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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Redução da vida útil das árvores em florestas poderá neutralizar ganhos com sequestro de CO2

 Estudo da USP divulgado na Nature Communications mostra que florestas em todo o planeta, incluindo a Amazônica, estão registrando crescimento acelerado das árvores, mas com redução de longevidade (tronco de árvore morta na Amazônia peruana; foto: Roel Brienen/University of Leeds)

A aceleração do crescimento das árvores registrada nos últimos anos vem sendo acompanhada de uma redução da vida útil dessas plantas. No futuro, isso pode parcialmente neutralizar ganhos obtidos com o sequestro de dióxido de carbono (CO2). Essa relação entre crescimento e expectativa de vida das árvores vale para florestas do mundo todo, incluindo as tropicais, como a Amazônica, até as temperadas e árticas.

Com isso, resultados esperados para modelos e projeções de captação de CO2 estruturados com base no sistema atual podem estar superestimando a capacidade de absorção dos gases de efeito estufa pelas florestas no futuro. Ou seja, plantar árvores é importante para ajudar a reduzir a concentração desses gases na atmosfera, mas não o suficiente – ainda é essencial a redução da emissão do carbono.

Esses são os principais pontos de discussão da pesquisa Forest carbon sink neutralized by pervasive growth-lifespan trade-offspublicada na revista Nature Communications, por um grupo de pesquisadores internacionais. Entre eles estão o professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) Gregório Ceccantini e o pesquisador Giuliano Locosselli. Ambos têm o apoio da FAPESP.

“Há uma relação inversa entre a taxa de crescimento das árvores e a longevidade. Mostramos de maneira consistente que isso está presente independentemente da espécie e do local onde se encontram. Se as árvores crescem mais rápido, também assimilam o carbono mais rapidamente. O problema é que vão viver menos, e o carbono ficará menos tempo estocado”, explica Locosselli à Agência FAPESP.

Na fase de crescimento, as árvores precisam de uma grande quantidade de CO2 para se desenvolver. Por isso, esse processo de aceleração tem levado a uma grande absorção de carbono. Tanto que estudos realizados recentemente mostram que cerca de um terço das emissões de gases estufa resultantes da ação do homem nos últimos 50 anos foi absorvido por ecossistemas terrestres, graças a uma combinação de novas árvores e a expansão de florestas secundárias.

A pesquisa publicada na Nature Communications, no entanto, coloca em discussão o grau em que as florestas continuarão a absorver o excesso de CO2 no futuro. E problematiza, dizendo que essa captação “depende não apenas da resposta do crescimento das árvores às mudanças no clima e na composição atmosférica, mas também às alterações nas taxas de mortalidade que, em última instância, liberam carbono de volta para a atmosfera”.

“Este feedback negativo sobre o armazenamento de carbono via aumento da mortalidade irá compensar – pelo menos em certa medida – os efeitos benéficos do aumento do crescimento no armazenamento total de CO2 das florestas. Nosso conhecimento atual e incompleto da universalidade e das causas do feedback dificulta sua representação nos Modelos do Sistema Terrestre e, portanto, é uma importante incerteza nas previsões da futura absorção de carbono da floresta em resposta à mudança global”, ressalta, na pesquisa, o grupo do qual Ceccantini e Locosselli são integrantes.

Segundo Locosselli, a maior parte dos modelos climáticos e de dinâmica de biomassa nas florestas tem levado em consideração a taxa de crescimento, mas não a relação negativa com a longevidade. Os motivos para a aceleração desse crescimento ainda não são totalmente claros, mas entre os que podem contribuir estão a temperatura, o CO2 na atmosfera e até mesmo o uso de fertilizantes em diferentes locais, que aumenta a concentração de nitrogênio no ambiente.


Mudanças climáticas

Relatório divulgado em 2019 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) apontou que as emissões globais de gases de efeito estufa precisam ser reduzidas em pelo menos 7,6% ao ano, até 2030, para o planeta atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris de limitar a alta da temperatura média em 1,5°C.

Se a temperatura ultrapassar esse limite, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) já alertou que entre os impactos que podem ser registrados no planeta estão, por exemplo, o aumento da intensidade de ondas de calor e a frequência de tempestades.

Na última década, as emissões de gases de efeito estufa cresceram 1,5% ao ano, em grande parte provocadas por fontes fósseis de energia e por mudanças no uso da terra, como o desmatamento.

Os países do G20 respondem por cerca de 75% de todas essas emissões, sendo China e Estados Unidos os campeões. O Brasil aparece em 14º lugar no ranking feito pelo Atlas Global de Carbono, com emissões significativas associadas ao desmatamento. No Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030 em relação ao índice de 2005.

Estudo mais recente da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) mostrou que as emissões globais de CO2 fóssil registraram no ano passado recorde de 36,7 gigatoneladas (Gt), 62% a mais do que em 1990, quando começaram as negociações internacionais sobre clima.

Com a pandemia de COVID-19, que obrigou vários países a adotar medidas de isolamento social durante meses, as emissões de CO2 devem diminuir entre 4% e 7% neste ano em comparação a 2019, segundo a WMO. Mas, mesmo em abril, quando houve o nível mais baixo entre janeiro e agosto de 2020, as emissões diárias de carbono eram equivalentes às de 2006, período em que já havia um crescimento acentuado.

