as PMEs relacionadas a área de atividades esportivas e de recreação e lazer, que tiveram faturamento médio mensal 181% maior no 2º trimestre de 2021 em comparação com o 1º trimestre, seguidas por empresas de atividades de financeiras, de seguros e de serviços relacionados (+63%) e de correio e outras atividades de entrega (+29%). Ainda em serviços, os destaques negativos ficaram para serviços de impressão, com queda de 69% no faturamento médio mensal do 2º trimestre em comparação com o 1º trimestre, além de serviços para edifícios (-38%) e aluguéis não imobiliários (-15%).

 

Infraestrutura desacelera

As PMEs que mais sofreram  foram as de infraestrutura, que seguiram com faturamento muito abaixo (-28%) no 2º trimestre em relação aos primeiros três meses do ano. O segmento de eletricidade e gás teve o desempenho mais fraco até então, puxando para baixo o faturamento médio mensal de todo o setor de Infraestrutura. No 2º trimestre de 2021, o faturamento médio mensal foi 34% abaixo do obtido no 1º trimestre. Já as PMEs de  coleta, tratamento e disposição de resíduos mostraram crescimento de 17% nos últimos três meses do semestre em comparação com os primeiros, assim como as de construção de edifícios, que demonstraram uma aceleração de 18% no mesmo período.

 

Figura 1 - Variação no faturamento médio mensal por setor 



Entenda o índice

O Índice de Atividade Econômica de PMEs (IAE) da Omie cria quadrantes de desempenho das PMEs brasileiras separando-as por CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Para elaborá-lo, a Omie analisa dados anonimizados de faturamento de mais de 65 mil clientes, cobrindo 995 CNAEs (de 1.301 existentes). São excluídos CNAEs sem base estatística válida.

 

Pix ganha espaço em lojas virtuais e passa a oferecer nova funcionalidade

 Durante o mês de junho, a utilização do Pix como meio de pagamento em estabelecimentos cresceu em 50%. Em agosto, a ferramenta ganha nova funcionalidade.


De acordo com um estudo realizado pela Nuvemshop, plataforma que disponibiliza tecnologias para e-commerce, entre os meses de maio e junho os pagamentos via Pix sofreram um aumento de 50% nos estabelecimentos que utilizam o meio de transferência.

O instrumento de pagamentos instantâneos, disponibilizado pela plataforma em março, vem ganhando espaço em lojas virtuais. Desde sua implementação, o número de comércios que aceitam a modalidade passou de 800 para 2,5 mil, enquanto o valor transacionado cresceu de R$ 1,5 milhão para mais de R$ 16 milhões, com valor médio abaixo de R$ 200 em cada compra.

Durante o último mês, o Banco Central divulgou alterações na regulamentação do Pix para ampliar o uso do sistema de pagamentos instantâneos. A partir de 30 de agosto, com as novas mudanças, aplicativos de mensagens, redes sociais e e-commerce poderão oferecer transações de pagamento, inclusive para prestação de compras realizadas pela internet.

Para que isso aconteça, o BC publicou uma resolução com regras para instituições financeiras participantes do Open Banking, que são as únicas autorizadas a oferecer os novos serviços. Foram implementados requisitos técnicos e procedimentos operacionais para o compartilhamento do novo serviço de iniciação de transação de pagamento de Pix.

A iniciação acontece quando a organização que realiza a transferência do pagamento com Pix é diferente do banco em que o usuário pagador possui conta. A partir da nova funcionalidade, o cliente poderá efetuar o pagamento via outros aplicativos, que não o do banco cadastrado.

Este serviço permitirá a movimentação de contas bancárias por meio de diferentes plataformas, incluindo aplicativos de mensagens e redes sociais. Outra possibilidade é o pagamento de compras online. Essa modalidade liberará aos usuários que compram produtos virtualmente um direcionamento automático para a tela de pagamento de transação no aplicativo do seu banco. Após a conclusão da transferência, o pagador será redirecionado para a loja virtual em que estava.

“Essa resolução estabelece que as alterações serão implementadas por fases, de maneira que as instituições tenham tempo para realizar os ajustes necessários em seus sistemas para incluir cada uma das formas de iniciação de pagamento por Pix, que vão da inserção manual até o desenvolvimento do QR Code estático e dinâmico”, explica João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br


Como será o amanhã do Blockchain?

