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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

53% dos brasileiros entrevistados afirmam não consumir marcas com comportamento preconceituosos ou racistas.


Públicos formados por LGBT+ (81%) e pessoas com deficiência (57%) são os que mais sentem falta de elementos de diversidade nas propagandas.


Cada vez mais marcas abraçam a bandeira da diversidade na publicidade. Mas não basta colocar um casal LGBTQ+ na propaganda de dia dos namorados ou no dia das mães, mostra uma pesquisa realizada pela INSIGHTS & DATA ANALYTICS CROMA. Entre os 1.814 entrevistados, 72% não acreditam na autenticidade das marcas quando falam sobre o tema. Segundo Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma, falta consistência das empresas. “As empresas gastam muito com publicidade, mas fazem isso apenas uma vez por ano. Mas se a empresa apoia a longevidade e diversidade, cadê os velhos no quadro de funcionários? E os LGBT+?” 

Oldiversity® é um estudo que avalia como as marcas estão lidando, ou não, com a longevidade e diversidade de orientação sexual, gênero, raça e pessoas com deficiência e se estabelece como parâmetro avaliativo inédito de marcas que pensam, preocupa-se, promovem e defendem assuntos ligados à longevidade e à diversidade. Um dos dados mais alarmantes é que 47% dos entrevistados não tem lembrança de fatos ou conteúdos relevantes capazes de conectar marcas a causas ou questões humanas. “Isso abre um debate sobre o quanto o posicionamento, a oferta e a comunicação de marcas e empresas podem estar descolados da realidade, isto é, o quanto as marcas que atuam no Brasil estão ainda distantes de ser Oldiversity®”, alerta Edmar Bulla. 

O brasileiro parece consciente, já que 53% afirmam não consumir marcas com comportamentos preconceituosos. É alto o índice dos que declaram que aceitam a diversidade (78%), mas apenas 47% se identificam com as propagandas que abordam o tema. 

A falta de identificação e baixa associação de marcas, somadas ao despreparo de grandes setores ao lidar com a diversidade, também contribuem para um sentimento geral de descrença, uma vez que 72% não acreditam na autenticidade das marcas. O varejo brasileiro não é visto como preparado para lidar com a diversidade e tampouco parece estar implantando ações para o futuro, na opinião dos entrevistados, já que 78% não creem que as lojas estejam preparadas para atender pessoas com deficiência e 72% pensam que as lojas estão despreparadas para a diversidade.

O problema não é só a publicidade, que, segundo Edmar Bulla, não representa o tecido social brasileiro. “É preciso ter diversidade representada na loja”, diz ele. “Falta compromisso e uma posição mais clara, mas as empresas ficam na retranca, preferem se mantiver neutras por medo de errar. O grande gap diz respeito a pessoas com deficiência. Há um descolamento em relação às necessidades dessas pessoas, que não são atendidas”, diz Bulla, lembrando que no Brasil há quase 13 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência classificada como severa

Na contrapartida, marcas que se posicionam claramente sobre diversidade e longevidade tendem a aumentar significativamente os índices de consideração, preferência, frequência e recomendação de seus produtos e serviços. O brasileiro avalia que a oferta de produtos e serviços não é adequada e, para completar, que a propaganda não representa a realidade. Os resultados do estudo apontam para indicadores preocupantes sobre o forte preconceito e racismo na comunicação das marcas no Brasil, incluindo o atendimento de vendedores e call centers, considerado preconceituoso por 42% do público LGBT+ e 52% desse público acreditam também que a propaganda brasileira é racista, índice maior que o declarado por negros (37%).

Comparando os 42% que se identificam com as propagandas que falam sobre diversidade com os 75% de LGBT+ que declaram o mesmo, pode-se deduzir que a comunicação das marcas está mais clara e avançou mais no que diz respeito à diversidade de gênero e orientação sexual do que com relação a negros (46%) e PcDs (47%). Apesar de pouco mais da metade afirmar que as propagandas deveriam trazer a temática da diversidade à tona e de esse número ser muito mais significativo entre os LGBT+ (74%), é alto o índice (70%) dos que acreditam que o brasileiro, na realidade, não gosta de ver propagandas que mostrem o tema. Se por um lado 78% dos entrevistados aceitam a diversidade, 45% concordam que esse tema é um tabu para as marcas e 51% gostariam de ver ainda mais propaganda Oldiversity®, de outro lado 35% acreditam que as marcas correm muitos riscos quando levantam a bandeira sobre a diversidade. Ainda, 48% defendem que as marcas deveriam ser imparciais.

