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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Doença celíaca afeta 78 milhões de pessoas no mundo

No mês dedicado ao trigo, especialista em nutrição dá dicas para quem precisa conviver com o problema causado pelo glúten

 

Um dos cereais mais consumidos no mundo, o trigo é protagonista na mesa dos brasileiros e conta, inclusive, com um dia em sua homenagem (10 de novembro, Dia do Trigo). Fonte de energia para o organismo e rico em carboidratos, vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes, é utilizado na elaboração de pães, massas, bolos, pizza e biscoitos.

Mais recentemente e por conta da pandemia, ganhou relevância por compor uma das receitas mais procuradas nas redes sociais. A pergunta “Como fazer pão caseiro” bateu recorde de pesquisas no Google durante o isolamento e até o Ministério da Saúde incentivou, via Twitter, que os seguidores aproveitassem o período de isolamento para testar a receita.

Ainda que tenha importância no mercado alimentício brasileiro destacando-se no cenário econômico e social, o trigo é considerado um vilão na dieta de aproximadamente 1% da população mundial diagnosticada com doença celíaca. Isso equivale a 78 milhões de pessoas, pois, segundo a ONU, a Terra já chegou a 7,8 bilhões de habitantes em 2020.

No Brasil, ainda que os números não sejam precisos, a Federação Nacional das Associações de Celíacos (Fenacelbra) estima que 2 milhões de pessoas tenham a doença, muitos ainda sem diagnóstico.

 

O que é a doença celíaca?


O professor do curso de Nutrição do UNICURITIBA e doutor em Medicina Interna, Ricardo Brito, explica que a doença celíaca é uma condição autoimune, em que as próprias células de defesa imunológica agridem o organismo, levando a um processo inflamatório.

“Nestes casos, a inflamação é provocada pelo glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio. A inflamação é desencadeada no intestino delgado e, por isso, compromete a absorção de nutrientes”, diz o nutricionista.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais - como testagem do anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e anticorpo anti-endomísio (AAE) – endoscopia com biópsia e avaliação dos sinais e sintomas do paciente.


Sintomas

Entre os principais sintomas da doença celíaca estão:

  • Diarreia crônica (por mais de 30 dias);
  • Prisão de ventre;
  • Anemia;
  • Falta de apetite;
  • Vômitos;
  • Atraso no crescimento;
  • Irritabilidade ou desânimo;
  • Distensão abdominal (barriga inchada);
  • Dor abdominal;
  • Aftas de repetição;
  • Osteoporose/osteopenia.

De acordo com a Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra), existem casos assintomáticos que são detectados apenas por exames (marcadores sorológicos) feitos em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%).

O tratamento é fundamental em todos os casos, já que a doença pode levar a complicações como o câncer de intestino, anemia severa, abortos de repetição e esterilidade.

“Os pacientes celíacos podem desenvolver ainda fragilidade óssea e outras manifestações associadas ao comprometimento na absorção de nutrientes. Vale lembrar que a doença celíaca se apresenta com mais frequência em portadores de diabetes tipo I, tireoidite de Hashimoto e hepatite autoimune”, comenta Brito.


Tratamento

Tratar a doença celíaca requer comprometimento do paciente e apoio dos familiares. O professor do UNICURITIBA é categórico. “Alimentação sem glúten por toda a vida. Ou seja, trigo, centeio, cevada e malte ou derivados, como farinha de trigo, pão, macarrão, pizza, bolo, bolachas e biscoitos não podem ser consumidos pelo portador da doença.”

Da mesma forma, alerta o especialista e autor do livro “ABCD da Obesidade, Manual de Nutrição Clínica e Gastronomia Aplicada”, é fundamental estimular a prática da leitura dos rótulos de produtos industrializados para que seja identificada ou não a presença do glúten. 

Mas boas opções não faltam. Na mesa do celíaco pode ter arroz, feijão, mandioca, milho, fubá, féculas, óleos, frutas (ao natural e sucos), laticínios (leite, manteiga, queijos e derivados), hortaliças e leguminosas (folhas, cenoura, tomate, vagem, grão de bico, ervilha, lentilha, batata, mandioca, cará, inhame e outros), carnes e ovos. “Moderação e equilíbrio fazem a diferença”, ensina Brito.

Tudo fresco e, de preferência, preparado em casa. Na hora de consumir alimentos fora de casa, a regra de ouro da Acelbra é: na dúvida, não consuma. Isso porque mesmo que o produto não tenha, originalmente, glúten em seu preparo, pode haver a contaminação cruzada.

Queridinho no Brasil, o pão de queijo não tem glúten em sua receita tradicional, mas se fabricado em padarias comuns pode ser “contaminado” no preparo ou na hora de assar, já que outros alimentos feitos no estabelecimento têm farinha de trigo como base.

Entre as bebidas, é preciso atenção também. Outro campeão na preferência dos brasileiros, o café deve ter selo de pureza da ABIC. Se o pó for misturado com cevada não pode ser consumido por celíacos, assim como cerveja ou whisky, que contém cevada ou malte em suas composições.


Diferença entre alergia e intolerância ao glúten

O professor do curso de Nutrição do UNICURITIBA, Ricardo de Brito, explica: “A intolerância ao glúten é uma dificuldade fisiológica na digestão do glúten. Já a alergia ao trigo é uma reação de hipersensibilidade à proteína do trigo. Trata-se de uma alergia alimentar em que o indivíduo pode ser sensibilizado inclusive por exposição pelas vias aéreas e pele.” Os dois casos diferem da doença celíaca.


Dietas da moda

A todo instante surgem novas dietas e milhares de adeptos. Alguns decidem, por conta própria, excluir um tipo de alimento do cardápio. Ainda que o objetivo seja controlar o peso e ter a alimentação mais saudável possível, dietas restritivas devem ser feitas sob orientação de um nutricionista.

