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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Lente elimina miopia durante o sono


Indicada para crianças e adolescentes com até 6 de miopia, também pode ser usada por adultos que não podem fazer cirurgia refrativa, ou queiram se livrar dos óculos de leitura pela técnica da monovisão.

 

Guilherme Pauleto (15) ficou míope no começo da adolescência. Para alegria dele se livrou dos óculos há quatro meses quando começou a usar uma lente de contato que tem um nome estranho – ortoceratológica.  “Foi o melhor acontecimento da minha vida. Usar óculos estava me irritando”, conta. “Agora coloco a lente a noite antes de ir dormir e tiro de manhã sem miopia, enxergando tudo”, afirma sorrindo. “E tem mais. Todo ano eu trocava de óculos porque o grau aumentava. Este ano o grau continua o mesmo”, comemora.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas o segredo da lente é a remodelagem da córnea que tem uma camada externa bastante elástica. No míope, explica, a córnea é mais curva. Esta lente é rígida gás-permeável (RGP). Faz uma pressão positiva na porção central e negativa na periferia.  Resultado: Pela manhã quando é retirada a córnea está mais plana e a miopia desaparece temporariamente.  Por isso, deve ser usada toda noite para oferecer mais liberdade na prática de esportes, melhorar o rendimento escolar e a produtividade entre adultos.

 

Evolução

Queiroz Neto afirma que a terapia teve uma grande evolução desde que surgiu. O modelo usado por Guilherme só chegou ao Brasil no final do ano passado. O especialista diz que a principal diferença em relação às gerações anteriores é a maior transmissão de oxigênio à córnea que torna o uso mais confortável. Guilherme conta que só teve algum desconforto no início, mas agora nem sente a lente no olho.

“Isso é bastante importante porque este ano a miopia atinge no Brasil a prevalência de 27,7% segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O maior desafio é conter sua progressão que pode levar a doenças oculares graves. Um estudo realizado no Japão com 80 crianças míopes mostra que o tratamento com colírio de Atropina a 0,01 associado ao uso de lente ortoceratológica diminuiu em 38% a progressão dos graus baixos e moderados de miopia.  

 

Adaptação

O oftalmologista afirma que a A adaptação da lente noturna é feita após exame oftalmológico completo e topografia da córnea que determina como deve ser a lente para corrigir a miopia. Conforme a córnea altera seu formato, explica,  são feitas alterações na lente para obter  melhor correção visual. É portanto. um tratamento que requer acompanhamento médico.

 

Prevenindo complicações

Queiroz Neto afirma que as complicações do tratamento com lente ortoceratológica são idênticas às das lentes de contato comuns. Significa que quem se submete ao tratamento deve sempre lavar  as mãos com água e sabão antes de manusear as lentes, a limpeza e o enxague do estojo e lentes só podem ser feitos com solução higienizadora, o uso de soro fisiológico ou água para higienizar a lente e o estojo deve ser evitado, o rosto só deve ser lavado após retirar as lentes, a substituição do estojo é recomendada a cada 4 meses, ambiente limpo e seco é o local ideal para guardar o estojo, antes de colocar a lente é necessário instilar uma gota de colírio lubrificante ,  a qualquer desconforto é recomendado   interromper o uso e consultar um oftalmologista.

 

Como identificar a miopia em crianças

O oftalmologista explica que no olho míope as imagens se formam na frente da retina deixando as imagens distantes desfocadas. A causa pode ser genética ou ambiental. A maior causa ambiental é o excesso de esforço visual no celular ou computador que provoca miopia acomodativa. Significa que os olhos perdem a capacidade de focalizar à distância conforme ficou demostrado em um estudo realizado por Queiroz Neto com 360  crianças de 6 a 9 anos de idade. O médico ensina que os principais sinais da miopia infantil são queda no rendimento escolar, aperta os olhos para enxergar à distância, aproximar o rosto da TV, celular, livro ou caderno, evita participar de atividades esportivas coletivas.  Qualquer um destes sinais indica necessidade de consultar um oftalmologista. A dificuldade de enxergar interfere no desenvolvimento cognitivo da criança e quanto antes a miopia aparece maior é a chance de alta miopia que pode causar glaucoma e doenças na retina, importantes causas de perda irreparável da visão.


Nutrição adequada com maior nível de lactose resolve obstipação em bebês, na falta de aleitamento materno


Quando um bebê nasce é comum ter algum dos chamados “distúrbio funcional do sistema digestivo”. Apesar do nome complexo, trata-se de uma condição relativamente normal, especialmente quando o sistema digestivo da criança ainda não está totalmente formado, o que acontece nos primeiros meses de vida.

Em decorrência dessa condição, os bebês podem apresentar três problemas: cólica, refluxo e obstipação, sendo este último o menos apontado pelos pais, mas não o menos importante. A obstipação é a dificuldade ou a falta de evacuação. Nesse caso, a criança sente dor para eliminar as fezes e precisa fazer um grande esforço para isso. Tal problema ocorre devido ao pouco reflexo para eliminação das fezes ou menos movimentação do intestino que o normal.

“O ideal é oferecer à criança fórmulas nutricionais adequadas, com maior nível de lactose, o que auxilia a excreção de água no cólon e aumenta a motilidade intestinal. Estudos comprovam que 91,6% dos casos de constipação foram resolvidos dentro de 7 dias com formulação minerais essenciais, como magnésio, cálcio e fósforo, que são essenciais para a redução dos sintomas. Essa recomendação é para as crianças que não recebem leite materno, pois ele sempre será a primeira indicação”, diz o Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil.