Comércio exterior se beneficia da capacidade que a tecnologia tem de criar conexões entre os diversos atores da cadeia logística


Quando se fala em Blockchain, muitos pessoas associam a ferramenta ao setor financeiro, mas ela pode ser utilizada em várias áreas de negócio para garantir mais segurança aos processos. O Blockchain é um sistema de registro de informações que torna praticamente impossível alterar, hackear ou trapacear o sistema. Trata-se de uma cadeia de blocos digitais com código criptografado, que armazena algum tipo de dado. Assim que esse bloco for construído e validado pela rede, ele se junta à cadeia. O próximo bloco terá, além de suas próprias informações, a impressão digital do bloco anterior, de forma que esse encadeamento permita a descentralização e a segurança dos dados.

A tecnologia começou a ser estudada nos anos 90, mas foi com o surgimento da moeda criptografada, o Bitcoin, que ela se tornou relevante. Desde então, várias aplicações vêm sendo desenvolvidas e extrapolam o ambiente financeiro. O Blockchain facilita o registro de transações e rastreamento de ativos tangíveis (casa, carro, imóvel, dinheiro) e intangíveis, tais como patentes, criação de marcas e direitos autorais. No ano passado ganhou força a venda de memes e de obras de arte digitais por NFT, ou token não fungível, que utiliza Blockchain. A obra de arte não existe fisicamente, mas o comprador recebe um arquivo criptografado com a imagem original e as linhas de código do NFT, que é totalmente único e serve como certificado de posse e de autenticidade.

Uma das principais vantagens do Blockchain é a possibilidade de fazer uma transação sem intermediários, o que garante mais agilidade e custos menores. O comércio exterior é um segmento que está investindo na transformação digital, que inclui a adoção do Blockchain na importação e exportação. Atualmente, o Portal do Comércio Exterior permite que até 30% do valor total das importações nacionais sejam registrados em Blockchain.

No Brasil, a utilização da tecnologia no comércio exterior foi regulamentada pela Polícia Federal em novembro de 2020. Com a ferramenta, a validação de documentos nas aduanas se torna menos burocrática e mais ágil, além de eliminar um grande volume de papel exigido nas transações. O objetivo é assegurar a autenticidade e segurança dos dados aduaneiros compartilhados, inicialmente, entre os países do Mercosul. A expectativa é ampliar as conexões com outros blocos econômicos para facilitar e fomentar o comércio internacional.

Por meio da ferramenta Blockchain é possível interligar exportadores, linhas de navegação, operadores portuários e terminais, transporte terrestre e autoridades alfandegárias, que passam a acompanhar o envio de dados em tempo real. Dessa forma, os processos se tornam mais fluidos e seguros, contribuindo para a prevenção de crimes.

Com a digitalização dos fluxos de documentação, a ferramenta gera insights em toda a cadeia de comércio internacional. A tendência é que mais integradoras de processos logísticos passem a adotar este tipo de plataforma para que tenham um acompanhamento mais eficiente e amplo de todo o processo de transporte de produtos, da saída do exportador até a efetiva entrega ao importador.

Independentemente da indústria, o futuro do Blockchain é promissor. Em seu relatório Worldwide Blockchain Spending Guide, a consultoria IDC aponta que as organizações em todo o mundo devem gastar com a tecnologia cerca de US$ 7 bilhões, um aumento de mais de 50% em relação ao ano passado. Até 2024, a previsão é de uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 48%.

A experiência comprovada do Blockchain em algumas áreas tem levado várias empresas a vislumbrarem sua utilização como um diferencial de mercado, na medida em que combina aumento de produtividade das equipes, eficiência de ponta a ponta e alto nível de segurança. Como a rede não está centralizada em nenhum lugar, qualquer tentativa de invasão é reconhecida pelo sistema, que trava automaticamente, em questão de segundos, para evitar fraudes e prejuízos.