Caminhos para mitigar essa alta de CO2 incluem a ampliação de políticas públicas visando ao aumento do uso de energias renováveis, meios de transporte de baixo carbono e eliminação do carvão, além da redução do desmatamento e das queimadas de florestas no mundo todo.

No ano passado, um grupo de 66 países, empresas e investidores fecharam um acordo para zerar suas emissões de gases poluentes até 2050. Também já estão sendo discutidos mecanismos para precificar o carbono, seja por meio da taxação das emissões ou da criação de sistemas de compra e venda de créditos, em que o “poluidor” paga caso a mitigação não seja feita internamente. O objetivo é tornar mais vantajosos modelos de produção que busquem a redução das emissões.


Metodologia

Para mostrar a relação da evolução e longevidade das árvores com a captação de CO2, Locosselli explica que a pesquisa teve como base a análise de anéis de crescimento localizados nos troncos das plantas. Foram avaliados registros de mais de 210 mil árvores de 110 espécies.

Se o anel de crescimento é largo, indica que a árvore cresceu rápido, mas, caso seja estreito, aponta baixo crescimento. Cada um deles representa um ano de vida da planta. Fazendo a contagem de todos os anéis, é possível ter uma estimativa de idade da árvore.

“Por isso conseguimos medir a dinâmica para árvores com 500, 600 anos de idade. Foi possível extrapolar o tempo para além do que outros trabalhos já analisaram com parcelas permanentes”, afirma Locosselli, que está no programa Jovem Pesquisador da FAPESP com o estudo Florestas funcionais: biodiversidade a favor das cidades.

De acordo com o pesquisador, as queimadas também aceleram a mortalidade das árvores, mas esse fator não foi incluído na pesquisa. Outros estudos já mostraram que, uma vez queimadas, florestas tropicais como a Amazônica, por exemplo, retêm 25% menos carbono do que as não queimadas, mesmo após três décadas de crescimento.

O artigo Forest carbon sink neutralized by pervasive growth-lifespan trade-offs pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-020-17966-z.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/reducao-da-vida-util-das-arvores-em-florestas-podera-neutralizar-ganhos-com-sequestro-de-co2/34444/


Ministério Público do Trabalho divulga 17 recomendações para o teletrabalho

A jornada de trabalho foi um dos primeiros temas trabalhistas a ser alterado em decorrência da nova realidade pós pandemia do Covid-19. Já se passaram meses desde que o home office foi incorporado ao dia a dia de muitos brasileiros. E, para garantir a saúde e demais direitos dos trabalhadores nesse período, o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou uma nota técnica com 17 práticas recomendáveis para empresas, sindicatos e órgãos da administração pública em relação ao teletrabalho.

O home office pode oferecer muitas vantagens, como o aumento da produtividade e redução de tempo e despesas com o deslocamento de trânsito e alimentação. Porém, é de extrema importância zelar pela manutenção de direitos e deveres dos trabalhadores, como o respeito à jornada contratual na modalidade de teletrabalho/home office e em plataformas virtuais, além de pausas legais e o direito à desconexão.

Vejamos alguns pontos de destaque:


Infraestrutura de trabalho e ergonomia – É necessário observar as condições físicas e cognitivas de trabalho, como mobiliário, equipamentos e conexão à rede. Além disso, também merecem atenção a forma de organização do trabalho (o conteúdo das tarefas, as exigências de tempo, ritmo da atividade) e as relações interpessoais no ambiente de trabalho (formatação das reuniões, transmissão das tarefas a ser executadas, feedback dos trabalhos executados). Os trabalhadores também precisam ser instruídos quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças, físicas e mentais e acidentes de trabalho, bem como adotar medidas de segurança como intervalos e exercícios laborais. A empresa, por sua vez, deve oferecer apoio tecnológico, orientação técnica e capacitação profissional para realização dos trabalhos de forma remota e em plataformas virtuais.


Ajuste de escala para as necessidades familiares – Em teletrabalho, as atividades precisam ser compatíveis com as necessidades das empresas e dos trabalhadores, que possuem responsabilidades familiares. Para isso, é preciso elaborar escalas de trabalho que acomodem as necessidades da vida familiar, incluindo flexibilidade especial para trocas de horário e utilização das pausas. Devem ser especificados os horários para atendimento virtual da demanda, assegurando os repousos legais e o direito à desconexão, bem como medidas que evitem a intimidação sistemática no ambiente de trabalho.

Privacidade e uso da imagem – O respeito ao direito de imagem e à privacidade dos trabalhadores deve ser respeitado, como, por exemplo, dando preferência à realização das atividades por meio de plataformas informáticas privadas, avatares, imagens padronizadas ou por modelos de transmissão online. Deve-se assegurar que o uso de imagem e voz seja precedido de consentimento expresso dos trabalhadores, principalmente quando o conteúdo for publicado em plataformas digitais abertas.

Apesar de importantes, vale lembrar as recomendações do Ministério Público do Trabalho não têm força de lei, pois qualquer alteração na legislação sobre o tema deve ser criada pelo Congresso Nacional ou editada Medida Provisória pelo Presidente da República.

