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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Espondilolistese

 

Ginastica Olímpica 
Pixabay

Conheça a espondilolistese, fratura na vértebra que pode atrapalhar no desempenho de atletas

 

Condição visa ser mais frequente em pacientes jovens de 18 a 30 anos e em atletas de esportes com alto impacto na coluna, como ginástica artística ou salto em altura 

 

Com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris se aproximando, a rotina de treinos para grande parte dos atletas está se intensificando. E nesse período, é comum que muitos profissionais acabem tendo problemas de saúde devido a desgastes e fraturas.

Um desses casos é uma condição chamada de espondilolistese, um tipo de fratura que afeta a coluna. De acordo com o fisioterapeuta responsável pela rede de clínicas Doutor Hérnia, Prof. Dr. André Pêgas, ela acontece mais precisamente no pedículo, que é um segmento da coluna responsável por unir as partes da frente e de trás de cada vértebra.

Diferentemente do que ocorre em uma queda convencional, com a quebra do osso do braço ou da perna, por exemplo, a espondilolistese não acontece de forma repentina, mas sim, por desgaste após uma sobrecarga de pequenos traumas. “Quando esse pedículo acaba sofrendo uma fratura, ele faz com que o corpo da vértebra fique solto e escorregue para frente, causando as dores e outros sintomas”, explica. 


Juventude em risco

Pêgas conta que os esportes que mais estão associados ao surgimento dessa condição em atletas incluem os de alto impacto na coluna, como ginástica artística, corridas com salto em barreiras ou salto em altura, por exemplo.

Além disso, engana-se quem pensa que é uma condição que afeta apenas os pacientes com mais idade. “Ela costuma ser mais frequente em pessoas jovens, com idade entre 18 e 30 anos, especialmente em atletas que estão no limite máximo de suas condições físicas”, pondera o fisioterapeuta.

E para detectar se um indivíduo está com a espondilolistese, são necessários exames de radiografia, com um simples raio-X, para identificar se existe um escorregamento de fratura. A partir disso, é possível classificar a condição em quatro diferentes graus, sendo o 1 o mais leve até o 4, que é o mais grave.


Prevenção na musculatura

Em relação ao tratamento da espondilolistese, Pêgas ressalta que a indicação varia de acordo com o grau do paciente. Nos casos mais leves, com graus 1 e 2, é possível até mesmo não recorrer a cirurgias.

“Nesses pacientes, o foco está em fortalecer a musculatura para estabilizar essa vértebra e impedir que ela escorregue mais para frente. Mas é importante dizer que, ainda assim, isso não fará a vértebra voltar para trás, apenas evitará que ela escorregue ainda mais”, destaca.

Apenas nos casos de graus 3 e 4 que a cirurgia se faz realmente necessária. Quanto à prevenção, ela basicamente visa estabilizar a coluna com fortalecimento muscular e reduzir o que está causando o impacto. “Mas no caso do atleta, pode ser mais difícil diminuir a própria atividade que gera esse atrito. Por isso, o foco está em fortalecer a musculatura para evitar a condição”, conclui.

 

 

André Pêgas - fisioterapeuta responsável pela rede de clínicas Doutor Hérnia. Possui formação completa em Osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid, além de ser diplomado pela SEFO (Scientific European Federation of Osteopaths). É especialista em Osteopatia pela UCB - Universidade Castelo Branco – RJ, em Fisioterapia Traumato Ortopédica e Desportiva – IBPEX e em Ortopedia Funcional (COFFITO). É também professor da Escuela de Osteopatia de Madrid Internacional para América Latina (Brasil, Chile e Uruguai) e Europa (Portugal, Espanha e Itália). 


Prof. Dr. Laudelino Risso - fisioterapeuta (Crefito: 8/81.825-F) e osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid. Possui formação em Medicina Mente e Corpo, pela Faculdade de Medicina de Harvard - Boston – EUA. É especialista em Terapia Manual, com formação em Podoposturologia. Participou do 9º Encontro dos Cuidados da Coluna em Stanford – Califórnia e é professor convidado em diversas pós-graduações no Brasil. É também palestrante internacional e proprietário da Franquia Doutor Hérnia, com mais de 180 unidades no Brasil.


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