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A educação inclusiva no Brasil tem como objetivo
acolher todas as crianças, independentemente de suas condições e necessidades.
Embora ainda seja um grande desafio para a maioria das escolas, é possível
criar um espaço de acolhimento a partir de muito trabalho em equipe, amor e
conhecimento para ajudar as crianças a desenvolverem todo o seu potencial.
O tema foi destaque do webinar “Compreendendo a Inclusão
Escolar”, realizado pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas, na
quinta-feira, 27, no YouTube. Durante a abertura do encontro, Custódio Pereira,
presidente do FONIF, reforçou o compromisso do fórum em oferecer conteúdos para
ajudar gestores e educadores a aperfeiçoar práticas que possam garantir que
crianças e jovens tenham acesso a uma educação de excelência. Sonia Colombo,
CEO da HUMUS Educação e presidente do Instituto ELA Educadoras do Brasil,
mediou o debate.
Esforço colaborativo de especialistas em vários campos
Amábile Aparecida Pacios, professora, gestora,
autora de livros didáticos, empresária, palestrante e conselheira do Conselho
Nacional de Educação, iniciou a conversa reforçando a importância da escola
oferecer condições para que as crianças com necessidades inclusivas tenham uma
vida autônoma e participem plenamente da sociedade. Mas reforçou que ainda
existem muitos desafios nessa jornada. “Existe, por exemplo, uma grande
dificuldade em determinar os limites do que as escolas podem ou não fazer em
termos de atender às exigências dos especialistas que acompanham os alunos, e a
importância de entender essa questão”, explicou.
Amábile compartilhou ainda que, dentro do Conselho
Nacional de Educação, uma comissão de inclusão foi formada para atender às
diferentes necessidades dos indivíduos com autismo, dislexia e outras
síndromes, com mais de 80 instituições especializadas trabalhando juntas para
encontrar soluções comuns.
Importância da intervenção
precoce no desenvolvimento infantil
Patrícia Manzolini, pedagoga e especialista em
neurociência do desenvolvimento infantil, defendeu que os primeiros anos de
vida oferecem uma janela crítica para que a criança adquira habilidades e
capacidades essenciais, estabelecendo a base para seu crescimento e potencial
futuros.
“Os professores e os pais precisam estar cientes de
certos sinais de desenvolvimento das crianças e intervir precocemente para
garantir o diagnóstico e o apoio adequados”, reforçou Patrícia.
A especialista destacou ainda que os professores
devem aprender mais sobre desenvolvimento infantil e questões sensoriais para
se sentirem mais confortáveis com a inclusão, além de apoiar efetivamente os
alunos e famílias em cada estágio.
A prática na escola
Para Ivani Spelling, mantenedora e diretora
pedagógica do colégio Asther, em Campinas, a educação inclusiva deve promover o
respeito a todos os alunos, desde a mais tenra idade. “É um trabalho que exige
a colaboração de toda a comunidade escolar, incluindo professores, funcionários
e famílias, para oferecer atenção e assistência especiais aos alunos que
precisam”.
Outro ponto importante, segundo Ivani, é usar o
conhecimento científico e a empatia para se comunicar de forma eficaz e criar
um ambiente acolhedor dentro das escolas.“É importante envolver a família no
processo de inclusão e fazer com que se sintam bem-vindos e apoiados”, destaca
a educadora.
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