Entretanto, as empresas precisam entender que o teletrabalho exige algumas cautelas, principalmente se a modalidade for adotada de forma definitiva. Isto porque a responsabilidade da culpa “in vigilando” permanece – ou seja, quando o trabalhador, sob a responsabilidade da empresa, sofre algum dano ou acidente que poderia ser prevenido em virtude da fiscalização ou adoção de medidas preventivas pela empresa. Ou seja, mesmo à distância, a empresa pode ser responsabilizada por conta de fatores que sejam desinentes da sua ausência de vigilância sobre aquilo que está sendo feito pelo seu funcionário.

Por isso, a nota técnica não deve servir como um desestímulo para as empresas quanto a aplicação do home office, mas sim como alerta de que essa modalidade, assim como o trabalho presencial, demanda a vigilância e adequação das empresas à normas trabalhistas, como cumprimento da jornada de trabalho, ter um ambiente adequado para evitar futuras doenças ocupacionais por falta de ergonomia, entre outros. Desta forma, é recomendável que as empresas tenham um assessoramento jurídico para analisar sua adequação às normas vigentes para implementação do home office de forma definitiva.

 


Ariadne Fabiane Velosa - advogada do Escritório Marcos Martins Advogados.

https://www.marcosmartins.adv.br/pt/ 


PMEs endividadas devem o equivalente à metade do faturamento mensal

Levantamento da Intuit QuickBooks também revela que um em cada 4 negócios que buscaram crédito não foram atendidos

 

Uma pesquisa da Intuit QuickBooks, fintech americana desenvolvedora de software de gestão para pequenas empresas e escritórios contábeis, identificou que 72% das empresas consultadas mudaram a forma de lidar com a gestão financeira por causa dos efeitos da pandemia da Covid-19 ou pelos reflexos dela na economia. Enquanto 35% dos entrevistados passaram a utilizar planilhas para controlar o caixa, mais da metade (56,5%) tiveram funcionários acumulando funções para otimizar custos e processos internos. Apenas 5% das empresas optaram pela contratação de um especialista ou delegaram a gestão financeira para uma companhia especializada. 

Para Lars Leber, country manager da Intuit QuickBooks no Brasil, existe uma gigante oportunidade para empreendedores, de fato, modernizarem a gestão de suas empresas. “A utilização de planilhas pode ser um primeiro passo para um empreendedor que acha que um sistema pode ser muito difícil ou muito caro para a realidade dele. No entanto, com a conscientização da importância da gestão financeira, a utilização das planilhas pode ser um primeiro passo importante para uma futura digitalização das empresas brasileiras”, explica. “No caso do QuickBooks, por exemplo, é possível que o contador receba as planilhas organizadas dos seus clientes e faça a importação para dentro do sistema,  permitindo que o empreendedor já veja relatórios mais organizados sobre a saúde financeira da sua empresa”, conclui.

 

E a saúde financeira das empresas?

A consulta ainda descobriu que 63% das empresas estão com o caixa em dia e apenas 19% aparece na lista de endividados. Desse último grupo 68% tem dívidas equivalentes a metade do faturamento mensal, enquanto 13,5% devem um valor semelhante ao que costumam ganhar em 30 dias. Outros 12% tem dívidas de até 3 vezes o faturamento mensal, 3,5% devem o equivalente entre 3 e 5 vezes o que ganham no mês e 3% tem pendências 6 vezes acima do que costumam faturar mensalmente.

“O controle financeiro de uma empresa é bastante complexo - não basta o dinheiro entrar e sair. O empreendedor precisa se preocupar em pagar funcionários, fornecedores, realizar a gestão do seu estoque, entre outras coisas. O fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental para uma boa gestão financeira e o apoio de um contador consultivo pode fazer toda a diferença na saúde de uma empresa”, destaca Leber.

O estudo constatou, também, que 21% dos empreendedores buscou algum tipo de crédito nos últimos meses (65% não e 14% preferiram não revelar a situação). Desses solicitantes de empréstimo, 74% foram contemplados e 26% não. E dos quase 75% agraciados, 80% está conseguindo manter o pagamento das parcelas, 4% não responderam e outros 16% não está quitando essas obrigações em dia.

A pesquisa foi feita com 1067 entrevistados de todo o Brasil nas duas últimas semanas de setembro. A maior parte dos consultados é da região Sudeste com destaque para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. 55% deles atua no setor de serviços e 35% no de comércio. Além disso, 30% são empresas de porte médio 25% de pequeno porte e outros 18% são microempresas. 




Intuit QuickBooks


Os Tentáculos de Moscou

A Rússia nunca enxergou a autonomia dos antigos países satélites da extinta União Soviética com bons olhos. Moscou sempre monitorou, interviu ou tutelou estas nações, desde os mais rebeldes, como aqueles do Báltico, até os mais próximos, que ainda mantém relações estreitas com o Kremlin. 


Curiosamente os russos enfrentam hoje uma crise tripla. Quatro de suas antigas repúblicas enfrentam graves situações políticas. A primeira delas é a Belarus, tutelada por Moscou, que mais uma vez enfrentou fraude em seu processo eleitoral. Lukashenko, o ditador que governa o país desde 1994 busca continuar no poder sob o olhar complacente de Putin, recebendo orientações do Kremlin.