Especialistas não recomendam que pessoas saudáveis, sem diagnóstico de doença celíaca, eliminem definitivamente o glúten da alimentação. A dica é variar os nutrientes e ter equilíbrio nas porções.

Uma pesquisa realizada no Reino Unido mostrou que o glúten não provoca sintomas gastrointestinais em pessoas saudáveis, desmistificando a visão de que essa proteína seja maléfica em todos os pratos. Os autores do estudo alertam que uma alimentação livre de glúten não é considerada melhor e deve ser desencorajada para pessoas sem problemas de saúde. Na dúvida, procure um médico ou nutricionista.


Receita fácil de pão caseiro sem glúten



Ingredientes:


2 xícaras de farinha de arroz;

1 xícara de leite;

3 colheres (sopa) de azeite;

3 ovos;

Sal a gosto;

2 colheres (sopa) de fermento em pó sem glúten;

Ervas-finas a gosto (opcional).

 


Modo de preparo:


Junte todos os ingredientes da receita, menos o fermento, e bata no liquidificador até a massa ficar homogênea.

Caso tenha escolhido usar ervas-finas para dar um sabor especial ao pão, acrescente-as à massa. Por fim, misture o fermento gentilmente com uma colher. Não é necessário deixar o pão crescer como em outras receitas.

Dica extra: Se quiser, acrescente ½ xícara de sementes de girassol na massa, pois elas vão aumentar a saciedade.

Coloque a massa em uma assadeira de pão untada e leve ao forno preaquecido a 210°C por cerca de 40 minutos ou até que fique dourado.

O pão deve ser consumido em até 3 dias.

 

A Tiktokização dos médicos na pandemia e a importância da informação em tempos de pandemia

A popularização das novas ferramentas das redes sociais possibilitou a atuação das médicas e dos médicos de forma mais direta e com um público diverso, aumentando o fluxo de orientações necessárias à manutenção da saúde das pessoas. No entanto, é preciso, também, cuidado com as informações.


O avanço das tecnologias da informação sobre o cotidiano dos brasileiros, especialmente durante o período de distanciamento e isolamento social, acelerou o consumo de conteúdo e desenvolveu os canais de comunicação que já estavam sendo explorados, anteriormente, por profissionais de quase todos os segmentos. Neste contexto, as médicas e os médicos também foram impactados positivamente e perceberam um novo espaço para diálogo e para a transmissão de algumas orientações básicas a todos os seus "espectadores".

Nas redes sociais, principalmente no Reels, do Instagram, e no Tik Tok, da chinesa Byte Dance, os especialistas em saúde descobriram inclusive novas estratégias para conversar com pessoas que antes estavam fora do seu raio de atuação. Público distante inclusive das campanhas, propagandas e notícias sobre os trabalhos realizados nas clínicas, hospitais e consultórios em questão. Adequando as mensagens a danças, músicas e a outras tendências que circulam nos ambientes digitais, os profissionais têm conseguido levar informações importantes, como por exemplos sobre os cuidados em relação ao coronavírus, dicas sobre a prevenção sexual, conselhos sobre a atenção necessária à própria pele no home office e outras questões de igual relevância.

Cada vez mais, esses profissionais têm buscado orientação especializada para a elaboração de conteúdos com ética e responsabilidade, respeitando os limites do público e valorizando a seriedade e/ou urgência dos temas propostos em cada publicação. O aumento da interação é positivo, devido à possibilidade de captação de novos pacientes ou até mesmo pelas portas que se abrem em relação a parcerias e novos contratos, mas fica ainda mais fundamental, neste momento, por levar informação de credibilidade, gratuita e acessível para o maior número de pessoas, em um momento crítico, devido a pandemia do novo Coronavírus.

Por outro lado, é importante, sempre, pesquisar sobre os médicos e, claro, conferir outras opiniões, visto que a profusão de informações e o vasto ambiente em que elas circulam propiciam também o surgimento de dados questionáveis ou até mesmo falsos. "É preciso conhecer o médico ou a médica que está trabalhando as informações, inclusive pesquisando o número de registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Registro de Qualificação de Especialização (RQE) dos profissionais. É interessante buscar, também, as clínicas, hospitais ou consultórios em que atuam, além das indicações de outros pacientes. Isso é simples, hoje, na internet. Todavia, há muitos profissionais fazendo um trabalho muito legal nas redes sociais e todo mundo ganha com isso, principalmente as pessoas que procuram qualidade de vida e mais saúde", comentou a Dra. Caroline Motta Aguiar, médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (CRM: 175434/ RQE 84833).

"De toda forma, precisamos lembrar que os Tik Toks, Reels, Stories e outras publicações são apenas para orientações simples. É sempre necessário sublinhar que eles não substituem as consultas, os exames, as conversas e os demais procedimentos em prol da saúde realizados nos hospitais e clínicas. É essencial procurar o serviço médico de confiança para iniciar ou dar continuidade a um tratamento com um profissional. Só assim é possível garantir mais efetividade", acrescentou.




Dra. Caroline Motta Aguiar CRM: 175434/ RQE 84833
https://www.instagram.com/dra.carolineaguiar/

Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito completa 25 anos

Entre os objetivos das ações está ajudar a sociedade a se lembrar de todas as pessoas mortas e gravemente feridas nas estradas 

 

Há 25 anos, um dia dedicado a lembrar as vítimas do trânsito começou a ser observado internacionalmente. Nos primeiros dez anos pela Federação Europeia de Vítimas do Trânsito Rodoviário (FEVR) e suas várias organizações membros, incluindo RoadPeace (Reino Unido), que introduziu o dia em 1995. Com forte apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do UNRSC, os Estados Membros da ONU convocaram em 2005 o Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito, no terceiro domingo do mês de novembro, como um “reconhecimento apropriado para vítimas de acidentes de trânsito e suas famílias”.

