Pesquisar no Blog

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Síndrome do Impostor: conheça os sintomas desse mal que atinge 70% dos profissionais mais bem-sucedidos


Todo mundo conhece alguém que já mudou de profissão, deu um novo rumo à vida ou resolveu se reinventar. Esse tipo de atitude, que alguns podem chamar de falta de objetivo real ou maturidade, pode esconder uma dificuldade que normalmente está associado às pessoas extremamente talentosas e que, muitas vezes, têm múltiplas habilidades: a Síndrome do Impostor.

Ao contrário do que a expressão possa sugerir, essa síndrome não acontece com um indivíduo que finge ser o que não é, mas por se sobressair em uma ou mais áreas de forma bem-sucedida, sem, no entanto, achar que é merecedor daquilo.

Segundo um estudo realizado pela psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, essa síndrome atinge, em menor ou maior grau, 70% dos profissionais bem-sucedidos do mercado, em especial as mulheres.

A designer carioca Gil Bastos, da Kaza Asa se encaixa nesse perfil. Especialista em Branding e Comunicação, foi executiva de marketing por quase 20 anos, construindo marcas como Shell, Free, Carlton, Chivas Regal, iG e Nokia, com equipes e projetos no Brasil e no exterior, criando grandes ações e construindo estratégias de sucesso para as marcas.

Gil seguiu na carreira que havia abraçado e o reconhecimento ao seu trabalho continuou crescendo. Até que em 2009, depois de anos de tratamento para conseguir engravidar, descobriu que Mabi estava a caminho. E assim como grande parte das mulheres, começou a questionar o tipo de contato que teria com a menina: seguir dentro de uma multinacional e terceirizar de alguma forma a criação da filha; ou se lançar em um negócio próprio, em algo que usasse seu know-how, mas que a permitisse ter mais contato com a família de uma forma geral. “Quando resolvi sair do mundo do marketing, por conta da maternidade, não pensava de forma alguma em deixar meu lado profissional de lado. Mas ao mesmo tempo que eu tinha certeza que conseguiria lançar um projeto apenas meu, achava que sem um grande nome por trás, não conseguiria chegar onde gostaria”, diz. E complementa: “A sensação que sentia é que havia uma grande cobrança de sucesso, e mesmo atingindo as metas esperadas por mim e por quem estivesse envolvido, sempre faltaria algo. É um sentimento bastante confuso e perturbador até certo ponto. Racionalmente, eu sei sobre todo o esforço que coloco em cada trabalho e a qualidade do produto final. Mas se me perguntar o que acho, sempre vou dizer que falta algo, quero sempre um resultado melhor elaborado”, conta.

Com a mudança de carreira, Gil passou a sentir os sintomas da Síndrome do Impostor. “Mesmo com meu novo trabalho reconhecido e elogiado, eu tinha a sensação de que era uma grande sortuda e que algo poderia dar errado a qualquer momento. Achava, que nunca era suficientemente o melhor de mim", explica. Aos poucos, percebeu que não poderia focar apenas na nova marca, mas criar uma conexão com sua profissão anterior, porque dessa forma abraçaria o sonho de criar os objetos que gostava e a realidade dos projetos de marketing que a satisfaziam profissionalmente.

Hoje, Gil se divide entre o desenvolvimento das coleções da sua Kaza Asa e a criação de histórias, imagens e ilustrações para outras marcas. “Consegui reunir minhas duas paixões como profissional: o da executiva de grandes contas ao trabalho como designer. Essa mudança foi importante não apenas para eu conseguir me dedicar à maternidade como gostaria, mas para me desprender dessa cobrança que apenas eu imputava à mim. Agora, eu sou minha chefe, eu me cobro resultados e eu entrego o que me impacta do jeito que imagino”, pontua, lembrando, ainda, que embora essa tenha sido a forma encontrada por ela para vencer a Síndrome do Impostor, cada um tem que encontrar o seu caminho. “As pessoas não falam muito sobre esse assunto no Brasil, embora boa parte dos executivos que eu conheça passe por esse problema. Pode parecer piegas e lugar comum o que vou dizer, mas enquanto cada um não procurar a sua forma de se livrar de cobranças sem fundamento, teremos cada vez mais profissionais frustrados”.