A oposição foi varrida do mapa. Está no exílio e tenta ainda a derrubada do governo. A líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, está na Alemanha. A imprensa estrangeira foi expulsa do país e as ruas seguem sendo tomadas pela população que exige um processo transparente e democrático. Os governos europeus fazem pressão pelo fim da autocracia de Lukashenko, que cada vez mais se aproxima de Putin.

Do outro lado da Rússia, na Ásia Central, outra antiga república, o Quirguistão, entrou em convulsão. Ali a situação é também delicada e assim como em Belarus, existe uma posição geopolítica que Putin precisa preservar. A nação da Ásia Central é estratégica, pois funciona como barreira ao extremismo islâmico e ao avanço chinês na fronteira russa.

O problema no Quirguistão, assim como na Belarus, é uma fraude eleitoral. O Primeiro-ministro, Kubatbek Boronov, renunciou ao cargo. Os protestos seguem. Há chance real de dissolução do parlamento e renúncia presidencial. O país sempre foi próximo de Moscou, que inclusive possui uma importante base aérea em seu território. O essencial para Putin é não perder o controle velado sobre a ex-República Soviética.

Como se não fosse o bastante, Armênia e Azerbaijão se enfrentam mais uma vez na região de Nagorno-Karabakh, levando instabilidade ao Cáucaso e ao equilíbrio de poder que engloba Turquia, Irã e, inclusive, a Síria. Tudo sob o olhar atento da Rússia. O drama humanitário segue sendo também uma preocupação. Quase 50% da população foi deslocada e 90% dos afetados são mulheres e menores de idade. Estamos falando de algo entre 70 mil e 75 mil pessoas. 99% da população é armênia e deseja independência.

A crise segue com Bashar Assad, Presidente da Síria, acusando a Turquia de incitar o conflito em favor do Azerbaijão, e o Irã alertando que irá reagir caso a crise atravesse suas fronteiras. Ao mesmo tempo, a Rússia possui uma aliança com a Armênia e pode intervir militarmente no jogo se necessário. Moscou fez ecoar as preocupações de seu aliado sírio,Bashar Assad, sobre a possível existência de mercenários na região.

Na verdade, a presença de mercenários é uma prática russa, já fartamente denunciada na imprensa internacional. A empresa paramilitar privada Wagner, que oficialmente não existe, mas é controlada por um aliado de Putin, Yevgeny Prigozhin, faz incursões pelas antigas Repúblicas Soviéticas, Oriente Médio e zonas de interesse de Moscou. Recentemente estiveram em Belarus, onde foram presos em Minsk, e também foram ativos durante a crise na Ucrânia em 2014 e posterior anexão da Crimeia. As ações do grupo também foram sentidas na Líbia, República Centro Africana, Sudão, Madagascar, Moçambique e, naturalmente, Síria, em defesa de Bashar Assad. O grupo recentemente expandiu as ações para América Latina, em especial a Venezuela, com o objetivo de manter Nicolás Maduro no poder.

Os tentáculos da Rússia também atingem antigos países da cortina de ferro, como a Macedônia do Norte, que depois de possuir um governo aliado de Moscou por cerca de 10 anos, ainda sofre com a antiga tutela. Moscou não admite que a nação, estrategicamente situada nos Balcãs, passe a gravitar em torno do Ocidente. Assim o país acabou sendo vítima de uma pesada companha digital com objetivo de desequilibrar as eleições e a democracia, mesmo método utilizado nas eleições americanas, Brexit e outras frentes em diversos países do mundo. Curiosamente, a Macedônia do Norte tornou-se conhecida por ser um dos maiores centros difusores de fake news do mundo. Uma preocupante convergência.

Seja por intermédio de fake news ou manipulação de mídias e redes sociais, a Rússia está intimamente envolvida com a prática de desestabilizar democracias e direcionar processos eleitorais de acordo com seus interesses. Não é por acaso que as crises em Belarus e Quirguistão tem a mesma origem de fraude eleitoral. Na frente militar, o Cáucaso pode estar sofrendo também as incursões de grupos paramilitares privados para defender os interesses de Moscou. Uma clara violação das regras internacionais e um desrespeito à soberania de países autônomos e livres.

Ao enxergar seus interesses em risco em países que são indiretamente controlados pelo Kremlin, Moscou está agindo sempre mediante de práticas condenáveis e pouco ortodoxas. A Belarus merece eleições livres como forma de consolidar uma democracia que ainda deseja nascer. No Quirguistão, os fantoches russos precisam dar lugar às verdadeiras lideranças políticas locais que forneçam real autonomia para a região. No Cáucaso, a mediação do conflito deve ser realizada por nações democráticas, como ocorreu no passado. Se o jogo de interesses russo, sírio e turco seguir manipulando a região, Armênia e Azerbaijão podem gerar imensa instabilidade, com chance de um conflito extrapolar suas fronteiras.

A Rússia precisa aceitar a independência de suas antigas repúblicas, respeitar suas instituições democráticas e sua autodeterminação. Seu jogo de sabotagem mercenário-digital-eleitoral tornou-se pesado e desproporcional, tornando-se o catalisador de instabilidade em diversas nações.





Márcio Coimbra - coordenador da pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil. Diretor-Executivo do Interlegis no Senado Federal.