Resultado ou não de um discurso politicamente correto, o fato é que a propaganda é avaliada por 49% como distante da realidade do brasileiro. Apenas 27% conseguem, de alguma forma, identificar-se com seu conteúdo. Os públicos formados por LGBT+ e pessoas com deficiência são os que mais sentem falta de elementos de diversidade nas propagandas, com 81% e 57%, respectivamente, e os que mais acreditam que a diversidade ainda é um tabu”, comenta Bulla.

Os resultados também evidenciam que a incorporação da diversidade no quadro de funcionários é tão relevante quanto o mix de produtos e serviços, e mais relevante do que patrocínios de eventos temáticos, por exemplo. Empregos para públicos LGBT+, negros, mulheres, PCD´s  são mais importantes que propaganda e 65% não acreditam na adequação de marcas e empresas para atender às necessidades das pessoas.

De modo geral, as pessoas acreditam que há ainda muito preconceito na contratação de funcionários: 62% acreditam que há preconceito em contratar pessoas com deficiência, 56% acreditam que há preconceito em contratar negros e 53% acreditam que há preconceito em contratar LGBT+.






Edmar Bulla - CEO e fundador do Grupo Croma, empresa que oferece design de soluções para inovação em negócios. Graduado pela ESPM possui especialização em Marketing Digital em Harvard, além de formação em Música e Filosofia. Atuou em empresas como Nokia, Pepsico e WPP, ocupando posições globais. Professor e palestrante em eventos no Brasil e exterior, recebeu prêmios durante sua carreira e é convidado para facilitar encontros de inovação, moderar debates em comitês executivos e processos de transformação cultural e digital em grandes empresas.



48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil


Mesmo entre os que controlam finanças, apenas um terço planeja o mês com antecedência. Consumidor tende a anotar gastos fixos, mas deixa gastos extras em segundo plano; 39% passaram a controlar mais as finanças após ‘nome sujo’



Capacidade de planejamento, autocontrole e disciplina são palavras essenciais quando o assunto é manter a situação financeira em equilíbrio. O problema é que são poucos os brasileiros que admitem ter disposição para organizar suas finanças com regularidade. Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que quase metade (48%) dos consumidores brasileiros não controla o seu orçamento, seja porque confiam apenas na memória para anotar despesas (25%), não fazem nenhum registro dos ganhos e gastos (20%) ou delegam a função para terceiros (2%).

Outro dado preocupante do estudo é que mesmo entre aqueles que realizam um controle efetivo de suas finanças (52%), a frequência com que anotam e analisam suas despesas não é a adequada. Em cada dez pessoas que adotam um método apropriado de controle, somente um terço (33%) planeja o mês com antecedência, registrando a expectativa de receitas e despesas do mês seguinte. A maioria (39%) vai anotando os gastos pessoais conforme eles ocorrem e outros 27% só anotam os gastos após o fechamento do mês.

Entre os que não dão importância ao controle do orçamento, a principal justificativa é não ver necessidade na tarefa, pois confiam nas contas de cabeça (20%). Outros 16% reconhecem não ter disciplina e 16% alegam não ter um rendimento fixo ou nem sabem exatamente o quanto ganham por mês.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, pensar nos gastos com antecedência ajuda o consumidor a não ser surpreendido no fim do mês pela falta de recursos. “O consumidor que conhece sua relação de receitas e despesas está menos propenso a se endividar com empréstimos ou a recorrer ao limite do cheque especial para cobrir rombos no orçamento. Além disso, ele está mais preparado tanto para traçar planos de longo prazo, como para agir em uma situação de imprevisto, como um gasto inesperado de alto valor ou a perda do emprego”, afirma a economista.


Maioria usa caderno de anotações na hora de planejar finanças; Gastos não essenciais são os mais deixados de lado na hora do planejamento

A pesquisa também mostra que o controle dos gastos extras e não essenciais acaba ficando em segundo plano entre os consumidores que fazem algum controle do orçamento.  Os itens que os entrevistados menos anotam são o dinheiro que possuem guardado em investimentos, em casa ou na conta corrente (60%) e os gastos não essenciais, como lazer, transporte, salão de beleza, compras de roupas e alimentação fora de casa, que são controlados por apenas 57% dos entrevistados.

Gastos essenciais como contas da casa, despesas com mantimentos, aluguel e condomínio são anotados por 92% dos entrevistados que têm algum planejamento. As prestações de compras feitas no cartão, cheque ou crediário que vencem no mês seguinte recebem a atenção de 79%. Já 76% anotam os rendimentos, como salários, aposentadorias e pensões.