Ainda segundo o pediatra, produtos com essa formulação reduzem a dor e a dificuldade para defecar e até ajudam a aumentar o apetite das crianças. Prof. Ancona alerta sobre as fórmulas para dois ou mais sintomas do distúrbio funcional do sistema digestivo, “pois com a melhora de um, o outro tende a piorar”. Ele informa que para resolver o problema da obstipação é necessário oferecer mais lactose, mas para cólica menos. “Logo, uma única fórmula não consegue atender os dois sintomas”, explica o especialista.

Para os bebês não mais amamentados pelas mães, é possível encontrar diversas opções de fórmulas que auxiliam o controle da obstipação. Porém, é preciso orientação do pediatra para identificar qual a opção mais adequada, pois nesses casos a fórmula substituirá o leite utilizado e, dessa forma, precisa oferecer todos os benefícios necessários e mais os específicos para a obstipação.

“Nos primeiros meses de vida, o ritmo do intestino do nenê é irregular. Somente com o tempo ele amadurece, passando a ter uma rotina. Os pais precisam ficar atentos à reação das crianças nos momentos de evacuação, pois embora não exista tratamento, há fórmulas nutricionais indicados para a redução dos sintomas”, diz o pediatra.

O especialista lembra que a obstipação não é uma doença, mas seus sintomas podem afetar a qualidade de vida do bebê e de toda a família. Com a dificuldade para evacuar, a criança tende a ficar irritada e chora mais do que o normal. Em crianças mais velhas, a obstipação pode estar associada ao medo. Por isso, o processo de deixar as fraldas precisa ser natural e tranquilo, evitando traumas na hora de ir ao banheiro.

Sinais de quando o aborto pode ser relacionado a problemas de saúde

Sofrer um aborto pode, muitas vezes, ter relação direta com a sua saúde. Uso de cigarro ou drogas, infecções causadas por vírus ou bactérias, estresses ou a própria idade da mulher podem causar o aborto espontâneo, que é definido pela perda antes da gestação chegar as 22 semanas. Quando isso acontece, na maioria das vezes é porque o feto não está se desenvolvendo normalmente e a mãe não pode fazer nada para controlar.

Os principais sintomas são dores abdominais forte e sangramento vaginal, mas existem algumas manifestações para a mulher ficar atenta. A Dra Evelyn Prete, obstetra e ginecologista listou alguns sinais de quando esse aborto espontâneo pode ser relacionado com problemas de saúde.

 

  1. Problemas na formação do útero

Existem problemas no útero que podem ser responsáveis pelos abortos espontâneos, como a insuficiência Istmo-cervical, útero bicorno, septado, arqueado, deformação no endométrio causada pela presença de pólipos ou miomas que dificultam a implantação do embrião no útero. Na maioria dos casos é preciso realizar uma cirurgia para melhorar a anatomia do útero, permitindo então uma gravidez saudável.

 

  1. Café em excesso

Além do consumo exagerado de bebidas alcoolicas, o consumo excessivo de cafeína também está relacionada ao aumento de casos de aborto espontâneo. Na gestação, a quantidade de cafeína não pode ser maior que 4 xícaras de café expresso por dia.

 

  1. Problema na tireoide

Muitas mulheres tem alterações na tireoide e nem sabem. É muito importante que ela seja identificada pelo endocrinologista e ele indique medicamentos para ajudar a regular níveis de hormônios tireoidianos circulantes, diminuindo o risco de acontecer o aborto.

 

  1. Problemas de saúde

Estar abaixo ou com excesso de peso aumenta o risco de aborto espontâneo. A idade acima dos 35 anos, hipertensão, diabetes, doenças auto imunes como lúpus, doenças hematológicas, como as trombofilias, aumentam significativamente a chance da mulher passar por um abortamento espontâneo.

 

  1. Remédios sem orientações médicas

Tomar remédios por conta própria e sem orientações de médicos também podem causar o aborto. Por exemplo: usar remédios hormonais durante a gestação causa alteração no desenvolvimento da gestação por conta da falta de progesterona.  Anticonvulsivantes, antidepressivos, anti-inflamatórios  também estão associados com alterações na gravidez e no bebê. Consulte seu ginecologista para qualquer indicação de remédios permitidos durante a gravidez.

 

 


Evelyn - formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Perola Byngton e Unifesp. No momento está se subespecializando em Medicina Fetal pela Unidade de Medicina Fetal da Conceptus.


Estudo da Universidade de Queensland inverte o relógio reprodutivo em ratos

NAD -- Ilustração: American Chemical Society

Pequenas doses de um composto metabólico reverteram processo de envelhecimento dos óvulos; IPGO já o utiliza em tratamentos de FIV

 

Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, elevaram as taxas de fertilidade em fêmeas de ratos mais velhas com pequenas doses de um composto metabólico na alimentação dos animais que reverteu o processo de envelhecimento dos óvulos. O resultado dá mais esperanças para algumas mulheres que lutam para engravidar. O estudo descobriu que este tratamento não invasivo poderia manter ou restaurar a qualidade e o número de óvulos e aliviar a maior barreira à gravidez para mulheres mais velhas.