Os caminhos para exportar com segurança

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(Divulgação)


Diretor comercial da Euler Hermes explica opções estratégicas para evitar riscos atrelados às vendas na exportação


Diante do cenário atual causado pela COVID-19 e retração do mercado interno, muitas empresas apostaram na exportação como alternativa de crescimento e diversificação de mercados.

A ideia de captar novos clientes e novas oportunidades atraiu centenas de empreendedores para atuar no mercado externo. Contudo, quando se pensa em expandir vendas para clientes fora do país, é fundamental dar um passo para trás e analisar se a empresa está pronta para seguir nessa direção.

Muitas expansões fracassam simplesmente por falta de planejamento e por não considerarem todos os possíveis riscos da empreitada. “Desenvolver um mercado novo no exterior costuma exigir mais tempo e mais recursos do que os considerados inicialmente. Um erro comum, por exemplo, é o de usar o caixa da operação principal da empresa para financiar as vendas com prazos de pagamento mais longos. Esta decisão pode comprometer a operação principal e gerar danos irreversíveis à rentabilidade”, explica o diretor comercial da Euler Hermes Brasil, Luciano Mendonça.

Os custos iniciais para desenvolvimento de mercado no exterior costumam ser altos – e as receitas baixas – em especial nos primeiros meses. Portanto, o diretor alerta que é preciso certificar-se sobre a capacidade financeira antes de se aventurar pode evitar consequências como: redução do fluxo de caixa e busca desesperada por financiamento. “Além disso, os riscos de crédito, políticos e monetários também estão presentes: inadimplência do importador, expropriação de ativos pelos governos estrangeiros e flutuações no valor da moeda também podem ameaçar a sobrevivência da empresa no médio prazo”, complementa.


Como se proteger?

Para se proteger contra esses eventos e mitigar os riscos, o exportador pode contar com a ajuda de algumas ferramentas financeiras: uma delas é a carta de crédito bancária, que garante o recebimento da venda e elimina o risco de inadimplência. Porém, é o importador no exterior que absorve este custo, imobilizando parte do limite de crédito junto a seu banco, e seu preço não é baixo. Consequentemente, torna a venda menos competitiva, além de não ser todo importador que está disposto a apresentá-la.

Uma solução mais viável é o seguro de crédito à exportação. Esta modalidade de seguro protege o exportador contra a inadimplência de seus clientes, permitindo condições de pagamento a prazo sem contra-apresentação de garantias por parte do importador. Dessa forma, o exportador consegue oferecer condições mais competitivas no mercado internacional. E, em caso de inadimplência na data prevista, o processo de indenização do não pagamento será feito de acordo com os termos e condições da apólice.


PROEX

A contratação de quaisquer destes instrumentos habilita o exportador a acessar o PROEX - programa federal de fomento às exportações, operacionalizado pelo Banco do Brasil. O principal benefício do programa é o recebimento à vista dos valores das exportações feitas com pagamento a prazo, mediante uma taxa de desconto muito baixa. Para se beneficiar o exportador deve preencher alguns requisitos como: faturamento anual bruto de até R$ 600 milhões, prazos de pagamento das exportações entre 30 dias e 180 dias, além de estar adimplente com a União e adequado enquadramento nos NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul).

Portanto, pode-se garantir o sucesso de uma expansão internacional pela adoção de um destes instrumentos, mitigando os riscos e garantindo a rentabilidade da operação. Outras formas de proteção contra o risco de crédito estão no infográfico disponível para download. 

 



Euler Hermes Seguros S/A

www.eulerhermes.com.br ou LinkedIn @eulerhermesbrasil


 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

6 motivos para viajar com seu pet para Monte Verde

 Restaurante Confraria Paulistânia/MOVE 
A Move (Agência de desenvolvimento de Monte Verde e Região) traz lista dos principais atrativos pet-friendly do distrito


Uma pesquisa recente, realizada pelo site Booking.com, mostra que o turismo pet é uma tendência. Quase dois terços dos brasileiros (65%) que têm um animal de estimação dizem que seu pet é tão importante quanto um filho. 51% desses brasileiros com animais de estimação concordam que a escolha de seu destino de viagem depende da possibilidade de levarem ou não os pets junto. Um número ainda maior (59%) diz que estaria disposto a pagar mais por uma acomodação pet-friendly. Diante desse cenário, Monte Verde (MG), distrito de Camanducaia, localizado no Sul de Minas, se adaptou, e hoje é considerado um destino pet-friendly.

Na vila, há muitas opções de passeios para fazer junto com o seu animal de estimação. A Move (Agência de Desenvolvimento de Monte Verde e Região) traz seis motivos para você conhecer o distrito com os pets.


Hospedagens pet-friendly

Monte Verde tem 14 estabelecimentos de hospedagem que aceitam pets: Chalés Leopoldo, Chalés Tucano, Estalagem Mandeville, Fazenda Hotel Itapuá, Grunwald Chalés, Hotel Porthal das Videiras, Hotel Saint Michel, Pousada Ahavanoah, Pousada Bramasole, Pousada Regina, Pousada Ricanto Amore Mio, Pousada São Luiz e Roots Resort. Cada um tem regras específicas que podem ser consultadas nos seus respectivos sites. 