            Os objetivos das ações em 2020 são ajudar a sociedade a se lembrar de todas as pessoas mortas e gravemente feridas nas estradas, além de reconhecer o trabalho crucial dos serviços de emergência, chamar a atenção para a resposta legal, geralmente aquém às mortes e ferimentos culposos nas estradas, bem como advogar por um melhor apoio às vítimas de trânsito e às famílias das vítimas, promovendo ações baseadas em evidências para prevenir e, eventualmente, impedir mais mortes e ferimentos no trânsito.

            Os acidentes de trânsito matam mais 1,3 milhão de pessoas a cada ano. De acordo com as Nações Unidas, o risco de morte nas ruas e estradas continua sendo três vezes maior nos países de baixa renda do que nos países de alta renda e esses acidentes são a principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Quase metade das mortes no trânsito ocorre entre pedestres, ciclistas e motociclistas. O chefe da ONU destacou, no Relatório Mundial sobre a Situação da Segurança no Trânsito 2018, que “salvar vidas melhorando a segurança no trânsito é um dos vários objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Ele fez um apelo para que todos “se unam para enfrentar a crise global de segurança no trânsito”.


Ações no Brasil

Com o intuito de discutir, alertar e conscientizar sobre a importância de comportamentos seguros no trânsito, o Observatório de Segurança Viária de Fortaleza (OSV) decidiu gravar uma série de podcasts, chamado “Transitando”, que podem ser ouvidos no Spotify e no Google Podcast.

Os episódios têm temas variados, mas todos envolvendo segurança viária. O primeiro: “O que é Segurança Viária e o que eu tenho a ver com isso?”, é uma espécie de introdução sobre o conceito de segurança viária e como o tema está presente no cotidiano da população.

Segundo o especialista em trânsito e diretor da Perkons, Luiz Gustavo Campos, para resultados efetivos de redução de acidentes e mortes são necessárias ações integradas de engenharia, educação e fiscalização, através do uso adequado da sinalização e de equipamentos medidores de velocidade. “Tecnologias para a segurança no trânsito devem ser entendidas como um meio de proporcionar melhor qualidade de vida para as pessoas. A cada lombada eletrônica instalada, evita-se 3 mortes e 34 acidentes por ano. Precisamos nos conscientizar como sociedade que nenhuma vida perdida no trânsito é aceitável e que só esforço somado vai reduzir os números dessa violência”, conclui.

 

O que esperar do turismo nos próximos meses?

A pandemia da Covid-19 pegou em cheio diversos segmentos econômicos no mundo todo. No entanto, nenhum deles foi tão duramente afetado como turismo de forma geral – seja o de lazer ou o corporativo. As empresas viram suas atividades pararem por completo e podemos dizer que o mercado hibernou.

Com a velocidade de propagação do vírus diferente, e em momentos distintos em cada canto do mundo, algumas nações se revezaram na posição de adotar o lockdown, de abrir fronteiras, de retomar as atividades do comércio. Mas o turismo continuou em silêncio.

Porém, com uma considerável diminuição no volume de mortes e os movimentos da economia em curso, o turismo começou a dar sinais de retomada. Devagar, as aeronaves começaram a voltar para os ares, os hotéis iniciaram sua reabertura de portas e as pessoas, além de estarem cansadas de ficar dentro de casa, começaram a sentir um pouco mais de segurança para viajar, com a adoção dos vários protocolos sanitários e de proteção contra o vírus ditados pelos órgãos competentes.

De acordo com um dos nossos Thinkers, o médico imuno oncologista Kald Abdallah, que atualmente é Líder Global de Relacionamento Médico da Farmacêutica Bristol Myers Squibb, enquanto não houver uma vacina, o mundo poderá passar por 14 ondas de Covid-19. No momento, o Brasil ainda enfrenta a primeira onda e, por isso, as notícias mudam a cada dia, o que não nos permite fazer grandes previsões sobre como será o cenário do turismo no mundo nos próximos meses.

Tanto no Brasil, quanto no mundo, o que se vê é um movimento das pessoas fazendo pequenas viagens, normalmente de carro, para locais próximos. Na Europa, há muito “bate e volta” para cidades vizinhas de outros países. À medida que a segurança aumenta e notícias sobre o número de casos se torna um pouco mais animadora, as pessoas arriscam um pouco mais e vão para locais um pouco mais distantes. Mas ainda assim em um volume ínfimo perto do que o turismo tem capacidade de movimentar.

Em nosso país, estamos chegando à temporada de férias de verão, na qual o turismo tradicionalmente registra um período bastante aquecido, tanto sob o ponto de vista nacional quanto internacional. Porém, para este ano, fazer um diagnóstico preciso sobre como ficará este cenário será um grande desafio. O que eu arrisco a dizer é que já existe um grande movimento de procura por reservas em hotéis, resorts e compras de passagem aérea para os meses de dezembro e janeiro, mas com foco nos destinos nacionais e regionais.

Desta vez, não acredito que as viagens internacionais terão tanta força, principalmente porque a Europa está vivendo uma nova onda de Covid-19 e várias medidas de restrição estão sendo tomadas. Fora o fato de que ainda há muita gente com receio de contaminação, o que é verdade, já que a pandemia continua entre nós.

Para este final de ano e início de 2021, eu vislumbro um turismo local aquecido, que pode trazer uma parte das receitas perdidas ao longo do ano para o setor no Brasil. Mas retomada, mesmo, eu solto a informação aqui e saio correndo: setembro do próximo ano. Quem estiver preparado, vai encarar uma demanda reprimida que vem mais forte do que onda da Covid-19. Estejamos preparados para bons ventos.

