A
projeção é que as mortes pela doença atinjam quase 5 milhões de pessoas até
2030.
O dia 29 de
outubro marca o Dia Mundial do AVC - Acidente Vascular Cerebral. A data serve
para alertar e orientar a população sobre a doença. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, o AVC foi a maior causa de
mortalidade em 2022. Atualmente, estudos apontam que a projeção é que mortes por
acidente vascular cerebral atinjam quase 5 milhões de pessoas até 2030.
Esse dado foi obtido por uma pesquisa publicada pela revista médica da Academia
Americana de Neurologia (AAN).
A neurocirurgiã Danielle de
Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), explica
o AVC acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é
interrompido ou drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de
nutrientes. “Ou, então, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma
hemorragia cerebral. Além do sexo, os principais fatores de risco são
hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo,
uso excessivo de álcool, idade avançada, sedentarismo, uso de drogas ilícitas e
histórico familiar”.
Danielle conta que
o AVC isquêmico é o mais comum e ocorre quando uma artéria é obstruída devido a
uma trombose ou a uma embolia. Já o AVC hemorrágico é o rompimento de um vaso
cerebral, o que causa uma hemorragia. “Apesar da menor incidência, esse tipo é
mais letal”.
Como
diminuir o risco de AVC?
“Muitos casos
podem ser prevenidos através de mudanças no estilo de vida e atenção à saúde.
Seguir uma dieta balanceada, com refeições mais saudáveis é um dos primeiros
passos para evitar o AVC. A prática contínua de exercícios físicos também faz
parte para promover uma vida mais saudável. A atividade física além de reduzir
os riscos de AVC, atua na prevenção de outros problemas de saúde, como diabetes
e ansiedade”, explica.
Quando
procurar ajuda?
A neurocirurgiã
alerta que no caso de sintomas é de extrema importância que o socorro seja
chamado o quanto antes. Dor de cabeça forte e repentina, sem causa aparente,
fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do
corpo, confusão mental, alteração da fala, na visão ou no equilíbrio, podem ser
indicativos de que a pessoa está sofrendo um AVC.
A doença é diagnosticada por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada. Esses exames identificam a área do cérebro afetada e o tipo de derrame cerebral.
Danielle de Lara - Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de “MinimallyInvasiveSkull Base Surgery” em “The Ohio StateUniversity MedicalCenter”, Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.
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