A doença celíaca, tradicionalmente associada a
sintomas gastrointestinais como diarreia e dor abdominal, pode se manifestar de
formas menos óbvias, como fadiga crônica, aftas recorrentes, osteoporose
precoce, alterações de humor e problemas de pele. Esses
sinais atípicos contribuem para que o diagnóstico da condição demore até 13
anos após o início dos sintomas, segundo estudos internacionais1,2.
O alerta ganha ainda mais relevância neste mês,
quando se celebra o Maio Celíaco — um mês dedicado à
conscientização sobre os desafios do diagnóstico e o impacto dessa condição na
qualidade de vida dos pacientes.
A doença é caracterizada por uma reação autoimune
ao glúten — proteína presente no trigo, centeio e cevada —, faz com que o
sistema imunológico ataque o intestino delgado, prejudicando a absorção de
nutrientes. A longo prazo, isso compromete a qualidade de vida do paciente, já
que sintomas como diarreia crônica, distensão abdominal, perda de peso, fadiga
e anemia são comuns.
O Brasil ainda carece de estudos nacionais
abrangentes sobre a prevalência da doença. Com base em estimativas europeias,
calcula-se que aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros possam ser afetados
pela enfermidade³. No entanto, entre 75% e 90% dos casos permanecem sem
diagnóstico, devido à variedade de manifestações clínicas e à inconsistência
nos critérios diagnósticos⁴.
Para um diagnóstico preciso, além da análise da
história clínica do paciente, é essencial que o médico solicite exames
laboratoriais específicos que detectem anticorpos relacionados à doença. A
Thermo Fisher Scientific oferece um portfólio abrangente de testes
laboratoriais com alta sensibilidade e especificidade — em alguns casos, com
especificidade de até 100%, auxiliando na identificação correta da condição.
“Além de contribuir para diagnósticos mais precoces
e assertivos, os exames laboratoriais ajudam a direcionar melhor a conduta
médica, sobretudo em pacientes com sintomas atípicos — e, em alguns casos,
podem até mesmo reduzir a necessidade de procedimentos mais invasivos”, destaca
Aline Oliveira, farmacêutica e gerente de Produtos de Autoimunidade da Thermo
Fisher Scientific.
O médico gastroenterologista é o profissional que
geralmente acompanha o paciente desde os primeiros sintomas até a confirmação
diagnóstica e o tratamento. Como não existe cura para a doença celíaca, a
principal conduta envolve a exclusão total do glúten da alimentação — um desafio
que impacta diretamente a qualidade de vida e a inclusão social dos pacientes.
Para oferecer acolhimento e informação aos
pacientes e promover educação de profissionais de saúde em torno do cuidado
celíaco no Brasil, foi criado o Instituto Brasileiro de Estudos da Doença
Celíaca (IBREDOC), que terá seu lançamento simbólico no dia 16 de maio, quando
se celebra o Dia Mundial da Doença Celíaca. “O grande desafio da doença celíaca
é fechar o diagnóstico de forma precoce e com precisão. Sabemos que o paciente
sofre muito com a demora dessa investigação, que pode chegar até 13 anos devido
aos sintomas atípicos. Entender os sinais que podem não estar diretamente
ligados e ter um teste que direcione o médico a sugerir o diagnóstico de doença
celíaca, ajuda o paciente a melhorar sua qualidade de vida mais rapidamente”,
explica Danielle Kiatkoski, médica gastroenterologista e diretora do IBREDOC
Os testes oferecidos pela Thermo Fisher Scientific
analisam a presença de anticorpos específicos relacionados à resposta imunológica
ao glúten*, sendo ferramentas essenciais no apoio ao diagnóstico da doença
celíaca. Testes como o de anti-transglutaminase, considerado o mais sensível e
específico, e o de anti-gliadina deamidada, útil principalmente em crianças ou
em pacientes com deficiência de IgA, estão disponíveis em laboratórios de todo
o país e devem ser solicitados por um profissional de saúde, que irá
interpretar os resultados em conjunto com a avaliação clínica do paciente.
Referências
- Norstrom
F, et al. Delay to celiac disease diagnosis and its implications for
health-related quality of life. BMC Gastroenterol. 2011;11:118. https://bmcgastroenterol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-230X-11-118
- Violato
M, Gray A. The impact of diagnosis on health-related quality of life in
people with coeliac disease: a UK population-based longitudinal perspective.
BMC Gastroenterol. 2019;19(1):68. Disponível em: https://bmcgastroenterol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12876-019-0980-6
- Singh
P, et al. Global Prevalence of Celiac Disease: Systematic Review and
Meta-analysis. Clin Gastroenterol Hepatol. 2018;16(6):823-36 e2.
Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1542-3565(17)30783-8
- Fuchs
V, et al. Delayed celiac disease diagnosis predisposes to reduced quality
of life and incremental use of health care services and medicines: A
prospective nationwide study. United European Gastroenterol J.
2018;6(4):567-75. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1177/2050640617751253
*A utilização desses produtos
para fins de diagnóstico é de inteira responsabilidade do serviço de saúde que
deverá atender aos requisitos contidos na RDC 786/2023 da ANVISA, Subseção I,
Artigos 129 a 135.
A Thermo Fisher Scientific

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