 


Natasha de Caiado Castro - Ceo da Wish International, empresa especializada nos segmentos de MICE – Meetings, Incentives, Conventions and Exhibitions – e IDX – Innovation and Disruptive Experience

 

Imediatismo das transações financeiras é o que mais chama a atenção dos empreendedores para aderir ao Pix

Pesquisa da Intuit QuickBooks também destaca preocupação dos donos de negócio com informações vazadas, golpes e quem responsabilizar por problemas

 

Dois em cada 5 donos de micro, pequenos e médios negócios do Brasil são entusiastas do Pix, o novo sistema de transferências e pagamentos do Banco Central, previsto para começar em 16 de novembro, justamente pelo imediatismo das transferências e pagamentos, que poderão ser feitas 24 por dia e 7 dias por semana. 

O dado faz parte do QB Insights, pesquisa encomendada pela Intuit QuickBooks, fintech americana desenvolvedora de software de gestão para pequenas empresas e escritórios contábeis, que também mostra que outros 40% dos empreendedores são atraídos pela possibilidade de pagar menos ou ficar isentos de tarifas. Outros 6% destacam a comodidade de não ter que necessariamente acessar a conta ou fornecer todas as informações bancárias do beneficiado para concretizar as transações financeiras. 

Para Lars Leber, country manager da Intuit QuickBooks no Brasil, uma das principais vantagens do Pix é oferecer para os usuários um serviço de pagamento mais barato e com mais velocidade. “Para o empreendedor, isso se torna ainda mais relevante, pois conseguir receber dos seus clientes e pagar sua contas e fornecedores está sempre entre as principais prioridades deste público. Com o Pix a tendência é que esse fluxo de caixa se movimente de forma mais eficiente”, explica.  

 


Por outro lado, 3 em cada 10 empresários demonstram preocupação com algum tipo de vazamento de informação. 23% temem não saber quem responsabilizar em caso de problemas e 17% tem medo de sofrer algum tipo de golpe ao utilizar o Pix. Outros 15% identificam outra barreira antes de apostar no sucesso do Pix: não são adeptos do uso de novas tecnologias. 

 

Realidade pré-Pix 


A pesquisa feita com 1190 micro, pequenos e médios empreendedores de todo o país entre 09 e 19 de outubro ainda revela que 76% deles sabem o que é o Pix e 72% acertaram o período em que o sistema vai começar a funcionar. Os números saltam para 92% quando são levados em conta somente os pequenos e médios negócios. 

Atualmente, as transferências bancárias convencionais, TED e DOC, lideram o ranking das formas mais utilizadas para o pagamento de todos os tipos de despesas com o negócio com 76%. A lista ainda conta com 13% de adesões aos links de pagamentos, 12% de utilização de dinheiro vivo para saldar as pendências, 12% de pagamentos por portais e 3% em cheques. 

 


Leber explica que a pesquisa mostra que 92% dos consultados paga algum tipo de tarifa mensal para instituições financeiras para realizar transferências bancárias. “Para uma pequena empresa, deixar de ter essa despesa mensal, por menor que ela seja, pode representar uma economia significativa ao longo do ano”, complementa. 

Na outra ponta do negócio, os empreendedores têm recebido a maior parte das receitas, 33%, via transferências bancárias. 19% costuma receber prioritariamente por boletos, 17% pelo cartão de crédito, 13% em dinheiro, 11% no cartão de débito, 7% em cheque e menos de 1% pelos links de pagamentos. 

 A pesquisa da Intuit ainda destaca que 85% dos consultados acredita que o Pix vai ser um sucesso. Os motivos mais citados pelos 15% que não acreditam no êxito do sistema são desconfiança por causa dos spreads bancários e possibilidade de tarifas mais altas, medo do mix formado pela ação dos fraudadores e falta de investimento em segurança, além de adesão abaixo do imaginado e instituições desinteressadas na novidade em poucos meses. 

 


 

Intuit QuickBooks

Setor do turismo toma fôlego, tem alta de 28% e aguarda pela temporada de verão

O faturamento registrado no último mês de setembro foi o triplo do valor registrado no início da pandemia, em abril de 2020

 

Depois de longos meses em queda, o turismo brasileiro dá sinais de melhora. De acordo com uma pesquisa realizada pela Cielo em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor teve alta de 28% em setembro - com faturamento de R$12,8 bilhões - em comparação a agosto. Para se ter uma ideia, o número é três vezes maior do que o registro em abril de 2020. Por segmento, as áreas de hospedagem e alimentação registraram o maior volume de vendas em setembro, cerca de R$ 8,53 bilhões. 

Muitas vezes subestimado, o setor de Turismo responde por cerca de 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) e emprega cerca de 7 milhões de pessoas direta e indiretamente no Brasil. “O setor foi gravemente afetado pela crise. A mescla das restrições com a diminuição da demanda fez com que os serviços fossem reduzidos de uma forma sem precedentes”, comenta a pesquisadora Isabel Grimm, que faz parte de um grupo de pesquisa Turismo e Sociedade, encabeçado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo ISAE Escola de Negócios. 

Segundo Grimm, a reestrutura das áreas turísticas e os investimentos em segurança epidemiológica em todo o mundo passaram a receber investimentos e maior controle, já visualizando que os protocolos de saúde se tornarão permanentes. Essa preocupação tem alcançado resultados positivos para o setor. “Os turistas estão aderindo novos hábitos de viagem, buscando por experiências mais próximas ao seu entorno, com forte tendência ao turismo doméstico e regional”, destaca. 

 

Reinvenção 

A adaptação tem sido a chave para o sucesso do setor no processo de reabertura. No Hotel Solar do Imperador, em Porto Seguro (BA), fundado há quase 30 anos, a retomada das atividades foi gradual e segue atendendo todas as medidas de segurança contra o novo coronavírus. O primeiro passo foi reduzir o número de funcionários e implementação de novos turnos. “A distribuição das atividades foi repensada, para que sempre tenha alguém higienizando os locais, até nas áreas abertas como a da piscina”, explica um dos proprietários e administrador do hotel, Charbel Spinelli Tauil.