A pesquisa, divulgada em julho deste ano, descobriu que a perda da qualidade dos óvulos por meio do envelhecimento se devia a níveis mais baixos de uma determinada molécula em células críticas para a geração de energia. Os pesquisadores começaram a investigar se o processo de envelhecimento reprodutivo poderia ser revertido por uma dose oral de um composto 'precursor' - utilizado pelas células para criar a molécula. Óvulos de qualidade são essenciais para o sucesso da gravidez porque fornecem praticamente todos os blocos de construção exigidos por um embrião. A molécula em questão é conhecida como dinucleótido de nicotinamida adenina (NAD) — que pode aumentar o nível da fertilidade — por meio de doses orais de um composto precursor denominado nicotinamida mononucleotídeo (NMN).

O estudo confirmou que a fertilidade começa a diminuir a partir de cerca de um ano de idade nas fêmeas de ratos devido a defeitos na qualidade dos óvulos semelhantes às mudanças observadas em óvulos humanos de mulheres mais velhas. E a má qualidade dos óvulos se tornou o maior desafio enfrentado pela fertilidade humana nos países desenvolvidos. Isso porque mais mulheres estão pensando em engravidar mais tarde.  Uma em cada quatro mulheres na Austrália, país onde o estudo foi realizado, que se submetem ao tratamento de fertilização in vitro têm 40 anos ou mais, o que não difere muito do que ocorre em outras partes do mundo, como aqui no Brasil.

Atualmente, o processo entre uma doadora e uma receptora é feito por meio da fertilização in vitro. A doadora passa por um processo de indução da ovulação. Paralelamente, a receptora recebe hormônios que preparam o endométrio para aceitar os embriões. Enquanto os óvulos se desenvolvem na doadora, o endométrio da receptora fica mais espesso a cada dia. Quando os óvulos da doadora forem aspirados, parte deles será encaminhada para a receptora e fertilizados com o sêmen do próprio marido. A seguir, os embriões são transferidos para a paciente.

Porém, a FIV não pode melhorar a qualidade dos óvulos das pacientes mais velhas. As descobertas da pesquisa australiana, no entanto, sugerem que há uma oportunidade de restaurar a qualidade dos óvulos e, por sua vez, a função reprodutiva feminina usando a administração oral de agentes de fomento da fertilização in vitro - que seria muito menos invasivo do que a FIV em si.

“Já utilizamos o NAD nos procedimentos feitos na clínica do IPGO. Esta pesquisa é mais uma prova que o dinucleótido de nicotinamida adenina pode ajudar a preservar a fertilidade e fazer com que o tratamento em pacientes com idade mais avançada seja um sucesso. O NAD foi além da promessa. É algo que vale a pena investir, como estamos fazendo, e este estudo australiano veio para corroborar que estamos no caminho certo”, afirma Arnaldo Cambiaghi, especialista em ginecologia e obstetrícia com certificado de atuação na área de reprodução assistida e responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

 

 


Arnaldo Schizzi Cambiaghi- responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO, ginecologista obstetra com certificado em reprodução assistida. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros.  


Pesquisa revela preocupação com imunidade e nutrólogo aponta vitaminas essenciais para prevenção de doenças

Levantamento nacional da ABIAD destaca que 76% dos entrevistados intensificaram cuidados com a saúde durante a pandemia; Dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, listou aliados que têm respaldo da ciência para imunidade, prevenção de dores crônicas, mobilidade e são fontes de energia

 

De acordo com números recentes de uma pesquisa nacional feita pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais (ABIAD), 76% dos entrevistados afirmam ter intensificado os cuidados com a saúde durante a pandemia, sendo que 91% apontaram como principal motivação o aumento da imunidade.

Ainda segundo a pesquisa, essa preocupação fez com que 48% dos consumidores de suplementos aumentassem o uso durante a pandemia. Diante deste crescimento de demanda, comprovado pela rotina clínica do consultório, o Dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, fez um levantamento com respaldo da literatura médica para esclarecer as principais dúvidas dos consultórios e apontar os verdadeiros aliados entre vitaminas e minerais no combate às queixas de maior incidência.

"As pesquisas mostram que a pandemia impulsionou a busca por suplementos, não só visando à imunidade, mas também à prevenção de doenças e dores crônicas, mobilidade e falta de disposição. É importante separar o que realmente tem comprovação científica das fake news", afirma Dr. Magnoni.


Vitaminas e minerais recomendados

Segundo o nutrólogo, o bom funcionamento do organismo depende muito do consumo adequado de vitaminas e minerais. "Quem não consegue manter uma dieta equilibrada e tem déficit de nutrientes deve buscar orientação médica para suprir estas carências e fortalecer a saúde", orienta o nutrólogo. "A ciência da nutrição evoluiu demais neste quesito, com formatos mais práticos de suplementação. Se antes as pessoas reclamavam por ter de recorrer a vários comprimidos de difícil ingestão, hoje há, por exemplo, uma nova geração de suplementos vitamínicos em gomas com doses concentradas que entrega as necessidades diárias de vitaminas e minerais", explica Dr. Magnoni.

Baseado na literatura médica, o chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese listou as principais vitaminas e minerais para fortalecer a saúde e prevenir doenças:

 

1-) Imunidade - para o bom funcionamento do sistema imunológico, recomenda-se manter os níveis adequados das vitaminas C, D3, E, bem como dos minerais Zinco e Selênio.