Vale lembrar que frustrações são importantes na carreira e ocasionalmente toda pessoa vai errar em algum momento ou decisão, mas estes episódios não podem ser paralisantes nem determinar o tipo de profissional que cada um é. “Se me perguntarem se ainda sofro com os sintomas da SI, a resposta será sim. Mas aprendi a controlá-los e a ser mais gentil comigo. Agora, quando recebo elogios por um trabalho, no lugar de levantar alguma dúvida sobre minhas habilidades e criações, lembro dos trabalhos incríveis que realizei nesses quase 30 anos de carreira. Afinal, ninguém consegue ser uma fraude por tanto tempo, não é?”, esclarece.
 

Qualificação empreendedora para mulheres é oferecida gratuitamente na zona oeste da cidade


As atividades são desenvolvidas pela Ade Sampa e voltadas às empreendedoras que querem impulsionar o seu negócio


A Ade Sampa - Agência São Paulo de Desenvolvimento, entidade vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, abre inscrições para a nova turma do Mais Mulheres, programa que impulsiona os negócios de empreendedoras da capital.  O curso será dividido em seis encontros, que serão realizados no UniCEU - Centros Educacionais Unificados, na unidade Jaguaré.

A qualificação é dividida em três fases que terão como objetivo orientar empreendedoras da zona oeste da capital para impulsionar os seus negócios por meio de oficinas teóricas e práticas, qualificação técnica, rede de apoio e mentorias. O programa é desenvolvido pela Ade Sampa e contempla inspiração, empoderamento e formação para empreendedoras da cidade de São Paulo que desejam se qualificar para atingir novos mercados.

“Com o intuito de contribuir para a ascensão profissional dessas mulheres, o Programa agrega diversas orientações de como tirar o seu negócio do papel com a possibilidade da formação de uma rede de contatos, imprescindível no atual mercado. A Secretaria já qualificou mais de 250 mulheres que desejam gerar sua própria renda”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

Na primeira etapa de qualificação, as participantes serão inspiradas a ter um autoconhecimento de si mesma e de seus negócios, além de incentivar a reflexão sobre o mundo empreendedor, abordando as dificuldades e desigualdades que o gênero feminino encontra no mercado.  Durante a segunda fase, as candidatas serão imersas na técnica de empreender, a partir de ferramentas e conceitos de estruturação de negócios. Entre as atividades desenvolvidas, as empreendedoras terão que identificar as etapas necessárias para a criação de uma empresa. Já no último ciclo, as participantes terão seus negócios acelerados. Será oferecido orientação técnica para a dificuldade específica de cada empreendedora, auxiliando o desenvolvimento do negócio.

Com base na metodologia “The Studio”, desenvolvida em parceria com o Conselho Britânico, o programa auxilia na qualificação das empreendedoras com trabalho em equipe e interação das participantes para que elas formem também uma rede de contatos.

Com o objetivo de oferecer visibilidade para ideias criadas e gerenciadas por mulheres e mães, conectando-as com o mundo de inovação e tecnologia através da capacitação necessária, a aceleradora B2 Mamy contribui para a terceira e última fase do evento denominada de “aceleração com mentoria”. Com a contribuição da empresa, a empreendedora desenvolverá competências e habilidades para melhorar seu negócio. 

Para participar dessa edição, serão selecionadas mulheres que tenham intenção de desenvolver um plano de negócios e/ou um empreendimento ou que já estejam empreendendo e busquem aprimorar seus negócios.

As interessadas devem se inscrever pelo link até 21 de agosto:  http://bit.ly/mulheres_jaguare


Serviço

Mais Mulheres – Jaguaré
Horário: 8h30 às 18h
Local: UniCEU - Jaguaré
Endereço: Av. Kenkiti Simomoto, 80


1ª Fase - Inspiração com Empoderamento
Data: 26 de agosto


2ª Fase - Qualificação Técnica
Data: 28 e 29 de agosto e 2 e 3 de setembro


3ª Fase - Aceleração com Mentorias
Data: 10 de setembro


ATÉ QUANDO O HORROR CONTRA A MULHER?


O Brasil está na muito desonrosa posição de ser o quinto país do mundo em registros de feminicídios, o assassinato de mulheres por  serem mulheres, violência doméstica, discriminação de gênero, nomenclatura que desde 2015 nos ajuda a calcular esses números e índices, mas ainda não nos ajuda a mudar o quadro que visivelmente só piora. O primeiro semestre de 2019 marcou o aumento de 44% de aumento nos casos em comparação com o ano passado. Que que há?


