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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Redação e gramática aparecem entre as maiores dificuldades dos candidatos ao estágio


 Pesquisa revela, no entanto, que os jovens dão prioridade ao aprendizado de um idioma estrangeiro


O domínio da língua materna é essencial, independente da área de atuação, por isso é cada vez mais comum a aplicação de testes no processo seletivo para avaliar essa habilidade e outras competências ligadas a ela, como boa argumentação, síntese, coerência e gramática. Formar frases coesas, seja em uma conversa oral ou na forma escrita, é o mínimo que se espera dos jovens no mercado de trabalho, no entanto, uma pesquisa especializada constatou que, diante dos testes aplicados pelos recrutadores, essa é, justamente, uma das maiores dificuldades dos estudantes.

O mais curioso é que, ao invés de preencher essa lacuna deficiente, a maioria concentra seus esforços no aprendizado de outro idioma, porém, de acordo com especialistas do setor, se o jovem apresentar falhas no português essa estratégia pode ser invalidada. É claro que ter uma segunda língua é cada vez mais importante no ambiente profissional atualmente, mas se a língua materna deixar a desejar as chances de conquistar uma vaga diminui ou, dependendo do setor, ficam quase nulas.

Sobre o estudo

A pesquisa “O Perfil do candidato a vagas de estágio em 2018”, realizada pela Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee – que contou com 5.410 participantes de todas as regiões do país, identificou que entre as principais dificuldades dos candidatos estão os testes relacionados à língua portuguesa. A matéria que, teoricamente, deveria ser a mais fácil para os brasileiros, já que se trata de nossa língua materna, é na verdade uma das mais preocupantes. De acordo com o estudo 37% dos entrevistados alegam que, durante um teste no processo seletivo, têm mais dificuldade com questões de ortografia, gramática e redação.

Metade desses jovens atribui essa deficiência à própria falta de interesse pelo tema, que os levam a estudar menos o português. No entanto, 24% alega ter pouco embasamento escolar e 26% afirma que, mesmo se esforçado, ainda tem dificuldade de assimilação com a matéria. Mas, apesar de terem consciência sobre o problema, apenas 16% dos estudantes afirmam que o aspecto do perfil profissional que mais gostariam de melhorar é o português/oratória. De acordo com o levantamento, a maioria dos candidatos a estágio (58%) está mais preocupada em aprender um idioma estrangeiro, especialmente o inglês.

Processo seletivo rigoroso

O desemprego no país aumentou nos últimos anos e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os jovens foram os mais prejudicados, por isso, aqueles que ainda frequentam as salas de aula passaram a recorrer mais ao estágio. Com a alta demanda, os processos seletivos ficaram ainda mais exigentes, tanto que, de acordo com o levantamento, os estudantes classificam o nível de dificuldade e competitividade das entrevistas para estágio semelhante ao das vagas celetistas.

Diante disso, Tiago Mavichian – diretor da Companhia de Estágios – explica que é cada vez mais comum a adoção de testes pelos recrutadores nas entrevistas para aumentar a qualidade do filtro e encontrar o melhor perfil para determinada função: “A disputa acirrada entre os jovens é um dos efeitos colaterais da crise que o país enfrenta nos últimos anos. Para não ficarem à margem do mercado, muitos recorrem aos programas de estágio, especialmente aqueles em início de carreira, pois não é preciso experiência prévia para concorrer a uma vaga. Por isso é natural que, com o aumento da procura, o processo se torne mais rigoroso e, para se destacar, é preciso estar preparado para os testes”. De acordo como especialista, apesar da fama assustadora dos testes de matemática e lógica, a pesquisa comprovou que as redações e perguntas objetivas intimidam mais os estudantes justamente pela falta de segurança ao escrever.

Língua materna deve ser uma prioridade

Apesar da dificuldade maior em relação ao português, o levantamento revela que os jovens estão priorizando o aprendizado de outras línguas, especialmente a inglesa. De acordo com Rafael Pinheiro, gerente de Recursos Humanos, há uma inversão de valores nesses casos, pois o ideal é preencher a lacuna que falta na língua materna para depois investir em outro idioma: “Em uma entrevista de emprego o português é avaliado a todo momento, mesmo que não sejam aplicados testes escritos. A oralidade é muito importante e o discurso, geralmente, tem um tom mais formal, por isso, qualquer erro será facilmente percebido pelo recrutador. Um segundo idioma é muito valorizado no mercado de trabalho, mas se a nossa língua não estiver em dia isso não ajuda muito e o candidato perde a credibilidade. Por isso o português deve ser aprimorado constantemente” – explica o especialista.