O uso do Blockchain é um processo evolutivo e um caminho sem volta. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, até 2025, 10% do PIB global estará registrado nesses blocos digitais. Ao simplificar a gestão e oferecer novos modelos de negócios, inclusive no segmento de comércio exterior, a tecnologia tende a se consolidar como uma aliada de peso nas transformações essenciais à nova economia, que demandará cada vez mais modelos colaborativos, inovadores, sustentáveis e transparentes.




 Alexandre Pimenta - CEO da Asia Shipping, maior integradora logística da América Latina e a única da região presente no Ranking dos 50 maiores agentes de carga do mundo.

 

Atletas do skate, a geração Z nas corporações e lições para as marcas


Uma das coisas que mais alegrou a vida dos brasileiros, em tempos tão difíceis, foram os jogos olímpicos Tóquio 2020. Destarte, algumas das cenas mais deliciosas de se ver foram as das atletas que competiam no skate, nas modalidades street e park, as quais também chamaram atenção por serem extremamente jovens.

Na modalidade street, a brasileira Rayssa Leal, conhecida também como Fadinha do skate, com 13 anos, se tornou a pessoa mais jovem a conquistar uma medalha olímpica pelo Brasil, ao levar a prata. Além de Rayssa, o pódio foi dividido pelas japonesas Momiji Nishiya (ouro), também de 13 anos, e Funa Nakayama, de 16 anos (bronze). Foi o pódio mais jovem da Olimpíada, até o presente momento, totalizando 42 anos entre as atletas, ao somar a idade das três.

A modalidade park do skate não ficou muito atrás, tornando-se o segundo pódio mais jovem dos jogos: as japonesas Sakura Yosozumi, de 19 anos (ouro) e Cocona Hiraki, de 12 anos (prata) e a britânica Sky Brown, de 13 anos (bronze), totalizaram 44 anos, com a soma de suas idades.

O que nos encantou, ao assistirmos os jogos olímpicos, foi a alegria dessas jovens, a paixão pelo skate e o espírito de equipe entre as participantes desse esporte, as quais, embora rivais, torciam genuinamente umas para as outras, tornando o ambiente leve e nos deixando até com vontade de praticar o esporte.

Nota-se que as atletas supracitadas têm algo em comum: todas fazem parte da mesma geração, a Geração Z.

Só para contextualizar, os grupos etários, também conhecido como Gerações, apresentam valores, necessidades e padrões de comportamento semelhantes, formando assim uma subcultura que pode conter importantes segmentos de mercado, afinal, cada grupo etário sofreu grandes influências e foi marcado por fatos históricos, tecnologia, valores, atitudes e predisposições de uma época.

As gerações são divididas da seguinte forma:

Baby Boomers: são pessoas nascidas no período após a Segunda Guerra Mundial, de 1946 a 1963 (algumas literaturas falam que é até 1964).

Geração X: nascidos entre 1964 (algumas literaturas falam que é a partir de 1965) e 1979

Geração Y (Millenials): composta por pessoas nascida entre 1980 e 2000. Alguns autores também alegam que a geração Y nasceu de 1980 e 1995.

Geração Z: nascidos de 1995 até 2010, ou de até 2000 até 2010.

Geração Alpha: nascidos pós 2010, ainda crianças e pré-adolescentes.

Os Z-lenials, ou nativos digitais, estão cada vez mais "on" no mercado de trabalho e como shoppers (compradores), e nós, das gerações anteriores devemos estar antenados na maneira com a qual trabalharemos com esses jovens, bem como tornaremos as nossas marcas mais atrativas aos seus olhos.

Por lidar diariamente com a Geração Z, percebo que eles focam apenas naquilo que realmente lhes interessa: se eles não vêm motivo e importância para fazer algo, eles não vão fazer. Logo, nós temos que vender muito bem a nossa ideia para que eles possam executá-la, afinal, se não encontrarem um sentido, não vão realizar a tarefa. Precisam entender o porquê das coisas. Isso também serve para as marcas que trabalham com essa geração: eles necessitam entender qual é o propósito daquela marca, e não adianta inventar qualquer história, pois eles vão descobrir a verdade, afinal, são muito críticos, questionadores e vão atrás da informação (quando esta é de seu interesse). E se uma marca ou alguma coisa não os agrada, eles sabem prontamente dizer não: são muito transparentes e não são tão bons em serem políticos, como a Geração Baby Boomer, por exemplo.

