Mais de 7 milhões de mulheres são afetadas pela doença no Brasil. Especialista da Bio Ritmo explica como a atividade física pode ser aliada no tratamento
Doença crônica que
afeta mulheres em idade reprodutiva, a endometriose, atinge mais de 7 milhões
de brasileiras. No mundo, são 176 milhões de diagnósticos da doença, de acordo
com a Organização Mundial de Saúde. O mês de março é destinado a campanhas de
conscientização do Março Amarelo, responsável por trazer à sociedade discussões
sobre a doença, conscientizar o público feminino a entender como é feito o
diagnóstico e tratamento. Alguns dos sintomas podem ser notados quando há dores
muito intensas durante a menstruação, entre outros fatores.
Pensando nessa
conscientização, a porta-voz Letícia Klimas, gerente de
ginástica da Bio Ritmo,
explica a importância da atividade física como um aliado ao tratamento, e traz
dicas sobre treinos eficazes para o controle dos sintomas da endometriose,
trazendo resultados positivos ao corpo.
Efeito
anti-inflamatório
“A prática de
atividade física pode reduzir os sintomas da endometriose, pois tem efeitos
protetores contra doenças inflamatórias, além de atuar na redução de níveis de
estrogênio (hormônio feminino que estimula o endométrio a se desenvolver)”,
explica Letícia. O exercício libera endorfina, substância vasodilatadora e
analgésica, que auxilia na sensação de bem-estar e prazer e pode ajudar no
alívio das dores causadas pela doença.
Melhora
do sono e da constipação
Além disso, o
exercício traz outros benefícios, como melhora do humor, do sono e da
constipação. A prática regular mantém o corpo em equilíbrio, ajudando inclusive
na manutenção dos níveis de insulina, de gordura corporal e, consequentemente,
do peso.
Benefícios
da atividade física para o corpo todo
A atividade física
ajuda no alongamento, na flexibilidade, no fortalecimento muscular e na melhora
da postura, itens essenciais para o gerenciamento de dores crônicas. “Embora os
exercícios físicos possam promover o alívio de sintomas da endometriose, a
atividade mais indicada varia de acordo com o nível de dor apresentado pela
mulher. Ela pode praticar exercícios de força, aeróbios e de alongamento,
dependendo de como está se sentindo no dia”, comenta a gerente da Bio Ritmo.
Letícia ainda explica que em dias de dor intensa, o ideal é apostar em
exercícios de alongamento, como Yoga ou Pilates, pois é comum que, por causa das
dores e contrações musculares, a mulher acabe ficando mais encolhida.
Letícia Klimas
alerta, no entanto, que nenhuma portadora da doença deve praticar exercícios
sem acompanhamento médico e de um profissional esportivo. “Cada caso possui sua
particularidade e cada paciente vai precisar de um acompanhamento diferente. O
exercício físico é um aliado importantíssimo quando bem direcionado e com
atenção multidisciplinar”, conclui Klimas.
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