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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Pesquisa da UFSCar investiga efeitos do trabalho remoto


Estudo avalia impacto do home office na saúde e atividade física de trabalhadores administrativos

 

Uma pesquisa realizada pela equipe do Laboratório de Cinesiologia Clínica e Ocupacional (Laco) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) busca investigar os efeitos do trabalho remoto (home office) sobre a atividade física, sintomas musculoesqueléticos e fatores psicossociais de trabalhadores administrativos, que permanecem muito tempo na posição sentada fazendo o uso do computador. O estudo conta com a participação do pós-doutorando Dechristian França Barbieri, do doutorando Luiz Augusto Brusaca e das graduandas Rafaela Veiga (iniciação científica) e Maria Paula Perruchi (apoio técnico), sob supervisão de Ana Beatriz de Oliveira, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade. 


De acordo com Barbieri, em geral, trabalhadores administrativos são caracterizados por possuírem um comportamento bastante sedentário, ou seja, permanecerem muito tempo na posição sentada, utilizando o computador como principal ferramenta de trabalho. Atualmente, com o isolamento social pela pandemia da Covid-19, grande parte desses profissionais passaram a trabalhar de maneira remota, ficando mais tempo em posturas restritas dentro de casa, o que pode estar contribuindo com o crescimento de fatores de risco relacionados ao sedentarismo. Estudos têm demonstrado que o sedentarismo pode predispor diferentes problemas como a maior incidência de dores musculoesqueléticas, aumento do colesterol, ganho de peso e até obesidade, além do incremento da chance de desenvolver doenças metabólicas, como diabetes tipo II, e de mortalidade prematura. 


Diante desse contexto, o projeto do Laco tem como motivação entender se o trabalho remoto em decorrência da Covid-19 impacta de maneira expressiva a saúde dos trabalhadores administrativos. Além disso, os resultados servirão para orientar os profissionais da área da Saúde a traçarem estratégias de cuidado junto a trabalhadores que estão em home office devido à pandemia do novo Coronavírus.


Para desenvolver a pesquisa estão sendo convidados trabalhadores administrativos com vínculo empregatício, em regime de home office (total ou parcial), que utilizam o computador como principal ferramenta de trabalho e permanecem na posição sentada por períodos diários maiores que seis horas. A avaliação de atividade física será feita via questionário online e por medida direta com uso de sensores. A entrega dos sensores ao participante seguirá todas as recomendações de biossegurança. A participação é gratuita e os interessados devem entrar em contato pelo telefone (16) 98108-3470 (ligação ou WhatsApp) ou pelo e-mail ative.laco@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 38136420.9.0000.5504).

 

Campanha Nacional de Vacinação termina nesta sexta-feira (30)

Dados parciais mostram que 44% do público-alvo foi vacinado contra a paralisia infantil no Brasil


Termina nesta sexta-feira (30) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite no Brasil. Segundo dados preliminares das Secretarias Estaduais de Saúde, 4,9 milhões de crianças foram vacinadas contra a paralisia infantil desde o início da mobilização, no dia 5 de outubro. Até o momento, cerca de 6,3 (55,9%) milhões de crianças ainda não foram vacinadas contra a doença. O público-alvo estimado é de 11,2 milhões de crianças de 1 a menores de 5 anos de idade. Os estados podem continuar com as mobilizações de acordo com o planejamento e estoque locais.

O Ministério da Saúde tem alertado a população quanto à importância da vacinação, respeitando as diretrizes e orientações de segurança para evitar o risco de transmissão da Covid-19. A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa grave que afeta o sistema nervoso, podendo provocar paralisia permanente ou transitória dos membros inferiores. Não existe tratamento e a única forma de prevenção é a vacinação. 

A maior cobertura, até o momento, foi registrada entre as crianças de dois anos de idade (45%), enquanto a menor foi registrada entre as crianças 3 anos de idade (43%). O estado do Amapá registrou o maior índice de vacinação contra a poliomielite no país (76,4%), seguido de Pernambuco (64%) e da Paraíba (61%). A menor cobertura registrada foi do estado de Rondônia (17,3%).

Até o momento, 646 municípios (11,5%) atingiram a meta de 95% de crianças vacinadas. Os dados são preliminares e os municípios têm até o fim de novembro para registrar as doses aplicadas no sistema de informações do Ministério da Saúde. A recomendação aos estados que não atingirem a meta é continuar com a vacinação de rotina oferecida durante todo o ano nos mais de 40 mil postos de saúde distribuídos pelo país.

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO

Com o conceito ‘Movimento Vacina Brasil. É mais proteção para todos’, a ação teve início em 5 de outubro e se encerra nesta sexta-feira (30), simultaneamente à campanha de multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Nesta última são ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação.

