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Respirar com liberdade. Pode parecer simples, mas,
para milhões de pessoas que convivem com os efeitos do cigarro — seja o convencional
ou o eletrônico — esse gesto tão natural pode se tornar cada vez mais difícil.
No Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, o Hospital Sapiranga reforça
que a prevenção começa com informação e acolhimento. Mais do que uma escolha,
abandonar o cigarro é um processo, e ninguém precisa enfrentá-lo sozinho.
Segundo o pneumologista do Hospital Sapiranga,
Dr. Leonardo Gilberto Haas Signori, do ponto de
vista respiratório, a fumaça do cigarro irrita e inflama as vias aéreas,
contribuindo para o surgimento ou agravamento de doenças como asma e bronquite.
"Com o passar do tempo, essa exposição
contínua provoca alterações permanentes na estrutura pulmonar, o que pode
evoluir para bronquite crônica e enfisema. No sistema cardiovascular, a
nicotina provoca estreitamento dos vasos sanguíneos e eleva a pressão arterial,
enquanto outras substâncias presentes no tabaco favorecem o acúmulo de placas
de gordura nas artérias — aumentando significativamente o risco de infarto e
AVC. Ainda que nem todos os fumantes desenvolvam doenças pulmonares graves,
quase todos apresentam algum nível de comprometimento cardiovascular. Já o
cigarro eletrônico, muitas vezes percebido como inofensivo, tem se mostrado
responsável por danos respiratórios e cardíacos precoces, o que reforça o
alerta sobre seus perigos”, afirma.
Segundo ele, mesmo quem fuma há anos pode obter
benefícios consideráveis ao abandonar o vício — como melhora da função
respiratória, redução do risco de eventos cardíacos e maior disposição no dia a
dia. A dependência da nicotina vai além da vontade: envolve o cérebro, o
comportamento, as emoções e até o ambiente em que se vive.
“A dependência nicotínica envolve múltiplos
fatores. Há o componente físico, com a atuação da substância no sistema nervoso
central, gerando prazer e levando à compulsão. Aspectos emocionais, como
estresse, depressão e ansiedade, também influenciam, já que o cigarro pode
aliviar temporariamente esses sintomas. Fatores psicossociais e
comportamentais, como o convívio com amigos ou familiares fumantes, também
exercem influência. Soma-se a isso a predisposição genética, que pode aumentar
a vulnerabilidade ao vício. A longo prazo, o tabagismo eleva consideravelmente
o risco de doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer, sendo um problema
cumulativo e dependente do tempo de exposição”, completa.
Entre as ferramentas mais usadas para quem deseja
parar de fumar, além da orientação médicas, estão terapia de reposição de
nicotina e suporte psicológico. Para saber mais sobre o serviço de cessação do
tabagismo, entre em contato pelo telefone (51) 3599 8100 ou acesse www.hospitalsapiranga.com.br.
Marcelo Matusiak e Rafael Sodré

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