No restaurante, o buffet passou a ser assistido – os funcionários ficam paramentados e atrás de um vidro – e também existe as opções à la carte. Na área de lazer, os hóspedes podem utilizar a sauna e hidro, mediante agendamento de horário. “Tivemos que reestruturar todos os nossos serviços, principalmente aquele de maior probabilidade de contato entre o nosso público. Os turistas perceberam que nos transformamos em um ambiente seguro, e aos poucos estão voltando. Estamos ansiosos para a temporada de verão”, destaca Charbel. 

 

Plano Nacional de Retomada do Turismo

Seguindo a linha da retomada responsável, o Ministério do Turismo acaba de lançar o Plano Nacional de Retomada do Turismo, uma aliança nacional que reúne poder público, iniciativa privada, terceiro setor e Sistema S para mitigar os efeitos negativos causados no setor, em decorrência da pandemia da covid-19. 

Foi definido, por meio de um ato normativo, os eixos de atuação e os parâmetros para desenvolvimento de programas, projetos e ações para a retomada. Como não poderia ser diferente, o foco é o turismo nacional, responsável (para empresas e turistas) e descentralizado, dando oportunidades a destinos de todo o País. O Ministério lançou, também, a campanha Viaje com Responsabilidade e Redescubra o Brasil, com uma série de vídeos voltada à promoção dos destinos turísticos brasileiros.

 

Falta de prevenção à Covid-19 pelas empresas justifica rescisão indireta do contrato de trabalho

A falta de cuidado das empresas na prevenção ao contágio por Covid-19 no local de trabalho pode conceder aos funcionários o direito à rescisão indireta do contrato, modalidade na qual a dispensa ocorre por vontade do empregado. A CLT prevê, entre as hipóteses de dispensa indireta, a situação em que o trabalhador corre “perigo manifesto de mal considerável”. O desligamento equivale à demissão sem justa causa com o recebimento de verbas rescisórias, como o aviso prévio e a indenização correspondente a 1/3 das férias, além do acesso ao seguro-desemprego. 

Outras hipóteses existentes na lei trabalhista para a rescisão indireta são a exigência de serviços superiores às forças do empregado; serviços “proibidos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato”; o rigor excessivo no tratamento recebido por parte dos superiores; o descumprimento de obrigações do contrato; a prática de ato lesivo ou de ofensas físicas pelo empregador; a redução da carga de trabalho com impacto no salário; obrigações legais do funcionário que impeçam a continuidade do trabalho; e a morte do empregador, no caso de se tratar de uma empresa individual.  

Erick Magalhães, advogado especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados, aponta que decisões judiciais em favor do trabalhador dependem hoje das medidas de prevenção ao vírus que devem ser cumpridas pelas empresas em cada município ou unidade federativa. “No Estado de São Paulo, há o Decreto Estadual 64.959, que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras respiratórias como forma de atenuar a transmissão do vírus. Portanto, se uma empresa vai na contramão dessa obrigatoriedade colocando em risco a saúde e a segurança de seus empregados, tal fato configura motivo para a rescisão indireta”, exemplifica.

Já Luiz Fernando de Andrade, advogado trabalhista do escritório Baraldi Mélega Advogados, lembra que é importante que as empresas se atentem não apenas à aplicação de medidas de prevenção ao contágio, mas também ao seu cumprimento por parte dos funcionários. “Além da disponibilização dos EPIs, o empregador deverá fiscalizar a utilização por parte dos trabalhadores, se estes estão utilizando-os de modo adequado. Em caso negativo, deverá aplicar-lhes advertências”, alerta.

O especialista ainda explica que o Judiciário, ao analisar pedidos de rescisão indireta, verifica a existência de elementos necessários, como a gravidade do caso em questão e a responsabilidade do empregador. “É indispensável a produção de diversas provas durante o curso do processo para que se demonstre em juízo que o patrão praticou determinada falta grave, tornando insustentável o vínculo de emprego”, afirma.

advogada trabalhista do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, Bianca Canzi, orienta que o trabalhador, ao perceber a situação em que cabe a rescisão indireta, rompa o contrato e comunique o fato ao empregador. O próximo passo é ingressar com a ação na Justiça. “Contudo, o funcionário deve deixar o serviço apenas após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que não configure abandono do trabalho”, aconselha.

De acordo com especialistas, a possibilidade de dispensa indireta é mais um motivo para que as empresas tenham atenção com o cumprimento de medidas que previnam o contágio pelo coronavírus em suas dependências. Exemplos são o fornecimento e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como as máscaras, e o distanciamento entre as estações de trabalho. Entretanto, o direito à rescisão indireta ainda não é pacificado no Judiciário.


Outras situações

Segundo os especialistas, a negligência com a saúde e a segurança do funcionário por parte do empregador é uma justificativa comum para a rescisão indireta. Recentemente, a Segunda Turma do TST reconheceu a uma operadora de máquinas, em uma fábrica de Itajaí (SC), a dispensa indireta por conta do desenvolvimento da Síndrome do Manguito Rotador, uma doença ocupacional relacionada ao ombro. Os ministros entenderam que houve o descumprimento das obrigações do contrato em relação à garantia de um ambiente seguro para a execução das tarefas, o que se configura como falta grave do empregador.

O advogado trabalhista Luiz Fernando de Andrade explica que, em casos como esse, é necessário que seja realizada perícia médica para avaliar a relação entre o desenvolvimento da doença e o trabalho exercido. “Caso tenha ficado demonstrado que a empregadora foi negligente, estaria justificada a rescisão indireta. Todavia, não é possível generalizar, sendo que a análise deve ser feita caso a caso”, pondera.

Outra justificativa para a dispensa indireta é o atraso no pagamento dos salários e no depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A segunda turma do TST tem proferido decisões em favor do trabalhador desde que a prática por parte da empresa seja corriqueira. “Caso ocorra falha no pagamento do salário, o atraso não pode passar de um mês”, esclarece Ruslan Stuchi, advogado trabalhista e sócio do escritório Stuchi Advogados. “O recolhimento de valores inferiores aos devidos ao FGTS constitui em uma falha grave. O saque do benefício é bastante requerido pelos empregados”, acrescenta.