O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde de todo o país 18 vacinas para crianças e adolescentes no Calendário Nacional de Vacinação, para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias. 

POLIOMIELITE NO BRASIL

O Brasil vem desenvolvendo um importante papel no combate à poliomielite. Ao longo de 47 anos o Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio das ações de vacinação, tem contribuído de forma ativa para manter o país livre da doença. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas. 

Desde então, o país tem se empenhado para alcançar altas e homogêneas coberturas vacinais para manter a eliminação da doença. Coberturas vacinais municipais heterogêneas podem levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Por isso, é imprescindível que pais ou responsáveis levem as crianças menores de 5 anos aos postos de vacinação. 

 


Luara Nunes

Ministério da Saúde


Ainda vale à pena investir em imóveis?

A segurança que os imóveis oferecem por não sofrerem desvalorização é um prato cheio para quem busca trabalhar com investimento. Isso porque, no Brasil, o déficit habitacional ainda é muito grande. Estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontou, em 2019, eram necessárias 7,797 milhões de moradias para cobrir esse déficit. Porém, aos aventureiros que se interessam por esse tipo de investimento, é importante saber que nem sempre será vantajoso.

Uma das opções para esse investimento é comprar um imóvel na planta. Mas, realmente, é um bom negócio? Depende. Esta é a resposta do presidente da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. “Regra geral, imóveis adquiridos na planta custam menos que o valor do próprio imóvel pronto, então tem-se a expectativa de que o valor agregado na construção será o lucro. Porém, esse lucro é visível se a aquisição for à vista. Do contrário, o investidor deve ter em mente que tudo que será pago para construtor de forma parcelada implicará em correção monetária e acréscimo de juros compensatórios, o que diminui lá na frente o lucro. Se envolver financiamento habitacional, a regra também vale”, explica.

Se a opção é a compra de imóvel pronto, ele pode ser recém-construído, venda direta com o proprietário ou até mesmo arrematação em leilão. Qualquer uma das operações pode ser benéfica se bem feita e analisada, conforme Vinícius Costa. “Contar com recursos próprios e com a sorte de venda rápida é o principal para obter um bom lucro nesse tipo de operação. No que diz respeito à aquisição em leilão, é importante que o investidor tenha em mente que a desocupação do bem fica a seu cargo, o que representa mais custo para toda a operação”, esclarece.

No final, a conta não é muito simples de fechar e nem sempre o lucro será aquele de 100% que todo mundo espera, como observa o presidente da ABMH. “As chances de um bom negócio gerar lucro quando o investimento é em imóvel é muito grande, mas essas chances têm de ser calculadas e traçadas antes da realização do negócio, ou o que era para ser lucro acaba virando prejuízo”, aponta Vinícius Costa.

 


ABMH – Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH)

 

Especialistas falam sobre o impacto das notícias falsas nas coberturas vacinais do país

Queda na cobertura vacinal e reaparecimento de doenças podem estar associados à propagação de informações falsas sobre os imunizantes

 

Acirculação de notícias falsas, o medo de eventos adversos e a sensação de segurança decorrente da eliminação de doenças são fatores que vêm contribuindo para a queda das coberturas vacinais no Brasil.  Dados do Ministério da Saúde mostram que, até o dia 22 de outubro, nenhumas das vacinas do calendário nacional atingiu os indicadores preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações. Para a coordenadora do PNI , Francieli Fontana, o movimento antivacina também  pode contribuir para os indicadores.

Nesse cenário, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Juarez Cunha, também avalia que o movimento antivacina é um dos protagonistas na propagação das fake news. “As inverdades que têm circulado podem impactar no número de pessoas não vacinadas no país. Coloca nossa população, especialmente as nossas crianças, em risco, colaborando para o retorno de doenças que já estavam controladas ou eliminadas. É o caso do sarampo”, afirma.

Em 2019, o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença. Isso aconteceu porque o país conviveu, por 12 meses e de forma endêmica, com casos confirmados da doença. Países dos continentes europeu e africano também registraram um maior número de casos na última década.

O presidente da SBIm lembra que o movimento ganhou por causa de um artigo falso, publicado em 1998 pelo médico inglês Andrew Wakefield, no qual ele incitava que a vacina do sarampo causava autismo. O artigo foi desmentido e retirados dos meios científicos, mas as consequências repercutem ainda hoje.


PROBLEMA MUNDIAL

A hesitação em vacinar foi apontada como um problema mundial pela Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas. De acordo com estudos, a probabilidade de uma criança nascida ser totalmente vacinada com todas as vacinas recomendadas mundialmente até os 5 anos de idade é inferior a 20%. Em 2019, quase 14 milhões de crianças perderam a oportunidade de receber as vacinas oferecidas para a faixa etária.