Joana correu para a porta para fugir e se livrar do agressor, o próprio marido, depois de se desvencilhar dele que já a agarrara pelos cabelos porque ao entrar em casa a encontrou falando ao telefone, baixinho, dando risadas. Ele não teve dúvidas, ela devia, só podia, estar falando com um amante, combinando algum encontro; e já chegou dando bordoadas. Joana não conseguiu sair. Foi morta a facadas ali mesmo, na soleira da porta de dentro de sua casa. A amiga com quem conversava ouviu tudo, o telefone largado na pressa, os gritos, os pedidos de socorro que não pode atender. Nada pode fazer a não ser testemunhar que minutos antes apenas tinha ligado para contar à Joana uma piada que ouvira, e antes que esquecesse o final, como sempre acontecia. Ela própria falava baixinho do outro lado da linha porque estava no trabalho e acredita que Joana sem perceber achou que também devia ficar falando baixinho...

Um grande amor sem fim, a paixão à primeira vista. Se conheceram e não mais se largaram. Ele, alguns anos mais velho, ela saberia que já tinha casado algumas vezes e tido sete filhos “por aí”. Mas isso ela soube mesmo só muito tempo depois. Ele era bem relacionado, estrangeiro, arrojado, o homem fascinante. E um dia deixou de ser.

Não demorou a aparecer o bicho peçonhento que deve estar por trás da violência e morte de tantas mulheres: o ciúme. Ciúme é doença, não tem nada de amor, tem tudo de desconfiança. Cresce, se espalha, domina o cérebro e os pensamentos, cria situações. Envenena. Faz perder a razão. Não há diálogo possível com os infectados, inclusive sejam eles homens ou mulheres.

Valentina não podia olhar para o lado, onde ia era seguida, passou a viver como em uma prisão regime semiaberto. Ele buscava e levava ao trabalho; aliás, nenhum prestava; ninguém prestava. Foram meses com a violência só crescendo, e quando quis dar um fim ao namoro, ao que já não era nem de longe romance, só terror, viu sua vida ameaçada. Suas coisas – todas – roubadas, quebradas, atiradas pela janela, a porta derrubada a pontapés.

Valentina está viva para contar a história porque fez como se faz no cinema para se defender: a garrafa, batida, quebrada na ponta da mesa, caco afiado, para conseguir sair e pedir socorro à vizinha. Teve que gritar, bater na porta dela, que sim, ouvia a briga, mas nada tinha feito. Há algum tempo era ainda maior o número de pessoas que acreditavam que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Provérbio idiota. Mete-se, sim. A colher e o que mais for preciso. Chama-se a polícia.

A caminho do hospital, machucada, Valentina até viu os policiais que foram chamados: estavam às gargalhadas com o agressor. Anos mais tarde, me contou, recebeu o telefonema de uma mulher que lhe perguntava como havia sobrevivido. Estava grávida deste mesmo homem e temia pela sua vida e a do filho, vítima que estava sendo de violência, ameaças, ciúmes, o roteiro completo.

Todo dia sabemos de casos de mulheres violentadas, espancadas, mortas, muitas assassinadas junto aos filhos, das formas mais torpes. Tem o que mata e depois tenta forjar que foi suicídio. O que machuca e se arrepende e tenta socorrer, contando as mesmas mentiras com lágrimas de crocodilo, culpando a escada de onde ela teria caído sem querer, o escorregão no banheiro. Tem o que diz que “se ela não é minha não será de mas ninguém” – é o que joga ácido no rosto, mutila seus seios, quebra suas pernas. Alega que ambos estavam bêbados ou drogados ou “que foi ela que começou”.

Antes que alcancemos o topo da lista mundial, o Brasil tem de mudar esse quadro, de incentivo à violência em várias áreas, inclusive na política e na liberação de armas. Tem de cuidar da proteção efetiva, que funcione não apenas em um papel com ordens judiciais que enfim não protegem ninguém. Não adianta nada vermos as lindas reportagens sobre patrulhas que sabemos que não existem na realidade para a população, principalmente a mais pobre e que mora em regiões mais afastadas. Botões que a mulher aperta sem parar e o pânico de se encontrar sozinha com seu algoz.

O medo e a violência contaminam o ao redor, de quem teme ou passa a temer até se aproximar, prestar ajuda nesses casos, e como vemos até hoje acontecer. A mulher demora – algumas, muitos anos - a conseguir se desvencilhar, acabam se afastando de todos, para não “provocar”, para que ninguém mais se machuque, nesse círculo alucinante e cruel.