Importante ressaltar as respectivas finalidades baseadas na ciência da nutrição:

• Vitamina C - Solúvel em água, esta vitamina é muito importante na função dos leucócitos, que formam as defesas do organismo, por isso tem o papel de auxiliar com a imunidade e disposição. (4)

• Vitamina D - Este hormônio foi classificado como vitamina e é sintetizado pela exposição à luz solar. É um importante regulador do sistema imune e auxilia com a absorção de minerais como o cálcio, fundamental na formação de ossos e dentes. Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência ou insuficiência de vitamina D. (4)

• Vitamina E - Melhora a resposta imune celular e diminui a produção da prostaglandina E2 em idosos, que favorece infecções. É uma das vitaminas em que a suplementação em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune. (4)

• Zinco - auxilia no funcionamento do sistema imunológico, pois as células desse sistema contêm enzimas que precisam de zinco para funcionar. Auxilia na cicatrização de ferimentos e fortalecimento de unhas e cabelo. (4)

• Selênio - Elemento essencial para o sistema imune, tanto inato quanto adquirido, com papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA. Atua como cofator de um grupo de enzimas que contribuem para proteger as células de dano oxidativo. (4)

2-) Saúde Óssea - prevenção de fraturas - a preocupação com o fortalecimento músculo-esquelético deve começar no início da fase adulta. Neste aspecto, a ingestão correta de cálcio e de vitamina D3 (que auxilia na absorção do cálcio, conforme citado acima) podem auxiliar de forma significativa na prevenção da perda de massa óssea.

• Cálcio - Ideal para manter a saúde óssea e auxiliar diretamente na prevenção de osteopenia e osteoporose, principalmente entre o público 60+. A combinação entre cálcio e a Vitamina D3 é fundamental para o metabolismo ósseo e a deficiência de um deles prejudica esse processo. (1)

3-) Dores nas articulações e Mobilidade - a prática de exercícios de alta intensidade, excesso de peso e desgaste natural com avanço da idade são fatores que podem gerar dores e comprometer a mobilidade. Considerado uma das grandes inovações da ciência nutricional, o colágeno tipo 2 tem um papel essencial para preservar o bom funcionamento das articulações.

Colágeno tipo2 - Atua como protetor nas articulações, principalmente nos joelhos e no alívio sintomático em quadros de dor promovendo significativa melhora nos sintomas de osteoartrite e osteoporose. Sua suplementação é indicada principalmente nestes casos. (2)

4-) Falta de disposição - o período de pandemia somado a questão das limitações de deslocamentos pela cidade fizeram com que as pessoas ficassem mais reclusas em seus lares, longe da rotina de atividades físicas e, em muitos casos, se alimentando em excesso. Diante desta equação, é comum sentir-se sem energia, com falta de disposição. Neste sentido, as vitaminas do complexo B e a taurina, isoladamente como um antioxidante, são grandes aliadas.

Vitaminas do Complexo B - Cada uma tem sua especificidade e maneira de atuação no organismo, mas, de forma geral, auxiliam com a absorção e ativação de nutrientes, atuam na proteção e no desenvolvimento de neurônios, formação de hemácias, que são as células vermelhas do sangue. (3)

Taurina - Devido às boas funções fisiológicas, tornou-se um ingrediente funcional muito utilizado em bebidas energéticas, que auxilia no desempenho esportivo e na recuperação após as atividades físicas. (5) Não é recomendado seu consumo associado a estimulantes de reconhecido impacto nas funções cardiometabólicas como, por exemplo, a cafeína.

 

 

Referências

(1) Impacto dos nutrientes na saúde óssea: novas tendências; Glaucia Queiroz Morais, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos

(2) Suplementação com colágeno como terapia complementar na prevenção e tratamento de osteoporose e osteoartrite: uma revisão sistemática; Elisângela Porfírio, Gustavo Bernardes Fanaro

(3) Vitaminas do complexo B; Helio Vannucchi, Selma Freire de Carvalho da Cunha, Paula Lumy Takeuchi

(4) Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel

(5) Efeito da ingestão de taurina no desempenho físico: uma revisão sistemática; J.C. Pereira, R. G. Silva, A.A. Fernandes e J.C.B. Marins


DPOC: mais de 40 mil mortes por ano no Brasil

Médico alerta para os 70% dos casos sem diagnóstico, e chama a atenção dos estudantes de medicina e da população sobre a enfermidade que será a terceira principal causa de mortes em 2030

 

Caracterizada por um conjunto de enfermidades que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração, a DPOC é mais conhecida pelo enfisema e a bronquite, no entanto pode se manifestar de formas mais complexas como apenas com infecções pulmonares de repetição e problemas cardíacos secundários à doença pulmonar.

Apenas no Brasil, mais de 6 milhões de pessoas são atingidas e mais de 40 mil morrem por ano vitimas da DPOC. Sem cura, os principais sintomas são: tosse (com e sem catarro) e cansaço, descrito por muitos como falta de ar, que pode ser constante. A causa mais comum é o tabagismo, responsável por 80 a 90% dos casos.

O professor da plataforma de streaming voltada aos estudantes de medicina, Jaleko, Dr. Gabriel Leitão, ressalta a importância da preparação dos futuros médicos, uma vez que 70% dos casos não são diagnosticados. Para entrar no combate ao tabagismo e prevenção do DPOC, Dr. Leitão afirma que o conteúdo disponível na grade da plataforma é vasto e direcionado a todos os tipos de alunos, desde os que pensam em se especializar, até outros profissionais da área da saúde.