“Depois da água potável, a vacinação trouxe uma melhoria na qualidade de vida das pessoas e uma redução da mortalidade”, conta a médica especialista em vigilância em saúde, Melissa Palmieri. Ainda de acordo com ela, vacinar é um pacto social.  Prova disso são os casos de poliomelite no Brasil, sem registros desde 1990.


FAKE NEWS

Vacina pode causar autismo? A melhor higiene faz doenças desaparecerem? É perigoso aplicar doses de imunizantes em um mesmo dia? Doenças evitáveis por vacinas já foram erradicadas?

Essas são as principais dúvidas registradas no Saúde Sem Fake News – canal criado pelo Ministério da Saúde para fornecer informação segura sobre saúde aos brasileiros. No ar há pouco mais de dois anos, o canal tem mais de 99 mil dúvidas registradas.

Um dos grandes mitos repercutidos sobre o assunto é o de que a aplicação de mais de uma vacina no mesmo dia poderia interferir na saúde da criança. “O sistema imune está preparado para responder a vários estímulos ao mesmo tempo, como é o caso da vacina tríplice viral. Tanto é que, quando a criança nasce e vai para o meio ambiente, tudo é novo para ela. O organismo tem capacidade de produzir resposta adequada”, esclarece o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.


EVENTOS ADVERSOS

Os especialistas reconhecem que qualquer medicamento ou imunobiológico pode causar eventos adversos, mesmo que sejam leves, como dor local, vermelhidão no braço, dor de cabeça ou febre baixa. “Isso não é motivo para deixar de vacinar. Vacinar é uma estratégia segura”, reforça o doutor em saúde coletiva Eder Gatti.

Ainda de acordo com ele, o maior evento adverso é deixar de vacinar. “O impacto que as vacinas causam é praticamente insignificante. Divulgar informações contrárias às vacinas é que põe em xeque a credibilidade do programa de imunizações e provoca a queda de cobertura”, completa.


POR QUE CONFIAR?

Todas as vacinas disponibilizadas no Programa Nacional de Imunizações passam pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que obedece aos parâmetros internacionais para avaliar segurança, imunogenicidade e eficácia.

Uma vez incorporada no Calendário Nacional de Vacinação, antes de ir para o posto de saúde, a vacina passa por uma avaliação criteriosa do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), que realiza ensaios laboratoriais para o controle de qualidade de produtos com interesse para a saúde.

Os componentes utilizados para a fabricação de vacinas servem para a conservação das mesmas e auxiliam no aumento da proteção imunológica da pessoa vacinada. Segundo os especialistas, os ventos adversos são raros e na maioria das vezes estão relacionados ao indivíduo que recebeu a dose, como alguma alergia ou alguma imunodeficiência preexistente (transplantados ou com HIV). Para esses casos, foram criados os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para facilitar o acesso da população às vacinas especiais.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde garante que a vacinação é segura e eficaz. “Não há nenhuma dúvida com relação a isso, por mais que grupos antivacinas queiram aparecer e tomar espaço na mídia”, reforça Francieli. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) existe há 47 anos e atualmente oferece 18 vacinas no Calendário Nacional de Vacinação de Crianças e Adolescentes, sete vacinas para adultos e cinco para idosos, disponibilizadas gratuitamente nas salas de vacinação do SUS.



André de Castro
Ministério da Saúde

 

Infraestrutura natural reduz efeitos das mudanças climáticas nas cidades

Soluções baseadas na Natureza, como parques urbanos, jardins de infiltração e telhados verdes biodiversos, reduzem impactos de chuvas intensas, elevação das temperaturas e eventos climáticos extremos

 

O crescimento e adensamento populacional tem se mostrado um fenômeno irreversível no mundo todo. O último relatório das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre a população global projetou que, em 2100, a quantidade de pessoas no planeta pode chegar a 10,9 bilhões, levantando preocupações quanto à pressão sobre as cidades, em especial em áreas sensíveis como o acesso à água.

Uma das alternativas que têm avançado nos últimos anos para ajudar a enfrentar o problema é a chamada infraestrutura natural, que consiste na incorporação de Soluções baseadas na Natureza (SBN) para resolver questões relacionadas à segurança hídrica e à resiliência. Por meio da implantação de áreas verdes em pontos estratégicos das cidades, cria-se um sistema natural capaz de absorver a água da chuva, filtrar sedimentos do solo e reduzir custos com saneamento e saúde pública.

“Muitas cidades estão pensando em seus sistemas de drenagem porque as tubulações que existem hoje, feitas décadas atrás, não dão conta de escoar o volume atual de água durante grandes tempestades, que acaba provocando enchentes e invadindo edificações. Isso é especialmente importante num cenário de crise climática, em que as chuvas estão cada vez mais intensas e concentradas em curtos períodos, criando uma sobrecarga sobre esses sistemas. Adotar estratégias que usam a proteção da natureza como solução eleva os municípios ao que chamamos de Cidades baseadas na Natureza”, explica o gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, André Ferretti.

