Em maio, mês de conscientização da esclerose múltipla, o laboratório Igenomix, do Vitrolife Group, alerta para os efeitos desta doença autoimune na saúde reprodutiva e reforça a importância de estratégias integradas entre neurologia e medicina reprodutiva. Em 30 de maio ocorre o Dia Mundial da Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma das doenças mais
comuns do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Atualmente, mais
de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com o EM. Sua ação é
inflamatória e desmielinizante. Isso significa que é causada por danos à
mielina, a camada protetora de gordura que envolve as fibras nervosas,
semelhante ao isolamento de um fio elétrico. No sistema nervoso central, as
células nervosas transmitem mensagens entre o cérebro e a medula espinhal e os
órgãos e membros do corpo. Elas controlam tudo o que é feito, desde como as
pessoas se movem, até como pensam e sentem.
Embora a maior parte das discussões gire em torno
dos efeitos motores e cognitivos da condição, estudos recentes vêm destacando
um impacto ainda pouco debatido: as implicações da EM e de seu tratamento
diante da fertilidade. Embora a esclerose múltipla não cause infertilidade
diretamente, seus desdobramentos clínicos, medicamentosos e psicológicos podem
interferir de forma relevante na saúde reprodutiva de mulheres e homens.
“O manejo reprodutivo em pacientes com EM exige uma
abordagem multidisciplinar que integre neurologia, endocrinologia e reprodução
assistida. Imunomoduladores, imunossupressores e até mesmo a evolução natural
da doença podem afetar o eixo hormonal ou a função gonadal. Além disso, o
estresse crônico e a própria incerteza do diagnóstico frequentemente adiam
planos reprodutivos, tornando essencial a discussão precoce sobre preservação
da fertilidade”, explica Larissa Antunes, coordenadora do aconselhamento
genético do laboratório Igenomix do Vitrolife Group.
A Igenomix, laboratório especializado em saúde
reprodutiva e medicina personalizada, tem por meio do aconselhamento genético
apoiado pacientes com doenças crônicas, como a esclerose múltipla, a manterem a
autonomia sobre suas escolhas reprodutivas. A criopreservação de óvulos,
espermatozoides e embriões antes do início de terapias agressivas é uma
estratégia importante — tanto para garantir a possibilidade de gestação futura
quanto para permitir que o paciente tenha tempo para estabilizar o quadro
clínico antes de iniciar um tratamento de fertilidade.
“Estamos vivenciando uma mudança de paradigma em
que a fertilidade precisa ser compreendida como parte do cuidado integral em
doenças autoimunes. Não basta controlar os surtos neurológicos; é preciso olhar
para o futuro desses pacientes, considerando suas perspectivas de vida, família
e bem-estar. E isso inclui oferecer caminhos seguros e viáveis para a
reprodução humana, com o apoio das melhores práticas clínicas e laboratoriais”,
reforça Larissa.
Além da criopreservação, ferramentas complementares
como o aconselhamento reprodutivo individualizado e a até mesmo exames
genéticos para o casal recursos valiosos no contexto da EM, ampliando a segurança
dos tratamentos e contribuindo para uma gestação mais planejada.
Diante da complexidade da esclerose múltipla e de
seus impactos sobre a saúde reprodutiva, torna-se fundamental incluir o
aconselhamento e o planejamento familiar nas etapas iniciais do cuidado médico.
Não há testes genéticos específicos para a esclerose múltipla, porém, a
Igenomix pode fornecer informações para que os pacientes tomem decisões
informadas.
VAMOS FALAR SOBRE ESCLEROSE
MÚLTIPLA - Este é o Mês de Conscientização da Esclerose
Múltipla, em especial a data de 30 de maio - que marca o dia mundial de
conscientização, com a disseminação de informações sobre a doença, seus
impactos e os avanços nas formas de diagnóstico e tratamento. O objetivo é
incentivar o diagnóstico precoce e o cuidado multidisciplinar, fundamentais
para a qualidade de vida das pessoas com EM.