 

“É uma doença em ritmo crescente de letalidade e, paralelamente a isso, estima-se ainda uma alta taxa de subdiagnóstico. No entanto, temos visto cada vez mais novas modalidades terapêuticas que têm aumentado a qualidade de vida desses doentes. Os futuros profissionais de saúde não só serão cobrados do conhecimento dessas ferramentas nos seus ambientes de formação e trabalho, como também têm a responsabilidade de colocá-las em práticas para reduzir o impacto dessa patologia tão limitante.“ – Gabriel Leitão (médico e curador de clínica médica do Jaleko)

 

As perguntas certas a fazer aos pacientes com suspeita de DPOC, e que sinalizam alguns sintomas aos quais a população deve ficar alerta, são: quantas vezes você tosse por dia? Produz catarro ou muco com frequência? Fica sem fôlego facilmente? É fumante ou ex-fumante? Respostas positivas, especialmente nos indivíduos com mais de 40 anos, podem nos dar pistas daqueles que irão se encaixar no diagnóstico de DPOC.

Já para os pacientes o Dr. Leitão traz alguns alertas. “Para combater às enfermidades é preciso entender alguns fatores de risco como o tabagismo; a exposição à poluição, gases e substâncias tóxicas; além de outros inerentes como o próprio envelhecimento”.

Em relação à qualidade de vida dos pacientes, uma vez que essas doenças não têm cura, a primeira coisa a se fazer é interromper a exposição ao causador, principalmente parar de fumar. Mesmo nos pacientes que já tem a doença, essa medida diminui o risco de morte e debilidade. As drogas broncodilatadoras desempenham um importante papel no alívio dos sintomas e, em casos mais graves, a oxigenioterapia e técnicas de reabilitação respiratória podem ser usadas para aumentar a sobrevida dos indivíduos acometidos. No entanto, nenhuma atitude deve ser iniciada sem o correto diagnóstico e acompanhamento de um médico.

 


Doutor Gabriel Leião - médico e curador da plataforma de streaming Jaleko


Dia Mundial de Luta Contra a Aids - Entenda como a alimentação pode ajudar a aumentar a imunidade e fortalecer o combate as complicações da doença

Na próxima terça-feira, 1º, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data não só ressalta a relevância da prevenção contra o vírus HIV, como também lembra sobre a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis para a manutenção da qualidade de vida de pacientes soropositivos.

O vírus HIV causa prejuízos ao sistema imunológico de seus portadores, fazendo com os mesmos se tornem suscetíveis a doenças oportunistas. Caso a infecção não seja identificada em seu início e o paciente não procure por tratamento, ela pode evoluir para uma fase mais crítica, que é conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ou Aids. E é justamente por essa razão que os portadores do vírus devem se adequar a um estilo de vida mais saudável para fortalecer os seus sistemas imunes.

De acordo com o clínico geral e CEO da Clínica Penchel, Lucas Penchel, a alimentação saudável possui um poderoso papel na inibição do desenvolvimento das complicações provocadas pela Aids, pois uma nutrição apropriada e satisfatória revigora e consolida as defesas do corpo, fornece a energia necessária para a execução de atividades físicas e cumprimento de tarefas cotidianas, e ainda ajuda a prevenir doenças crônicas como diabetes, insuficiência hepática ou doenças do coração. “É preciso ressaltar que o uso dos antirretrovirais é primordial para o controle da carga virótica e redução das chances de ocorrência de infecções. No entanto, uma boa dieta alimentar, além de nutrir o organismo, também auxilia na minimização dos efeitos colaterais destes medicamentos e proporciona maior disposição para a rotina diária”, explica.

Segundo o médico, o HIV pode fazer com que o metabolismo se torne mais rápido, contribuindo assim para a perda de peso ou até mesmo na construção de um quadro de desnutrição. “Em alguns casos, o paciente pode seguir caminho contrário e sofrer de excesso de peso. Por isso, é essencial que os pacientes soropositivos mantenham o acompanhamento regular com um infectologista e também com um nutricionista, participando de consultas a cada seis meses. Dessa forma, o profissional conseguirá fazer modificações na alimentação do paciente de forma a prevenir e tratar possíveis problemas que eventualmente surgirem”, destaca.

Conforme Penchel, é interessante que os pacientes comam pequenas porções a cada três horas, optando por pratos bem diversos e coloridos, compostos por alimentos ricos em proteínas e gorduras boas, como as carnes magras, peixes e queijos brancos. “Também é recomendável a ingestão de frutas, legumes, vegetais e alimentos integrais e fibrosos, e a diminuição do consumo de frituras e comidas ultraprocessadas e com muitos conservantes.  É indispensável que os pacientes reduzam o consumo de sal e açúcar refinado, e bebam ao menos 2 litros de água por dia, complementando a hidratação com outros líquidos como a água de coco, chás e sucos naturais”, aconselha.    

Alimentos com ação anti-inflamatória, como a acerola, goiaba, laranja e abacaxi, e ainda os que são ricos em ômega 3, como o salmão, sardinha, atum, chia, linhaça e gergelim também são ótimas alternativas, pois asseguram a proteção de órgãos como o coração, fígado, intestino e pâncreas, e atenuam os riscos de doenças cardiovasculares.

Por fim, Lucas Penchel lembra que os cuidados com a higienização dos alimentos também são muito importantes, pois o consumo de algo contaminado pode causar vômitos, diarreias e infecções intestinais, sintomas perigosos para pacientes soropositivos. “Os alimentos e os utensílios envolvidos na preparação dos mesmos devem ser bem lavados e mantidos fora do alcance de insetos. Carne e ovos crus devem ser evitados na dieta. Para fatiar legumes, verduras ou algum tipo de proteína é preferível o uso de tabuas plásticas ou de vidro, mas logo em seguida, tudo precisa ser limpo adequadamente”, conclui.