“Subestimar o impacto de pequenos gastos no orçamento é uma atitude imprudente. Os chamados ‘gastos invisíveis’, que são aquelas pequenas despesas supérfluas que passam quase despercebidas no dia a dia, podem comprometer as finanças quando somadas no fim do mês. Por isso que é perigoso anotar os gastos à medida que vão sendo feitos, pois isso não garante um controle eficiente. O ideal é separar antes de tudo uma quantia para gastos fixos mensais e somente com o restante ir alocando conforme a necessidade ou desejo do consumidor, sem esquecer de guardar uma quantia para uma reserva de emergência”, orienta a economista Marcela Kawauti.

A pesquisa mostra que a dificuldade para manter as finanças em ordem não é uma exclusividade dos que não controlam o orçamento. Considerando os que adotam algum método de controle, 61% relatam dificuldades, principalmente, por terem uma renda variável (21%), falta de disciplina para anotar gastos com regularidade (20%) e falta de tempo (7%). Já 38% afirmam desempenhar a tarefa sem dificuldades.

De modo geral, o velho caderno de anotações desponta como a ferramenta mais utilizada pelos entrevistados para registrar sua movimentação financeira, usada por 36% dos brasileiros. Já a planilha no computador é o método utilizado por 9% das pessoas ouvidas, enquanto 7% registram as receitas e despesas em aplicativos de smartphones. “Se o método for organizado, não importa qual seja a ferramenta. O importante é nunca deixar de analisar as informações anotadas. Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, mas outras ainda preferem um pedaço de papel”, explica a economista do SPC Brasil.


48% dos brasileiros ficaram com ‘nome sujo’ em algum momento nos últimos 12 meses; 39% ficaram mais controlados após negativação

A falta de controle das finanças se torna ainda mais perigosa em um cenário de dificuldades econômicas do país. De acordo com a pesquisa, 78% dos brasileiros até conseguem terminar o mês com todas as contas quitadas, mas em 33% dos casos acaba não havendo sobras no orçamento. Já 22% dos entrevistados sofrem para administrar as finanças e deixam com frequência de pagar seus compromissos. Resultado é que nos últimos 12 meses, 48% dos consumidores brasileiros passaram pela situação de estar com o ‘nome sujo’.

De acordo com a pesquisa, a experiência da negativação serviu de aprendizado para parte considerável dos consumidores: 39% disseram ter passado a controlar mais os gastos após a situação e 34% refletem mais antes de realizar compras. Outros 21% deixaram de emprestar nomes a terceiros e 18% evitam compras no cartão de crédito.

“A negativação do CPF é uma experiência traumática porque impõe uma série de restrições ao consumo, além do sentimento de vergonha que isso pode gerar em algumas pessoas. Infelizmente, alguns consumidores só passam a exercer um controle e planejamento maior sobre a sua vida financeira após vivenciarem a experiência negativa de ficar inadimplente”, afirma a economista Marcela Kawauti.




Metodologia

A pesquisa foi realizada com 813 consumidores das 27 capitais, pessoas acima de 18 anos, todas as classes sociais e ambos os gêneros. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.



segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Consumo de bebida alcoólica durante a gravidez pode provocar deficiência intelectual na criança



Geneticista do Instituto Jô Clemente, antiga APAE DE SÃO PAULO, faz alerta sobre síndrome alcoólica fetal, que pode prejudicar o desenvolvimento do bebê


A deficiência intelectual é uma condição que afeta a função cognitiva do indivíduo. De forma simples, atividades da vida diária que são consideradas ‘banais’ pela maior parte das pessoas são mais difíceis para quem tem deficiência intelectual. De maneira geral, os primeiros sintomas de atraso cognitivo costumam ser observados na escola, quando a criança tem por volta de seis anos de idade e apresenta dificuldades para aprender a ler e escrever. Em casa, a criança não desenvolve com facilidade atividades simples, como amarrar os sapatos, tomar banho sozinho e ajudar nas tarefas do lar. O diagnóstico da deficiência intelectual é feito a partir do teste psicométrico ou avaliação neuropsicológica, por meio de testes de QI.

De acordo com o médico geneticista Caio Bruzaca, do Ambulatório de Diagnósticos do Instituto Jô Clemente, antiga APAE DE SÃO PAULO, muitos são os fatores que podem levar à deficiência intelectual ou a algum atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, a começar por aspectos genéticos, que podem ser identificados em testes feitos por casais que nunca tiveram filhos e desejam fazer um aconselhamento genético pré-concepcional. Segundo ele, porém, “além da predisposição genética, há fatores externos e um deles é o consumo de bebidas alcoólicas. O álcool na gravidez pode levar à síndrome alcoólica fetal, que pode provocar problemas físicos, comportamentais e de aprendizado na criança”, explica.