Embora a esclerose múltipla não tenha um padrão
hereditário clássico, alguns fatores genéticos podem aumentar a suscetibilidade
à doença. Isso significa que algumas pessoas carregam variantes em determinados
genes que as tornam mais vulneráveis ao desenvolvimento da EM. No entanto, essa
predisposição genética, por si só, não é suficiente: é a interação com
elementos ambientais — como infecções virais, tabagismo, deficiência de
vitamina D e até a latitude geográfica — que pode atuar como gatilho para o
início da doença. Nesse contexto, a análise de variantes genéticas relacionadas
à resposta imunológica e ao metabolismo de fármacos pode auxiliar na escolha do
tratamento mais adequado para cada paciente.
A integração entre neurologistas, especialistas em
fertilidade e laboratórios de apoio diagnóstico permite decisões mais seguras e
alinhadas com os objetivos reprodutivos dos pacientes, especialmente diante de
terapias que podem comprometer a função gonadal ou demandar intervenções
antecipadas.
SAIBA MAIS SOBRE A EM
- 2,8
milhões de pessoas vivem com Esclerose Múltipla em todo o mundo. Isso equivale
a 1 em 3.000 pessoas no mundo. Em países com a prevalência mais alta, até
1 em cada 300 pessoas têm EM.
- A
cada 5 minutos alguém, em algum lugar do mundo, é diagnosticado com EM.
- Mais
mulheres do que homens têm EM – há pelo menos o dobro de mulheres (69%) do
que homens (31%) vivendo com EM, sugerindo um papel dos hormônios no
processo da doença.
- O
diagnóstico geralmente ocorre entre 20 e 40 anos de idade, embora o início
possa ocorrer em qualquer fase da vida.
- Afeta
crianças e adultos, com pelo menos 30 mil pessoas menores de 18 anos
vivendo com EM.
- As
Américas respondem pela segunda maior prevalência de EM no mundo, com 112
casos para cada 100 mil pessoas, atrás apenas da Europa (133 para cada 100
mil).
- Atualmente,
não há cura, mas existem tratamentos disponíveis que podem modificar o
curso da doença.
- Há uma ampla gama de sintomas, sendo a fadiga um dos mais comuns.
- Muitos
sintomas da EM podem ser controlados ou tratados com sucesso.
- Não
é contagiosa, nem infecciosa.
- Acredita-se
que seja causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
- Não
é diretamente hereditária, porém, o risco de desenvolver EM é maior em
parentes de uma pessoa com a doença do que na população em geral.
- Embora
seja encontrada em todas as partes do mundo, sua prevalência varia muito,
sendo mais alta na América do Norte e na Europa, e mais baixa na África
Subsaariana e no Leste Asiático. É mais comum em países mais distantes do
Equador.
- Doença
mais comum do sistema nervoso central em adultos jovens.
Igenomix científicas e seis patentes, é um importante
produtor de ciência em saúde reprodutiva e genética.
Vitrolife Group
Referências bibliográficas:
- Multiple Sclerosis
International Federation. Atlas of MS – 3rd edition. Disponível em: https://www.msif.org/about-ms/what-is-ms/
- Harbo HF, Gold R, Tintoré M.
Sex and gender issues in multiple sclerosis. Ther Adv Neurol Disord.
2013;6(4):237-248.
- Dörr J, Bitsch A.
Pregnancy-related issues in women with multiple sclerosis: an update. Ther
Adv Neurol Disord. 2021;14:17562864211015355.
- Associação Brasileira de
Esclerose Múltipla (ABEM).Atlas da EM 3ª edição PARTE 1: Mapeando a
Esclerose Múltipla pelo Mundo, principais descobertas epidemiológicas.
Disponível em https://www.abem.org.br/wp-content/uploads/2020/09/AtlasOfMS_3rdEdition_traduzido.pdf

Nenhum comentário:
Postar um comentário