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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Álcool e medicações, farmacêutico revela o que acontece quando há mistura

Segundo dados deste ano da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool é de 6,4 litros por pessoa. O Brasil apresenta um número acima da média internacional, com consumo de 8 litros por pessoa a cada ano. Ainda segundo estimativas, a época de final de ano e comemorações podem elevar essa média de consumo. O alerta do farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista é referente a interação das bebidas alcoólicas com variados tipos de medicamentos. 

"Álcool e medicamentos são metabolizados, biotransformados no fígado, e utilizam as mesmas enzimas nessa metabolização. Por isso, além de sobrecarregar e debilitar o órgão, o efeito da medicação é reduzido ou até anulado. O mesmo ainda acontece com a eliminação pela urina, em bebidas como a cerveja, por exemplo, que têm efeito diurético e pode acelerar a excreção de substâncias que deveriam permanecer mais tempo no organismo para surtir o efeito desejado", fala o farmacêutico. 

Jamar alerta ainda que a ingestão de álcool em excesso, combinada com alguns medicamentos, pode colocar a saúde em risco. "As intervenções negativas variam entre as medicações, mas em geral aumentam os efeitos colaterais que podem causar sonolência, tonturas, náuseas, vômitos, dor de cabeça, redução da coordenação motora, aumento do risco de danos hepáticos, da pressão arterial e do ritmo cardíaco, além de diminuir a adesão ao tratamento prescrito, o que pode resultar na diminuição da eficácia do medicamento", explica o especialista. 

E se engana que pensa que só as medicações controladas ou as consideradas 'mais fortes' por algumas pessoas, passam pelas intervenções. "Até os remédios mais comumente ingeridos também tem seu efeito à prova quando são consumidos junto com bebida alcoólica", fala Jamar que deixa a lista para atenção.
 

Álcool + paracetamol: Pode aumentar o risco de hepatite medicamentosa e causar grave inflamação no fígado;

Álcool + dipirona: Pode potencializar o efeito da bebida alcoólica;

Álcool + ácido acetilsalicílico: Eleva o risco de sangramentos no estômago já que irrita a mucosa estomacal;

Alcool + antibióticos: Pode causar dor de cabeça, náusea, palpitação, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte.

Álcool + anti-inflamatórios: Aumenta risco de úlcera gástrica e sangramentos;

Álcool e antidepressivos: Pode aumentar a sedação e ter a eficácia da medicação diminuída;

Álcool + calmantes (ansiolíticos): Aumenta o efeito sedativo, o risco de coma e insuficiência respiratória;

Álcool + inibidores de apetite: Pode levar à tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão mental;

Álcool e insulina: Pode gerar hipoglicemia e inibir o metabolismo do etanol no organismo;

Álcool e anticonvulsivantes: Risco de intoxicação e diminuição da eficácia contra as crises de epilepsia.
 

"Ler atentamente a bula e seguir as orientações médicas e farmacêuticas antes de misturar bebida alcoólica é o que vai garantir a eficácia e a segurança do medicamento e da saúde, de modo geral", finaliza Tejard. 



Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008.


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