“O álcool compromete o fluxo sanguíneo para a placenta e impregna o líquido amniótico com a substância. O feto, por estar em desenvolvimento, ainda tem um metabolismo e um sistema de intoxicação mais lentos, o que prejudica o desenvolvimento da criança, tanto cerebral quando físico”, alerta o médico. “Vale ressaltar que desde 1973, a síndrome alcoólica fetal é considerada uma condição irreversível, porque além do atraso neuropsicomotor, pode causar anomalias cranofaciais, deficiência de crescimento, alterações neurológicas e comportamentais, malformações e doenças associadas ao coração, rins e coluna vertebral”, explica.

Atualmente, com o objetivo de prevenir e diagnosticar precocemente a deficiência intelectual ou outros quadros que possam comprometer a saúde e o desenvolvimento da criança, é realizado o Teste do Pezinho. Por meio do exame, é possível identificar condições graves que merecem atenção imediata de uma equipe multidisciplinar. Entretanto, ainda de acordo com o médico, muitos dos diagnósticos positivos podem ser evitados com cuidados antes e durante a gestação. “Nossa recomendação é que os pais conversem com o médico antes e durante a gravidez, façam todos os exames necessários e realizem o Teste do Pezinho na criança logo após as 48 primeiras horas de vida. Quanto mais precoce for qualquer tipo de diagnóstico, mais chances a criança terá de se desenvolver com qualidade de vida”, finaliza. 




Sobre o Instituto Jô Clemente

O Instituto Jô Clemente é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 58 anos previne e promove a saúde das pessoas com deficiência intelectual, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, produzindo e disseminando conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual.


Tudo que você precisa saber sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)


 Com o carnaval chegando, época em que os cuidados devem ser redobrados, a Dra. Dania Abdel Rahman, médica infectologista do Centro Médico Consulta Aqui esclarece as dúvidas mais frequentes sobre as IST.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), nova denominação das DST, são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada. “Existe uma gama muito grande de Infecções sexualmente transmissíveis, contudo, as mais comuns são AIDS, Hepatite C, Sífilis e Gonorreia. Dentre os principais agentes estão vírus como o HIV, o HPV, os vírus de Hepatites B e C e bactérias como o Treponema Pallidum, no caso da Sífilis”, explica a Dra. Dania Abdel Rahman, médica infectologista do Centro Médico Consulta Aqui.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis, por dia, no planeta. Ao ano, estima-se aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. No Brasil, o cenário estimado não é muito diferente, porém, como apenas os casos de HIV e de sífilis em gestantes e bebês são notificados obrigatoriamente ao Ministério da Saúde, é difícil ter estatísticas gerais mais fidedignas. “Portanto, não só no carnaval, mas durante todo o ano, é fundamental prevenir as IST. Tais precauções devem ser tomadas utilizando preservativos. Trata-se de um procedimento chamado método de barreira, que previne a transmissão de agentes infecciosos e gestações não desejadas. Vale lembrar da importância do uso desses preservativos também com parceiros fixos e não somente com os esporádicos”, adverte a Dra. Dania.

Os sintomas dessas doenças dependem muito do tipo de infecção adquirida. Lesões em órgãos genitais, como bolhas, verrugas ou úlceras devem ser investigadas, assim como linfonodos (ínguas) na virilha e secreções vaginais ou na uretra podem também ser indicativos de IST. Algumas, apesar de poderem ser controladas, não tem cura como, por exemplo, a AIDS, causada pelo vírus HIV. Outras como sífilis e gonorreia são perfeitamente possíveis de serem sanadas. Nos casos do HPV e da Hepatite B, existem vacinas para a prevenção.

“Muitas das IST podem ter consequências sérias, culminando, inclusive, em câncer de colo de útero ou câncer de vulva ou vagina. Esses tipos de neoplasia têm relação com o vírus HPV. Em casos avançados e mais graves, podem ser necessárias cirurgias que culminam até em infertilidade, mesmo que indiretamente”, conclui a infectologista do Consulta Aqui.





Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP
Central de atendimento:  (11) 3838 4669


Dente caiu ou quebrou? Veja o que fazer


Procurar o(a) cirurgião(ã)-dentista o mais rápido possível pode aumentar as chances de recolocação do dente perdido

São muitas as situações que podem levar a perda de um dente: traumas, como quedas e pancadas – que acometem bastante crianças e adolescentes, principalmente em períodos de férias - má oclusão, cáries e doenças na gengiva. Nessas situações, é preciso tomar algumas precauções para que, dependendo do caso, seja possível a recolocação do dente perdido.
“Em casos de traumas, especificamente, é perfeitamente possível recolocar o dente perdido ou fragmento quebrado. Porém tudo vai depender do estado da coroa, raiz e o tempo que o paciente demora para ir ao consultório”, diz a cirurgiã-dentista Miriam Petrella, integrante da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