A aplicação prática da infraestrutura natural acontece por meio de soluções como jardins de infiltração, parques e telhados verdes, que juntos podem reduzir a quantidade de água que chega aos sistemas de drenagem, gerando ao mesmo tempo benefícios socioeconômicos. “Ao absorverem a água da chuva e diminuírem sua velocidade de escoamento até chegarem às tubulações, essas áreas verdes, com solo altamente permeável, ajudam a prevenir a ocorrência de enchentes e alagamentos, o que evita muitos prejuízos. Esses espaços também servem como áreas de lazer e bem-estar para a população.”

Um estudo do World Resources Institute (WRI Brasil), publicado em 2018 em parceria com diversas entidades, mostrou que o aumento da cobertura florestal em 8% no Sistema Cantareira, na capital paulista, poderia reduzir em 36% a sedimentação. “Ao impedir que mais sedimentos cheguem aos rios e, consequentemente, às estações de tratamento, a infraestrutura verde também alivia os cofres públicos, reduzindo o custo de tratamento da água que abastece as cidades.”

Para se ter uma ideia do impacto que isso pode gerar, a Estação de Tratamento de Água do Guandu, a maior do mundo, que fica no Rio de Janeiro, gasta 140 toneladas de sulfato de alumínio, 30 toneladas de cloreto férrico e mais 25 toneladas de cal diariamente para retirar impurezas da água que abastece a Região Metropolitana do Rio. Ferretti cita ainda o exemplo do movimento Viva Água, que reúne diversos atores para proteger e recuperar ecossistemas naturais e incentivar o empreendedorismo com impacto socioambiental positivo na Bacia do Rio Miringuava, em São José dos Pinhais (PR), minimizando a sedimentação do rio e contribuindo com a segurança hídrica da região.


Design urbano sustentável

Entre as principais ações de urbanismo que as grandes cidades estão colocando em prática estão os jardins de infiltração. Também conhecidos como jardins de chuva, são espaços ao longo do território urbano que servem como esponjas, ajudando na absorção da água. Além do aspecto funcional, contribuem para a valorização do espaço público e das propriedades em seu entorno. O ideal é que sejam instalados em partes mais baixas do terreno, que tendem a ser mais impactados por fortes chuvas.

Opção já bastante conhecida, mas com aplicação ainda pouco disseminada, é o telhado verde. Esse tipo de recurso auxilia na regulação microclimática das edificações e ajuda a acumular a água da chuva, sobretudo quando usado em conjunto com cisternas. “Essa água pode ser usada para a limpeza das áreas comuns, reduzindo o consumo de água potável. Isso é ainda mais importante nos períodos de seca”, diz Ferretti.

Outra aplicação da infraestrutura natural acontece por meio dos parques e áreas verdes em geral, que além dos benefícios similares de filtragem de sedimentos e retenção de água, geram impacto positivo sobre a saúde e o bem-estar das pessoas, à medida que se tornam espaços de lazer e relaxamento para a população e atuam na redução da poluição sonora e atmosférica. Além disso, as árvores também reduzem a velocidade de escoamento da água, impedindo que o sistema de drenagem se sobrecarregue rapidamente.

“O poder público precisa perceber que isso tem valor. E agora, nas eleições municipais, o eleitor pode avaliar e cobrar dos candidatos esse tipo de compromisso. Evitar alagamentos é igual reduzir grandes despesas, desde o tratamento da água até o sistema de saúde. Em um cenário de mudanças climáticas, com chuvas intensas seguidas por longos períodos de estiagem, ter controle sobre a disponibilidade da água é uma questão de sobrevivência”, afirma o gerente da Fundação Grupo Boticário.

De acordo com o DataSUS, em 2018, foram registradas mais de 230 mil internações por doença de veiculação hídrica, provocadas principalmente por falta de saneamento básico ou pelo contato com água suja em enchentes. Entre as doenças estão diarreia, leptospirose e hepatite A. Os gastos com internações com estas enfermidades no Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a R$ 90 milhões no mesmo ano, segundo o Painel Saneamento Brasil, do Instituto Trata Brasil.

Foto: Parque Guairacá, em Curitiba. Área verde em meio à cidade traz diversos benefícios sociais e econômicos. Crédito: Cesar Brustolin/SMCS/Fotos Públicas. (mar. 2014)

 


Fundação Grupo Boticário

 

Atraso e cancelamento de voos

 

Atraso e cancelamento de voos

Equipes do Procon-SP estarão de plantão no aeroporto de Congonhas para orientar os consumidores sobre seus direitos

A partir das 8h desta sexta-feira (30/10) equipes da Fundação Procon-SP estarão no Aeroporto de Congonhas. A ação é para orientar os passageiros sobre seus direitos em casos de atraso, cancelamento e garantir o embarque dos consumidores em caso de problemas.