 

Cuidados e regras no dia das eleições

Mais de 147 milhões de brasileiros irão às urnas para votar nos prefeitos e vereadores de seus municípios no próximo domingo, dia 15 de novembro. Apenas Macapá, capital da Amapá, não terá votação, por conta dos problemas decorrentes do apagão na cidade, que já dura dias e está longe de uma solução. E no estado do Mato Grosso haverá também a escolha de um senador. Por ser uma votação em meio a uma pandemia, surgem diversas dúvidas do que pode e o que não pode ser feito no dia da eleição. 

Desde 1996 a votação no Brasil se dá por meio eletrônico, ou seja, através das urnas eletrônicas. A eleição será decidida no primeiro turno nas cidades com menos de 200 mil eleitores. Nas demais localidades, poderá ter segundo turno, que está agendado para o dia 29 de novembro.  

Vale destacar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou regras de conduta para as eleições municipais deste ano, em meio à pandemia do novo coronavírus. Segundos as orientações, eleitores com sintomas ou quadro confirmado de Covid-19 não devem comparecer à votação. Ou seja, aquele que apresentar febre no dia de votar ou tiver sido diagnosticado com o vírus nos 14 dias anteriores à votação não deve participar das eleições. A recomendação é que o eleitor justifique a ausência, em um outro momento, e informe que deixou de votar por questões de saúde. Se a pessoa com febre ou diagnóstico for mesária, deverá avisar a zona eleitoral para que haja uma substituição na escala. Embora o controle seja um enorme obstáculo, tendo em vista o número de zonas eleitorais espalhados pelo país, a Justiça Eleitoral, na pessoa do presidente Luís Roberto Barroso, apresenta bastante sensibilidade para a grave crise sanitária.

O eleitor terá que usar obrigatoriamente a máscara de proteção facial no momento de exercer seu direito de votar. Assim, o eleitor terá que permanecer de máscara desde o momento em que sair de casa, evite contato físico com outras pessoas e cumpra o dever cívico da forma mais ágil possível, sem permanecer tempo desnecessário nos locais de votação. Além do uso obrigatório da máscara, o TSE recomenda que os eleitores levem sua própria caneta para assinar o caderno de votação com a identificação  do eleitor. O presidente do TSE afirmou que as regras do protocolo de segurança são obrigatórias e quem não as seguir ficará impedido de votar. 

Para votar, o eleitor terá que levar, obrigatoriamente, um documento oficial de identificação com foto, que pode ser o RG, a CNH, a carteira de de trabalho, o certificado de reservista, o passaporte ou a carteira de categoria profissional reconhecida por lei. Levar o título de eleitor é recomendável, mas não obrigatório, ou seja, mesmo quem perdeu o título pode votar. 

O eleitor que estivem impedido de votar no próximo dia 15 ou 29 de novembro tem que justificar a sua ausência. Isso porque quem deixa de votar e não justifica a ausência recebe multa e uma série de sanções. Entre elas, não pode assumir cargo público nem obter empréstimo em bancos do governo. Também não pode tirar passaporte nem carteira de identidade. E se deixar de votar em três eleições consecutivas, não se justificar e não pagar a multa, terá o título cancelado. 

Importante ressaltar que, pela lei, o voto é obrigatório para os cidadãos de 18 a 70 anos. E facultativo para analfabetos, jovens entre 16 e 17 anos e para idosos com mais de 70 anos. O eleitor, que estiver fora do domicílio eleitoral no dia da eleição, pode justificar em locais de votação e nos sites do TSE e tribunais regionais eleitorais. No dia da eleição, o eleitor deve entregar o requerimento de justificação de ausência em qualquer local de votação ou em pontos de justificativa. 

No dia de votação é proibido distribuir santinhos na seção eleitoral, mas é permitido o uso de peças de vestuário e acessórios, bem como o uso de bandeiras. Os mesários não podem usar vestuário ou objetos com propaganda de partido político ou candidato. Cumpre frisar também que é proibido levar telefone celular ou câmera fotográfica para a cabine de votação. 

Os candidatos estão proibidos, por determinação legal, de realizar, no dia da eleição, comícios e carreatas, propaganda de boca de urna e uso de alto-falantes e amplificadores de som. E, até o término do horário de votação, são proibidas aglomerações de pessoas com roupa padronizada e propaganda, com ou sem uso de veículos. 

Cabe destacar também que é crime eleitoral a venda de votos. A pena é de até quatro anos de detenção e pagamento de multa. Além disso, o candidato pode ter o registro ou o diploma cassados. 

O eleitor e os candidatos devem ter a consciência que a eleição definirá os rumos das cidades brasileiras nos próximos quatro anos. Segui todas as regras sanitárias e legais são necessárias para fortalecer a democracia e escolher os representantes políticos no combate a pandemia, a desigualdade social e econômica e na retomada econômica e de empregos nos municípios brasileiros.

 


Marcelo Aith - advogado especialista em Direito Público e professor convidado da Escola Paulista de Direito

Quando uma empresa deixa de faturar, não significa que ela foi fechada. Para tal, o processo de formalização de encerramento das atividades precisa ser feito junto a JUCESP e demais órgãos

Diversos empreendedores realizam o sonho de ter o próprio negócio, porém, da mesma forma que cresce o número de novas empresas no Brasil, também aumenta a quantidade de empresas inativas. De acordo com o Mapa de Empresas – uma ferramenta digital do Ministério da Economia, atualmente existem 19,5 milhões de empresas ativas – em outubro foram abertas de 321 mil, e 89.306 tiveram as atividades encerradas. 

Quando a empresa é fechada, é extremamente importante regularizar a situação do CNPJ, pois somente ao dar baixar, se põe fim no cumprimento das obrigações tributárias acessórias. 