A raiz é o mais importante
De acordo com a especialista, a condição da raiz do dente quebrado ou perdido em situações de trauma é o mais importante para o sucesso da recolocação. Nos casos em que o dente saiu por inteiro (caiu com a raiz ligada à coroa) a recomendação é guardar o dente em uma solução que o proteja, com cuidado para não o pegar pela raiz, e correr para a(o) cirurgião-dentista. “Nessas situações é indicado colocar o dente em um recipiente com leite, soro fisiológico, saliva ou mesmo dentro da boca, a menos em caso de crianças que correm o risco de engolir. Isso protege e evita que haja alterações nos filamentos que rodeiam a raiz”, explica a cirurgiã-dentista.
Agora, se a coroa foi quebrada e a raiz ficou na parte óssea, ou seja, dentro da boca, as chances de recolocação diminuem. “Na maioria das vezes não há como recolocar o dente se ele não saiu inteiro e por isso não seria necessário guardar o pedaço quebrado. Mas, dependendo do tamanho desse pedaço e recuperando este fragmento é possível fazer a restauração do dente ”, comenta Miriam.

Outras causas da perda de dentes
Se o dente caiu por conta de uma cárie não tratada ou uma doença na gengiva, a única alternativa é a substituição por um implante ou outro tipo de prótese. Isso se a estrutura óssea da boca do paciente permitir.  
No consultório de um(a) cirurgião(ã)-dentista é possível fazer um dente provisório, em caráter emergencial até que o profissional planeje uma substituição permanente.

Quando procurar o profissional de Odontologia
Miriam enfatiza que em todos os casos de perda de dentes a pessoa deve procurar um(a) cirurgião(ã)-dentista ou clínica odontológica o mais rápido possível, pois quanto mais tempo o dente ficar fora da boca, menores são as chances de sucesso da reimplantação. “O dente pode ficar em solução por no máximo duas horas para que a recolocação seja eficaz. Após esse período as chances de sucesso diminuem muito.”
Após a reinserção, mesmo que bem-sucedida, pode ser necessário realizar um tratamento de canal no dente traumatizado. Por isso, a recomendação é de que o paciente mantenha as visitas ao cirurgião-dentista para acompanhamento e orientações e conservação da saúde bucal e geral.  



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)



Epidemia: Alzheimer acometerá 152 milhões de pessoas em 2050



Dados da OMS apontam que atualmente existem 50 milhões de casos da doença no mundo


Desde que Alois Alzheimer (1864-1915) descreveu a Demência de Alzheimer (DA), em 1907, pouco foi possível avançar no seu entendimento. O grande empenho da comunidade científica, sobretudo nas últimas três décadas, reflete a necessidade de respostas rápidas para esta doença que já é considerada a epidemia do século XXI. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca 50 milhões de pessoas são acometidas pela enfermidade em todo o mundo. A entidade estima que, até 2050, esse número cresça para 152 milhões.

Caracterizado como doença neurodegenerativa progressiva, o Alzheimer ocorre quando o processamento de certas células do Sistema Nervoso Central se dá de maneira incorreta. Assim, fragmentos de proteínas tóxicas começam a surgir dentro dos neurônios, promovendo a perda progressiva deles, principalmente, em regiões como hipocampo, responsável pela memória, e córtex cerebral, essencial para linguagem e raciocínio. 

De acordo com Dra. Sandra Cristina Maciel, especialista em geriatria no Hospital Felício Rocho e fellowship em psiquiatria, o paciente deve procurar o serviço médico assim que perceber déficit de memória, dificuldade de aprendizado e redução na capacidade de gerir a própria vida, como lidar com as finanças, decisões e planejamento de atividades.

O diagnóstico é feito por exclusão. Os tratamentos com fármacos que existem hoje são tímidos, com efeitos que não se mantêm a longo prazo. “O tratamento farmacológico disponível restringe-se ao tratamento sintomático, capaz de propiciar efeitos benéficos nos aspectos cognitivos, comportamental e funcional. Ele deve ser iniciado logo após o estabelecimento do diagnóstico, porém, o benefício alcançado com esses agentes é, em geral, modesto e não modifica o curso natural da doença”, explica a médica.   

Dra. Sandra ressalta ainda que, confirmado o diagnóstico de Alzheimer, toda a família do paciente deve se mobilizar para manter a qualidade de vida e o mais alto grau de autonomia dele pelo maior tempo possível. “O tratamento eficaz para o DA requer uma sólida aliança entre o paciente, familiares e cuidadores. É necessário abordar questões do cuidado, planejamento financeiro e diretivas de vontade por se tratar de uma doença progressiva, degenerativa e irreversível”.