Pacientes com câncer de próstata ou mama podem ter cerca de 50% de sobrevida com exercícios físicos

Estudos apontam que exercícios físicos reduzem os riscos de desenvolvimento, mortalidade e reincidência de diferentes tipos de câncer. Mas especialista alerta: pesquise um profissional que saiba prescrever treinos nessa situação. Exercícios incorretos podem provocar efeito contrário

 

 Canva
Há evidências crescentes de que exercícios físicos regulares podem influenciar no desenvolvimento do câncer ou na taxa de crescimento do tumor, uma vez que a malignidade tenha iniciado. Dados publicado no artigo ‘Physical Activity in Cancer Prevention and Survival: A Systematic Review’ (Atividade Física na Prevenção e Sobrevivência do Câncer: uma revisão sistemática), pela American College of Sports Medicine, que analisou centenas de estudos epidemiológicos sobre o assunto, apontam que praticantes de atividades físicas têm até 20% menos risco de desenvolver variados tipos da doença.

O trabalho ainda traz números da correlação entre a atividade física e a sobrevida de pacientes. Estando em segundo lugar no ranking de incidência entre homens no mundo, inclusive no Brasil, o câncer de próstata pode ser menos fatal para os praticantes de exercícios físicos, que têm 49% menos risco de mortalidade por diferentes causas e 38% pelo próprio câncer. Para o câncer de mama, a redução é de 48% e 38%, respectivamente.

Aliado do tratamento - Mas por que é tão importante treinar quando é descoberta a doença? De acordo com Fabio Ceschini, especialista em fisiologia do exercício e fundador do Viajando pela Fisiologia, projeto de capacitação em prescrições de treinos, sobretudo de exercícios físicos para alunos com doenças crônicas, uma das razões é que a contração muscular ocasionada pelo exercício produz proteínas chamadas de Miocinas que têm função anti-inflamatória e atuam em vários órgãos do corpo, como cérebro, fígado, tecido adiposo, intestino, pâncreas e ossos, colaborando na prevenção e no tratamento do câncer.

Ceschini também explica que o tratamento da doença impacta na perda da capacidade de transporte de oxigênio, fadiga e risco cardiovascular, o que significa menos autonomia funcional e, portanto, mais sedentarismo, perda de massa muscular e maior suscetibilidade a outras doenças. "O exercício físico nesse caso cumpre o papel de fortalecer o organismo para responder aos impactos da doença e aos efeitos colaterais do medicamento ou procedimentos no organismo. Há uma melhora significativa na incontinência urinária, comum após a prostatectomia (cirurgia na próstata), por exemplo", informa.

O especialista destaca ainda que o paciente que continua treinando no período pós-tratamento tem menos risco de ter uma reincidência do Câncer.

De olho no profissional - Ceschini orienta que a escolha do professor de educação física nesta situação será crucial. Segundo ele, poucos profissionais da área têm conhecimento específico sobre prescrição para doenças crônicas e, principalmente, câncer. "No caso do câncer, se feito um treinamento incorreto, com excesso de volume e intensidade, isso poderá alterar de forma significativa o tratamento, interferindo na ação do fármaco ou mesmo colaborando para o aumento de um tumor", frisa.

Em um levantamento realizado com 610 profissionais de educação física, de 74 academias de São Paulo, relacionado ao conhecimento sobre prescrição de treinos para alunos que estão em tratamento do câncer, apenas 9% disseram saber fazer sessões de treino aeróbico e 4%, de resistência (como equipamentos, pesos livres e elásticos).

Treino nas fases de tratamento - contudo, o especialista alerta para a importância de escolher um treinador que tenha domínio na prescrição de treinos para cada fase do tratamento, pelo fato de serem períodos com objetivos e sobrecargas diferentes. A seguir, cita algumas orientações:

Pré-tratamento: período de quando o aluno recebe o diagnóstico até o começo do tratamento. Nesta fase, deve-se buscar no exercício o preparo do corpo para o tratamento. Sabendo que a força, o consumo de oxigênio e a aptidão do sistema cardiorrespiratório irão diminuir na próxima fase, o profissional de educação física deverá dar um ‘up’ nessas funções para colocar o aluno em um nível superior de condicionamento com relação a um indivíduo que não se preparou. A orientação é continuar com os modelos de exercícios e de cargas - se o aluno faz musculação, continuar com musculação. Natação, continuar com ela - e aguardar do profissional por um treino de otimização daquelas funções e, especialmente, da imunidade.

Tratamento: aqui, o foco será atenuar os efeitos colaterais, como inchaços e edemas, e a toxicidade do tratamento. O ideal é que cargas e frequência de treino sejam diminuídas. Se o treino acontecia cinco vezes por semana, o ideal é que passe para três ou menos, a depender de cada caso. Cuidado também para não estressar excessivamente os músculos, pois a ação dos medicamentos acarreta uma menor capacidade do músculo de autorregeneração. Para os treinos o ideal é que sejam realizados em até 40 minutos. Segundo ele, após esse tempo o aluno começa a ter muita resposta de hormônios inflamatórios liberados no corpo. A orientação é que as sessões aconteçam apenas duas semanas após o início do tratamento.