Devido à "nova onda" da Covid-19 muitos países e cidades que já haviam liberado suas fronteiras voltaram a tomar medidas para conter a infecção, dentre elas o fechamento de seus aeroportos. Esse fechamento nem sempre é feito com aviso prévio, já que depende de acontecimentos instáveis relacionados ao vírus.

Desta forma, apesar de ser obrigação legal da empresa avisar sobre cancelamento de voos com 72 hora de antecedência, o Procon-SP recomenda ao consumidor que antes de se dirigir para o aeroporto, entre em contato com a mesma para verificar a situação de sua viagem.

"Por conta da pandemia tudo ainda está muito instável, não há como afirmar se o local de destino estará aberto daqui a 20, 30 dias. As empresas aéreas têm obrigação de ficarem atentas com esse tipo de problema e informar o consumidor com antecedência que o local para onde comprou a passagem está fechado e dar opções a ele", afirma o diretor executivo do Procon-SP Fernando Capez.

Desde que foi decretada a pandemia o Procon-SP registrou 6.024 reclamações relacionadas a problemas com agências de viagens e companhias aéreas.

Em casos de atraso ou cancelamento os passageiros têm seus direitos resguardados pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC.

Direitos transporte aéreo:

Se o seu voo foi cancelado ou atrasou, mesmo que por problemas de condições climáticas, as companhias aéreas devem prestar assistência aos consumidores, a saber:

- para atraso de uma hora o consumidor tem direito à utilização de canais de comunicação, como internet e telefone. Em atraso de duas horas a empresa deve oferecer alimentação adequada. No atraso superior a quatro horas, o consumidor tem direito a serviço de hospedagem, em caso de pernoite e traslado;

- Informação prévia quanto ao cancelamento do voo nos canais de atendimento disponíveis das companhias aéreas;

- viajar, tendo prioridade no próximo embarque da companhia aérea com o mesmo destino;

- ser direcionado para outra companhia (sem custo);

- receber de volta a quantia paga ou, ainda, hospedar-se em hotel por conta da empresa. Se o consumidor estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto.

- ressarcimento ou abatimento proporcional no caso de ocorrer algum dano material devido ao atraso como, por exemplo, perda de diárias, passeios e conexões;

O consumidor deve guardar o comprovante de eventuais gastos que teve em decorrência do atraso e/ou cancelamento, como chamadas telefônicas, refeições, hospedagem, entre outras.

A reclamação pode ser feita de imediato no momento estiver ocorrendo o problema pelo aplicativo do Procon-SP que funciona 24 horas.

Fundação Procon-SP

 

Pix vai transformar as relações com o dinheiro, aponta professor FGV

 Professor de Economia e Finanças da IBE Conveniada FGV aborda dados no novo sistema de pagamentos do Banco Central


Pix, o novo método de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, que permite transferência de valores em poucos segundos, entrará em funcionamento no dia 16 de novembro. O Banco Central (BC) já contabiliza mais de 50 milhões de chaves de acesso cadastradas, e 762 instituições financeiras habilitadas para oferecer o serviço. O professor de Economia e Finanças, Victor Corazza Modena, da IBE Conveniada FGV, resume a operação. “O BC lançou no mercado a possibilidade que o sistema financeiro merece”.

Ele explica que em uma economia extremamente ativa, com um PIB de R$7,3 trilhões em 2019, já era mais do que necessário um meio mais simples e eficiente de pagamento. “Estamos entre as 10 maiores economias do mundo. Essa eficiência e facilidade era o que precisávamos no comércio e no dia a dia do cidadão comum”, ressalta.


Revolução bancária

Modena ainda explana que o Pix pode significar uma mudança na forma como o brasileiro se relaciona com dinheiro. “Em um cenário em que as instituições financeiras alcançam margens tão grandes, já era hora de vermos uma redução dos custos de transação para o consumidor, ainda mais para quem vive aumentando sua capacidade de consumo", analisa.

Com a facilidade de uso do sistema, as transações rapidamente devem migrar para essa nova forma de operação. “Já existe uma corrente apostando no sumiço dos pagamentos em dinheiro por todos os usuários do sistema bancário, além dos 45 milhões de pessoas que não possuem contas em bancos”, comenta.

Para o professor uma das principais implementações é o pagamento por QR Code, algo que já é realidade que China, Holanda e Suécia. “Na China, até passagens de ônibus e avião são pagas por QR Code. É muito fácil e muito seguro, porque protege bastante os dados”, explica o professor.