Além do tratamento medicamentoso, terapias ocupacionais também são de grande importância para a melhor qualidade de vida do paciente. Técnicas de reabilitação cognitiva, treinamento de memória, estimulação por meio da arte, recreação, dança e musicoterapia são extremamente válidas e indicadas pelos médicos. “Deve-se sempre considerar as expectativas versus as possibilidades reais e potenciais do paciente e reavaliar constantemente os resultados obtidos por meio da intervenção proposta”, afirma Dra. Sandra Cristina Maciel.

Filtro solar pode causar conjuntivite tóxica


 Pesquisa aponta que no verão o excesso de filtro solar ao redor dos olhos responde por 46% dos casos conjuntivite tóxica. Saiba como evitar.


Você já sentiu ardência nos olhos durante os banhos de sol? Um levantamento realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier mostra que durante o calor 20% dos casos de conjuntivite, doença ocular  mais frequente no verão, são do tipo tóxica ou alérgica que começa com uma sensação de queimação nos olhos.  “O filtro solar responde por 46% dos casos, bronzeadores por 39% e a maquiagem por 15%”. afirma.

Queiroz Neto destaca que a conjuntivite tóxica não é transmissível. Em pessoas que não têm histórico de alergia pode desaparecer com aplicação de compressas frias nos olhos ao primeiro sinal de alerta, a ardência nos olhos.  Isso porque, é causada pela evaporação dos produtos, detritos de maquiagem mal retirada, aplicação em excesso do filtro solar ao redor dos olhos e pela transpiração que favorece a penetração dos produtos nos olhos. 

 No verão também são mais frequentes os surtos de conjuntivite viral e bacteriana que são altamente contagiosas e estão relacionadas a aglomerações em espaços fechados, contato com superfícies e água contaminada. Independente do agente causador, pondera,  a doença é sempre caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a face interna das pálpebras e  a superfície dos olho.


Sintomas

Os principais sintomas da conjuntivite elencados pelo oftalmologista são:  olhos vermelhos, coceira, sensibilidade à luz, lacrimejamento e pálpebras inchadas. A diferença entre um tipo e outro é a secreção. O especialista afirma que na bacteriana a secreção é purulenta, na viral é transparente e viscosa e na tóxica é transparente e aquosa.  Para prevenir tóxica recomenda evitar o uso excessivo de filtro solar, cremes ou maquiagem, enxugar o suor na área dos olhos com lenços descartáveis e lavar os olhos abundantemente sempre que ocorrer penetração nos olhos. Quando a doença já está instalada a recomendação é interromper o uso do agente causador. Caso os sintomas não desapareçam em dois dias a   recomendação é consultar um oftalmologista para evitar sequelas na visão..


Como escolher o filtro solar

Queiroz Neto alerta que para diminuir o risco de conjuntivite tóxica o filtro solar deve ter PH neutro. A dica do oftalmologista é checar se a fórmula contém óxido de zinco e dióxido de titânio, bastante comuns nos produtos infantis. Isso porque, estes dois componentes garantem neutralidade ao PH e por isso reduzem a chance de surgir a conjuntivite tóxica.

O filtro solar com PH neutro também diminui a chance de contrair terçol e calázio. Queiroz Neto explica que o terçol é uma infecção por bactérias do folículo piloso dos cílios. Forma pequenas bolinhas vermelhas e doloridas nas pálpebras que podem desaparecer naturalmente em três dias.  Já o calázio é a inflamação que pode perdurar meses e exigir intervenção cirúrgica das glândulas Meibomianas que ficam na borda das pálpebras e produzem a camada lipídica da lágrima. na região palpebral. Forma um nódulo na pálpebra, muitas vezes persistente durante meses. O especialista diz que muitos portadores dessas doenças só fazem a primeira consulta médica depois de tentarem receitas caseiras como aplicar limão e até borra de café nos olhos. São erros graves, destaca, porque o limão pode levar à queimadura na córnea e a borra de café a uma inflamação mais grave. Ele diz que a única receita caseira segura é o uso de compressas quentes por um período máximo de três dias. Se o nódulo não desaparecer é importante procurar um especialista para que sejam indicados medicamentos adequados, principalmente porque o calázio reincidente pode estar relacionado a problemas de refração.