Pós-tratamento: o chamado ‘período de sobrevivência’, quando o paciente recebe alta médica e tem um período de, pelo menos, cinco anos para saber se houve reincidência. Nesta etapa, o treino é fundamental no processo de recuperação. Caminhadas e pedaladas são indicadas com frequência de até três vezes por semana, em dias alternados. As cargas de treino, tanto em volume quanto em intensidade, podem retornar ao que era no período pré-tratamento, porém com duração entre 30 minutos e 1 hora.

O especialista frisa que a condução dos treinos deve ser feita com o conhecimento do médico que conduz o tratamento, conforme o estado atual de saúde e as reações do aluno. A seguir, aborda cinco premissas para um treino efetivo e seguro:

Racool studio / freepik

:•Manter seu médico informado sobre o treino prescrito. E também mostrar seus exames de sangue (mesmo os de controle) para o profissional de educação física. A exemplo do nível de plaquetas: se estiver muito baixo, você é suscetível a hemorragia e não pode treinar.

•Observar sinais de intolerância ao esforço. Havendo tontura, náusea, dor óssea, fadiga e fraqueza muscular: parar imediatamente. São sinais de que os exercícios podem estar afetando negativamente o tratamento.

•Evitar treino intenso e exercícios de alto impacto ou que promovam dores de qualquer natureza.

•Evitar treinos em dias consecutivos. O indicado é fazer intervalos de, pelo menos, 48 horas. Treinos realizados segunda, terça e quarta, por exemplo, podem reduzir a eficiência do sistema imunológico.

•Seguir fielmente as prescrições e interrupções necessárias. No caso do câncer de mama, as mulheres devem aguardar de 8 a 12 semanas pós-cirurgia para retomar os exercícios nos membros superiores


Novo medicamento para prevenção de HIV avança para Fase 3 de Pesquisa Clínica

 Primeiro braço do estudo de Fase 3 será realizado em parceria com a Fundação Bill & Melinda Gates e avaliará islatravir como comprimido oral, de uso mensal, para prevenção do HIV, como Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)

 

A farmacêutica MSD acaba de anunciar o início da terceira fase de estudos com islatravir, molécula experimental para tratamento e prevenção do HIV, em uma colaboração com a Fundação Bill & Melinda Gates.

O estudo avalia uma nova opção de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), para uso oral, de longa duração. Atualmente, a PrEP consiste na tomada diária de um comprimido. Este novo medicamento ainda em pesquisa, está sendo avaliado como comprimido único a ser tomado uma vez ao mês, trazendo redução na quantidade medicamentosa e mais conforto ao paciente.

A parceria com a Fundação Bill & Melinda Gates avaliará em um estudo de Fase 3 a eficácia e a segurança de islatravir administrado oralmente uma vez por mês como PrEP em mulheres cisgênero em alto risco de infecção pelo HIV-1 na África subsaariana e nos Estados Unidos. É importante ressaltar que mais da metade das novas infecções no mundo por HIV ocorrem na África Subsaariana, com as mulheres respondendo por quase 60% das novas infecções nesta região.

Este acordo entre a farmacêutica e a Fundação pretende fornecer subsídios para o Centro Internacional de Pesquisa Clínica (CICV) do Departamento de Saúde Global da Universidade de Washington, que está colaborando com a MSD no estudo IMPOWER 22. A MSD será a patrocinadora do estudo, responsável pelo fornecimento do medicamento, obtenção de aprovações regulatórias e aduaneiras, além de fornecer conhecimento operacional e recursos para a gestão do ensaio, como monitoramento de sites e emissão de relatórios de dados, além do financiamento do estudo nos Estados Unidos. A Fundação Bill & Melinda Gates financiará por meio de uma bolsa o Centro Internacional de Pesquisa Clínica (CICV) da Universidade de Washington para que centros de pesquisa experientes na África Subsaariana possam inscrever e acompanhar o grande número de pacientes necessárias para esta pesquisa, estimado em 4.500 mulheres cisgênero de 16 a 45 anos.

A MSD realizará um programa de pesquisa global que incluirá centros em todos os continentes com populações-chave impactadas pela epidemia. A companhia também está empenhada em retomar seus estudos em HIV no Brasil com a inclusão de pacientes brasileiros.

"Nossa colaboração com a Fundação Bill & Melinda Gates exemplifica nossa missão compartilhada de acabar com a epidemia global de HIV por meio de inovações significativas na prevenção do HIV, incluindo opções adicionais de PrEP", disse o Dr. Roy D. Baynes, chefe de desenvolvimento clínico global da MSD. "Por meio dessa colaboração, podemos explorar ainda mais o potencial de islatravir como parte de nosso trabalho em direção ao objetivo coletivo de saúde pública, de reduzir o número de novas infecções pelo HIV no mundo," complementa.

"O mundo não será capaz de acabar com a epidemia de HIV até que possamos efetivamente prevenir a aquisição do HIV por indivíduos e populações em risco", disse o Dr. Emilio Emini, diretor do programa TB & HIV da Fundação Bill & Melinda Gates. "Essa colaboração ajudará a avançar a ciência e potencialmente oferecerá uma nova opção para prevenir a aquisição de HIV entre mulheres em risco, tanto na África subsaariana quanto globalmente."


Sobre a PreP

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é um método de prevenção à infecção pelo vírus1. Atualmente, consiste na tomada diária de um comprimido que combina dois medicamentos, Tenofovir e Entricitabina, que agem bloqueando alguns "caminhos" usados pelo vírus para infectar o organismo do paciente.


