Ginastica Olímpica Pixabay |
Conheça a espondilolistese, fratura na vértebra que pode atrapalhar no desempenho de atletas
Condição visa ser
mais frequente em pacientes jovens de 18 a 30 anos e em atletas de esportes com
alto impacto na coluna, como ginástica artística ou salto em altura
Com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris se aproximando, a rotina
de treinos para grande parte dos atletas está se intensificando. E nesse
período, é comum que muitos profissionais acabem tendo problemas de saúde
devido a desgastes e fraturas.
Um desses casos é uma condição chamada de espondilolistese, um tipo de
fratura que afeta a coluna. De acordo com o fisioterapeuta responsável pela
rede de clínicas Doutor Hérnia, Prof. Dr. André Pêgas, ela acontece mais
precisamente no pedículo, que é um segmento da coluna responsável por unir as
partes da frente e de trás de cada vértebra.
Diferentemente do que ocorre em uma queda convencional, com a quebra do
osso do braço ou da perna, por exemplo, a espondilolistese não acontece de
forma repentina, mas sim, por desgaste após uma sobrecarga de pequenos traumas.
“Quando esse pedículo acaba sofrendo uma fratura, ele faz com que o corpo da
vértebra fique solto e escorregue para frente, causando as dores e outros
sintomas”, explica.
Juventude em risco
Pêgas conta que os esportes que mais estão
associados ao surgimento dessa condição em atletas incluem os de alto impacto
na coluna, como ginástica artística, corridas com salto em barreiras ou salto
em altura, por exemplo.
Além disso, engana-se quem pensa que é uma condição que afeta apenas os
pacientes com mais idade. “Ela costuma ser mais frequente em pessoas jovens,
com idade entre 18 e 30 anos, especialmente em atletas que estão no limite
máximo de suas condições físicas”, pondera o fisioterapeuta.
E para detectar se um indivíduo está com a espondilolistese, são
necessários exames de radiografia, com um simples raio-X, para identificar se
existe um escorregamento de fratura. A partir disso, é possível classificar a
condição em quatro diferentes graus, sendo o 1 o mais leve até o 4, que é o
mais grave.
Prevenção na musculatura
Em relação ao tratamento da espondilolistese, Pêgas ressalta que a
indicação varia de acordo com o grau do paciente. Nos casos mais leves, com
graus 1 e 2, é possível até mesmo não recorrer a cirurgias.
“Nesses pacientes, o foco está em fortalecer a musculatura para
estabilizar essa vértebra e impedir que ela escorregue mais para frente. Mas é
importante dizer que, ainda assim, isso não fará a vértebra voltar para trás,
apenas evitará que ela escorregue ainda mais”, destaca.
Apenas nos casos de graus 3 e 4 que a cirurgia se faz realmente
necessária. Quanto à prevenção, ela basicamente visa estabilizar a coluna com
fortalecimento muscular e reduzir o que está causando o impacto. “Mas no caso do
atleta, pode ser mais difícil diminuir a própria atividade que gera esse
atrito. Por isso, o foco está em fortalecer a musculatura para evitar a
condição”, conclui.
Prof. Dr. Laudelino Risso - fisioterapeuta (Crefito: 8/81.825-F) e osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid. Possui formação em Medicina Mente e Corpo, pela Faculdade de Medicina de Harvard - Boston – EUA. É especialista em Terapia Manual, com formação em Podoposturologia. Participou do 9º Encontro dos Cuidados da Coluna em Stanford – Califórnia e é professor convidado em diversas pós-graduações no Brasil. É também palestrante internacional e proprietário da Franquia Doutor Hérnia, com mais de 180 unidades no Brasil.
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