Medir
pressão somente durante o pré-natal não é o suficiente para identificar
hipertensão em gestantes, afirma posicionamento sobre a saúde cardiovascular
feminina, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Durante
a gestação, as mulheres estão suscetíveis a fatores que causam uma
variabilidade da pressão arterial, como a hipertensão gestacional e à
pré-eclâmpsia, esta última responsável por 1/4 da mortalidade materna no
Brasil, representando cerca de 25% dos casos, segundo dados da OMS e da Rede
Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez (RBEHG).
Cerca
de 10% das gestantes desenvolvem hipertensão gestacional, enquanto aproximadamente
5% apresentam pré-eclâmpsia. O monitoramento regular da pressão arterial
durante o pré-natal é essencial para detectar esses problemas precocemente,
aumentando significativamente as chances de controle e prevenção de
complicações.
A
pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez caracterizada pelo aumento da pressão
arterial e pela presença de proteínas na urina (proteinúria), geralmente
ocorrendo após a 20ª semana de gestação. Ela pode variar de leve a grave e, em
casos graves, pode afetar órgãos vitais, como o fígado, os rins, e até mesmo o
cérebro da gestante, além de aumentar o risco de problemas para o bebê.
Esta
é uma condição relacionada à hipertensão na gravidez, que pode trazer sérios
riscos tanto para a mãe quanto para o bebê se não for diagnosticada e tratada
Qual aparelho usar?
Controlar
a pressão arterial durante a gravidez é um grande desafio para todas as
gestantes. A começar pela escolha do aparelho de medição mais adequado para se
ter em casa.
No
Brasil existe apenas um aparelho validado para gestantes. Trata-se do Omron
Progress. Este medidor possui a braçadeira Intelli Wrap, que ajuda evitar os
erros mais comuns durante a medição. Fácil de vestir, esta braçadeira tem
cobertura expandida, infla em volta de todo o braço, assegurando uma leitura
precisa.
A validação desta braçadeira segue o padrão Padrão Universal AAMI/ESH/ISO, que foi desenvolvido pela Sociedade Britânica de Hipertensão e a Sociedade Europeia de Hipertensão.
“Durante
a gestação, especialmente em casos de hipertensão gestacional, o monitoramento
diário da pressão arterial é vital para prevenir complicações como
pré-eclâmpsia. O uso de um medidor certificado para uso em gestantes assegura a
precisão das leituras, permitindo intervenções oportunas”, afirma Audes
Magalhães Feitosa, cardiologista, autor da última diretriz brasileira sobre
hipertensão arterial e porta-voz médico da OMRON.
Detecção
A pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional são condições que, apesar de comuns, podem ser detectadas de forma relativamente simples por meio de acompanhamento da pressão arterial. A identificação precoce desses quadros é fundamental, pois permite uma intervenção eficaz e a redução dos riscos associados.
Intervenção
Com a detecção precoce, a equipe médica pode intervir rapidamente, ajustando o tratamento e implementando medidas para estabilizar a pressão arterial. Essa intervenção reduz o risco de complicações graves, protegendo a saúde da mãe e do bebê e permitindo um desfecho mais seguro para a gestação.
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