Denuncie. Ligue 180. Ajude, se souber de alguém nessa situação terrivelmente solitária. Não são “companheiros”, nem “ex-companheiros ou ex-maridos” estes homens. São monstros, assassinos. Aliás, o pessoal do jornalismo do SBT/interior adotou como regra jamais usar a palavra companheiro nos casos que acompanham. Muito bem, uma coisa a ser feita, entre tantas que faltam.]



MARLI GONÇALVES Jornalista, consultora de comunicação, editora do Site Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano- Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. Lançamento oficial 20 de agosto, terça-feira, a partir das 19 horas na Livraria da Vila, Alameda Lorena, 1731, São Paulo, SP. Já à venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon
(marligoncalvesjornalista – o ç deixa o link assim)




Como sua marca pode criar uma experiência do cliente mágica?

Celebrações grandes ou pequenas nos lembram do desejo das pessoas de aproveitar uma ocasião única e escapar do mundano. No entanto, quando se trata da experiência do cliente, o primeiro relatório CX+ da Kantar para bancos de varejo nos EUA mostra que muitas empresas não conseguem criar esses momentos mágicos que os ajudarão a se destacar da multidão.

Muitos bancos dos EUA lutam para obter alguma vantagem real das experiências que oferecem. Não é preciso nem dizer que, no mínimo, as marcas não devem decepcionar seus clientes. No caso das instituições financeiras, desapontá-los ou até mesmo deixá-los irritados com a última interação resulta em um declínio dramático na lealdade.

Felizmente, nos últimos anos, muitas marcas se tornaram melhores em eliminar os pontos problemáticos do cliente, mas ainda lutam para mantê-los em um ambiente altamente competitivo.


Acabe com a distância entre seus clientes e as promessas da sua marca

O próximo passo para aproveitar ao máximo as interações com seu público é atender às expectativas das pessoas. Os clientes que percebem um alinhamento entre a promessa e a experiência da marca avaliam melhor o desempenho operacional e têm maior probabilidade de recomendar o banco. No entanto, mesmo isso não é suficiente para diferenciá-lo de forma decisiva de seus concorrentes: 43% ainda consideram o uso de outros bancos no futuro e 33% são fortemente atraídos pelos concorrentes.


Crie aqueles momentos mágicos importantíssimos

O passo final não é apenas satisfazer as expectativas, já que a verdadeira vantagem da experiência se baseia na combinação da excelência operacional com a entrega de mais do que os clientes esperam, seja uma resolução super rápida de um problema, tratamento brilhante de reclamações, um processo simples de reembolso ou uma interação humana que o deixou sentindo-se valorizado e apreciado.

Todas são experiências que impressionam você, um breve momento de magia que ilumina seu dia, algo que você pode mencionar a seus amigos mais tarde. Tendemos a pensar que esses momentos mágicos só podem ocorrer em interações pessoais, mas a USAA (que lidera nossa classificação para bancos nos EUA) consegue fornecer empatia e compreensão genuína do cliente, embora isso seja amplamente gerenciado por telefone e digital.

O resultado é evidente: os bancos que obtiveram a vantagem da experiência atingiram 1,9 mais recomendações, 2,1 mais disposição do cliente para aceitar novos produtos e 1,9 maior participação na carteira. Os níveis de lealdade dos clientes que ficaram satisfeitos com a última interação atingiram um Índice de Relacionamento de 126 - superando os clientes meramente satisfeitos em 40 pontos.


Então, como mais marcas podem acender a mágica?

  1. Seja claro sobre o que a sua marca significa: um posicionamento diferenciado fornece uma razão convincente para os clientes escolherem você sobre os outros e orienta o negócio quanto ao que ele precisa entregar e como.
  2. Foco: nenhuma marca pode (ou mesmo deve) encantar os clientes em todas as jornadas. As empresas precisam direcionar seus investimentos nos momentos mais importantes para o cliente.
  3. Capacite seus funcionários: um processo de script e suavização de serviços bem definido ajudará você a evitar problemas graves, mas isso não é suficiente para criar o prazer do cliente. Os funcionários precisam ter autonomia para tomar a decisão certa para cada cliente - mesmo que isso signifique quebrar o roteiro.

Por enquanto, por que você acha que tantas empresas não conseguem encantar seus clientes? Por favor, compartilhe seus pensamentos.




Sarah King – Head Global de Brand da divisão insights da Kantar.



Susanne O’Gorman – Head Global de CX da divisão insights da Kantar.


Posts mais acessados