Anticoncepcionais
masculinos estão em fase final de teste
De acordo com a mais recente pesquisa realizada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 67% das
mulheres brasileiras entre 15 e 49 anos usam regularmente algum tipo de método
contraceptivo. A pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da
Mulher, aponta os três métodos mais usados: pílula anticoncepcional (22,1%),
esterilização feminina (21,8%) e o preservativo masculino (12,9%).
Mas como escolher a melhor opção de método
anticoncepcional? Segundo a ginecologista, obstetra e professora de Medicina da Universidade Positivo (UP), Natália Piovani Banzato, a primeira etapa é marcar uma consulta com um
ginecologista para compreender o atual momento de vida. “O anticoncepcional não
é uma receita de bolo, não é o que a sua vizinha está usando, não é o que a sua
prima está usando e não é o que a sua amiga indicou. Para nós, médicos,
prescrever um anticoncepcional envolve compreender a história da paciente,
incluindo o histórico familiar, eventuais problemas de saúde, como trombose,
pressão alta, diabetes, peso, prática de atividade física e rotina. É
importante que as pessoas entendam que os anticoncepcionais são remédios e
podem acarretar efeitos colaterais”, alerta.
- Contraceptivo
injetável - a
injeção anticoncepcional é um método contraceptivo que contém
progesterona, estrogênio ou uma combinação de ambos na formulação.
Geralmente, é administrado uma vez por mês ou a cada três meses,
dependendo do tipo de contraceptivo injetável, e é aplicada na região
glútea. É altamente eficaz na prevenção da gravidez. Porém antes de fazer
o uso, deve-se procurar um ginecologista. Por ser um método hormonal, há
algumas contraindicações que incluem por exemplo, pacientes com trombose
prévia, trombofilia, problemas vasculares, doenças cardíacas, hipertensão
ou doenças no fígado.
- DIU de cobre - é um método de longa duração que oferece comodidade, pois a paciente não precisa se preocupar em tomar medicamentos via oral ou por injeção. Embora não seja hormonal, é altamente eficaz, porém o ciclo menstrual e o padrão de sangramento podem aumentar muito. A inserção desse contraceptivo requer um profissional de saúde.
- DIU
hormonal -
existem duas opções de DIU hormonal: o Mirena e o Kyleena. Geralmente, as
pacientes se adaptam bem a esses dispositivos, e algumas relatam melhora
na qualidade da pele nos primeiros seis meses. Podem também apresentar um
padrão de sangramento irregular, mas em pequena quantidade, e não
hemorragia. Como o DIU de cobre, é um método de longa duração e exige
inserção por um profissional de saúde.
- Implante
subcutâneo - o
Implanon, conhecido como “chip anticoncepcional”, é o único produto dessa
categoria aprovado no Brasil. É um método de alta eficácia e reconhecido
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É um contraceptivo
de ação prolongada, que libera continuamente hormônios, inibindo a
ovulação e a passagem dos espermatozoides. “Ele tem validade de três anos
e é reconhecido pela baixa taxa de falha e efeitos colaterais mínimos.
Hoje é um dos métodos mais indicados pelos ginecologistas, com poucos
sintomas colaterais, retenção de líquido, leve aumento da oleosidade da
pele, dores leves na cabeça, abdômen e seios. O contraceptivo não é
indicado para pessoas que sofram de trombose e pacientes com câncer de
mama, por exemplo”.
- Pílulas
anticoncepcionais - uma das opções mais populares em todo o
mundo, as pílulas são compostas pelos hormônios progesterona e estrogênio,
devendo ser tomadas diariamente, sem falhas. Além de prevenir a gravidez,
algumas pílulas também podem melhorar a acne, a queda de cabelo, a
oleosidade e o controle do sangramento e das cólicas menstruais. Se tomada
corretamente, a pílula é extremamente eficaz em inibir a ovulação. “Por
outro lado, os anticoncepcionais orais podem provocar diversos efeitos
colaterais, principalmente aqueles com doses mais altas de estrogênio,
como o risco de trombose e complicações cardiovasculares”, lembra a
médica.
- Pílula
do dia seguinte - é um método utilizado para evitar a gravidez indesejada,
conhecida como contraceptivo de emergência e deve ser tomada como última
opção. A indicação é tomar a pílula logo após a relação sexual sem uso de
preservativo ou outro método contraceptivo, sendo que também não substitui
a pílula anticoncepcional. O comprimido não deve ser ministrado sempre,
pois diminui a eficácia, com o tempo. Como qualquer outro método, a pílula
do dia seguinte pode ter alguns efeitos colaterais, como alterações no
ciclo menstrual, diarreia, náuseas, cansaço e dor de cabeça.
- Anel
vaginal - quando
utilizado de maneira correta, o contraceptivo tem quase 99% de eficácia. O
anel deve ser colocado no primeiro dia da menstruação e retirado ao final
de três semanas, com pausa de sete dias para uma nova aplicação. Esse
método pode provocar ganho de peso, dor de cabeça e, se não estiver bem
colocado, pode sair durante a relação sexual. O anel também diminui o
fluxo menstrual e até mesmo cólicas. Vale lembrar que não é indicado para
mulheres com risco de trombose.
A especialista lembra que os anticoncepcionais
masculinos estão em fase final de teste, o que permite também ao homem escolher
o método contraceptivo e dividir a responsabilidade da prevenção com a
parceira. “O homem fica muito restrito à vasectomia e ao uso dos métodos de barreira,
que é o preservativo. Importante ressaltar que a camisinha tem falha, mas é o
único método que previne contra doenças sexualmente transmissíveis”, explica.
Universidade Positivo
up.edu.br/
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