Prevenção

As principais dicas do médico para proteger os olhos no verão são:

·       Evite excesso de filtro solar, bronzeador ou maquiagem.
·       Proteja a região dos olhos com óculos solar que tenha filtro UVA e UVB
·       Lave os olhos em casos de penetração de substâncias químicas.
·       Na exposição ao sol enxugue a transpiração ao redor dos olhos com toalhas descartáveis.
·       Lave com freqüência o rosto e as mãos.
·       Não compartilhe produtos de beleza, toalhas de rosto ou colírios.
·       Evite coçar ou levar as mãos aos olhos.
·       Use óculos de mergulho para nadar e óculos de proteção para trabalhar com produtos químicos.
·       Não use colírios sem prescrição médica.
·       Interrompa o uso de produtos que causam desconforto nos olhos.
·       Substitua as lentes de contato por óculos na piscina ou praia.
·       Evite usar receitas caseiras sem conhecimento de seu médico.


Obesidade infantil: estilo de vida dos pais pode ser a resposta para a mudança



A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial e as perspectivas não são positivas. A adoção de mudanças importantes para contribuir na reversão das estatísticas negativas precisam ser colocadas em prática. 

Em outubro de 2019 a Organização Internacional World Obesity publicou o Atlas da Obesidade Infantil. O documento mostrou que hoje cerca de 158 milhões de crianças de 5 a 19 anos convivem com o excesso de peso e que esse número deve aumentar para 254 milhões em 2030 em todos o mundo. 

Segundo a Dra. Denise Lellis, pediatra da Liga de Obesidade Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), no Brasil a tendência não é diferente. A especialista aponta o que é preciso mudar para reverter o cenário atual.


Os dados da obesidade infantil também são altos no Brasil?

Dra. Denise Lellis - Hoje o país já atinge a marca dos 15% de suas crianças entre 5 e 9 anos com diagnóstico de obesidade e a perspectiva é que em 2030 esse número aumente para quase 23%, ou seja, 7,5 milhões de crianças e adolescentes, colocando o país em quinto lugar no ranking com mais crianças obesas  no mundo em números absolutos, perdendo apenas para a China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. 

A década da nutrição, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016, definiu metas de saúde que, entre outras coisas, envolvem diversas mudanças para a prevenção da obesidade infantil em nível global. Entretanto, a absoluta maioria dos países não atingirá nem 20% dessas metas até 2025 e o Brasil, além de ter cumprido apenas 2% das mudanças propostas até agora também representa um score de risco de 8 pontos em 11 para desenvolvimento de obesidade infantil de acordo com o Altas da Obesidade. 


A obesidade infantil é genética?

Dra. Denise Lellis - As últimas décadas de estudos já esclareceram muito sobre o caráter multifatorial da obesidade e, apesar do importante papel da genética na etiologia da doença, quando falamos sobre excesso de peso em crianças de 5 anos, um ponto não pode deixar de ser destacado. Elas refletem o ambiente em que estão inseridas. 


Diante desse cenário, quais são os principais desafios no combate à obesidade infantil?

Dra. Denise Lellis – Eu destaco quatro principais desafios. A amamentação, por exemplo, pode prevenir a obesidade infantil em pelo menos 40%, porém vimos números cada vez menores de crianças amamentadas com leite materno exclusivo. No Brasil esse número pode chegar a apenas 29%, enquanto as vendas das fórmulas infantis aumentam exponencialmente. 

Inúmeros estudos demonstram que a oferta de alimentos ultraprocessados antes dos dois anos, em especial ricos em açúcar, sal e gordura, moldam o paladar da criança para o consumo desses alimentos no futuro. Entretanto, crianças de todas as idades continuam sendo bombardeadas de propagandas desses alimentos, muitos deles oferecidos nas escolas, e as famílias são induzidas a ofertá-los desde muito cedo, frequentemente com o respaldo de profissionais de saúde. 


A alimentação escolar é um outro desafio na luta contra a obesidade infantil. Num momento histórico em que muitas crianças iniciam a vida escolar aos seis meses, aprendem a comer e a se relacionarem com a comida no ambiente escolar, a maioria das escolas sequer conhece recomendações básicas da introdução alimentar como a não oferta de alimentos ricos em sal, açúcar e gordura para bebês menores de um ano.

Outro ponto que pede mudança urgente é a capacitação dos profissionais que lidam com a infância e com a obesidade infantil. Competências não técnicas que permitam uma comunicação mais eficaz, empática e capaz de engajar famílias em mudanças reais em busca de saúde é outra necessidade urgente. Hoje 70% das recomendações médicas que envolvem mudança de estilos de vida não são seguidas pelos pacientes e cerca de 30% dos encaminhamentos para nutricionistas não chegam nem a marcar a primeira consulta, sem considerar aqueles que vão à primeira consulta e não voltam ou também não seguem o que o nutricionista orientou. 

O quarto e último ponto que destaco é, na verdade, um alerta para que todos os setores da sociedade tratem com mais cuidado e atenção as mensagens enviadas para a infância. Enquanto profissionais de saúde orientam a alimentação saudável, a publicidade voltada para a criança estimula o contrário.


