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sábado, 17 de maio de 2025

Sem glúten, com saúde: o que você precisa saber sobre a doença celíaca

Especialista esclarece sintomas, diagnóstico e como manter uma alimentação equilibrada e saborosa livre de glúten 


 Freepik

 

No dia 16 de maio foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca — uma condição autoimune crônica ainda cercada de mitos e pouco conhecida por grande parte da população. A data chama atenção para os desafios enfrentados por quem convive com a intolerância ao glúten e reforça a importância do diagnóstico correto, do acesso à informação e da empatia social.  

Segundo a professora Flávia de Branco, do curso de Nutrição da Una Uberlândia, a doença celíaca se manifesta com uma ampla variedade de sintomas, nem sempre associados ao sistema digestivo. “Os mais comuns são dor abdominal, diarreia, distensão, perda de peso e cansaço. Mas também há sinais fora do intestino, como anemia, osteoporose, alterações de humor e até problemas de pele. Isso dificulta o diagnóstico, que muitas vezes é tardio”, explica.  

O tratamento exige uma dieta 100% livre de glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio. Mas isso não significa abrir mão do sabor ou da nutrição. “É totalmente possível ter uma alimentação equilibrada e gostosa sem glúten. Frutas, legumes, arroz, feijão, carnes e ovos são naturalmente seguros. Hoje, há também farinhas alternativas, como as de arroz e de amêndoas, e produtos industrializados específicos. A atenção aos rótulos, no entanto, é fundamental, já que muitos alimentos contêm traços de glúten por contaminação cruzada”, orienta. 

A nutricionista destaca que restaurantes e comércios ainda não estão totalmente preparados para atender essa população. “A contaminação cruzada é um risco real, que pode acontecer no preparo ou no manuseio dos alimentos. Por isso, é importante que os estabelecimentos tenham preparo exclusivo ou, ao menos, informação clara para garantir a segurança alimentar dos celíacos”, aponta. 

A professora também faz um alerta sobre o uso indevido da dieta sem glúten. “Muita gente tira o glúten da alimentação por conta própria, acreditando que é mais saudável. Mas isso pode levar a deficiências nutricionais, especialmente se não houver orientação profissional. A dieta glúten-free deve ser feita apenas com indicação médica e acompanhamento nutricional”, esclarece. 

Para crianças diagnosticadas, Branco recomenda acolhimento e adaptação com leveza: “É preciso envolver a criança, mostrar que ela pode comer bem e de forma segura. Também é essencial orientar a escola e familiares para evitar acidentes alimentares”.  

A informação e a empatia da sociedade são grandes aliadas. “Essa dieta não é modismo. É uma necessidade de saúde. Quanto mais as pessoas entenderem isso, mais seguras e incluídas as pessoas celíacas estarão nos ambientes sociais”, conclui. 

Se você desconfia da doença ou está iniciando uma dieta sem glúten, o recado da nutricionista é claro: “Não comece a restrição sozinho. Procure um médico e um nutricionista. Fazer o diagnóstico correto enquanto ainda consome glúten é essencial para que os exames funcionem. E com o acompanhamento certo, a transição para uma vida sem glúten pode ser leve, nutritiva e cheia de sabor.” 

 

Dica de Receita: Muffin de chocolate 




Ingredientes: 

 

150g de biomassa de banana verde; 

4 ovos inteiros; 

3 colheres de sopa de açúcar demerara; 

2 colheres de farinha de aveia sem glúten; 

1 colher de chá de fermento em pó; 

4 colheres de sopa de cacau 100%. 

 

Modo de preparo: 

Pré-aqueça o forno a 180°C; 

Misture os ingredientes úmidos; 

Adicione os ingredientes secos; 

Misture bem até formar uma massa homogênea; 

Distribua a massa nas forminhas, preenchendo cerca de 2/3 de cada uma; 

Asse por 20-25 minutos ou até que os muffins fiquem dourados; 

Espere esfriar um pouco antes de servir.  

Desfrute do seu delicioso muffin sem glúten! 

  

Una

 

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