Informalidade se reflete no texto

A fala e a escrita são essenciais para uma boa comunicação, especialmente no ambiente de trabalho e, mesmo que pareçam distintas, uma está diretamente relacionada à outra. O jeito que falamos, muitas vezes, influencia nosso texto, por isso, no campo profissional é preciso ter um cuidado redobrado. A linguagem da internet e mensagens de texto é, geralmente, uma porta de entrada para a informalidade, o problema é que depois de se habitar a ela fica difícil se desvencilhar e, segundo Pinheiro, é aí onde mora o perigo: “Isso é muito perceptível quando o candidato participa de testes que exigem a escrita, pois alguns acabam escrevendo da maneira que estão habituados e falar e esquecem da pontuação, especialmente das vírgulas. A abreviação de palavras também é um erro comum decorrente da linguagem da internet. Além disso, se as palavras forem pronunciadas de maneira incorreta, isso acaba sendo transmitido no texto, por isso é preciso muita atenção, pois essa é uma das fases que mais elimina os entrevistados”.  

Como se destacar nessa matéria

Para ter mais segurança e se sair bem nos processos seletivos que exigem algum teste de português ou, até mesmo, para melhorar o desempenho nos estudos ou trabalho é preciso praticar a forma correta da língua em qualquer oportunidade. Para isso, existem algumas dicas estratégicas que podem ajudar a aprimorar os conhecimentos em português e valorizar o idioma, confira a seguir:


Invista na leitura: essa dica é infalível. O hábito de ler é obrigatório para todos que querem escrever e falar bem. Além de aumentar o vocabulário, a leitura ainda ajuda a aprender as regras gramaticais como consequência. É possível escolher diversos tipos de textos, desde revistas de entretenimento a livros técnicos ou clássicos da literatura, pois variar os estilos ajuda a ampliar o conhecimento literário. Através da leitura é possível se manter informado, o que é essencial para elaborar o conteúdo um bom texto.


Pratique a escrita: a redação, seja no vestibular ou na entrevista de emprego, é uma das coisas que mais assustam os estudantes, portanto, para perder esse medo e ganhar segurança, é preciso praticar. Uma boa estratégia é começar a escrever corretamente nas redes sociais e mensagens de texto. Ler em voz alta o que escreveu ajuda a identificar os erros, e, apesar de não parecer, escrever também contribui para o desenvolvimento da oratória, pois através da escrita aprendemos a construir corretamente as sentenças e melhorar a fala.


De olho na gramática: a maior amiga do escritor e do orador é a melhor fonte para sanar as dúvidas e a base para a construção da linguagem. Essa grande aliada não deve ser menosprezada, no entanto, vale lembrar que a língua é evolutiva, portanto, não se limite à gramática, pois a estilística também é muito importante para valorizar o texto e a oratória.


Evite palavras rebuscadas e estrangeiras: palavras bonitas e, geralmente, desconhecidas não agregam valor e ainda tornam difícil a compreensão do texto. Por isso ele deve ser simples, mas com um vocabulário amplo. O ideal é evitar repetições que empobrecem o texto e o uso de palavras de outros idiomas que o tornem confuso para um leitor desprevenido.

Aproveite as férias

O período do ano mais esperado pelos estudantes é o merecido descanso depois de um turbilhão de provas e trabalhos, no entanto, é também o momento ideal para desenvolver ainda mais o aprendizado e se preparar para o mercado. E, ao contrario do que muitos pensam, isso não precisa ser mais uma tarefa extenuante. É possível praticar atividades agradáveis que ajudem a agregar novos conhecimentos. Quem deseja aprimorar o português pode investir em grupos de estudos que vão desde escrita à leitura conjunta, com metas e discussões sobre temas variados. Nas redes sociais há diversas opções com temas para todos os gostos. Assim, além de aprimorar o idioma, ainda é possível conhecer novas pessoas com os mesmos interesses.  Outra opção é aproveitar o tempo livre para criar um blog ou portfólio online, que é ideal para expor seus trabalhos ou escrever sobre assuntos variados de seu interesse, buscando sempre melhorar o português e aperfeiçoar a escrita.







