Outra vantagem é que o paciente tem mais tempo para se recuperar e se preparar para o verão
Embora as varizes e vasinhos possam ser
considerados um problema estético, eles também podem afetar o bem-estar geral,
e em alguns casos existe o risco de complicações, sobretudo quando o tratamento
não é realizado por especialistas. A intervenção adequada ajuda a
prevenir e manter a saúde vascular.
Para os especialistas, alguns períodos do ano
favorecem os procedimentos vasculares. O outono, por exemplo, é uma estação
que traz benefício para o paciente, pois, a partir desta temporada, existe uma
redução na exposição das pernas ao sol, o que possibilita melhores resultados
estéticos, e durante a recuperação sente-se menos desconforto. Outra vantagem é
que o paciente tem mais tempo para se recuperar e se preparar para o
verão.
Conforme o cirurgião vascular e presidente da
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo,
Dr. Fabio Rossi, ficar atento ao aparecimento de varizes e vasinhos e procurar
tratamento podem precaver contratempos, aliviar a dor, melhorar a capacidade de
realizar atividades diárias, aumentar a autoestima e prevenir problemas
futuros. Além disso, o resultado é melhor quando o tratamento é realizado
precocemente.
Vale ressaltar que o aparecimento de varizes e
vasinhos, apesar de aparentemente ser simples, pode ser a primeira manifestação
de doenças mais graves, como levar à formação de úlceras, coágulos sanguíneos
nas pernas com chances de provocar uma trombose venosa profunda, que ainda
corre o risco de se deslocar para os pulmões e causar embolia pulmonar, além de
também ocasionar a insuficiência venosa crônica, que é uma condição em que as
veias das pernas não conseguem bombear sangue de volta para o coração de forma
eficiente, e isso causa dor, inchaço e uma sensação de peso nas pernas.
As técnicas para o tratamento apresentam resultados
clínicos favoráveis na atualidade, desde que realizadas por equipe experiente.
A recomendação para tratar varizes e vasinhos depende do grau de gravidade da
condição e das necessidades específicas de cada paciente. Algumas opções mais
comuns incluem Escleroterapia, que é um procedimento em que um líquido ou
espuma é injetado diretamente nas veias afetadas, causando a inflamação da parede
interna da veia e levando à sua obstrução e eventual desaparecimento, sendo um
procedimento historicamente consagrado.
A ablação por radiofrequência é uma técnica
minimamente invasiva em que uma sonda de radiofrequência é inserida na veia
afetada para fechá-la e permitir que o fluxo sanguíneo seja redirecionado para
outras veias saudáveis. Já a ablação a laser transdérmico para os vasinhos, e o
endovenoso para as varizes, é semelhante à ablação por radiofrequência, mas
usa-se um laser em vez de energia de radiofrequência para fechar a veia
afetada.
Para iniciar qualquer intervenção é essencial que o
paciente seja avaliado por um médico vascular para que o método seja
personalizado para cada caso, levando em consideração sua saúde geral,
condições de tratamento e histórico familiar. O especialista é quem vai
orientar em relação às melhores opções e critérios para a situação específica.
É importante lembrar que, em alguns casos, o método
é realizado em etapas, com número de sessões variáveis para se obter o efeito
esperado. E, em situações mais graves, pode ser necessário recorrer à cirurgia
vascular para remover as veias afetadas, mas é também o especialista vascular
que irá avaliar essa necessidade.
“Após a qualquer procedimento, é fundamental manter
alguns hábitos para evitar que as varizes e os vasinhos voltem, como o uso da
meia elástica, o controle do peso, dieta saudável, não fumar, manter a
atividade física, alternar a posição de trabalho e repousar mais vezes com as
pernas elevadas. Essas são medidas protetivas e importantes”, orienta o
cirurgião vascular.
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