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domingo, 26 de maio de 2024

Maio Amarelo: como identificar e prevenir doenças renais em pets

Reprodução/Nouvet
Condição afeta cães e gatos, sendo mais comum em felinos; veterinária ressalta a importância do check-up e do diagnóstico precoce

 

No calendário veterinário, o mês de maio é marcado pela campanha de conscientização sobre doenças renais em pets. A enfermidade pode ser aguda ou crônica, sendo esta última a mais comum, que afeta entre 0,5% e 1% dos cachorros e de 1% a 3% dos gatos, de acordo com a Sociedade Internacional de Interesse Renal.  


O rim é um dos principais responsáveis por manter o organismo funcionando — entre outras funções, ele evita a desidratação e o acúmulo no sangue de compostos que devem ser eliminados na urina —, crucial para a vida saudável do pet. 


“Saber identificar as causas e sintomas das doenças renais, pode ajudar a prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença. Uma das formas de prevenção, além do indispensável check-up, é deixar acessível potes com água limpa — e trocar essa água com frequência —, oferecer ração de qualidade e incentivar exercícios físicos. Para os felinos, podemos incentivar brincadeiras que simulam caça, verticalização do ambiente e para aqueles que estão adaptados, um passeio vai super bem também” comenta Melyssa Shimamoto, Médica Veterinária do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.

 

A especialista explica que o avanço da idade, comorbidades pré-existentes, dieta desbalanceada e ingestão de substâncias nefrotóxicas - como uvas, chocolates, alho, cebola e outros, são um dos fatores de risco da DRC. Outras condições que também podem desencadear problemas nos rins são doenças cardíacas, doença periodontal, hipertireoidismo, diabetes e patógenos infecciosos, como a leishmaniose e a leptospirose.

 

Portanto, que sinais precisam ser observados? A veterinária do Nouvet pontua que todos os sintomas devem ser levados em consideração, desde os sutis até os mais graves. É preciso redobrar a atenção se o pet estiver ingerindo água em excesso e apresentar vômitos, diarreia, falta de apetite, perda de peso ou apatia. Nesses casos, é preciso encaminhá-lo para um médico veterinário realizar o diagnóstico correto por meio da coleta de exames de urina, sangue e, se necessário, de imagem. 

 

Outros sintomas também são os da desidratação: dificuldade para urinar, anemia, úlceras e feridas na boca, pelos ressecados, dor abdominal, entre outros. Ainda que não tenha cura, o pet pode ter seus sintomas da doença aliviados por meio de tratamento com medicamentos, soro e dieta específica.

 

Uma atenção especial deve ser voltada para os gatos, que têm maior incidência da patologia, principalmente devido a baixa ingestão hídrica. Por serem muito habilidosos em esconder sinais clínicos de desconforto, somado ao receio do tutor em levar o pet ao veterinário devido a um potencial estresse, muitas vezes o diagnóstico da doença é tardio.

 

“No caso dos felinos, uma forma de incentivar mais o consumo de líquidos é deixando potes de água à disposição em vários cantos da casa e utilizar bebedouros com modelos de fonte/cascatas. Colocar cubos de gelo nos recipientes para chamar atenção do pet também pode funcionar, além de oferecer sachês de ração úmida. Essas atitudes devem ser tomadas em especial durante os dias com temperaturas mais quentes e tempo mais seco”, complementa a veterinária.

 

Nouvet


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