5 dicas para Pais e professores ajudarem na saúde mental dos filhos\alunos


Em época de preparação para os vestibulares de inverno, ENEM e férias escolares poucos lembram do equilíbrio entre mente, corpo, e estudos


Os números são assustadores 56% dos alunos brasileiros estão entre os que ficam mais estressados pela alta carga horária de estudos. Além disso, o país ocupa o segundo lugar no ranking de 180 países pesquisados, no quesito ansiedade. A pesquisa foi apresentada pelo Programa de Avaliação Internacional de Estudantes da Organização para Cooperação Desenvolvimento Econômico (OCDE). O pior desse cenário é que esses transtornos continuam com a entrada dos jovens nas universidades.

De acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 30% dos alunos das Universidades federais do Brasil procuram atendimento psicológico e 10% fazem uso de medicamento psiquiátrico. Além disso, as tentativas de suicídio aumentaram, segundo a Lei de Acesso à informação.

Assim, fica a pergunta como equilibrar vida pessoal, estudantil e profissional dos nossos jovens? O período da infância para o Ensino Médio passa muito rápido e esse estudante tem a pressão de escolher a sua carreira com 17 anos de idade.

É fato que é preciso "correr atrás", estudar, e etc, mas o lazer e ter bons relacionamentos nessa transição é o que fará esse jovem ser feliz antes de tudo e conseguir optar por uma profissão que realmente faça sentido para ele.

Logo, pais, professores, dirigentes estudantis, e os próprios alunos(a) podem adotar algumas ações para tornar mais benéfico o convívio entre responsabilidades e qualidade de vida.

O psicólogo da rede Minds Idiomas, Augusto Jimenez, e gestor educacional aponta 5 dicas para pais e professores ajudarem na saúde mental das crianças e jovens:


1) É importante fazer "nada" e não se sentir culpado(a)

Na era tecnológica em que tudo é para agora e ganha "likes" quem está fazendo algo, fazer "nada" é um ato revolucionário e bom para o seu cérebro. É claro que é preciso prudência nas horas\períodos dedicados ao descanso. Recomenda-se após um dia de trabalho e estudos tirar pelo menos uma hora para relaxar e não se cobrar por isso. Lembre-se que a criatividade é fruto do descanso mental e não do excesso de ações.


2) Organize as horas que dedicará para os estudos e monte uma grade das disciplinas com essas horas estipuladas em um local visível

Isso pode ser feito em uma cartolina ou qualquer outro material. Quando você organiza a sua semana e a quantidade de tempo que despenderá com os estudos e trabalho fica mais fácil cumprir com o combinado. Além disso, você enxergará quais as "janelas" que tem, ou seja quais os períodos que pode incluir uma atividade de lazer ou mesmo o descanso que mencionei na primeira dica.


3) Participe dos grupos de apoio nas redes sociais

Há alguns grupos organizados pelos próprios alunos de várias universidades para debaterem como se sentem no período do vestibular e enquanto cursam a faculdade. É aberto ao público e caso o seu tempo esteja "apertado" há vários relatos e debates nas próprias redes que podem te ajudar. Lembre-se que ansiedade e depressão são assuntos sérios e buscar ajuda com quem está vivendo a mesma situação pode te ajudar. Um desses grupos que faz ciclo de palestras periodicamente é a Frente Universitária de Saúde Mental. Foi criado em 2017 por alunos de faculdades públicas e privada. Acesse a página do Facebook deles e fique antenado(a) aos dias dos eventos.


4) Busque um psicólogo

A boa saúde mental é bem mais do que a ausência de alguma doença psíquica\ neurológica. Ela também está associada ao seu bem- estar e serenidade. Assim, se você está tendo picos de ansiedade, está travando uma batalha diária para se sentir feliz, e\ou encontrar significado no dia a dia procure um psicólogo. E caso a grana esteja "curta" opte pelos atendimentos psicológicos das Universidades. É gratuito.