Restaurantes

O destaque é a Confraria Paulistânia, que possui um cardápio com pratos feitos especialmente para cachorros, além de contar com um ambiente especial com puffs para os bichinhos ficarem à vontade. Outros restaurantes do distrito que também aceitam os pets com algumas restrições são: Rasselbock (mesas específicas), Villa Amarela (mesas específicas), Villa Donna (somente área externa), Lá Pimpolina (mesas específicas), Empório Santa Fé (mesas específicas), Montanhês (deck externo), Gressoney Chocolates (deck externo) e Chocolate Montanhês (área externa).


Corredeiras do Itapuá

O caminho passa pela margem do Córrego do Cadete e é formado pela paisagem exuberante da mata nativa da região. Ao longo desta trilha há diversas entradas que levam até a margem do rio, pois através delas se tem uma visão privilegiada das cachoeiras. É um lugar incrível para passear com o pet, que pode até se refrescar com as águas do córrego.


Trilhas

A Trilha da Pedra Redonda também é um ótimo atrativo para se divertir com os animais: é considerada de baixo grau de dificuldade em comparação com as outras e, no meio do caminho, há um mirante com uma vista espetacular. O acesso, porém, só é permitido com a contratação de agência de passeio. Já a Trilha do Pinheiro Velho leva esse nome por possuir o maior exemplar da espécie na região. O “Pinheiro” da trilha tem, aproximadamente, 500 anos e cerca de 1,70 m de diâmetro, ou seja, para abraçá-lo são necessárias 3 pessoas pelo menos. Na trilha há muitas surpresas da natureza: esquilos da espécie “serelepe”, roedor que mede cerca de 30 cm e se alimenta de frutos e sementes duras; uma nascente de água potável para se refrescar e uma grande diversidade de aves.


Agências com passeios para fazer junto com o pet

Quase 20 agências do distrito levam o seu pet para passear junto com você, permitindo a realização de diversas atividades radicais com os bichos: Irmãos Aventura, Quadriventure, Nossa Viagem, Esquadrão da Lama, Pôr do Sol, Cia 4x4, Ecoventura, Multisport Mantiqueira, Ronaldo Passeios, Lino Tour, Mendes Passeio, Off Road Fora da Estrada, Trip 4x4, Quadriextreme, Roteiro Serras Verdes, Locadora Vaz, Mountain Adventure MV, Trip Experience e Mountain Adventure.


Boutique pet  

E que tal aproveitar o passeio para fazer umas compras para o seu pet e deixá-lo quentinho para enfrentar o frio do distrito? Monte Verde tem a boutique “Guille Pet”, que vende diferentes acessórios e produtos para o seu animal de estimação.


O mar italiano

Com seus aproximadamente 7.500 quilômetros de costa, a Itália é o lugar ideal para os amantes do mar. A grande variedade de suas praias a torna perfeita para todo tipo de veranista em busca da natureza, da diversão, do descanso e do relaxamento. A costa italiana, com seus inúmeros golfos, enseadas, portos turísticos e longas praias de areia, é verdadeiramente adaptada a todas as demandas dos amantes do mar. É repleta de vilas de pescadores e cidades costeiras com resorts marítimos e praias diurnas - muitas delas facilmente acessíveis de carro, trem e aviões, e embarcações grandes e pequenas.

Toscana - Isola d'Elba - Spiaggia della Paolina


Spiaggia in Sardegna


De norte a sul, de leste a oeste, esta terra montanhosa desce até as costas rochosas e recortadas dos mares Tirreno e Jônico no oeste e sudeste, respectivamente, e em direção às costas mais suaves e arenosas do Adriático, ao leste. Destes mares que desembocam no belo país surgem duas magníficas ilhas - 
Sicília e Sardenha - além de numerosos pequenos arquipélagos. Isso inclui o arquipélago toscano, ao qual Elba pertence; o Arquipélago da Maddalena na Sardenha; o arquipélago da Campânia com Ischia e Capri; e, finalmente, as Ilhas Pontinas, na costa sul do Lazio. Entre as costas da Tunísia e da Sicília, encontramos também as Ilhas Pelagianas (Lampedusa) e, ao norte da Sicília, as Eólias - com dois vulcões ativos, Stromboli e Vulcano - e as Ilhas Egadi, uma reserva natural. Por último, mas não menos importante, em Puglia, estão as esplêndidas Ilhas de Tremiti.

Da Ligúria aos Alpes Marítimos (a oeste de Gênova) e à zona apenina da Ligúria, o sopé das montanhas alpinas empurra e escova as ondas que batem na Riviera italiana. Com seus penhascos altos e rochosos, essas costas acidentadas são ricas em belos recantos, fendas e fundos marinhos profundos. As maravilhas da natureza não param por aí. Esta área é um paraíso para inúmeras espécies animais e também para os humanos: se você deseja observar a natureza ou praticar esportes aquáticos, você pode desfrutar de uma variedade de atividades nas áreas protegidas de Cinque Terre e no Golfo dos Poetas.

 

Vernazza (La Spezia)



Sicilia - Tonnara di Scopello


As praias da costa toscana são mais baixas e arenosas, embora compreendam a costa dos Alpes Apuanos, Versilia, o litoral de Pisa e a Costa etrusca. Todos esses pontos veem uma atividade turística vibrante desde 1960. As conhecidas ilhas de Elba e Capraia ficam a cerca de 19 km da costa da região e, embora façam parte do arquipélago toscano, residem no mar da Ligúria.

