Na próxima terça-feira, 1º, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data não só ressalta a relevância da prevenção contra o vírus HIV, como também lembra sobre a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis para a manutenção da qualidade de vida de pacientes soropositivos.
O
vírus HIV causa prejuízos ao sistema imunológico de seus portadores, fazendo
com os mesmos se tornem suscetíveis a doenças oportunistas. Caso a infecção não
seja identificada em seu início e o paciente não procure por tratamento, ela
pode evoluir para uma fase mais crítica, que é conhecida como Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida ou Aids. E é justamente por essa razão que os
portadores do vírus devem se adequar a um estilo de vida mais saudável para
fortalecer os seus sistemas imunes.
De
acordo com o clínico geral e CEO da Clínica Penchel, Lucas Penchel, a
alimentação saudável possui um poderoso papel na inibição do desenvolvimento
das complicações provocadas pela Aids, pois uma nutrição apropriada e
satisfatória revigora e consolida as defesas do corpo, fornece a energia
necessária para a execução de atividades físicas e cumprimento de tarefas
cotidianas, e ainda ajuda a prevenir doenças crônicas como diabetes,
insuficiência hepática ou doenças do coração. “É preciso ressaltar que o uso
dos antirretrovirais é primordial para o controle da carga virótica e redução
das chances de ocorrência de infecções. No entanto, uma boa dieta alimentar,
além de nutrir o organismo, também auxilia na minimização dos efeitos
colaterais destes medicamentos e proporciona maior disposição para a rotina
diária”, explica.
Segundo
o médico, o HIV pode fazer com que o metabolismo se torne mais rápido,
contribuindo assim para a perda de peso ou até mesmo na construção de um quadro
de desnutrição. “Em alguns casos, o paciente pode seguir caminho contrário e
sofrer de excesso de peso. Por isso, é essencial que os pacientes soropositivos
mantenham o acompanhamento regular com um infectologista e também com um
nutricionista, participando de consultas a cada seis meses. Dessa forma, o
profissional conseguirá fazer modificações na alimentação do paciente de forma
a prevenir e tratar possíveis problemas que eventualmente surgirem”, destaca.
Conforme
Penchel, é interessante que os pacientes comam pequenas porções a cada três
horas, optando por pratos bem diversos e coloridos, compostos por alimentos
ricos em proteínas e gorduras boas, como as carnes magras, peixes e queijos
brancos. “Também é recomendável a ingestão de frutas, legumes, vegetais e
alimentos integrais e fibrosos, e a diminuição do consumo de frituras e comidas
ultraprocessadas e com muitos conservantes. É indispensável que os pacientes
reduzam o consumo de sal e açúcar refinado, e bebam ao menos 2 litros de água
por dia, complementando a hidratação com outros líquidos como a água de coco,
chás e sucos naturais”, aconselha.
Alimentos
com ação anti-inflamatória, como a acerola, goiaba, laranja e abacaxi, e ainda
os que são ricos em ômega 3, como o salmão, sardinha, atum, chia, linhaça e
gergelim também são ótimas alternativas, pois asseguram a proteção de órgãos
como o coração, fígado, intestino e pâncreas, e atenuam os riscos de doenças
cardiovasculares.
Por
fim, Lucas Penchel lembra que os cuidados com a higienização dos alimentos
também são muito importantes, pois o consumo de algo contaminado pode causar
vômitos, diarreias e infecções intestinais, sintomas perigosos para pacientes
soropositivos. “Os alimentos e os utensílios envolvidos na preparação dos
mesmos devem ser bem lavados e mantidos fora do alcance de insetos. Carne e
ovos crus devem ser evitados na dieta. Para fatiar legumes, verduras ou algum
tipo de proteína é preferível o uso de tabuas plásticas ou de vidro, mas logo
em seguida, tudo precisa ser limpo adequadamente”, conclui.
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