5) Docentes: façam a sua parte

Uma das principais queixas dos estudantes é a falta de compreensão dos professores. Muitos não sabem o porquê do aluno(a) estar com faltas, muitas vezes frequentes, e não compartilham a ausência e\ou mudança de comportamento do jovem com os dirigentes e colegas da escola. Observem os seus estudantes e qualquer indício de mudança de atitudes deles converse na escola para tomar as atitudes necessárias. Entre elas conversar com o aluno e caso seja necessário envolver os pais. Na Minds temos essa roda de conversa semanalmente. É importante outras escolas, de idiomas ou não, adotarem essa medida.



A importância do desenvolvimento motor infantil



A Educação Infantil é a primeira etapa da educação escolar na qual a criança tem a possibilidade de interagir com outras crianças e com adultos fora do convívio familiar

Desde a sua concepção, o indivíduo adquire ou aprende diversas funções motoras, responsáveis pelo alcance de maturidade do organismo. Por meio de suas movimentações naturais, a criança desenvolve seus processos motores. Um tempo depois, os movimentos surgem, geralmente, porque a criança tende a imitar os adultos que a rodeiam ou inspiram-se em outras crianças para executar suas provas práticas. Com o avanço da idade cronológica, a criança passa a ser integrante de mais um grupo social: a escola. O ingresso a essa nova comunidade exige modificações e adaptações das estruturas afetivas, cognitivas, motoras e sociais. A Educação Infantil é a primeira etapa do ensino escolar na qual a criança tem a possibilidade de interagir com outras crianças e com adultos fora do convívio familiar, em função do histórico sociocultural de cada uma.

Segundo alguns estudiosos, o desenvolvimento motor sofre grande influência do meio social e biológico, podendo sofrer alterações durante seu processo. Sabe-se que a escola é um dos locais de oferta de espaço adequado para o desenvolvimento motor da criança, visto que o brincar significa o meio mais importante para as aprendizagens dos pequenos. Essa construção depende tanto dos recursos biológicos, psicológicos, como das condições do meio em que ela vive. Dito isso, a Educação Física adquire um papel importantíssimo à medida que ela pode estruturar o meio ambiente adequado para a criança, oferecendo experiências que resultam num grande auxiliar e promotor do desenvolvimento humano, em especial ao desenvolvimento motor, garantindo a aprendizagem de habilidades específicas. Por meio dos movimentos, a criança vai aprendendo a pensar e planejar sobre como se mexe e, ao mesmo tempo, vive cada um deles, não só utilizando o lado motor, mas também o cognitivo para planejá-los de acordo com suas necessidades e limites.

O movimento não acontece sozinho, pois toda ação tem uma intenção, podendo ser expressiva ou funcional. É determinado sempre pela sua dimensão cultural como, por exemplo: uma dança, um jogo que utilize um gesto ou movimento sustentado por um significado. Como educação do movimento, compreende-se a realização de atividades motoras que visam ao desenvolvimento das habilidades (correr, saltar, saltitar, arremessar, empurrar, puxar, balançar, subir, descer, andar), da capacidade física (agilidade, destreza, velocidade, velocidade de reação) e das qualidades físicas (força, resistência muscular localizada, resistência aeróbica e resistência anaeróbica). Portanto, essa educação prioriza o aspecto motor na formação do educando. No ambiente educacional, esse trabalho pode ser distribuído ao longo de todo período escolar.

Após anos de estudo na área, verificou-se que o desenvolvimento de habilidades motoras e o conhecimento dessa evolução são necessários para garantirem bom desenvolvimento da aprendizagem. O que se espera é que as crianças possam da melhor maneira possível, apresentar em cada período de vida uma boa qualidade de movimento. Especialistas acreditam que para que haja contribuições nas habilidades motoras das crianças, é necessário um desenvolvimento adequado das mesmas sobre as aprendizagens dos escolares. O que se espera é que as crianças possam da melhor forma possível apresentar em cada período de vida uma boa qualidade de movimentos. Afinal, a Educação Física não é apenas educação pelo movimento, é a educação do corpo inteiro.






Flavia Sant'Anna – professora de Educação Física do Colégio Salesiano Santa Teresinha. Pós-graduada em Educação Física Escolar, Flávia já realizou cursos na área de educação psicomotora e psicomotricidade na escola.
Colégio Salesiano Santa Teresinha
www.salesianost.com.br


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