Cardiologista
aponta caminhos para combater o colesterol
Dia Nacional de Combate ao Colesterol, em 8 de agosto, alerta para
a necessidade de adotar um estilo de vida mais saudável
Como anda o seu colesterol? Para viver com saúde,
esse é um ponto que merece sua atenção. Presente em todas as partes do corpo, o
colesterol é responsável pela produção de várias substâncias, a exemplo dos
sais biliares (encarregados da digestão dos alimentos), da vitamina D
(importante para absorção do cálcio), e de alguns hormônios denominados
esteroides, que influenciam no controle metabólico e nas características
sexuais dos indivíduos.
Existem dois tipos de colesterol: o ruim (LDL), que
promove a formação de placas de gordura nas artérias, e o bom (HDL), que age de
maneira oposta e ajuda a carregar a gordura para fora dos vasos. “O perigo mora
no excesso do colesterol ruim, pois a formação de placas de gorduras nas
paredes das artérias diminui o fluxo sanguíneo e pode obstruir a passagem do
sangue, provocando doenças cardiovasculares e aumento dos riscos de infarto,
AVC, entre outros males”, explica a Dra. Paola Smanio, cardiologista Fleury Medicina
e Saúde.
Inimigo silencioso
A hipercolesterolemia é uma condição que se
caracteriza pela presença de taxas elevadas de colesterol no sangue, acima dos
200 mg/decilitro. Esse quadro afeta um quinto da população brasileira,
especialmente as pessoas com mais de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de
Cardiologia.
“O colesterol elevado não provoca sintomas, nem
mesmo quando começa a formar placas de gordura nas artérias. A condição avança
em silêncio e, sem controle, pode ter como a primeira manifestação um infarto
do miocárdio ou até mesmo um acidente vascular cerebral”, destaca a
cardiologista.
Em geral, a hipercolesterolemia é resultante de uma
predisposição genética associada a uma vida sedentária e alimentação pouco
saudável, com a ingestão farta e frequente de gordura animal e trans -
presentes em margarinas, biscoitos, salgadinhos, fast-food e diversos outros
produtos industrializados. No entanto, algumas doenças também causam níveis
elevados de colesterol, como hipotiroidismo, insuficiência renal e problemas no
fígado.
Diagnóstico
O diagnóstico depende da dosagem sanguínea de
colesterol total e de suas frações, ou seja, das lipoproteínas de alta e baixa
densidade (HDL e LDL) e dos triglicérides - outro tipo de gordura presente na
circulação, que contribui para aumento do risco cardiovascular.
A interpretação médica dos resultados é
fundamental, mesmo para as pessoas que têm resultados dentro do esperado. Isso
porque a composição do colesterol total precisa ser avaliada. Um valor normal
composto principalmente do colesterol ruim, por exemplo, pode representar um
sinal de alerta para uma futura hipercolesterolemia.
Acompanhamento periódico
Segundo a Dra. Paola, o acompanhamento periódico
dos níveis de colesterol é recomendado a partir dos 20 anos, devendo ser feito
mais cedo quando o risco genético de males cardiovasculares for maior – por
exemplo, quando um dos pais teve ataque cardíaco antes dos 40 anos.
Caso os resultados estejam normais e não evoluam
para algum quadro clínico sugestivo, o médico que acompanha o paciente pode
indicar a periodicidade adequada.
Dicas para controlar o
colesterol
- Antes
de comprar um alimento, leia o rótulo e evite aqueles com gorduras
saturadas (descritas às vezes como gordura vegetal hidrogenada ou gordura
trans)
- Para
o consumo de leite e derivados, opte pelos desnatados ou light
- Fracione
a alimentação ao longo do dia: consuma em porções menores em um número
maior de refeições.
- Reduza
o consumo de carnes gordas: prefira os pescados e outras carnes brancas
(grelhadas e sem pele)
- Aumente
o consumo de fibras: verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas
(feijão, por exemplo) e alimentos como farelo de aveia são indicados
- Inclua
oleaginosas (nozes e amêndoas, por exemplo) como parte do padrão alimentar
- Evite
açúcar e frituras
- Reduza
a ingestão de bebidas alcoólicas
- Evite
os queijos amarelos e dê preferência aos queijos magros, como cottage e
ricota
- Pratique
atividade física regularmente ou incorpore algum exercício à sua rotina:
caminhar, trocar o elevador pela escada e descer do ônibus dois pontos
antes da parada de destino são formas simples de evitar o sedentarismo
- Evite
o tabagismo
- Faça
exames com regularidade e consulte o médico especialista
Nenhum comentário:
Postar um comentário