Sobre o estudo IMPOWER 22

Estudo de Fase 3 randomizado, controlado de forma ativa, duplo-cego que avalia a eficácia e segurança de islatravir administrado por via oral uma vez por mês como PrEP em mulheres cisgênero com alto risco de infecção por HIV-1 na África Subsaariana e nos EUA. O comparador ativo para este estudo, fumarato de emtricitabina / tenofovir disoproxil (FTC / TDF), será administrado por via oral uma vez ao dia na proporção de 1:1. Aproximadamente 4.500 mulheres cisgênero, idades 16 a 45, serão randomizados (estratificados por local e idade) em uma proporção de 1: 1 para receber Islatravir ou FTC / TDF durante o estudo. Mais detalhes serão publicados brevemente no https://www.clinicaltrials.gov .


Sobre Islatravir (MK-8591)

Islatravir (anteriormente MK-8591) é um inibidor da translocação da transcriptase reversa nucleosídeo (NRTTI) experimental da MSD atualmente sendo avaliado em ensaios clínicos para o tratamento da infecção por HIV-1 em combinação com outros anti-retrovirais, bem como para profilaxia pré-exposição (PrEP) da infecção pelo HIV-1 como um único agente experimental, em uma variedade de formulações. Em 2012, MSD licenciou islatravir (4'-etinil-2-fluoro-2'-desoxiadenosina ou EFdA) da Yamasa Corporação com sede em Choshi, Japão.


Nosso compromisso com o HIV

Por mais de 30 anos, a MSD tem se comprometido com pesquisas e descobertas científicas em HIV e continuamos a ser movidos pela convicção de que mais avanços médicos ainda estão por vir. Nosso foco é buscar pesquisas que solucionem necessidades médicas não atendidas e ajudem as pessoas vivendo com HIV e suas comunidades. Continuamos comprometidos em trabalhar lado a lado com nossos parceiros na comunidade global de luta contra o HIV para enfrentar os desafios complexos que ainda dificultam o progresso contínuo nesta frente de saúde pública.

 


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Ganhos e perdas da pandemia na vida escolar

A pandemia começou em março de 2020 e nunca imaginamos que duraria o tempo que está durando. Em nenhum registro se tem relato de tanto tempo de crianças afastadas da escola, dos amigos, familiares e isoladas de suas atividades diárias.

Estamos chegando ao final do ano e há pouco tempo começamos a ter uma abertura, ainda que pequena e nos perguntamos quais as consequências emocionais de tanto tempo de afastamento social, como está a saúde mental de nossos jovens e de suas famílias. E com receio de um vírus ainda desconhecido, percebemos que muitos apresentam pânico ao imaginar o retorno ao convívio escolar.

É sempre bom lembrar que toda situação vivida nos traz ganhos e perdas e não foi diferente com essa experiência que ainda estamos vivendo. Na contramão de tudo que já passamos na vida, nos trouxe momentos de muita angústia e também experiências prazerosas.

Muitas vezes temos a tendência de achar que uma situação como essa só nos traz sofrimento e experiências ruins, pois ela é envolvida pelo sentimento real do medo. Afinal é uma doença grave e muito contagiosa, que sem sombra de dúvida foi uma parada brusca em um planeta dinâmico que por décadas estava em um crescimento aceleradíssimo e absolutamente globalizado. Abruptamente perdemos a liberdade de ir e vir e isso nos abalou emocionalmente.

Qual é então o lado positivo de tudo isso?

É entendermos que talvez esse crescimento acelerado, essa falta de parada, nos fez esquecer de coisas muito importantes do nosso dia a dia. O isolamento social imposto pela pandemia, nos fez repensar sobre nossos valores e necessidades e, assim, pensar na saúde mental de nosso planeta. Nos colocou uma lente de aumento em questões que só estavam debaixo do tapete nesse mundo frenético que parou frente ao inesperado e teve de repensar suas condutas.

Então, vamos pensar no que ganhamos com isso em relação às nossas novas gerações e como vamos ajudá-los em suas questões emocionais.

Ganhamos tempo para ouvir, olhar, observar e brincar.

Pudemos conhecer mais nossos filhos, participar da vida escolar deles, entender a importância do professor, ver a grande parceira que é a escola, entender que nosso filho é uma pessoa e o aluno que ele se mostra pode ser outro. Que o filho corajoso, pode ser um aluno tímido; que o filho bagunceiro, pode ser um amigo líder, organizado e muito proativo. Que a vida é cheia de possibilidades e que como família posso contar com uma rede de pessoas na educação desta criança. Que as relações são humanas e que se o filho entende isso, aprende a respeitar seus amigos e entende que na hierarquia da vida tem que admirar e respeitar seu professor, seus avós e as pessoas mais velhas.

Essa pandemia na verdade colocou muita coisa no lugar certo, colocou a família no centro e nos fez ver de novo a fragilidade da vida, a necessidade que as pessoas têm em estar juntas e se ajudando.

E com esse espírito que temos de voltar a convivência cuidando uns dos outros, usando máscara, lavando as mãos, não se aglomerando, mas lembrando que está na hora de se encontrar, que o ser humano é social. Que as crianças precisam correr, gastar energia, com cuidado voltar a ir à escola e falar sobre os medos.

Precisamos agora fazer uma rede segura de convivência. Voltar a vida está se tornando emocionalmente tão importante quanto se cuidar da Covid. As consequências do Isolamento social, são tão graves quanto a consequência da doença, vamos pensar sobre isso.



Érica Mantovani - psicopedagoga e coordenadora pedagógica do Colégio Mater Dei

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