Com
o ciclismo ganhando popularidade e como alternativa ao Dia Mundial sem Carro,
neste mês, Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo destaca
impactos nessas articulaçõesAderir à bicicleta traz benefícios para o meio ambiente e saúde,
porém, é preciso atenção aos impactos que a
prática pode ter nas articulações
Pexels
As bicicletas
estão se tornando uma alternativa cada vez mais popular para locomoação e, para
quem não a usa com frequência, é uma alternativa para aderir ao Dia Mundial Sem
Carro, celebrado em 22 de setembro, iniciativa global que visa incentivar a
redução do uso de veículos motorizados e promover alternativas mais
sustentáveis de transporte.
No entanto,
enquanto a adesão ao ciclismo traz muitos benefícios, tanto ambientalmente
falando, como para a saúde, é importante considerar também os riscos associados
à prática. Pilotar uma bicicleta pode impactar diretamente as articulações,
especialmente os ombros e cotovelos, explica o presidente da Sociedade
Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos.
“Durante a
condução, o ciclista pode sentir tensão nos ombros e cotovelos devido à posição
prolongada e ao esforço físico necessário para controlar a bicicleta e absorver
os impactos do terreno. Essa tensão pode levar a desconfortos e, eventualmente,
a lesões se não houver uma atenção adequada à postura e à ergonomia”, fala.
Algumas dicas para
evitar o problema é manter os ombros relaxados e abaixados, evitando
tensioná-los enquanto pedala. “Uma postura ereta e alinhada reduz a pressão nos
ombros”, pontua o ortopedista. Já os cotovelos, mantenha-os ligeiramente
dobrados para absorver os impactos e reduzir o estresse nas articulações. Evite
estender os braços completamente”, acrescenta.
Outro ponto de
risco são as quedas. “Uma das lesões mais comuns em quedas de bicicleta é a
fratura da clavícula, que ocorre frequentemente quando o ciclista cai e o ombro
atinge o chão com força. Luxações e contusões nos ombros também são comuns em
acidentes com bicicleta. Nos cotovelos, fraturas, entorses e contusões podem
ocorrer. Essas lesões geralmente são resultado de impactos diretos com o chão
ou a tentativa de amortecer a queda com os braços”, diz o presidente da SBCOC.
Os tratamentos
variam conforme o tipo de lesão, mas, de forma geral, os ciclistas precisam ser
afastados da prática por algum tempo. Seja em caso de dores pelo esforço ao
pilotar a bicicleta, seja em caso de algum acidente, o ideal é procurar
acompanhamento médico de um especialista na área de ombro e cotovelo, para o
diagnóstico e a abordagem terapêutica corretos.
No
trânsito, muita atenção!
No trânsito, os
ciclistas devem manter total atenção a todo o redor, para evitar colisões que
podem trazer consequências mais sérias. “Como os ciclistas são uma das partes
mais vulneráveis no trânsito, é muito importante estar atento para evitar ou
até prever acidentes”, salienta o médico.
Confira algumas
dicas fundamentais:
- Respeite sinais
de trânsito e semáforos, e esteja atento às placas e indicações específicas
para ciclistas.
- Sempre que possível, utilize ciclovias e ciclofaixas. Se não
houver infraestrutura dedicada, ande na mesma direção do tráfego, preferencialmente
no meio da faixa.
- Esteja visível. Use
roupas de cores brilhantes e itens refletivos para aumentar sua visibilidade
para motoristas e outros ciclistas.
- Utilize
sinais manuais para indicar suas intenções de mudança de direção ou parada.
Isso ajuda os motoristas a antecipar suas ações.
- Evite distrações. Não use o celular ou fones de ouvido enquanto pedala, pois isso pode diminuir sua percepção dos riscos ao redor.
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