Modena aproveita e compara a aderência com o cartão de crédito que, desde sua implantação, demorou até cair no uso do brasileiro. “Antes, as novidades demoravam de 10 a 20 anos para serem recebidas. Hoje, esse ciclo foi encurtado e novos comportamentos acontecem em espaços de tempo menores. Isso pode acelerar a adesão do Pix”.

Entretanto, segundo ele, um novo desafio já está surgindo para os grandes bancos: novas fintechs e startups devem aparecer aos montes nessa onda de modernidade e eficiência. “Isso significa mais concorrência em meios de pagamento”. E o professor ainda vai além. “Nessa guerra quem ganha é o consumidor”.

Para ele, o fato de o Nubank estar em primeiro colocado no registro de chaves do Pix, se deve a mentalidade de startup, fato que permite a adaptação rápida e pensamento em curto prazo, buscando um contato próximo com clientes mais jovens, acostumados com tecnologia e ligados nos smartphones.

“Tudo conta muito a favor do Pix, principalmente nas gerações mais jovens”, define o professor, explicando que tudo que é necessário para uma transação pelo novo sistema é um celular com acesso a internet que rode a versão mais recente dos aplicativos de banco.


Mas, o que é o pagamento Pix?

O novo meio de pagamento foi criado para ser uma alternativa ao TED, ou DOC, modelos que já existem e são utilizados por diversos bancos, fintechs e instituições financeiras. Com o Pix, as pessoas ou empresas poderão transferir dinheiro para estabelecimentos, ou outras pessoas, em menos de 10 segundos, pelo aplicativo no próprio celular.

“Se pensarmos que uma TED é cobrada em muitas instituições - e nem sempre é pouco -, que um DOC pode demorar dias para compensar, e que um boleto pode gerar custos pelo simples fato de ser gerado, fica clara a nossa dor ao utilizar esses meios de pagamento: ou são caros ou são extremamente ineficientes”, completa Modena.

O Pix possibilita que pagamentos ou transferências sejam concluídos em alguns segundos, e podem ser realizados em qualquer dia e horário, mesmo finais de semana. “Será economia de tempo e dinheiro para todos nós. Inclusive para as instituições financeiras. Estima-se que o custo do Pix para os bancos é extremamente reduzido, na casa de R$ 0,01 a cada 10 transações”, explica o professor, que também é contador.

Segundo o Banco Central, as principais vantagens do Pix são:

  • O serviço estará disponível 24 horas do dia, todos os dias, inclusive finais de semana.
  • As transações serão concluídas em menos de 10 segundos
  • O Pix será gratuito para pessoas físicas, inclusive MEIs (microempreendedores individuais)


As chaves do Pix

Para utilizar o serviço, é necessário cadastrar chaves, que serão utilizadas para fazer a transação. O especialista explica que ao invés de pedir agência, conta, nome e CPF, você registra apenas uma informação como chave, o próprio CPF ou número de celular, por exemplo. Assim, facilita o processo, que também pode ser realizado gerando um QR Code.

Para enviar ou receber uma transação Pix, não é necessário fazer nenhum cadastro avulso ou baixar qualquer novo aplicativo – ele pode ser usado diretamente no aplicativo de sua instituição; é necessário somente que ela ofereça esse meio de pagamento. O professor ainda alerta para as fraudes que estão acontecendo, e avalia que os consumidores devem apenas confiar em informações dentro das plataformas seguras de seus bancos.

 

Marcas devem valorizar a particularidade emocional de cada consumidor na Black Friday

 Segundo análise da Kantar, entender como os consumidores se relacionam com suas decisões de compra ajudam as marcas a terem sucesso nas vendas 

 

 

A pandemia causada pela Covid-19 gerou uma mudança no comportamento de compra por parte dos consumidores, o que tornou ainda mais desafiador fazer campanhas assertivas e estratégicas. Por isso, a Kantar acaba de realizar uma análise qualitativa, seguindo a metodologia NeedScope, com o objetivo de ajudar as marcas a entenderem os diferentes perfis dos shoppers durante a Black Friday, que esse ano, no Brasil, será no dia 27 de novembro.  

 

“O NeedScope traz como principal ponto o fato de que cada consumidor tem uma particularidade ao se relacionar emocionalmente com as compras na Black Friday. De acordo com cada necessidade emocional percebida, dentre as 6 existentes no modelo, é possível entender que shoppers buscam canais, promoções e mensagens que melhor se conectam com a necessidade emocional daquele momento”, afirma Karina Collenghi, gerente de contas da Kantar e especialista em NeedScope. 

 

A executiva explica que, por exemplo, um shopper de necessidade emocional vermelha para a Black Friday tende a aproveitar e interagir com todas as ações possíveis, já que ele precisa de energia e dinamismo para encontrar boas oportunidades. Diferente do shopper de necessidade marrom. Esse, por sua vez, prefere ficar mais tranquilo e tenta encontrar apenas o que lhe convém de verdade nesse período de compras frenéticas.  

