O objetivo é
progredir no treino e dar um upgrade na performance, mas sem a ajuda de um
profissional especializado a jornada será repleta de percalços e frustrações Freepik
Assim como em todo esporte a meta comum para todos os
praticantes é evoluir e mudar de patamar na modalidade escolhida. A necessidade
de superação é algo constante e é uma forma de se manter motivado. A grande
recompensa por toda dedicação é finalizar a prova escolhida de maneira
satisfatória e dentro do esperado, é algo prazeroso e proporciona a sensação de
missão cumprida.
Completar uma corrida e não importa a quilometragem
exige aptidão aeróbia, bom estado de saúde cardiovascular, ortopédico e muita
determinação. “Esses são os elementos fundamentais para melhorar o desempenho e
evitar lesões que podem atrapalhar a frequência e a regularidade durante o
processo de treinamento. Uma dica importante é realizar uma avaliação física e
clínica antes de iniciar o programa de treinamento”, orienta Douglas Popp, coordenador
e professor do curso de Personal Trainer na pós-graduação da Faculdade
UNIGUAÇU.
A preparação para melhorar o desempenho de corrida
deve ser considerada um processo e não um único programa de treino. Essa etapa
é estruturada em quatro tipos de treinamentos: 1) resistência; 2) técnica de
corrida; 3) core e mobilidade e 4) força.
Existem muitos métodos e protocolos para treinar a
resistência para corrida. “Em geral, os treinos podem ser divididos em
contínuos e intervalados. A escolha dentre as diferentes opções deve ser
personalizada, considerando as necessidades, o estado de saúde, o nível de
condicionamento físico e as experiências anteriores de cada pessoa”, pontua
Popp.
Um detalhe importante é a definição da intensidade,
ou seja, o ritmo de corrida. Cada sessão de treino deve ser construída em
determinada zona de intensidade para garantir as adaptações desejadas, bem
como, a progressão controlada do treinamento. Outro ponto, é que a intensidade
adequada permite completar a distância ou o tempo de corrida planejada, o que é
fundamental para a melhora do condicionamento físico e do desempenho.
Nos treinos de musculação é importante enfatizar a
força muscular e a resistência dos músculos do core (que
atuam como estabilizadores da coluna e do quadril). O objetivo da atividade é
prevenir lesões musculares, fortalecer os tendões, melhorar a estabilidade das
articulações e a economia de movimento. “Nesse caso, melhorar a economia de
movimento significa facilitar a contração muscular poupando energia durante a
corrida. Para isso, podemos incluir treinos de musculação duas vezes por
semana, escolhendo exercícios básicos para pernas e braços e utilizando um
baixo número de repetições para melhorar a força”, observa Popp.
Os treinos de técnica de corrida e de mobilidade
articular buscam facilitar a mecânica da corrida e melhorar a postura. Uma
melhor postura e gesto técnico ajudam a poupar energia, reduzir a fadiga e
minimizar o desconforto durante as provas.
Para não cair em ciladas ou se autossabotar, o
profissional de Educação Física destaca os 10 erros mais comuns de corredores
que buscam melhorar o desempenho de corrida sem ajuda profissional:
- Não realizar avaliação
física e clínica de pré-participação.
- Acreditar que treinos
exaustivos são mais eficientes.
- Percorrer nas sessões de
treinos a mesma distância da prova.
- Não realizar treinos de
musculação e resistência do core.
- Não variar o volume (distância
total percorrida) entre as sessões de treinamento.
- Não gerenciar a recuperação
entre os treinos.
- Não planejar e controlar a
intensidade das atividades.
- Desprezar a influência do
aquecimento adequado para o desempenho na corrida.
- Realizar progressões de
volume precocemente ou de forma repentina.
- Não se preocupar com a
alimentação e hidratação antes e após os treinos.
E aí, qual erro você está cometendo? Corre que
ainda dá tempo de ajustar o treino e melhorar a performance.
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