Em evidência na
mídia, estes pequenos ectoparasitas podem ser responsáveis por importantes
doenças nos pets, mas sua prevenção não é difícilFoto por meepoohyaphoto em freepik
Os recentes casos de Febre Maculosa têm aumentado a
preocupação da população quanto a presença de carrapatos nos locais de seu
convívio e, principalmente, nos Pets. Carrapatos são ectoparasitas que se
alimentam do sangue de animais e seres humanos, considerados uns dos principais
vetores de doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários.
“Transmissores de algumas doenças, estes bichinhos
são indesejáveis para quase todas as espécies. Cães e gatos também são
suscetíveis à febre maculosa, mas neles a manifestação da doença é muito
branda. A Babesiose e a Erliquiose são mais comumente transmitidas pelos
carrapatos para os pets e têm manifestações clínicas mais importantes, podendo
trazer graves consequências para o animal”, conta Nathalia Fleming, médica-veterinária
gerente de produtos da linha Pets da Ceva Saúde Animal.
A Babesiose é um problema muito comum, causada
pelos protozoários do gênero Babesia sp. que são transmitidos aos
pets pela picada do carrapato. Estes protozoários se instalam nas hemácias dos
animais, multiplicando-se dentro dela e causando sua ruptura, o que pode
desencadear quadros de anemia recorrente, problemas no fígado e nos rins. Os
cães são os mais afetados, mas casos de Babesia em gatos domésticos têm sido
comuns.
A Erliquiose, por sua vez, é uma doença bem temida
pelos tutores. Causada por bactérias do gênero Ehrlichia sp., a
erliquiose é conhecida por afetar as células sanguíneas de defesa do organismo,
desenvolvendo uma doença multissistêmica complexa, que pode afetar a produção
de plaquetas e comprometer diversos órgãos do animal.
“O tratamento da Erliquiose é complexo e demorado.
Se a doença chega em seu estágio crônico, pode ocorrer supressão da medula
óssea, afetando gravemente a produção de células de defesa do organismo, das plaquetas
que são responsáveis por conter sangramentos e também das hemácias, células
vermelhas do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para os órgãos e
tecidos”, Nathalia alerta.
O que fazer se eu encontrar
carrapatos no meu pet?
Antes de tudo é importante ressaltar que os
carrapatos não são exclusividade de locais afastados, com muito mato e grandes
animais (cavalos e bovinos). Estes ectoparasitas podem ser encontrados
facilmente nas praças dos centros das cidades, parques e até mesmo nos jardins
residenciais e quintais, especialmente aqueles com grama alta e muros com
frestas.
Por isso, é importante inspecionar o pet com
frequência para ver se não existe nenhum carrapato instalado em suas orelhas,
na base da causa, entre os dedos e nas axilas e virilha – são as áreas mais
quentinhas e abrigadas da luz, preferidas por este parasita. “Se possível, é
recomendado que o tutor faça essa inspeção no pet a cada passeio ou uma vez ao
dia. Quando o animal fica no quintal, dar uma olhada atenta no animal e em sua
casinha pelo menos duas vezes por semana pode ajudar a detectar a presença do
carrapato. A inspeção também deve ser feita nos gatos, mesmo que eles não
tenham acesso à rua”, aconselha a médica-veterinária.
Se você encontrou um carrapato no seu peludo, o
mais recomendado é buscar auxílio de um médico-veterinário de confiança para
que o parasita seja retirado de forma segura. Isso porque, arrancar o carrapato
com a mão ou com uma pinça comum pode provocar o desprendimento da peça bucal
do carrapato, que permanece presa na pele do pet e pode servir como fonte de
infecção para outras doenças.
“Outro motivo pelo qual é importante entrar em
contato com o veterinário é que o profissional vai poder identificar qual é a
espécie do carrapato e quais doenças ele pode transmitir ao pet, além de
solicitar algum exame específico caso o pet tenha algum sintoma que pode estar
relacionado com a infestação de carrapatos”, Nathalia reforça.
Após a retirada dos carrapatos é importante ficar
atento: se mais carrapatos aparecerem no pet é necessário verificar com mais
cuidado o seu quintal e áreas que o pet frequenta, já que estes bichinhos
inconvenientes passam a maior parte do tempo no ambiente. Higienizar bem o
ambiente é fundamental para eliminar os ectoparasitas.
Nathalia também alerta para a importância de deixar
anotado na carteira de vacinação ou em alguma documentação do animal a data em
que foi percebida a presença destes parasitas no pet, visto que alguns sintomas
relacionados às doenças que podem ser transmitidas pelos carrapatos podem se
desenvolver após algum tempo. Ter esta informação registrada ajuda o
médico-veterinário a guiar melhor o seu diagnóstico ou mesmo descartar a
possibilidade de doenças do carrapato em alguma intervenção futura. O mesmo
deve acontecer caso os humanos encontrem algum carrapato em si, esta informação
é valiosíssima para uma conduta médica mais adequada e melhor direcionada.
É possível prevenir?
Apesar dos problemões que eles trazem, os
carrapatos são fáceis de serem evitados nos pets. Manter uma boa higiene do
animal e do ambiente, e fazer uso regular dos antiparasitários recomendados
pelo veterinário, sempre respeitado o período certo, são as formas mais simples
de evitar estes ectoparasitas.
“Existem diversas soluções no mercado que auxiliam
os peludos a ficarem livres destas complicações. Os produtos pour-on a
base de Fipronil, também conhecidos como pipetas como o Fiprolex®,
são os mais comuns podem ser aplicados com segurança em cães e gatos, indo de
acordo com a indicação de espécie, idade e de quilos do animal. Utilizando
estes produtos de acordo com a regularidade sugerida pelo fabricante, as
chances de o pet ser infestado por carrapatos cai drasticamente, garantindo uma
maior saúde para o peludo”, finaliza.
Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br
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