 

Por isso, pela análise da metodologia NeedScope, que usa modelos de arquétipos da psicologia analítica, a Kantar descobriu também que o maior desafio das marcas na Black Friday é manter o seu posicionamento. Com um movimento que tende a ser mais ousado, enérgico e dinâmico, muitas marcas podem tentar fazer algo seguindo essa linha e, assim, perder a clareza da sua ação versus o seu posicionamento do dia a dia.  

 

“É importante saber ativar as promoções utilizando das simbologias que estão dentro do posicionamento da marca, evitando confundir os consumidores e até mesmo se apagar dentre tantas marcas que acabam falando no mesmo tom e não se destacam entre si”, afirma Karina. 

 

Deste modo, na Black Friday as marcas precisam explorar o arquétipo que se conecta com o próprio posicionamento dela. Se a marca tem uma personalidade mais amigável, feliz, tranquila, que transmite informações genuínas, ela já atrai consumidores com essa mesma personalidade. Ao acionar os movimentos da Black Friday, a marca precisa se manter fiel ao seu posicionamento de forma clara para não confundir os seus consumidores.  

  

O NeedScope traçou os 6 perfis dos consumidores, com base em conexões emocionais, de forma agrupada, considerando as características dos arquétipos que se dividem em cores - o que vale para o tipo de posicionamento que as marcas devem ter durante a Black Friday de acordo com seu público: 

  • VERMELHO - tipo de shopper/comprador que se joga na Black Friday e gosta de ser estimulado por todo o evento, sendo capaz de agarrar ótimas oportunidades; 
  • ROXO - existe um sentimento de superioridade nesse território. É um perfil que busca os negócios de forma competitiva, para tentar tirar a melhor negociação possível do vendedor; 
  • AZUL - compradores/consumidores que, de maneira calma, fazem suas estratégias de compra. O intuito deles é buscar uma experiência que tenha muitos benefícios. Existe um planejamento do que ele pretende comprar e o que ele realmente vai conseguir um bom negócio; 
  • MARROM - existe uma passividade nesse território. Essas pessoas acabam sendo ‘levadas’ pela Black Friday e acompanham de forma passiva até acharem algo que possa atender as necessidades deles; 
  • LARANJA - é o consumidor que adora fazer parte de um evento grande. Para eles a Black Friday tem a ver com dividir a experiência e as boas compras com outras pessoas; 
  • AMARELO - é o de pessoas que entendem a experiência da Black Friday como uma super diversão, sendo um evento espontâneo e surpreendente. O que será que a Black Friday pode trazer?  

 



Kantar

  

O que o novo mundo espera dos líderes do futuro?

Não é difícil encontrar na internet artigos sobre as 5, 7 ou 10 características dos líderes do futuro. Este é um assunto muito explorado, pois o “futuro” está sempre mudando. Haverá sempre algo novo acontecendo, que exigirá mais reflexões sobre o tema e, claro, novas listas sobre as características mais importantes para quem vai liderar empresas e pessoas no novo mundo.

E qual é a lista do momento? Se pudéssemos pensar nas principais habilidades de um líder nesse mundo pós-Covid-19, quais seriam? É claro que não há uma resposta única para essas perguntas, mas as transformações que vivemos com as experiências de isolamento social, corrida digital, crises sanitárias e econômica nos apontam caminhos.

Um deles é, sem sombra de dúvidas, a construção de uma comunicação mais empática. Se não estávamos acostumados a um olhar empático até agora, o coronavírus nos obrigou a fazer isso num contexto em que solidariedade e senso de coletividade ganharam novos sentidos. Nunca foi tão importante escutar o outro! Aquela velha mania de pensar numa resposta sem nem ouvir direito o que o outro tem a dizer, não tem mais lugar. 

Líderes do futuro entendem que quando, de fato, escutam quem está à sua frente, ganham “super-poderes” de fazer melhores perguntas, enxergar sutilezas por trás das opiniões e, assim, evoluir no diálogo e nas tomadas de decisões.

Coragem e resiliência também serão algumas das palavras-chave para os líderes no mundo pós-pandemia. Este é um momento histórico e as organizações ainda estão descobrindo como se posicionar. É por isso que a liderança terá que se vestir de coragem para lidar com as incertezas, mas também para defender suas escolhas. 

Não dá para ter medo da cultura do cancelamento, nem se iludir com o lugar do neutro. Será necessário se posicionar, dar a opinião, zelar pela integridade. É claro que ainda haverá muitos ajustes a serem feitos, mas a resiliência ajudará o líder a vivenciar este momento - e não passar por ele - coletando os aprendizados para começar de novo, caso seja necessário.  