Diversas pessoas acreditam que o fato de a empresa não estar faturando, não é preciso se preocupar com ela; muito pelo contrário. Se o CNPJ consta como ativo, não só o cumprimento de algumas obrigações acessórias é devido, como ainda poderá haverá a incidência de algumas taxas, como é o caso da TFE – Taxa de Fiscalização de Estabelecimento –, cobrada anualmente pela Prefeitura de São Paulo, sempre no mês de julho de cada ano. 

“A regra é clara. Se o CNPJ está ativo, haverá a cobrança, ainda que a empresa, por algum motivo, não esteja faturando”, disse o Professor Carlos Afonso, que além de educador financeiro, é contabilista e administrador. “Outro exemplo refere-se ao MEI – Microempreendedor Individual; que, enquanto ativo, o pagamento do DAS continua sendo devido mensalmente, independente de estar faturando ou não”, completou. 


Processo formal de encerramento 

Deste modo, se por algum motivo uma empresa não volte a operar, é preciso analisar a possibilidade de formalizar o seu encerramento. Isso evitará multas pela não entrega das obrigações acessórias, bem como outras taxas. “Repito: o fato de a empresa não estar faturando não significa para o fisco que a empresa está encerrada. Para todos os fins de direito ela continua aberta e, desta forma, está sujeita ao cumprimento das obrigações tributárias acessórias que são devidas”, alertou Professor Carlos. 

O processo formal de encerramento da empresa se inicia com distrato social, no qual os sócios por mútuo acordo encerram as atividades corporativas e dissolvem a sociedade. O distrato também conterá o motivo pelo qual a sociedade foi dissolvida, bem como quem ficará responsável por eventuais ativos e passivos supervenientes e a guarda dos documentos. 

Uma vez o distrato arquivado na Junta Comercial, o CNPJ também será baixado na Receita Federal, e emitida uma certidão de baixa de inscrição no CNPJ. Adicionalmente, deverá ser solicitada a baixa da empresa na Secretaria da Fazenda do Estado ou Prefeitura do Município (quando for o caso). 

O processo de baixa precisa ser completo, de modo que seja efetuado em todos os órgãos necessários, para não restar pendências. “O que muitas vezes observamos é que a baixa na prefeitura não é feita. Com isso, perante a municipalidade, a empresa continua aberta, gerando anualmente taxas a pagar”, explicou Professor Carlos. 

Por fim, vale ressaltar que tanto o MEI como o Empresário Individual, são encerrados por meio de outras formas e não pelo arquivamento do distrato social (que é utilizado para sociedade empresárias). Para tanto, existem procedimentos determinados para a extinção do CNPJ seja feito formalmente. 

 


Professor Carlos Afonso - administrador, contabilista e sócio-diretor do Grupo MCR.  "Organize suas finanças e saia do vermelho” traz uma luz sobre esse importante assunto e que afeta a vida de qualquer pessoa desde o nascimento até o último suspiro. Relacionar-se bem com o dinheiro garante sustentabilidade financeira e uma vida melhor livre de privações. http://www.livrosaiadovermelho.com.br/

Um novo cargo: líder de diversidade para as empresas

Debater sobre diversidade em empresas é algo antigo, mas é um tema que sempre está em pauta e é constantemente explorado. Embora não seja uma pauta recente do ambiente corporativo, muitos profissionais ainda possuem dúvidas sobre e por que implementar a cultura de diversidade em suas empresas e como desenvolver esse projeto de forma inclusiva e que realmente cause transformação. 

Para se ter uma ideia da importância de falar sobre diversidade dentro do ambiente corporativo, um recente estudo realizado pela consultoria McKinsey and Co. em 12 países mostrou que companhias que possuem times de executivo com maior variedade de perfis são mais lucrativas. O levantamento contou com a participação de mil empresas globais e ainda revelou que empresas com maior diversidade de gênero possuem 21% de chances de apresentar resultados acima da média do que organizações que com menor presença de diversidade.

Esse é apenas um dos muitos dados que exemplificam claramente a necessidade de formar um novo cargo de liderança dentro da cultura das organizações: o líder de diversidade. Basicamente, uma empresa diversificada possui colaboradores com distintas idades, etnias, necessidades especiais, religião, estado civil, crenças, orientações sexuais, classes sociais, gêneros e culturas.

Pode não ser claro, mas a diversidade é presente nas empresas e o papel do RH é iniciar um trabalho de mudança com os colaboradores para incentivar uma nova cultura, reforçando o código de conduta de respeito ao próximo. Para que isso seja posto em prática, também é necessário que líderes e motivadores dentro da empresa, trabalhem sempre a inclusão de profissionais na equipe como o tratamento igualitário perante os outros funcionários.

Conhecer os colaboradores que compõe a empresa é um primeiro passo para que o líder realize uma análise concreta, principalmente de funcionários que se encaixam em tais diversidades, para procurar saber mais sobre as suas competências e os motivos que favoreceram seu interesse pela oportunidade de fazer parte da empresa. Esse é um bom começo para que o RH entenda o seu quadro atual e passe a traçar novos planos para ampliar a diversidade nas empresas.

Se a empresa pensa em levar a sério o tema sobre diversidade, talvez uma boa ideia seja repensar seus processos seletivos. Isso porque depois de um tempo, os vícios de um processo seletivo antiquado e pouco inclusivo, podem ter se tornado o padrão. Mas isso não significa que o líder não possa inovar!

Os processos seletivos digitais podem ser uma boa opção para a inclusão e oportunidade de ainda mais profissionais. Nestes moldes, o sistema avalia o candidato de acordo com suas competências, alcança um público maior e dá como resultado perfis que que tenham mais correspondência com a posição, sem quaisquer preconceitos.