Os jovens dessa geração gostam de viver e mostrar aquilo que de fato eles são: podemos ver essa característica no retorno de Fadinha ao nosso país, afinal, ela não quis posar para fotos ao lado de políticos de sua cidade, pois quando ela precisava de patrocínio e auxílio da secretaria de esportes do município, solicitados pelo seu pai, não obteve ajuda. E eles esperam essa mesma atitude transparente das marcas.

Por conta da sobrecarga de informações que recebem diariamente, além de focarem no que é de seu interesse, os Z procuram, de maneira corriqueira, momentos de diversão e formas de fazer mais rápido, melhor e de maneira mais divertida uma tarefa, na sua vida social, no local de trabalho ou mesmo nas suas compras. Valorizam experiências incríveis e significativas na sua vida. Em entrevista para o Globo Esporte, após a conquista da prata nas Olimpíadas, Rayssa afirmou que "só me diverti, é o que eu mais sei fazer".

Portanto, para se conectarem com a Geração Z, além de engajadas em causas sensíveis, que podem mudar o mundo, essas marcas precisam ser divertidas e tornar a vida dos Z mais leve. Experiência de compra também é algo que deve ser levado em conta.

Ademais, os Z-lenials, não querem marcas perfeitas: eles gostam de marcas que sejam verdadeiras e que se mostre genuinamente "gente como a gente", trabalhando com causas sociais e ambientais, que debatam pautas importantes, como diversidade, desmatamento e aquecimento global, desigualdade social, racismo e machismo. Marcas que não tenham medo de expor suas vulnerabilidades, as quais quando erram, pedem desculpas legítimas e mostram com atitudes o que estão fazendo para se redimir.

Um exemplo muito interessante de vulnerabilidade foi praticado pela Nubank. A fundadora da fintech, Cristina Junqueira, numa entrevista para o Roda Viva em outubro de 2020, disse que é difícil contratar negro e que não queria "nivelar a vaga por baixo", já que uma das jornalistas a questionou que havia muitas exigências para contratação na empresa. A fala racista não pegou nada bem, Cristina viu que errou, pediu desculpas e fez um plano de ação, assinando um Compromisso com a Diversidade na fintech, cuja meta é contratar pelo menos 2 mil funcionários negros, até 2025, já que construir times fortes e diversos sempre foi um dos pilares da empresa.

Errar, assumir que errou e fazer algo que repare ou minimize o erro: são de marcas assim que a os Z gostam de consumir e trabalhar. O famoso conceito de antifrágil: ter vulnerabilidades, reconhecê-las e ter a humildade de assumir os erros e buscar melhorá-los.

Por qual motivo os Z-lenials são assim? Essa geração é muito marcada por mudanças políticas, sociais e tecnológicas que influenciaram e alteraram as suas crenças e formas de viver. Sempre conheceram um mundo instável e estão acostumados à turbulência que os rodeia. Logo, esses jovens encaram o mundo de uma forma mais pragmática e realista do que os seus pais, pois passaram por dificuldades, desde muito cedo.

Além do mais, a geração Z também gosta de viver o "agora" e as suas necessidades têm que ser satisfeitas de imediato. Portanto, cabem às marcas atuarem em múltiplos canais para satisfazerem suas necessidades, além de terem um canal de comunicação rápido e aberto com esses indivíduos.

Os Z-lenials são jovens ativos, multifacetados, conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. É uma geração empreendedora e inovadora, que procura deixar a sua marca pessoal em tudo que faz. Notem que a Fadinha, ao mesmo tempo que escuta suas músicas favoritas em seus treinos, também entre uma pausa e outra consegue fazer conteúdo no TikTok, inclusive com sua amiga e rival nas pistas, Margielyn Didal, filipina que fez muito sucesso na categoria street, e conversar com seus fãs. E as marcas precisam ser autênticas, não necessariamente .

Por se conectarem muito cedo nas redes e se comunicarem com pessoas do mundo inteiro, os Z têm menos dificuldade de trabalhar em equipe e com diversidade do que as gerações anteriores. Por isso, foi lindo ver o espírito de equipe entre as atletas do skate: trabalhar em equipe e com multiculturalismo é algo que já faz parte de seu mundo desde seus primórdios.

