As
armadilhas fotográficas também já registraram a espécie com filhotes na reserva
A onça-parda (Puma-concolor)
foi avistada prenhe pela segunda vez no Parque das Neblinas, reserva ambiental
da Suzano gerida
pelo Instituto Ecofuturo.
Com as imagens coletadas por câmeras-trap – armadilhas fotográficas
monitoradas e manuseadas por guarda-parques – é possível ver o animal andando
com tranquilidade pela floresta com a barriga salientada.
Com uma área de 7
mil hectares de Mata Atlântica em diferentes estágios de regeneração, o Parque
é espaço para a presença constante das onças-pardas. O equipamento também já
registrou a espécie anteriormente em diversas situações: acompanhada por dois
filhotes, marcando território, vocalizando e até em interação com morcegos.
Consideradas essenciais para a vivência da espécie, as Unidades de Conservação
desempenham um papel importante na conservação do habitat e ecossistemas,
protegendo a biodiversidade e oferecendo as condições necessárias para sua
reprodução.
A gestação da
suçuarana, como também é conhecida, ocorre a cada dois anos e tem uma duração
que varia entre 80 e 100 dias, além disso pode gerar até seis filhotes, embora
o mais comum sejam apenas dois. O mamífero, que é o segundo maior felino das
Américas, é classificado como Vulnerável (VU) e, apesar de estar presente em
todos os biomas, sua população encontra-se bastante reduzida: na Mata
Atlântica, estima-se que haja apenas 1 mil indivíduos, segundo dados do ICMBio.
As principais ameaças são a caça ilegal, a destruição de habitat e a ocupação
humana desordenada.
“A onça-parda
precisa de um amplo território para habitar, por isso, essa diversidade de
registros é um indicativo de que a espécie encontra no Parque um ambiente
adequado para sua circulação e reprodução. Proteger a biodiversidade e
contribuir para sua conservação é um dos objetivos do Ecofuturo, que atua em
parceria com a Suzano e com universidades para fortalecer o monitoramento e a
identificação de espécies na reserva, e apoiar o desenvolvimento de pesquisas”,
afirma Paulo Groke, diretor do Instituto.
"Encontrar
indivíduos que demonstrem que os processos reprodutivos estão funcionando na
localidade, especialmente para predadores de topo de cadeia trófica, reforça a
indicação de que o habitat supre com recursos fundamentais alguns indivíduos da
espécie, que é bastante exigente em área para sobreviver. O Parque das Neblinas
tem cumprido seu papel de minimizar os impactos antrópicos, compor de forma
relevante um dos maiores maciços de Mata Atlântica remanescente. Parabéns pelo
trabalho, que salienta o potencial de conciliação do uso público cauteloso com
a conservação da biodiversidade" declara Rodrigo Nobre, Mastozoólogo
Especialista em Médios e Grandes Mamíferos Silvestres que confirmou a prenhez
do felino.
O registro foi
possível a partir da gestão de câmeras implantadas na reserva, um importante
recurso para o registro e monitoramento da biodiversidade no Parque e, também,
para contribuir com ações de fiscalização e conservação da área. Outros animais
também já foram flagrados no local, como o gambá-de-orelha-preta, o
gato-mourisco e a anta. A instalação e manuseio dos equipamentos são feitos
pela equipe de guarda-parques do Ecofuturo.
Sobre
o Instituto Ecofuturo
Organização sem
fins lucrativos, fundada em 1999 e mantida pela Suzano, o Instituto Ecofuturo
contribui para transformar a sociedade por meio da conservação ambiental e
promoção do conhecimento. Entre as principais iniciativas está a gestão do
Parque das Neblinas, onde são desenvolvidas atividades de educação ambiental,
pesquisa científica, ecoturismo, manejo e restauração florestal, e participação
comunitária. Conheça mais sobre o Ecofuturo em ecofuturo.org.br, e
acompanhe em facebook.com/InstitutoEcofuturo,
youtube.com/institutoecofuturo
e instagram.com/ecofuturo.
Sobre
o Parque das Neblinas
Reconhecido pelo Programa Homem e
Biosfera da UNESCO como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica, o Parque das Neblinas é uma reserva ambiental da Suzano, gerida pelo
Ecofuturo, com 7 mil hectares. No local, são desenvolvidas atividades de
ecoturismo, pesquisa científica, educação ambiental, manejo e restauração
florestal e participação comunitária
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