O verdadeiro líder é aquele lidera pelo exemplo. Reforce a cultura de inclusão e diversidade nas empresas e torne isso não apenas como um diferencial competitivo diante das outras empresas, mas como algo que os colaboradores que atualmente fazem parte da sua equipe, realmente valorizem. Esteja disposto a abrir mais espaço para que outras empresas também conversem sobre o tema e reconheçam sua importância.


Celson Hupfer - fundador e CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital. Com mais de 30 anos de experiência como executivo no segmento financeiro, planejamento estratégico, análise de riscos e área comercial, já passou por cargos de diretoria no antigo BankBoston e no Itaú. Também foi consultor autônomo em um empreendimento próprio, a Hupfer Consultoria, empresa de assessoria e consultoria de desenvolvimento de pessoas. Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e membro do conselho do mestrado profissional da Fundação Dom Cabral, é especialista em liderança, tendo liderado equipes de mais de 1.500 colaboradores e implantado programas de expansão. Formado em Economia pela USP, com curso em Psicanálise no Instituto Sedes Sapientiae.

 

Impactos do COVID-19 na economia

Graças às mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, muitos hábitos dos brasileiros tiveram que mudar. E não foi diferente na nossa relação com o dinheiro.


Muitas pessoas perderam seus empregos, outras tiveram redução de jornadas. As empresas também sentiram o impacto, especialmente as pequenas, com muitas delas tendo que se adaptar ao novo cenário.

Resumindo: a incerteza e a instabilidade da economia, o próprio isolamento social e até a alta de desemprego geraram impactos no mercado que interferiram em todas as nossas finanças. E como ficaram os empréstimos online nessa história? Para entender, veja esse infográfico.


https://jurosbaixos.com.br/emprestimo-pessoal 


Conflitos entre os seus profissionais podem ser positivos para a empresa em alguns casos

Conflitos profissionais

Os conflitos podes ser saudáveis para os profissionais, evitando que as equipes caiam na apatia ou na estagnação.

 

Ao contrário do que muitos podem imaginar, os desagradáveis conflitos no ambiente de trabalho podem, sim, trazer resultados positivos para o bom andamento do trabalho. É o que garante Mari Clei Araújo, diretora da MC Coaching & Consultoria, de São Paulo (SP). “Em todos os atendimentos que realizo em meu escritório, tanto nas áreas de Coaching como Mentoria, é comum me deparar com as mais diversas situações ocasionadas por conflitos – provocadas, por exemplo, por clientes estressados, cansados, que não sabem administrar o convívio com o chefe, colaborador ou parceiro de trabalho”, diz ela.

Segundo Mari Clei, no mundo corporativo, o conflito pode ser saudável para os profissionais, evitando que as equipes caiam na apatia ou na estagnação. “Minha sugestão para você, em qualquer tipo de conflito, é ter como objetivo buscar o aprendizado e o lado positivo da situação em questão. Esse tipo de visão e reflexão poderá exercer uma ação transformadora no seu crescimento pessoal e profissional. É uma dica preciosa que vale também para relacionamentos sociais e amorosos”, sugere a especialista. Em resumo, diz ela, o conflito deve ser entendido como uma poderosa força de renovação quando ocorrem algumas dessas situações:


  • Incentiva as pessoas a saírem da sua zona de conforto ao começarem a questionar seus próprios pensamentos, opiniões e procedimentos – e conduz a mudança e melhorias significativas;
  • Permite a expressão e a exploração dos diferentes pontos de vista e valores das pessoas com quem convivemos;
  • Possuem um potencial criativo e destrutivo. Eles podem destruir velhos padrões para que novos e melhores sejam criados;
  • O maior desafio consiste em usar todo esse potencial para a criação e o crescimento pessoal, emocional e profissional.

“Por outro lado, não podemos perder de vista alguns dados interessantes. Você sabia que os conflitos geram 25% de perda de produtividade dentro de uma empresa? E que o gerenciamento destes conflitos na equipe pode gerar uma perda de tempo dos líderes na ordem de 42%? Pois é: esses dados mostram que, mesmo trazendo benefícios aos profissionais e até às empresas, é preciso existir um equilíbrio, e o excesso de conflitos sempre será ruim, mesmo trazendo aprendizados”, explica a diretora da MC Coaching & Consultoria.

Para avaliar como positivo um conflito dentro de uma empresa, antes de mais nada, é preciso entender o que é “conflito”. São desentendimentos, brigas, disputas ou discussões causadas pela oposição de interesses, sentimentos ou ideias. O conflito surge a partir da discrepância de objetivos entre duas  ou mais partes que não contam com o mecanismo efetivo de coordenação ou mediação. Por isso, é importante desenvolver habilidades de administrar e mediar conflitos e chegar ao consenso.

Importante lembrar que o consenso não é a eliminação de todas as discordâncias. O conflito deveria existir para que as partes, ainda que discordem em diversas questões, consigam colocar os interesses do time acima dos interesses pessoais e  cheguem a um acordo quanto aos pontos essenciais. Essas discussões e reflexões, realizadas durante um conflito, podem se tornar um momento muito especial para que profissionais e corporações definam com mais clareza suas metas ou procedimentos, por exemplo. Neste caso, o conflito estimula uma necessária comunicação mais eficaz entre as partes. Se este diálogo for feito com serenidade pelas pessoas envolvidas, seus resultados podem ser positivos para as empresas e também para seus profissionais.

Por fim, durante as discussões causadas por um conflito, é importante sempre separar as pessoas do problema. “Você está ali para resolver uma situação da empresa ou cliente, mesmo que você não desenvolva tanta simpatia assim pela pessoa que está com você naquele momento ou situação. Saiba sempre ouvir os fatos. É normal termos uma ação reativa negativa em um primeiro momento de conflito, mas ouvir nos ajuda a evitar mal entendidos e reações indesejadas da nossa parte. Saiba explorar em conjunto os fatos para a solução do conflito - e não a busca simples por culpados. Todo esse processo é muito saudável para a pessoa e também para o negócio”, conclui Mari Clei.

 

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