Na sua visão, o que é preciso acontecer para mudar as estatísticas da obesidade infantil?

Dra. Denise Lellis - A ciência do século XXI contempla o maior conhecimento que já existiu sobre nutrição, metabolismo, fisiologia e exercícios. No entanto, as crianças nunca sofreram tanto dos males causados por má alimentação e sedentarismo.

Estudos transgeracionais já demonstraram o poder do comportamento parental na gênese e na prevenção da obesidade infantil. O estilo de vida dos pais bem como a responsividade parental não apenas na alimentação, mas na construção da rotina e comportamento dos filhos pode ser uma das grandes respostas para a melhoria dos números em obesidade no futuro.

Um grande exemplo é o que estamos aprendendo com a coorte transgeracional Growing up today Study (GUTS), um estudo que já demonstrou que pais atentos aos seus filhos e que dão bons exemplos de estilo de vida conseguem prevenir não apenas obesidade infantil mas os vários outros comportamentos de risco na adolescência, como uso de drogas e transtornos alimentares. Ou seja, inserir a criança num ambiente de mensagens, atitudes e exemplos coerentes o quanto antes é a grande oportunidade das gerações futuras. 




Dra. Denise Lellis Doutora em Pediatria pela USP, é membro do departamento de Obesidade Infantil da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), pediatra da Liga de Obesidade Infantil da FMUSP e Coordenadora do curso de Nutrologia Pediátrica para consultório do CAEPP (Centro de Apoio ao Ensino e Pesquisa em Pediatria).


Automedicação mascara doenças e abuso pode levar a outros distúrbios


De acordo com Dr. Heron Rached, coordenador do centro de cardiologia do Hospital Leforte, uso indiscriminado de alguns medicamentos pode causar sérios danos à saúde


Quando o assunto é automedicação, o Brasil apresenta números alarmantes. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF) cerca de 77% dos brasileiros tomam algum tipo de medicamento sem qualquer orientação médica. Outra pesquisa feita pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), realizada em 2019, dos dez medicamentos com venda mais expressiva no Brasil, três possuem venda livre e estão ao alcance de qualquer pessoa nas farmácias. São os analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios.

“Muitas vezes a automedicação pode mascarar problemas mais graves. Se a pessoa apresentar sintomas não habituais, o correto é procurar ajuda médica”, diz o Dr. Heron Rached, coordenador do centro de cardiologia do Hospital Leforte.

Segundo ele, o uso indiscriminado de medicamentos também acarreta outros problemas à saúde. “O excesso de analgésicos e antiinflamatórios pode levar, por exemplo, à hipertensão arterial. E, em estágios mais graves, à insuficiência renal. Já quando falamos em automedicação com drogas ansiolíticas e antidepressivos, a atenção especial deve ser dada aos efeitos colaterais, que incluem principalmente quadro depressivos maiores e até suicídio”.

Para o especialista, a falta de um olhar mais atento à saúde é um fator que leva a índices tão altos de automedicação no Brasil. “Em países que possuem modelos mais bem estruturados de saúde a tendência é que haja um menor índice de automedicação. A boa notícia é que o advento de novas tecnologias, incluindo a telemedicina, permitirá um maior acesso aos promotores de saúde que orientarão melhor a população sobre o uso correto de medicações”, afirma.


Câncer de próstata: médico conta como se prevenir


Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga, e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou desconhecimento, muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.

As estimativas apontam para 68.220 ocorrências em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. Na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames.

A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal.

“A ‘vergonha’ do homem está relacionada ao preconceito em relação ao exame do toque retal. Essa questão leva tempo para superar. É muito importante a participação da mulher no processo, mostrando ao companheiro que é um método de diagnóstico como outro qualquer, bem como insistentes campanhas de prevenção ao câncer de próstata. Muito pior que os fatores de risco da doença é o diagnóstico tardio”, destaca dr. Clóvis Constantino, membro da Diretoria Executiva da Associação Paulista de Medicina (APM).

O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta, não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte.


A próstata

A próstata é uma glândula presente apenas nos homens e não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.


Fatores de risco

Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:

  • Idade: no Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
  • Histórico de câncer na família: homens cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
  • Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.

Prevenção

Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis são igualmente recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

Entre os fatores que mais ajudam a prevenir o câncer de próstata estão:
  • Ter uma alimentação saudável.
  • Manter o peso corporal adequado.
  • Praticar atividade física.
  • Não fumar.
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Sinais e sintomas do câncer de próstata

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
  • dificuldade de urinar;
  • demora em começar e terminar de urinar;
  • sangue na urina;
  • diminuição do jato de urina;
  • necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.



Com informações: Ministério da Saúde


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