Assim sendo, essa geração está habituada a se comunicar por vídeos e imagens (vide o TikTok), reduzindo o número de palavras utilizadas, onde o segredo é simplificar a forma como se comunica com eles. Como são nativos digitais, a tecnologia já faz parte do seu dia a dia, e expor um pouco mais da sua vida nas mídias sociais. Marcas que trabalham com a Geração Z: parem de "torcer o nariz" para essa mídia e tentem se inteirar com seu formato e linguagem, indo muito além das dancinhas.

Portanto, o skate fez com que o mundo parasse de criticar gratuitamente os jovens da geração Z e passasse a admirá-los, por seu jeito divertido, leve, ao mesmo tempo crítico, com consciência de mundo e sincero. A lição que esse esporte e suas atletas deixam às marcas e empresas é que estas precisam genuinamente ter um propósito e serem autênticas, sendo sensíveis às causas que abalam o mundo, e fazendo a diferença para tornar este um lugar melhor para se viver.

E não importa se, no meio do caminho, essa marca errar, afinal, errar é humano, mas ela precisa assumir seus erros e tomar atitudes rápidas que os minimizem ou os contornem.

As marcas não devem ter medo de se expor virtualmente e devem ficar atentas às novas formas de se comunicar prontamente nas mídias sociais (Tik Tok), indo muito além de "dancinhas", estabelecendo conexões legítimas com os Z-lenials.




Mariana Munis - professora de Marketing e Comportamento do Consumidor da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Campinas.

As lições da pandemia

Nunca uma doença, em tão curto espaço de tempo, mobilizou tantos países (quase todos) para o desenvolvimento de soluções inusitadas contra o maior mal do planeta neste século até aqui. A pandemia provocada pela Covid-19 acelerou as incertezas e aumentou os desafios. O que se sabia de outras doenças pouco se aproveitou para sanar esta mazela, exceto os protocolos de convívio hospitalar e fora deste ambiente.

A logística foi arduamente penalizada em toda a cadeia de suprimentos, de ponta a ponta, desde o contato com embalagens de consumo até a distribuição e seu descarte com vários estágios de higienização. Os almoxarifes que lidavam com papeis avançaram para a digitalização, daí a grande utilização de álcool em gel em tudo.

Ou seja, uma dificuldade gerou desafios que atingiram todos os campos do conhecimento da ciência. Muitos estudos ainda estão em análise e a experimentação e as possibilidades de tratamento do coronavírus poderão desenvolver soluções para outros males, presentes na humanidade.

É difícil acreditar que precisou de mais de 500 mil mortes no Brasil para se reunir estudos que irão salvar outras tantas vidas de pessoas nos próximos anos com as soluções obtidas até o momento.

O que teria levado um ex-presidente americano a não isolar um país ou região (lockdown) por 15 dias e conter o avanço ou disseminação dos vírus?  A acreditar que seria uma simples gripezinha e que não pegaria em “machos”, coisa que fez milhares de pessoas relaxarem ou abandonarem as precauções necessárias?

Imensa perda está na geração “nem-nem” que, desestimulada pela baixa oferta de oportunidades, não está nem estudando e nem criando soluções para novos negócios, ou seja, empreendendo por conta própria até conquistar um sócio ou investidor parceiro que acredite no seu negócio.

O livro que escrevi recentemente, “Uma Autobiografia de Meus Primeiros 70 Anos”, conta diversos casos de passagens desafiadoras na criação do Grupo IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais).

Ao longo dos últimos 40 anos, a tecnologia abortou alguns modelos, como os cursos presenciais, mas criou a opção de treinamentos e eventos online, que se consagrou. Afinal, quem atualmente viajaria horas em um avião e pernoitaria em hotéis para assistir um seminário de um ou dois dias e retornar à sua origem? Este turismo de negócios em busca de conteúdo pode e está sendo obtido por meios alternativos ao presencial e até com networking virtual.

 


Reinaldo A. Moura - engenheiro industrial, ex-professor universitário, escritor , fundador do Grupo IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais) e autor do livro “Uma Autobiografia dos meus Primeiros 70 anos”

 

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