Com a chegada do fim de ano, o advogado Aleksander
Szpunar especialista na área orienta proprietários de imóveis a regularizarem o
seu imóvel. Uma das decisões mais acertadas para proteger seu patrimônio.
Frequentemente
histórias de pessoas que, por desconhecimento ou descuido, vivem anos com
imóveis em situação irregular, são situações que, embora pareçam inofensivas à
primeira vista, podem se tornar grandes dores de cabeça no futuro – especialmente
em momentos como venda, inventário ou partilha.
Um
dos casos mais recorrentes que atendo envolve o famoso "contrato de
gaveta". Você comprou um imóvel de forma legítima, assinou um contrato de
compra e venda com o antigo proprietário, mas nunca formalizou essa transação
no cartório. Para muitos, isso é suficiente, pois o imóvel já é usado e
considerado "seu". Porém, no mundo jurídico, a história é bem
diferente.
Sem
o devido registro no cartório, aquele imóvel, aos olhos da lei, continua
pertencendo ao antigo proprietário. Isso significa que, se houver dívidas em
nome dele, o imóvel pode ser penhorado. Além disso, em caso de falecimento, o
bem pode ser incluído em um inventário do qual a pessoa que assinou o
"contrato de gaveta" sequer faz parte. É um risco desnecessário que
pode ser evitado com a regularização.
A
regularização não é apenas uma questão de formalidade; é um investimento na
segurança do seu patrimônio. Um imóvel devidamente registrado tem maior valor
de mercado e pode ser facilmente vendido, financiado ou utilizado como garantia
em negociações. Além disso, elimina riscos jurídicos, como disputas em heranças
ou bloqueios judiciais.
Há
também o lado prático. Muitos municípios oferecem programas de anistia fiscal
no final do ano, permitindo que proprietários regularizem débitos e obtenham
descontos significativos. É uma oportunidade única para resolver pendências de
forma econômica.
O
Custo da Irregularidade é alto
“Certa
vez, atendi um cliente que herdou um imóvel de um parente próximo, mas
descobriu que ele nunca havia sido registrado. Para completar, o imóvel possuía
uma dívida de IPTU acumulada por anos. O processo de regularização acabou sendo
mais longo e custoso do que o necessário, justamente porque a situação foi
negligenciada por décadas”, comenta Aleksander Szpunar.
Ele
explica, ainda, que se a documentação estivesse em dia, o cliente poderia ter
economizado tempo, dinheiro e, principalmente, evitado o estresse e vendido na
hora. “Esse caso é um alerta para quem ainda adia a regularização do seu
imóvel”, destaca Aleksander Szpunar.
Regularizar
um imóvel pode parecer burocrático, mas é um passo essencial para proteger o
que você conquistou. O advogado reforça diariamente a diferença que isso faz na
vida dos proprietários. “Um imóvel regularizado é um patrimônio seguro,
valorizado e livre de incertezas jurídicas”, afirma o advogado. Estar bem
informado pode evitar muitos problemas no futuro e te trazer a tranquilidade de
saber que seu patrimônio está, de fato, sob sua proteção.
Aleksander Szpunar - atua na área de Regularização de Imóveis e Ações de Usucapião; preside a Comissão de Direito Imobiliário da OAB Águas de Lindóia; e é membro do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (IBRADIM)
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