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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Uso indiscriminado de anti-inflamatório causa doenças nos rins



Médica alerta que a automedicação e o abuso na utilização de anti-inflamatórios

Tensões musculares, um simples tombo, ou noites mal dormidas são fatores que nos levam a correr até a farmácia à caça de um anti-inflamatório. Medicamento vendido sem prescrição médica ou qualquer tipo de controle, é possível encontrar uma grande variedade disponível no mercado. No entanto, atualmente, a prática da automedicação, cada vez mais frequente, tem oferecido riscos à saúde.

A médica nefrologista, Dra. Céres Felski, da Fundação Pró-Rim, referência nacional no tratamento de doenças renais e transplante, alerta para o perigo da automedicação, que no caso específico de anti-inflamatórios, o rim é o principal órgão afetado.

“É preciso lembrar que todo medicamento é uma droga, uma substância sintética alheia ao organismo, que pode desencadear os mais variados efeitos. Além disso, o anti-inflamatório é excretado pelo rim e altera a taxa de filtração glomerular, ou seja, a capacidade de filtragem do rim, podendo levar a nefrite intersticial e a necrose tubular aguda. Todas estas são formas de insuficiência renal aguda, que são reversíveis na maioria dos casos, mas nem sempre”, explica.

Segundo a médica, o problema é que a doença renal na grande maioria das vezes é assintomática – não apresenta sintomas - e com uso constante destes medicamentos, por conta própria, o diagnóstico da lesão pode ser feito tarde demais para reverter. Assim acontece também, por exemplo, com o uso de medicação para dor de cabeça, que pode retardar o diagnóstico de um aneurisma ou de um tumor. “O importante é que se procure sempre um serviço médico para investigar o sintoma”, frisa.

Segundo Dra. Céres, caso o paciente desenvolva alguma lesão, a primeira providência é suspender o uso do medicamento causador. “Depois, conforme o grau de lesão, será determinada a conduta que pode variar desde uma boa hidratação até a necessidade de diálise para substituição da função renal até que haja a recuperação desta”, explica.

Por isso é importante ressaltar que os remédios não devem ser utilizados por conta própria, por sugestão de amigos ou vizinhos ou indicados por qualquer profissional que não seja médico. Como todo remédio, os anti-inflamatórios oferecem riscos e causam efeitos colaterais que podem danificar diversas estruturas isoladamente ou ao mesmo tempo no seu organismo.

Para finalizar, a médica afirma “Quando uma pedra entra no sapato, é preciso tirá-la. O sintoma é a pedra, e não adianta tomar remédio para dor, é preciso fundamentalmente resolver a causa do problema”.

Os possíveis malefícios da prática excessiva de esportes e atividades físicas para a fertilidade masculina





Alberto da Costa Stein e Vanessa Krebs Genro, médicos da Insemine - clínica gaúcha especializada em reprodução humana, escreveram artigo publicado pelo livro Exercise and Human Reproduction- Induced Fetility Disorders and Possible Therapies. O artigo fala que além de possíveis lesões físicas, causadas durante a prática ou o excesso de atividade física, a qualidade do sêmen também pode ser prejudicada, causando complicações e até infertilidade.
   
    Em ano de Olimpíadas no Brasil, é importante conhecer os efeitos das atividades físicas no corpo humano. Não somente os já sabidos reflexos positivos que têm a prática de atividades que exigem esforço físico, mas também os reflexos negativos que elas podem causar ao sistema reprodutivo. Em artigo publicado no livro Exercise and Human Reproduction- Induced Fetility Disorders and Possible Therapies, os médicos Alberto da Costa Stein e Vanessa Krebs Genro, que o excesso da prática de esportes e atividades físicas podem prejudicar o sistema reprodutivo masculino. Este livro foi o primeiro a reunir conhecimentos e experiências médicas relacionadas à prática de esportes e atividades físicas e foca em ambas as consequências, positivas e negativas, do esporte e da atividade física para a fertilidade feminina e masculina.

     Apesar dos já sabidos benefícios da prática de exercícios físicos, os esportes têm impacto direto também no sistema reprodutivo masculino. Segundo um dos autores do artigo, o médico Alberto Stein, o esforço derivado da prática de atividades físicas é benéfico aos sistemas muscular e endócrino mas não ao sistema reprodutivo. "Além de possíveis lesões físicas, causadas durante a prática ou o excesso de atividade física, a qualidade do sêmen também pode ser prejudicada, causando problemas e até a infertilidade", explica Stein.

     Os efeitos do exercício sobre o sistema de reprodução masculino variam, dependendo do tipo de atividade física, intensidade da performance e condicionamento físico do praticante.

     A possibilidade do excesso de esforço derivado da prática de atividades físicas prejudicar a reprodução foi antes identificada no sistema reprodutivo feminino mas, atualmente, já se sabe dos efeitos igualmente danosos que produzem do sistema reprodutivo masculino.

Sociedade Brasileira de Infectologia sugere ao governo brasileiro a exigência do Certificado Internacional de Febre Amarela





Atenção deve ser redobrada para viajantes e cidadãos que vem de Angola e outras regiões endêmicas e que estão sob alerta da doença, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde


A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) enviou documento ao Ministério da Saúde para sugerir “a imediata exigência, por parte do Governo Brasileiro, do Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela para todo cidadão que venha de Angola e outras áreas potencialmente epidêmicas, seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS)”. A sugestão leva em conta a atual situação epidemiológica da Febre Amarela e o alerta ativo sobre a doença naquele país.

O documento relata que recentemente o Ministério da Saúde de Angola e a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmaram a morte de 185 pessoas por febre amarela e 483 casos confirmados na região de Viana, nos arredores da capital Luanda. E que os casos começaram a ser notificados em janeiro deste ano, com 23 registros de potencial surto de febre amarela na região à época. A região de Viana tem população de mais de 6 milhões de pessoas, apresenta graves problemas de infraestrutura e saneamento básico.

O ofício, assinado pelo presidente da SBI, infectologista Sérgio Cimerman, pelos Coordenadores do Comitê de Medicina dos Viajantes (SBI), Jessé Reis Alves e do Comitê de Arboviroses, Antonio Carlos Bandeira, ambos da SBI, ressalta que “que Angola exige dos brasileiros o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela, apesar do Brasil não apresentar surto da doença, e sim casos esporádicos da doença”. 

O ofício foi encaminhado ao diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT) do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, e também para o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Jarbas Barbosa da Silva Júnior.

O alerta leva em conta também que o mosquito Aedes aegypti é um eficiente transmissor do vírus da febre amarela, assim como da dengue, Chikungunya e do Zika, e o inseto se encontra presente por grande parte do território brasileiro.

O documento assinala ainda que para os países com registro de febre amarela, especialmente nessa situação de surto, deve ser exigido o Certificado Internacional de Vacinação contra a doença, evitando-se a entrada de pessoas infectadas que, subsequentemente, possam servir de reservatório de disseminação do vírus, a partir do ciclo vetorial pelo Aedes aegypti.

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