Também é por causa desse cenário de volatilidade, que o mundo pós-pandemia exigirá dos líderes mais flexibilidade. É muito comum que empresas de alta performance sejam baseadas em processos e controles, mas se quisermos controlar tudo vamos nos tornar lentos. 

Será necessário um equilíbrio entre velocidade e controle. Além disso, a flexibilidade também é essencial para uma cultura de experimentação e erro. É o tal “fail fast”, que nos desafia a fazer, errar e corrigir rapidamente para avançar na inovação. 

O mundo super-conectado e com uma produção absurda de conhecimento também vai exigir da liderança um pensamento crítico. Mais que identificar “fake news”, os executivos terão que reconhecer as contradições nas tomadas de decisão e fazer uma boa leitura de  prós e contras. Só assim eles evitarão “comprar qualquer coisa” na hora de avaliar um novo negócio, projeto ou processo.

Esse líder também precisará ser autônomo. Embora a cultura autocrática ainda impere no Brasil, no novo mundo não há mais lugar para o “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, nem para quem gosta de “delegar para cima”. As empresas de destaque terão lideranças que empreendem internamente, que trazem a responsabilidade para si e que agem de forma autêntica, sem precisar “ser mandado”.

Essa seria, a princípio, uma boa “lista” de características essenciais a quem estará à frente de negócios nesse cenário pós-pandemia. Mas, a verdade é que, embora as listas ajudem, elas são apenas um recorte do que se produziu de conhecimento a respeito das transformações do mundo até o atual momento. 

Entenda: nada impede que amanhã novos acontecimentos mudem boa parte do que entendemos sobre o mercado e as organizações. E aí o que posso sugerir é que adicione à sua lista duas características que nunca sairão da moda: autoconhecimento e busca pelo aprendizado. Estou convencida de que um executivo que procura entender seus próprios vieses e que “desconfia de si mesmo”, buscando sempre novos conhecimentos e perspectivas estará bem equipado para o futuro, seja lá qual for.

 



Claudia Elisa Soares - tem mais de 30 anos de experiência profissional e, atualmente, é Conselheira de Administração em companhias como IBGC, Even, Gouvêa Ecosystem e em Comitê da TUPY S.A. Já teve assento no Conselho da Totvs e Arezzo& Co. Ocupou cargos C-Level em Finanças, Gente & Gestäo, Inovação e Transformação Digital e Cultural em empresas como GPA, Viavarejo, FNAC, AmBev entre outras.

 

A importância de ter controle emocional na hora de investir

Laura Bartelle, especialista em investimentos e sócia da 051 Capital, é fonte para falar sobre o assunto

Pesquisadores do Insead, na França, descobriram que 77% das pessoas que gastam 15 minutos meditando antes de tomar uma decisão relacionada a algum tipo de investimento têm resultados positivos. E quando se fala em bolsa de valores, por exemplo, é essencial ter controle emocional. Qualquer decisão tomada no calor do momento pode impactar em perdas e causar traumas no investidor.

De acordo com Laura Bartelle, especialista em investimentos e sócia da 051 Capital, escritório especializado em gestão financeira e planejamento patrimonial de forma personalizada, as pessoas perdem dinheiro no mercado por dois motivos principais: impaciência e medo.

"Você pode escolher o melhor produto do mundo para investir, mas se vier uma crise como uma pandemia e fizer o resgate no pior momento, irá perder dinheiro. Já se o investidor mantiver a paciência, a crise vai passar e o retorno vai se concretizar. Se a pessoa tiver conhecimento e neutralidade, irá transformar a crise em oportunidade de comprar bons produtos por preços mais atrativos", comenta.

O estudo também é importante para o investidor se sentir seguro ao tomar decisões, mas só isso também não é suficiente para se tornar um bom investidor.

"Estudar irá dar mais segurança a quem está investindo, o que é muito importante, mas em épocas de crise se não houver alguma válvula de escape para a ansiedade, más decisões serão tomadas. É como aquele aluno que estudou muito para o vestibular, mas quando chega a hora da prova, tem um branco. É fundamental cuidar das nossas emoções e isso vai além do conhecimento técnico", diz Laura.

Ao se tornar um investidor, é preciso não só estudar o mercado, mas principalmente se conhecer e fazer uma autoanálise em relação a si mesmo e seu perfil.

"A melhor estratégia é aquela que você é capaz de seguir. Antes de aprender sobre o mercado, você também precisa se conhecer e encontrar o que combina com o seu perfil. Utilizar as características do mercado a seu favor ao invés de ir contra elas também é importante. No longo prazo, o mercado é ascendente, mas o caminho é extremamente volátil e, por isso, eu reitero a importância de investir sempre, sem pressa e sem pausa. Assim, você consegue se beneficiar do sobe e desce e ter melhores retornos", explica.

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