Continuando ao longo das margens do Tirreno, encontramos a Maremma, o Lácio e a Campânia, em grande parte baixa e arenosa, mas com penínsulas rochosas aleatórias que quase se encontram com a borda das Ilhas Pontinas.

Indo mais para o sul, a Baía de Nápoles finalmente se abre para o mar, seguida pela Costa Amalfitana, o Golfo de Salerno e o alto e rochoso promontório de Cilento. Este terreno maravilhosamente elevado e irregular continua quase todo o caminho até o estreito de Messina, que separa a Sicília do resto do continente.

As costas meridionais, banhando-se no mar Jônico, lembram as linhas costeiras do Mar Tirreno: penhascos íngremes onde a cordilheira dos Apeninos está mais próxima do mar, onde Calábria e Basilicata se movem em direção à Apúlia, perto da foz do rio Po.

Excluindo os promontórios do Monte Gargano e do Monte Conero, a zona litorânea inundada pelo Mar Adriático é composta por uma imensa faixa de terra arenosa, e é naturalmente o local de muitos estabelecimentos à beira-mar.

A maior ilha italiana, a Sicília, é margeada por uma costa montanhosa e serrilhada no norte e leste (como em Taormina), e por costas mais planas no sul e oeste (como na Costa de Trapani e nas Ilhas Egadi). A Sicília também é coberta por reservas naturais e paisagens deslumbrantes. A região é absolutamente surpreendente, assim como todas as ilhotas ao redor, onde turistas vêm de todas as partes do mundo.

É também no mar Tirreno que encontramos a Ilha da Sardenha, onde as margens são variadamente rochosas e lisas (Costa Smeralda). Pedregulhos gigantes, bem como outras ilhas grandes e pequenas (por exemplo, Maddalena, Caprera), compõem a paisagem off-shore da Sardenha.

 

Paraty retoma agenda cultural com Festival de Gatronômico e Flip virtual


A charmosa cidade de Paraty, acostumada a receber eventos e festivais, teve de rever seu calendário cultural neste 2020 atípico. A agenda foi adaptada à nova realidade e aos protocolos de segurança, dentro do programa “Paraty Espera Por Você”. Edições online foram sugeridas pelos próprios organizadores, diante das dificuldades logísticas e o risco representado por possíveis aglomerações.

Entre as boas notícias, o fim do ano chega temperado com o Festival Gastronômico de Paraty, que acontecerá presencialmente, de 4 a 6 de dezembro. A produção do Festival planeja um evento enxuto, com foco na participação online dos chefs convidados, e investir no circuito Gastronômico nos restaurantes, que vão preparar pratos especiais e temáticos.

Para esta edição, o tema é “Raízes”, no sentido literal da palavra: mandioca, batata doce, cenoura, beterraba, taioba de dedo...entre outras, mas também um motivo para explorar a base da identidade culinária local. Além dos tradicionais pratos especiais nos mais de 30 restaurantes participantes do Circuito, o evento terá aulas-show na Capelinha N.S. das Dores, um dos cartões postais de Paraty.

Participarão ainda os produtores locais, os chefs da cidade e os tradicionais artesãos, valorizando as razões pelas quais Paraty recebeu o título de Cidade Criativa e Patrimônio da Humanidade pela Unesco.  “Será um evento para saborear, em todos os sentidos, tanto pelo tema, raízes, como pela força de transformação que o setor gastronômico sempre teve e terá na nossa sociedade” diz Georgia Joufflineau, uma das organizadoras do Festival.

 

Flip Virtual

Também na primeira semana de dezembro, de 3 a 6, a 18ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) optou pelo formato virtual. A programação terá mesas transmitidas ao vivo, em plataforma própria e nas redes sociais do evento, além de vídeos gravados, programações de parceiros e eventos paralelos. Para as mesas ao vivo estão confirmadas as presenças de autores internacionais como a britânica Bernardine Evaristo (Londres, 1959 – vencedora do Booker Prize 2019), a colombiana Pilar Quintana (Cali – Colômbia 1972) e o brasileiro Itamar Vieira Junior (Salvador-BA, 1979).

“A Flip Virtual contará com uma linguagem própria que respeita o sentido original e o espírito da Festa: ser mais do que um mero evento, estabelecendo uma relação duradoura e permeável com Paraty”, comunicou a organização. Para isso, está sendo produzida uma série de vídeos que irão aproximar o público da cidade, oferecendo o sentido mais amplo da Festa, as histórias e personagens paratienses para dentro da edição online.

A Flip Virtual não terá um autor homenageado, como de costume. “Vamos homenagear artistas imprescindíveis à nossa cultura, que foram levados pela pandemia, como o escritor Sergio Sant’Anna, o compositor e letrista Aldir Blanc e o artista plástico Abraham Palatnik, entre muitos outros”, anunciaram os organizadores.

 

Casa da Cultura

Descobrir as particularidades que tornam Paraty um lugar extraordinário no mundo, a ponto de ser reconhecido pela Unesco com o título de Patrimônio Mundial, é um dos objetivos das novas exposições da Casa da Cultura de Paraty, reaberta ao público desde 13 de outubro (sob agendamento prévio).

