Sentimentos de culpa, ansiedade e pressão social são os principais fatores para o esgotamento mental
Alguns casais podem demorar um maior tempo para
engravidar do que outros, é comum que isso aconteça. O casal também pode ser
infértil, o que não é um problema, já que por meio da medicina reprodutiva e as
técnicas de reprodução assistida, o casal ou indivíduo infértil consegue
realizar o sonho de ter um bebê. Mas por outro lado, o psicológico do casal
pode ficar desgastado por conta da demora ou até mesmo por sentimento de culpa,
ocasionado pela infertilidade.
A medicina reprodutiva é a maior aliada de casais
inférteis que têm o sonho de engravidar. “A FIV - Fertilização in vitro e a IIU
- Inseminação intrauterina oferecem a esses indivíduos a chance de engravidar,
porém muitos pensam que é um processo rápido e certeiro, quando é preciso ter
paciência, pois o resultado pode não ser imediato”, comentou o Dr. Renato
Fraietta, especialista em Reprodução Humana na CPMR - Clínica Paulista de
Medicina Reprodutiva e coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da
Unifesp.
Quando o resultado não vem de forma imediata, quem
está passando pelo processo pode ter o seu bem-estar emocional afetado por
diversos fatores, como ansiedade, raiva, culpa e a pressão social de ter um
filho. É comum que não seja imediato, por exemplo, na FIV o sucesso do
procedimento depende muito da qualidade do embrião, da idade da mulher e da
causa da infertilidade, variando de 30% até 60% por ciclo. Já na IIU a taxa de
gravidez fica entre 20% e 25% por tentativa. Apenas o médico pode decidir o
procedimento mais útil para cada caso.
Para Fraietta, cuidar da saúde mental é importante
para que ela não tenha impacto direto na gravidez. “Se estressar durante a
gravidez é totalmente normal, mas até um certo ponto. Quando esse estresse
deixa de ser simples e se transforma em ansiedade, pode gerar problemas no
sistema imunológico, alterações hormonais e até mesmo complicações na pressão
arterial, todos esses fatores podem acometer a evolução da criança e o
progresso saudável da gravidez”, alertou.
O acompanhamento psicológico durante a reprodução
assistida é de extrema importância, principalmente para casais e indivíduos inférteis.
Os profissionais dessa área fornecem terapia, para que, quem está passando por
esse processo não desista, além de entender os motivos que estão levando ao
estresse e ansiedade, fazendo com que a gravidez apenas se complique.
“Durante as consultas damos todo o suporte
necessário, além de trabalhar de uma forma que os casais e indivíduos possam
entender os pontos emocionais que estão prejudicando a sua saúde mental, como
ansiedade, estresse, culpa e baixa autoestima. Dessa forma, podemos traçar alguns
métodos para superar e lidar com essas questões”, explicou a especialista em
psicologia clínica da CPMR, Aline Borges de Araújo.
CPMR
https://www.cpmr.com.br/
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