Atenção
deve ser redobrada para viajantes e cidadãos que vem de Angola e outras regiões
endêmicas e que estão sob alerta da doença, seguindo a recomendação da
Organização Mundial da Saúde
A Sociedade Brasileira
de Infectologia (SBI) enviou documento ao Ministério da Saúde para sugerir “a
imediata exigência, por parte do Governo Brasileiro, do Certificado
Internacional de Vacinação contra Febre Amarela para todo cidadão que venha de
Angola e outras áreas potencialmente epidêmicas, seguindo recomendação da
Organização Mundial de Saúde (OMS)”. A sugestão leva em conta a atual situação
epidemiológica da Febre Amarela e o alerta ativo sobre a doença naquele país.
O documento relata que
recentemente o Ministério da Saúde de Angola e a Organização Mundial de Saúde
(OMS) confirmaram a morte de 185 pessoas por febre amarela e 483 casos
confirmados na região de Viana, nos arredores da capital Luanda. E que os casos
começaram a ser notificados em janeiro deste ano, com 23 registros de potencial
surto de febre amarela na região à época. A região de Viana tem população
de mais de 6 milhões de pessoas, apresenta graves problemas de infraestrutura e
saneamento básico.
O ofício, assinado
pelo presidente da SBI, infectologista Sérgio Cimerman, pelos Coordenadores do
Comitê de Medicina dos Viajantes (SBI), Jessé Reis Alves e do Comitê de
Arboviroses, Antonio Carlos Bandeira, ambos da SBI, ressalta que “que Angola
exige dos brasileiros o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre
Amarela, apesar do Brasil não apresentar surto da doença, e sim casos
esporádicos da doença”.
O ofício foi
encaminhado ao diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis
(DEVIT) do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, e também para o
diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Jarbas
Barbosa da Silva Júnior.
O alerta leva em conta
também que o mosquito Aedes aegypti é um eficiente transmissor do vírus da
febre amarela, assim como da dengue, Chikungunya e do Zika, e o inseto se
encontra presente por grande parte do território brasileiro.
O documento assinala
ainda que para os países com registro de febre amarela, especialmente nessa
situação de surto, deve ser exigido o Certificado Internacional de Vacinação
contra a doença, evitando-se a entrada de pessoas infectadas que,
subsequentemente, possam servir de reservatório de disseminação do vírus, a
partir do ciclo vetorial pelo Aedes aegypti.
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