Um dos programas legais na cidade é visitar a Casa, sempre com mostras interessantes e gratuitas. Estão em cartaz: “Paraty, Cultura e Biodiversidade”, “Caminhos do Mar”, “Farinha da Terra”, “Saberes e Fazeres: Armazém Paraty” e “Cirandeiros de Paraty: retratos de caiçaras por um caiçara”. 

As exposições mostram uma cartografia de “saberes e fazeres de Paraty”, levando a um passeio pelos antigos armazéns da cidade e mapeando conhecimentos dos povos caiçara, quilombola e indígena. Na mostra “Cirandeiros de Paraty”, os visitantes podem conhecer o ritmo Ciranda Elétrica, desdobramento da tradicional ciranda, além de conferir os retratos dos mestres e mestras da ciranda de Paraty. Sem esquecer que o casarão histórico que abriga a Casa da Cultura já vale a visita, por sua arquitetura e atmosfera únicas.

 

Onde ficar em Paraty

As pousadas de Paraty, em sua maioria, reabriram as portas no segundo semestre, como é o caso da Pousada do Sandi, um dos ícones de hospitalidade na cidade. Com novo projeto de decoração, e uma agência interna para customizar as experiências dos hóspedes, o up date inclui disponibilizar as informações em QR Code, entre outras novidades, como oferecer kombucha, a bebida probiótica do momento, no café da manhã, agora servido à la carte.

A pousada conta com os seus 27 quartos repaginados e adequados aos protocolos de segurança. Para quem deseja apreciar os eventos, ao vivo ou online, sentindo-se em Paraty, a Pousada do Sandi é o cenário perfeito, que mistura o colonial e o contemporâneo, com pegada cosmopolita e todos os confortos da modernidade.


5 destinos próximos de Brasília para conhecer de carro

 B Hotel


Mundialmente reconhecida pela genialidade de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, Brasília é um verdadeiro museu a céu aberto. Desbravar todas as belezas arquitetônicas que a capital federal tem a oferecer, no entanto, é apenas o começo de uma incrível jornada repleta de descobertas que podem ser feitas de carro a partir do coração do cerrado brasileiro.

Pensando nisso, o B Hotel, um dos hotéis mais descolados de Brasília, separou 5 sugestões de destinos próximos da capital federal para conhecer de carro em um bate volta ou não.

Confira as dicas do hotel:


- Chapada dos Veadeiros


 B Hotel


Pouco menos de 2h30 de estrada separam Brasília de um paraíso natural repleto de paisagens incríveis, cachoeiras de águas claras, riachos, trilhas pela mata e cânions. São cerca de 655 km² de natureza em seu mais puro estado. A biodiversidade local, aliás, alçou o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros ao título de Patrimônio Mundial da UNESCO. Uma vez no local, não deixe de visitar o Vale da Lua e a Cachoeira de Santa Bárbara.



- Pirenópolis

 B Hotel

Nessa simpática e pacata cidade a vida parece passar devagar. Conhecida como Cidade do Rio das Almas no passado, Pirenópolis foi declarada em 1988 como Patrimônio Histórico Nacional pelo excelente estado de conservação das suas ruas, ainda em pedra, dos casarões, datados do século XVIII, e das suas igrejas. Cerca de 140 quilômetros separam Brasília do destino. Destaque para a Serra dos Pirenéus, que conta com uma série de cachoeiras e para os festivais que animam a cidade ao longo do ano. 



- Poço Azul

 Divulgação


O Poço Azul é, sem sobra de dúvidas, uma das cachoeiras mais famosas de todo o Distrito Federal. Apenas 60 quilômetros de distância separam Brasília da formação natural, que oferece águas rasas e ideias para banho. A Chapada da Contagem, local onde está situado o Poço Azul, conta ainda com outras 7 cachoeiras e uma grande quantidade de quedas d’água e poços, bem menos populares e igualmente deslumbrantes. 



- Caldas Novas

 Divulgação


O maior manancial hidrotermal do mundo também está ao alcance de Brasília. Menos de 300 quilômetros de distância separam a capital federal de um oásis de tranquilidade e relaxamento com águas com propriedades terapêuticas. Além dos já famosos hotéis termais, espalhados aos montes pela cidade, Caldas Novas oferece atrativos interessantes, como a Lagoa Pirapitinga, que é onde estão situadas as nascentes com as mais altas temperaturas. Destaque para o Poço do Ovo, com águas podem chegar aos 57ºC.



- Paraíso na Terra

 Visite Brasília


O nome já diz tudo! Repleto de cachoeiras paradisíacas, quedas d’água e trilhas com vegetação típica do cerrado, o chamado Paraíso na Terra fica a apenas 60 quilômetros de Brasília, no Instituto Teosófico de Brasília, em uma área de proteção ambiental, e é um espetáculo. São aproximadamente 20 cachoeiras que revelam cenários dignos de filme. A mais famosa delas é conhecida como Mumunhas. Mas as formações naturais estão longe de serem o ponto alto deste paraíso. Ao longo de toda a propriedade há uma série de “templos” que apresentam similaridade com a arquitetura grega, como Templo Ecuménico, bastante concorrido para fotos.



 

B Hotel

SHN, Quadra 5, Bloco J, Lote L, Asa Norte – Brasília/DF

Telefone: (61) 3962-2000


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